Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Leda.Muzzi 18/07/2020

Nada
Adorei o livro, achei a escrita da Carmen Laforet totalmente poética, destaquei vários e vários trechos e já penso em reler a obra em algum momento no futuro.

Mesmo com um enredo sem grandes acontecimentos, cheio da passividade da protagonista, a escrita de Carmen nos fixa na leitura, ela consegue contar todos os "nadas" com maestria.

Apesar de ser um livro que sei que não agrada a todos, ainda sim recomendaria a leitura com certeza!
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Rafa 10/07/2020

Miséria e apatia
São as palavras que definem o romance. No caos e na miséria que vive a família, Andrea vive apática, apenas assiste a tudo sem ser relevante.

A curadoria do livro fala muito do ambiente pós guerra, mas o único exemplo de pobreza é o da própria família de Andrea e essa pobreza, em certo nível, é causada pelo fato dos membros da família quererem viver uma vida de classe média inexistente, ao invés de simplesmente arrumarem empregos (não digo que seja fácil fazer isso, mas é claro o desinteresse desses indivíduos por tudo). Uma das personagens até comenta que nas famílias de operários nunca faltava o pão e era melhor que tivesse casado com um operário do que com um projeto de artista sem talento nenhum.
Um outro ponto abordado pela curadoria é da objetividade do romance, a falta de elementos subjetivos típicos. Eu discordo, Andrea não faz uma única descrição que seja, das coisas que a rodeia, sem o uso de metáforas e está o tempo todo projetando ilusões. Me pareceu tudo muito típico. O que a autora não excluí, claro, é também a descrição da realidade muito dura vivida naquela casa, principalmente a violência.
O romance me lembrou muito um outro que comprei junto com esse, num combo da TAG, "A retornada", de Donatella di Pietrantonio, sobre uma jovem que tem que voltar pra casa da família e se depara com uma realidade miserável, crua, se encanta por personagens obscuros e vive de pequenas migalhas de falso luxo.
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Ninasg 08/07/2020

O meu preferido esse ano, até agora.
A história da Andrea te comove, te faz sofrer com ela e torcer pra que ela saia do ambiente familiar.
Amei.
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Aninha Selva 16/06/2020

Cansativo
A história não tem um foco. A impressão que tive é que as coisas eram jogadas e ficava tudo embaralhado.
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valentina 11/06/2020

fantástico
é incrível a abundância de situações e temas tratados de forma tão concisa e, principalmente, casual e cotidiana. quem resume esse livro ao puro dia a dia de Andrea não está mentindo, apesar de não caber nessa afirmação tudo o que essa leitura nos proporciona. é uma história sobre classe, gênero, relacionamentos e auto descoberta, e sem dúvida vale muito a pena
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Sara Muniz 05/06/2020

RESENHA - NADA
Nada, da autora espanhola Carmen Laforet, foi publicado pela primeira vez em 1945. A obra se passa em um cenário conturbado de pós-guerra e com a tentativa da protagonista de ter uma vida normal.

Após a Guerra Civil Espanhola, a protagonista Andrea se muda para Barcelona e vai morar na casa da avó e começar a faculdade de Letras. Apesar de chegar toda animada na cidade, acaba se deparando com uma família problemática e uma casa horrível. A partir da narração de Andrea, percebemos que ela é uma garota bastante simples e que, ao longo dos capítulos, vai perdendo cada vez mais as esperanças em ter uma vida melhor na cidade.

A casa da família de Andrea é descrita como "horrível e fantasmagórica", que produz sons e presencia todos os problemas e brigas entre os moradores. De certa forma, essa personalidade da casa me lembrou a obra "O Cortiço", de Aluísio Azevedo (resenha aqui), em que o cortiço é considerado como personagem. Por isso, a casa em Nada tem um aspecto de personagem também, principalmente porque 90% das cenas acontecem na casa.

