Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Marina 07/11/2022

Aflitivo
É um livro quase sinistro. Foge a todas as utópicas idealizações de como deveria ser um ambiente familiar.

Confesso que não consegui chegar ao final da leitura. Mexeu muito comigo.
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Ninasg 08/07/2020

O meu preferido esse ano, até agora.
A história da Andrea te comove, te faz sofrer com ela e torcer pra que ela saia do ambiente familiar.
Amei.
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Adriana1161 06/10/2019

Desilusão
Nota inicial: "Bons romances são atemporais por obra da intuição do escritor" .
É bem isso mesmo, o livro é bom, mas achei um pouco sem graça...
Uma vida doméstica cômica, risível, angustiada, triste e vazia...E não sai muito disso, apesar dos personagens serem intensos e interessantes.
No meio do livro, ele dá uma engrenada, mas o que fica mesmo são ilusões desfeitas, e a personagem enlouquecida pela fome!
Gostei de uma citação sobre as mulheres de meia idade: "Uma idade tão estranha para o corpo quanto a adolescência"
Escrito em primeira pessoa.
Personagens: Andrea, Ena, Gloria, Angustias, Juan, Román, Pons, Jaime, Bonet, Gerardo, Iturdiaga, Guíxols, Pujol
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Livia Barini 26/11/2019

Ruinzinho
O livro conta a história de uma órfã, Andrea, que vai morar de favor na casa de familiares. E encontra uma família totalmente disfuncional, onde todo mundo se agride o tempo todo.
A relação com a amiga é sem graça. A guinada da página 200 é previsível.
O título do livro é totalmente apropriado.
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Rafael Mussolini 08/12/2019

Nada
Eu não estava esperando nada de especial do livro "Nada" (TAG - Experiências Literárias, 2018) da Carmen Laforet e acabei diante de uma das melhores leituras desse ano. Só consegui me desgrudar do livro depois que o terminei.

"Nada" foi escrito no ano de 1944 quando Carmen tinha apenas 23 anos de idade e hoje é considerado um dos grandes clássicos da literatura europeia. Venceu a primeira edição do Prêmio Nadal.

"Nada" se passa numa Espanha pós guerra civil, portanto, a história é permeada por situações limite de um país que está renascendo das cinzas e dos destroços. Na história acompanhamos Andrea, uma jovem orfã que se muda para Barcelona para poder estudar o curso de Letras. A moça chega à cidade com esperanças de viver uma nova vida e o que encontra é uma família desestruturada e doente por conta das consequências da guerra, sendo um dos principais desafios a própria fome.

O livro possui passagens bem violentas, mas que Laforet descreve com uma banalidade que chega a nos incomodar e que pode ter sido com a intenção de representar a violência como cotidiano e o anestesiamento emocional de mentes que passaram pelos horrores de uma guerra.

A genialidade da escrita de Carmen Laforet está ao falar de política sem falar de política. Ao descrever a casa da avó de Andrea em todo seu estado decrépito, Carmen está descrevendo a própria Barcelona do pós guerra. Quando descreve a avó de Andrea aquebrantada e seus tios e demais parentes com sérios problemas psíquicos, de convivência e que explodem em episódios dramáticos de violência moral e física, Laforet está descrevendo um país vivendo os resquícios de uma guerra. É como se aquele casarão decadente, sujo e com pessoas desesperadas fosse um microcosmo para representar a própria sociedade adoecida pela guerra e seu jogo político.

O título "Nada" representa muito bem a obra e pode ser interpretado de diversas maneiras. Na minha visão como leitor o que ficou mais forte do nada é a capacidade de cada personagem de continuar seguindo suas vidas sem possuir nada, sem esperar nada e sem ter nada mais a perder.

#LeiaMulheres
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Luci 19/02/2023

O nada que se revela dentro de um universo de possibilidades
É até difícil escrever sobre esse livro, quando parece que ele conversou tanto comigo. Estou o lendo quando eu mesma tenho uma idade próxima da protagonista e, em breve, me mudarei devido aos estudos para uma cidade que também me oferece um certo grau de deslumbramento por conta dessa aura de possibilidades e mistérios que a cerca. Já o início do livro me atravessou de tal maneira que eu sabia que o resto teria uma grande tarefa em vista de permanecer à altura ou não.

O que eu encontrei nessa leitura foi muito mais do que o "nada" que o título propõe. É uma experiência completa, em que podemos sentir cheiros, nos sentir sufocados com objetos, com barulhos, sentir a presença carregada de olhares e julgamentos. É como poder tocar a casa da rua Aribau e andar por seus corredores, com todas as suas tranqueiras e antiguidades, pensar em como seria viver entre coisas outrora valiosas, agora que garantiriam a literal sobrevivência de seus peculiares personagens.

Nesse livro, em que vemos a dura experiência da violência doméstica, os sonhos frustrados de guerrilha, a pobreza crua, de tal ponto que a histeria se manifesta por causa da falta de comida no estômago, a sensação angustiante de despertencimento, tudo isso forma um mosaico fascinante em que nos vemos envolvidos, absortos pela narração de Andrea, de tal maneira que, ainda que sua visão se limite aos acontecimentos cotidianos de sua vida, podemos enxergar os efeitos imediatos do pós-guerra na sociedade, podemos ver o empobrecimento, a sua busca pela maturidade em um cenário infértil, a recusa pelas figuras religiosas e autoritárias.

