Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Marcia 06/06/2021

Decadência Familiar
Andrea tem seus sonhos imobilizados por uma vivência familiar confusa e quase hostil. Sua companhia mais frequente é a fome. Ela se pega com sensações incômodas e sempre conclui que é um dos sintomas da fome. Uma história sobre não viver, em vida!
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Tatiana.Junger 28/05/2021

Os vazios de uma jovem na Barcelona pós guerra civil
Andrea, a personagem principal da trama, chega em Barcelona, no período imediatamente após o final da guerra civil espanhola, como órfã, para viver na casa da avó, na Rua Aribau, após o falecimento do avô, com seus tios e alguns agregados, e lá frequentar a universidade. Sob essa premissa, o enredo conta duas histórias: uma explícita e uma implícita.

A história explícita é a de amadurecimento de uma jovem garota no final de sua adolescência, que devaneia sobre família, amores e amizades com pieguice e irrealismo, em meio a uma trama novelesca que quebra suas expectativas da vida e coloca em xeque a concepção binária que comumente temos das pessoas, porque os acontecimentos se provam diferentes do que inicialmente parecem e as personagens todas se revelam bastante complexas e imprevisíveis.

A história implícita é da Espanha - mais precisamente, da Barcelona - pós guerra civil, impregnada de sequelas daquele evento, com notoriedade a fome. A fome é muito marcante na narrativa, porque Andrea é a narradora - e ela tinha fome. Mas outros aspectos pós-guerra são notáveis, como o aspecto sombrio da cidade, o medo das pessoas, a tristeza, a decadência das famílias que sentiam o vazio das perdas, e a desigualdade social, dentre aqueles que sofreram os impactos da guerra e aqueles que não só passaram ilesos, como lograram lucrar com ela.

O título é adequado, porque o "nada" é a tônica da narrativa. Em Barcelona, a protagonista não realizou nada do que esperava; na casa da rua Aribau, não encontrou nada do que dali lembrava. Ela mesmo disse: "partia agora sem ter conhecido nada do que confusamente esperava: a vida em sua plenitude, a alegria, o interesse profundo, o amor. Da casa da rua Aribau não levava nada. Ao menos é o que eu pensava na época".

A leitura, dividida em três partes, começou e terminou muito bem, porque tanto na primeira parte quanto na terceira esse entrelace entre história explícita e história implícita me pareceu mais equilibrado e perceptível. A segunda parte perdeu fôlego, por dar maior palco à história explícita, com poucas deixas à história implícita, e, ao focar na dinâmica da Andrea com seus amigos, em partes parecia um novelão adolescente. Mas ainda sim interessante, porque a escrita é poética e sensível.

Obs.: para mim essa foi uma leitura relativamente lenta, mas minha filhotinha de pastor devorou - literalmente...
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Kaju 27/04/2021

Romance escrito em 1944, que conta o cotidiano de uma jovem órfã universitária em Barcelona. Livro monótono, no entanto peculiar.
Achei diferente ler a história de uma coadjuvante.
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Srta.Jay 16/04/2021

Romance de estreia da autora Carmen Laforet em 1944, quando tinha apenas 23 anos. Uma leitura que te prende, com uma carga emocional bem intensa, num ambiente pesado e sombrio. Sinceramente, me surpreendi com a leitura, não estava esperando muita coisa, mas o modo como a autora trilha a história e os sentimentos dos personagens, fez-me mudar de ideia em relação a minha primeira impressão da "capa" do livro.
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Fe.Kure 14/04/2021

Ao terminar a leitura, fui comer
A opressão é real, não latente. As dores são profundas e cotidianas. E a fome? Senti toda aquela fome como se fosse eu sem pão, nem cigarro pra despistar o estômago. A fome é uma personagem principal. Passei as páginas pensando em que momento essa mulher vai conseguir comer com dignidade...
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Letícia 07/04/2021

Livro incrível! É impressionante como a autora trata de assuntos tão duros, cruéis, e até repugnantes, de forma tao fria, retratando a dureza da vida da protagonista. Por muitas passagens fiquei revoltada, mas entendi o motivo deste tipo de tratamento.
Realmente uma experiência marcante.
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Nic 07/04/2021