Na família da avó e do avô também vivem Juan, que é casado e tem um filho com Glória. Román, tio de Andrea, também vive na casa, bem como Angustias, a mãe de Andrea. O nome da mãe dela como "Angustias" acaba sendo uma sugestão bem forte, principalmente porque ela é quem mais joga na cara da filha que ela é pecadora por querer estudar e viver fora "do caminho da igreja", resultando em uma garota solteira e livre para pecar, que nunca encontrará um marido.

"- Vejo que, para você, o que eu falo entra por um ouvido e sai pelo outro... Infeliz! Mas a vida logo vai golpear você, e triturar e esmagar! Garanto que aí vai se lembrar de mim... Ah! Queria ter matado você quando ainda era pequena para não deixá-la crescer assim! E nã me olhe com essa cara de espanto. Se que até agora você não fez nada de errado. Mas vai fazer, assim que eu for embora... Ah, se vai! Tenho certeza! Você não vai conseguir dominar seu corpo nem sua alma. Não vai não... Você não vai conseguir". (Fala de Angustias para Andrea)

Os temas abordados no livro são apresentados de forma "natural" por meio dos diálogos dos persoangens, como o machismo, as mulhere submissas, a desigualdade de gênero e a violência contra a mulher.

Como um todo, a obra aparenta ser bastante simples, mas carrega uma carga muito pesada e nos passa um conteúdo bastante triste e difícil de aceitar nos dias de hoje. De certa forma, os sofrimentos da vida solitária de Andrea me lembrou também "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector (clique aqui). Andrea era uma vítima de uma sociedade machista e de um ambiente violento, tentando sobreviver da melhor maneira possível, por isso me fez relacionar à personagem Macabéa da Clarice. Gostei bastante da leitura, mas foi uma leitura pesada por conta dos temas. É como se eu tivesse entrado na casa fantasmagórica com a protagonista e tivesse aguentado tudo aquilo com ela.

PARA RESENHA COMPLETA, ACESSE:

site: http://interesses-sutis.blogspot.com/2020/05/resenha-nada.html
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Novack 15/05/2020

Nunca me identifiquei tanto com uma personagem... Ena
Nada é um romance limpo, cru e ao mesmo tempo de muita sensibilidade.
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Evy 07/05/2020

"Houve momentos em que a vida rasgou todos os seus pudores ante meus olhos e apareceu nua, gritando intimidades tristes, que para mim eram apenas horríveis".

Essa obra é do início ao fim isso. A vida, nua e crua, gritando horrores. A narrativa da autora é poética, deliciosa e super fluída. Há belas descrições de alguns pontos de Barcelona, e fiquei tão íntima da Rua Aribau que faço das palavras da personagem Andrea, as minhas próprias: "Entrar na Rua Aribau era como entrar na minha própria casa". Mas ainda assim não sei dizer que sentimento tenho ao pensar nessa leitura, porque você fica da primeira à ultima página sem saber se amou ou achou simplesmente um absurdo tudo que foi relatado.

A história é narrada em primeira pessoa, por Andrea, uma jovem órfã que se muda para a casa de sua Avó em Barcelona, para cursar Letras na Universidade. As lembranças que tem dessa casa e de sua família são totalmente o oposto do que encontra ao chegar. Seus familiares estão empobrecidos e amontados num casarão decadente logo após a Guerra Civil Espanhola, e discutem o tempo todo aos gritos e agressões pelos motivos mais mesquinhos. Andrea sente-se o tempo todo deslocada e assustada, tentando se esgueirar pelas sombras sem ser vista e falando minimamente. Tenta buscar na universidade um modo de fugir desse mundo, mas é outro lugar onde se sente inadequada perto de seus colegas muito mais abastados que ela, criando relacionamentos superficiais, com exceção de Ena, sua melhor amiga.