Eu amei esse livro e queria ter o talento de por em palavras o quanto me identifiquei em certas passagens.
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Krishna 09/04/2023

Nada me tira a impressão de que Nada é uma comédia. Tia Angustias, obcecada com o pecado; a abuelita, levemente senil; Román, que na minha cabeça carrega um dente de ouro mesmo sem ter una peseta en el bolsillo; Juan e Gloria com seus eternos pega-pra-capar violentíssimos e Antonia, doméstica, que observa tudo e todos e ri sinistro quando fala em morte. Até mesmo Trenno traz no seu rabinho traços de alívio cômico. Carmen Laforet traz o retrato de uma família barceloneta e espalhafatosa, com o sangue espanhol correndo quente nas veias. É gostoso perceber como Andrea vai soltando a mão nos pensamentos, ganhando acidez nas palavras, sua personalidade tomando forma na escrita. Uma protagonista que amadurece ao longo da história - talvez junto com Carmen, considerando a idade e o contexto. Desde o primeiro diálogo mais extenso desse livro, pensei: isso daria uma peça incrível. E de fato, deu. Pesquisando, descobri que já houve uma adaptação do livro à dramaturgia. Espero ter a oportunidade de assisti-la no futuro. Por enquanto, fico com a literatura e a Andrea da minha imaginação, que me transportou para as ruelas, o frio e o seu deslumbre pela liberdade.
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Fernanda 18/02/2023

Não dava nada, entregou tudo
Desde o começo eu percebia o caos que continua o livro todo! Todo mundo é meio biruta e tem remorso e arrependimentos.
O livro é a memória da protagonista no ano q ela passou na casa da avó, com os tios... e sua nova vida na cidade grande. Cheia de sonhos, ela vai logo descobrir o desencanto.
O livro me trouxe um mix de sentimentos, a maioria ruim. No final das contas eu acredito que Andrea continuou esperançosa da vida, o que é ótimo. Mas para os parentes dela, um vazio de sentido muito grande se assoma.
Pra mim o que pesou mais foi o tanto de violência doméstica gratuita...
Muitas vezes me peguei pensando "o q esse povo aprontou agora"? É um livro q te intriga, pq tudo é fofoca.
Mas não espere todas as respostas. Elas não vão vir. Afinal, é sobre as memórias e memórias não são nem tão confiáveis nem unipresentes.
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Sonia.Bercito 06/12/2018

Nada
Fui arrebatada pelo livro da Carmem Laforet. O sentimento de inadequação e o desamparo sempre presentes em Andrea, a personalidade às vezes enigmática de Ena, os tios Ramon e Juan, Glória, Angústias e tantos outros personagens de facetas múltiplas e complexas me envolveram completamente. Adorei!
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Novack 15/05/2020

Nunca me identifiquei tanto com uma personagem... Ena
Nada é um romance limpo, cru e ao mesmo tempo de muita sensibilidade.
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Fe.Kure 14/04/2021

Ao terminar a leitura, fui comer
A opressão é real, não latente. As dores são profundas e cotidianas. E a fome? Senti toda aquela fome como se fosse eu sem pão, nem cigarro pra despistar o estômago. A fome é uma personagem principal. Passei as páginas pensando em que momento essa mulher vai conseguir comer com dignidade...
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Carol 21/02/2020

A história incia-se com a jovem Andrea chegando a Barcelona, à noite, para morar com sua avó e tios, na intenção de cursar a universidade. O momento histórico é o pós-Guerra Civil Espanhola, durante a ditadura de Francisco Franco. Chegando à casa na rua Aribau, a protagonista descobre um ambiente decadente e cheio de conflitos familiares, muitas vezes beirando o absurdo, algo muito diferente do que suas memórias de infância lhe mostravam. Durante um ano, o leitor segue os passos de Andrea, em meio às tempestades internas e externas, os conflitos com a família, com os amigos, consigo mesma. O que ser? O que não ser? O que fazer? Onde se encaixar? O que repudiar? O que abraçar? Para onde ir? Ou será que deveria ficar?

Resenha completa no blog.

site: https://papoliterario.com.br/2018/12/11/nada-tag-novembro-de-2018/
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Selennie 04/12/2018

Interessante, mas não gostei.

Até gostei dos personagens ensandecidos e suas mazelas. Vi a família com olhos mais parecidos com os de Ena que os de Andrea.

E detesto ser do contra, mas não gostei de Andrea.
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Maria Faria 06/01/2019

Nada
Carmen Laforet apresenta a Barcelona pós-guerra civil, meados de 1940. Através da narrativa de Andrea, acompanhamos seus dias morando na casa da avó, na rua Aribau, acompanhada por seus tios Román, Angustias, Juan, a sua esposa e o filho.
Através da narradora descobrimos aos poucos que a velha casa não lembra em nada a que ela conheceu na infância. O rastro de destruição da guerra alcançou não só os imóveis e móveis, como a família.
Román é sádico, uma mente perturbada que tem prazer em tirar o sossego do irmão e da cunhada. Angustias é rígida, guarda um segredo que vai sendo revelado aos poucos e representa na história o exemplo de comportamento recomendado pela igreja. Juan e sua esposa Gloria são infelizes, vivem atormentados pela desconfiança e escassez. A avó de Andrea parece ter um papel que representa historicamente a monarquia, pois mesmo sabendo que tudo desmoronava, continua passiva como se não percebesse os acontecimentos à sua volta.
Andrea faz amizade com Ena, filha de comerciantes e que representa o oposto de tudo o que há na rua Aribau.
É possível acompanhar a rotina de privações, fome e desespero da família e é angustiante ter apenas a visão da narradora para mostrar os fatos. Andrea é uma protagonista que não protagoniza a própria história, ela vive inerte dentro do contexto do que narra. Ao final percebemos que ela apenas quer se ver livre de tudo o que a assombra e encontrar o paraíso que achava estar na antiga casa que conheceu na infância.
A escrita de Laforet é espetacular e mesmo sem um enredo incrível, a originalidade de cada personagem apresentado é o que torna Nada um livro muito interessante.
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