Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Debora 03/01/2019

Um refúgio no Nada
Nada é uma palavra usada várias vezes ao longo do livro.
"- Andréa, o que vc está sentindo. - Nada!"
- Andréa, o que vc está pensando. - Nada!
Andréa é a protagonista do livro, uma órfã de uma família aristocrática completamente falida.
Sai do interior para viver em Barcelona, pensando que sua vida será de descobertas, alegria e conhecimento. Mas ela encontra uma família de loucos, esfomeados, acabada e uma casa / vida em ruínas. É o período pós-guerra na Espanha, de ascensão do governo do ditador Franco, em uma Barcelona cinza e com fome.
Em meio a este cenário, Andréa vai buscanco / construindo uma maneira de viver e crescer, se desenvolver. Acompanhá-la é duro, mas também nos permite aprender muito.
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Duda 25/05/2023

Tudo que existe em Nada
Não sabia muito bem o que esperar quando iniciei Nada, de inicio senti a narrativa parecida com as da Elena Ferrante. Uma jovem do interior que se muda para a capital em busca de estudar e conseguir sobreviver no mundo, todavia, diferente das heroínas de Elena, não sabemos se Andrea era uma estudante brilhante, a mesma deixa puramente claro em cada capitulo que seu único proposito era sobreviver, e os estudos proporcionavam esse sonho do fim de sua pobreza atual. Para conseguir isso Andrea vai morar com parentes, esses que a pobreza castigou a ponto de perderem sua humanidade, vivem em um apartamento assombrado por fantasmas do passado, magoas e amores perdidos. A violência é a atmosfera que envolve o livro de seu começo ao fim, desde quando Angustias fica chocada por Andreia ter caminhado sozinha até sua casa ao chegar na cidade, quanto a violência que acontecia dentro de sua própria casa. Ao fim, a narrativa se mostra um plano de fundo com personagens envolventes e com suas historias e Andrea vagando em seus pensamentos e na sua própria mente buscando um proposito para continuar sendo espectadora desse amaranhado de situações e de sua própria vida.
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Sara_Chiamolera 28/11/2021

Que livro!
Acabei a leitura e não sei explicar como me sinto.

A escrita de Laforet é sensacional, te transporta para Barcelona, para aquela casa decadente na rua Aribau.

Em muitos momentos foi possível sentir a angústia de Andrea.

Esse livro tem uma potência inominável.

Amei, recomendo fortemente.
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Livia Barini 26/11/2019

Ruinzinho
O livro conta a história de uma órfã, Andrea, que vai morar de favor na casa de familiares. E encontra uma família totalmente disfuncional, onde todo mundo se agride o tempo todo.
A relação com a amiga é sem graça. A guinada da página 200 é previsível.
O título do livro é totalmente apropriado.
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julha 26/02/2021

?Aos poucos, eu fora passando a mim mesma a um segundo plano da realidade, todos os meus sentidos voltados para a vida que se agitava no apartamento da rua Aribau. Esqueci a minha aparência e os meus sonhos.?

Gostaria MUITO de ter lido esse livro aos 18 anos!
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Tatiana.Junger 28/05/2021

Os vazios de uma jovem na Barcelona pós guerra civil
Andrea, a personagem principal da trama, chega em Barcelona, no período imediatamente após o final da guerra civil espanhola, como órfã, para viver na casa da avó, na Rua Aribau, após o falecimento do avô, com seus tios e alguns agregados, e lá frequentar a universidade. Sob essa premissa, o enredo conta duas histórias: uma explícita e uma implícita.

A história explícita é a de amadurecimento de uma jovem garota no final de sua adolescência, que devaneia sobre família, amores e amizades com pieguice e irrealismo, em meio a uma trama novelesca que quebra suas expectativas da vida e coloca em xeque a concepção binária que comumente temos das pessoas, porque os acontecimentos se provam diferentes do que inicialmente parecem e as personagens todas se revelam bastante complexas e imprevisíveis.