Nada é um relado da vida como ela é, do cotidiano de uma família desajustada que tenta manter seus vínculos aos berros. Tive ranço de alguns familiares, em especial de Angústias e sua carência e necessidade de controle no início do livro e Juan com seu machismo e agressividade até a última palavra do livro. As cenas de Juan e sua esposa Glória são indignantes, mas são cenas que muito provavelmente e infelizmente aconteçam dentro de muitos lares, sendo vistas ainda hoje, apesar de tanta luta, como normais. Inclusive pelas vítimas.

Andrea no meio de tudo isso é uma personagem, que apesar de protagonista e narradora da história, não se conecta muito, nem aos membros de sua família, nem ao próprio leitor. É possível perceber seu afastamento, sua introspecção. Sentia como se ela quisesse sumir o tempo todo, desaparecer do cenário aterrador de sua realidade. E quem poderia culpá-la por isso? Além disso tudo, ela pagava pelo quarto onde dormia no casarão de sua família e abdicou das refeições, para poder economizar para se dar algumas simples, mas caras, satisfações. Acabava gastando o dinheiro no início do mês e passava fome nos restante dos dias. As descrições da magreza, das dores de cabeça, do mau humor e dos desejos que sentia ao ver/ouvir falar de comida, são perturbadores.

É uma leitura que incomoda, que faz pensar e te tira do lugar comum. Três pontos que pra mim, formam uma verdadeira experiência literária. Portanto recomendo muito a leitura!
Simone 28/03/2021minha estante
Ótima resenha! fiquei com essa estranha sensação: eu gostei do livrou ou não?
Muito angustiante e um relato verdadeiro de tantas situações comuns e às vezes tão banalizadas ...




arlete.augusto.1 27/04/2020

Magistral
Livro escrito em 1944, após a Guerra Civil Espanhola.
Andrea é órfã e vai para Barcelona, morar na casa da avó, para estudar Letras. Lá, todos seus sonhos e ilusões são desfeitos, encontra um cenário sombrio, num apartamento decadente, e seus familiares famintos e enlouquecidos, onde tudo é motivo para insultos e brigas violentas. Na universidade, convive com jovens ricos e fúteis.
No conflito entre esses dois mundos, Andrea não consegue achar um lugar para si mesma, nem alento para ter esperança.
O romance é escrito com maestria e envolve o leitor do primeiro ao último parágrafo.
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Arisa.RC 15/03/2020

Genial!
Um livro surpreendente. Não a história em si. Mas o todo. Não esperava gostar. Não imaginava o tanto de reflexões que traria. Um livro aparentemente sem pretensões, escrito por uma autora muito jovem, em um momento turbulento da história do mundo. A sensibilidade da narrativa não está nas descrições dos acontecimentos, mas na sutileza das reflexões, que passam quase despercebidas. Temas sensíveis são ilustrados com uma indiferença quase dolorida. Temas que não época não era nomeados como hoje permeiam o livro e o tornam passível de uma leitura contemporânea sobre a construção da nossa sociedade: valores burgueses, masculinidade tóxica, socialização feminina, entre outros. Simples, cru e genial.
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Carol 21/02/2020

A história incia-se com a jovem Andrea chegando a Barcelona, à noite, para morar com sua avó e tios, na intenção de cursar a universidade. O momento histórico é o pós-Guerra Civil Espanhola, durante a ditadura de Francisco Franco. Chegando à casa na rua Aribau, a protagonista descobre um ambiente decadente e cheio de conflitos familiares, muitas vezes beirando o absurdo, algo muito diferente do que suas memórias de infância lhe mostravam. Durante um ano, o leitor segue os passos de Andrea, em meio às tempestades internas e externas, os conflitos com a família, com os amigos, consigo mesma. O que ser? O que não ser? O que fazer? Onde se encaixar? O que repudiar? O que abraçar? Para onde ir? Ou será que deveria ficar?

Resenha completa no blog.

site: https://papoliterario.com.br/2018/12/11/nada-tag-novembro-de-2018/
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