Nada de mais nem nada de menos.
Confesso que fiquei uns bons minutos sem saber o que pensar ou escrever sobre este livro, um verdadeiro sentimento de
nada.
Escrito em 1945, me atraiu muito a ideia de contar a história de uma jovem que chega em Barcelona para estudar logo ao final da guerra civil espanhola, mas, a verdade é que o livro se contextualiza mais no espaço e não muito no tempo, conta na verdade a merda de vida que a garota cheia de esperanças e expectativas passou a levar quando chegou na casa da avó, povoada por diversos parentes, num apartamento decadente e com escassez de dinheiro para conseguirem encher as barrigas de todos que lá habitavam. Durante diversos momentos aquele apartamento e aquela família me lembravam "o morro dos ventos uivantes", repleto de pessoas tóxicas, tristes, um descontando no outro as suas amarguras.
O livro é vendido por se passar logo ao final da guerra, mas vejo que tudo que temos lá relatado não passa na verdade do que a dura realidade de quase todo o brasileiro nos dias de hoje, apenas sobrevivendo, sempre a passar perrengues, em meio a fome e violências sociais e familiares, sem perspectivas de melhora, num estranho ciclo sem fim de amor e agressividades cotidianas com parcos momentos de alegrias.
Nem ruim e nem excepcional, é uma obra boa, importante por ter sido escrita e publicada em plena ditadura de Franco, creio que por conta disto que ela não é profunda e nem questionadora, afinal, teve que passar pelo crivo do regime, é apenas o relato bem escrito, fluído e em certos momentos até mesmo poético de fatos na vida da menina.
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Nathália 02/04/2021

O livro é narrado pela personagem principal Andrea, que chega a Barcelona cheia de anseios, esperanças e vontade de viver novas experiências. Porém acaba se deparando com ?nada?. O enredo começa a ficar mais envolvente da metade para o final do livro. É possível notar aspectos de depressão, ansiedade, miséria, fome, violência doméstica e dependência emocional. Ler o livro me veio a tona aquele sentimento de inércia que volta e meia nos visita, onde nada acontece ou quando não sentimos nada, um estado dormente. Porém, o final trás uma pitada de esperança.
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Lais.Lagreca 14/03/2021

Eu me interessei pelo livro já pela capa (a versão da TAG) e pelo título. “Nada”?
Como assim? Me perguntei.
Então, ao saber que a personagem principal é uma estudante de Letras (já me identifiquei mais) e que a narrativa se passa no período pós-guerra civil espanhola (amo aprender e refletir com romances históricos!), não tive dúvidas de que iria querer ler esse livro.
Depois disso, também soube um pouco mais sobre a autora, o que contribuiu para aumentar minha curiosidade.
Enfim, dito isso, gostaria de registrar que essa leitura se revelou para mim muito prazerosa ainda que angustiante (como assim? rs)... a pobreza material dos personagens misturada às particularidades da existência de cada um deles, as questões pessoais da personagem principal, seus sonhos, suas expectativas, seus medos, suas frustrações, toda essa mistura de sentimentos expostos de forma bem direta pela autora talvez possa ser uma espécie de metáfora da Espanha naquele momento... uma busca por manter um status que já não se sustenta mais, uma aparência, vaidade, medo, saudade, uma tristeza pelas perdas, um vazio pelo presente, um vazio na barriga, um vazio na alma...

Angustiante, envolvente, com uma linguagem direta e clara.

Gostei muito!
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Thi 09/03/2021

"O romance narra a chegada de uma jovem cheia de planos e expectativas em uma Barcelona sombria em pleno pós-guerra. É um retrato fascinante sobre o processo de adaptação, as convivências difíceis, o sentimento de inadequação e a vontade de começar uma nova vida."
Alice Sant'Anna
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julha 26/02/2021

?Aos poucos, eu fora passando a mim mesma a um segundo plano da realidade, todos os meus sentidos voltados para a vida que se agitava no apartamento da rua Aribau. Esqueci a minha aparência e os meus sonhos.?

Gostaria MUITO de ter lido esse livro aos 18 anos!
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Claudia.Correia 14/02/2021

O vazio de "Nada"
Há muito tempo queria ler este livro e confesso que foi o mais marcante do último ano. Já me impactava o fato de saber que a autora tinha apenas 23 anos quando o escreveu, mas ao finalizar a leitura não conseguia me desligar dele. A sensibilidade da autora em descrever uma personagem tão real, insensível - ao meu ponto de vista-, e tão vazia, deixou em mim um vazio de sentimentos, pois não consegui ter pena ou empatia pela personagem. Talvez aí a grande façanha da autora, nos imobilizar tal qual Andrea .
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Rafael Arce 05/02/2021

Uma boa leitura que te leva até Barcelona com profundeza e fascinação sendo um dos mais comoventes clássicos europeu contemporâneo.
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spoiler visualizar
Lara 15/03/2021minha estante
NFNKDKEIS nossa q resenha ?




Veronica 02/02/2021

Não vale a pena
Mais uma decepção da TAG. Se soubesse tinha lido somente os últimos capítulos.
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