A história implícita é da Espanha - mais precisamente, da Barcelona - pós guerra civil, impregnada de sequelas daquele evento, com notoriedade a fome. A fome é muito marcante na narrativa, porque Andrea é a narradora - e ela tinha fome. Mas outros aspectos pós-guerra são notáveis, como o aspecto sombrio da cidade, o medo das pessoas, a tristeza, a decadência das famílias que sentiam o vazio das perdas, e a desigualdade social, dentre aqueles que sofreram os impactos da guerra e aqueles que não só passaram ilesos, como lograram lucrar com ela.

O título é adequado, porque o "nada" é a tônica da narrativa. Em Barcelona, a protagonista não realizou nada do que esperava; na casa da rua Aribau, não encontrou nada do que dali lembrava. Ela mesmo disse: "partia agora sem ter conhecido nada do que confusamente esperava: a vida em sua plenitude, a alegria, o interesse profundo, o amor. Da casa da rua Aribau não levava nada. Ao menos é o que eu pensava na época".

A leitura, dividida em três partes, começou e terminou muito bem, porque tanto na primeira parte quanto na terceira esse entrelace entre história explícita e história implícita me pareceu mais equilibrado e perceptível. A segunda parte perdeu fôlego, por dar maior palco à história explícita, com poucas deixas à história implícita, e, ao focar na dinâmica da Andrea com seus amigos, em partes parecia um novelão adolescente. Mas ainda sim interessante, porque a escrita é poética e sensível.

Obs.: para mim essa foi uma leitura relativamente lenta, mas minha filhotinha de pastor devorou - literalmente...
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Fe.Kure 14/04/2021

Ao terminar a leitura, fui comer
A opressão é real, não latente. As dores são profundas e cotidianas. E a fome? Senti toda aquela fome como se fosse eu sem pão, nem cigarro pra despistar o estômago. A fome é uma personagem principal. Passei as páginas pensando em que momento essa mulher vai conseguir comer com dignidade...
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Sonia.Bercito 06/12/2018

Nada
Fui arrebatada pelo livro da Carmem Laforet. O sentimento de inadequação e o desamparo sempre presentes em Andrea, a personalidade às vezes enigmática de Ena, os tios Ramon e Juan, Glória, Angústias e tantos outros personagens de facetas múltiplas e complexas me envolveram completamente. Adorei!
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Rafael Arce 05/02/2021

Uma boa leitura que te leva até Barcelona com profundeza e fascinação sendo um dos mais comoventes clássicos europeu contemporâneo.
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Pudima 27/12/2018

Um "nada" que sufoca.
É essa a sensação que eu fiquei após ler o livro. Fiquei cheia de nada, a ponto de me sentir sufocada.
Esse livro tem tudo. Tanto tudo, que chega a nos encher de vazio.
São tantos sentimentos, tantos acontecimentos, tanta dor.. Tanto tudo! Que ficamos a ponto de explodir.
Mas, ao mesmo tempo, a casa vai ficando vazia. A rua Aribau perde seu brilho, as pessoas vão embora, e o nada toma conta de tudo.
Esse livro é um paradoxo. E me deixou contemplativa a respeito de tudo, de nada, e do que define cada um desses termos e sensações. Acabei que transbordo de vazio, e não sei como explicar melhor.
Paz, amor e bem.
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Marcia 06/06/2021

Decadência Familiar
Andrea tem seus sonhos imobilizados por uma vivência familiar confusa e quase hostil. Sua companhia mais frequente é a fome. Ela se pega com sensações incômodas e sempre conclui que é um dos sintomas da fome. Uma história sobre não viver, em vida!
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Novack 15/05/2020

Nunca me identifiquei tanto com uma personagem... Ena
Nada é um romance limpo, cru e ao mesmo tempo de muita sensibilidade.
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