Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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Jamile.Joazeiro 13/12/2018

8-13/12
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Hewe 18/12/2018

“Pensava que de nada adiantava correr, quando sempre se há de seguir pelo mesmo caminho, fechado, da nossa personalidade.”

Andrea vai a Barcelona para começar seus estudos universitários. Imagine esta protagonista, tão jovem, com a ilusão de começar uma nova etapa em sua vida em um lugar novo ao lado de membros da sua família que são completamente opostos a ela, todos singulares e mais ancorados em seu passado do que vivendo o presente.
É impossível não estar do lado da protagonista e desejar que tudo acabe bem para ela, assim como é impossível não ser cativado pelo que está acontecendo naquela casa, sentindo sempre a tensão que só os infortúnios podem acontecer.

É uma estória dura, bastante negativa, lenta, com personagens atormentados e um ambiente sórdido em que a protagonista vive sem se rebelar contra as aberrações e injustiças que ocorrem diante de seus olhos. Os personagens são bem construídos e há excelentes diálogos. Tamanha frieza me deixou com o sentimento de não ter chegado a lugar nenhum, sem encontrar ao longo do romance qualquer evento que o torne único. O que é único aqui, é a forma como a autora escolheu relatar a trágica vida cotidiana em um cenário pós-guerra.

Considerada uma das mais importantes obras literárias espanholas do século XX, Nada foi escrito em 1944 quando Carmen Laforet tinha apenas 23 anos. A autora tomou como base a própria vida para criação de seus personagens, chegando a sofrer repressão artística pela família em suas obras conseguintes. Nada é um romance autobiográfico, de modo que o mundo cruel descrito por Andrea, protagonista e narradora, deve estar muito próximo da realidade vivida por Laforet - um pesadelo marcado com sangue e lágrimas.

site: https://www.instagram.com/p/BriNUtuhTMI/
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Pandora 23/12/2018

Acabei de ler "Nada" de Carmen Laforet e estou meio desnorteada. O livro é uma enxurrada atingindo a cidade, devastando todas as maquiagens feitas pelo poder público, igualando todos os cidadãos na miséria da perda repentina, prendendo, sufocando, oprimindo com lama e caos.

Estou aturdida. Esse é aquele livro bom, ruim, bem escrito e cheio de falhas que cresce da segunda parte pra lá, as vezes parece que vai pra lugar nenhum, alguns capítulos parecem contos e eu amei ABSOLUTAMENTE!
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Vivi 24/12/2018

Lido: Andrea uma orfã que foi morar na casa da sua família em Barcelona em um período pós gerra civil. Família essa louca de pedra onde desgraça pouca é mais que bobagem, acompanhamos aqui suas angústias, as tragédicas e as rugas por vezes ate engraçada de seus familiares ( por isso o livro não se torna tão somente triste) e a diferença gritante entre o rico e o pobre pós essa guerra. Mas umas das coisas que torna tudo especial é a amizade de Ena e Andrea ( que foi o passaporte de uma nova vida para a orfã) que tinha tudo para dar errado por causa de seu tio louco Román mas teve uma reviravolta brilhante. É uma escrita fascinante e quem gosta do estilo Mario Vargas Llosa ( As travessuras da menina má ) vai gostar.
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Serivaldo 29/12/2018

Será que levou nada?
Apesar de Andrea afirmar ao longo do livro que era uma espectadora e que não levava nada da casa da Rua Aribau; enquanto leitores, levamos de Nada, mais uma experiência literária incrível. A construção realística das personagens, com seus problemas existenciais, a descrição de espaços, do clima, da sujeira e dos aromas nos desperta os sentidos. A passividade e a aceitação das dificuldades e humilhações vivenciadas, sejam nos aspectos morais, econômicos e sociais por Andrea, a coloca como superior a tudo e a todos. Foi como se houvesse levado uma queda, batido a poeira do corpo e seguido em frente, sem olhar para trás.
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Maria Faria 06/01/2019

Nada
Carmen Laforet apresenta a Barcelona pós-guerra civil, meados de 1940. Através da narrativa de Andrea, acompanhamos seus dias morando na casa da avó, na rua Aribau, acompanhada por seus tios Román, Angustias, Juan, a sua esposa e o filho.
Através da narradora descobrimos aos poucos que a velha casa não lembra em nada a que ela conheceu na infância. O rastro de destruição da guerra alcançou não só os imóveis e móveis, como a família.
Román é sádico, uma mente perturbada que tem prazer em tirar o sossego do irmão e da cunhada. Angustias é rígida, guarda um segredo que vai sendo revelado aos poucos e representa na história o exemplo de comportamento recomendado pela igreja. Juan e sua esposa Gloria são infelizes, vivem atormentados pela desconfiança e escassez. A avó de Andrea parece ter um papel que representa historicamente a monarquia, pois mesmo sabendo que tudo desmoronava, continua passiva como se não percebesse os acontecimentos à sua volta.
Andrea faz amizade com Ena, filha de comerciantes e que representa o oposto de tudo o que há na rua Aribau.
É possível acompanhar a rotina de privações, fome e desespero da família e é angustiante ter apenas a visão da narradora para mostrar os fatos. Andrea é uma protagonista que não protagoniza a própria história, ela vive inerte dentro do contexto do que narra. Ao final percebemos que ela apenas quer se ver livre de tudo o que a assombra e encontrar o paraíso que achava estar na antiga casa que conheceu na infância.
A escrita de Laforet é espetacular e mesmo sem um enredo incrível, a originalidade de cada personagem apresentado é o que torna Nada um livro muito interessante.
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Soterradaporlivros 10/01/2019

Nada foi o livro de novembro de 2018 da @taglivros e o primeiro livro debatido pela #tagrecife em 2019 (também foi minha primeira leitura do ano).

Apesar de ter achado o início do livro um pouco arrastado, antes mesmo da metade da história ele "desabrocha".

Andréa é uma jovem órfã que a muda para a casa da família para estudar letras, alguns anos depois do fim da guerra civil espanhola. Junto com ela conhecemos sua avó e tios e uma família com uma dinâmica no mínimo complicada.

Uma história que aparentemente é sobre nada, mas no fim é sobre muita coisa. A comparação com os primeiros filmes do Almodóvar é impossível de não ser feita: personagens excêntricos, uma família louca (mas todo mundo se identificou ou a pessoas da própria família em vários momentos), dramas familiares, cenas tão absurdas e trágicas que beiram o absurdo!

Daqueles livros que dão origem a conversas demoradas e diversas interpretações.

Indico pra quem aprecia dramas cômicos ou comédias dramáticas, pra quem gosta do Almodóvar, pra quem quer sair da zona de conforto e ainda assim ler um livro interessante (e que goste de passar raiva, porque você vai querer matar todos os personagens em algum momento).
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Edra 12/01/2019

@amandoliteratura
Esse livro conta a história de Andrea, uma jovem que chega numa Barcelona pós guerra para morar na casa da avó, cheia de esperanças por uma vida de novas oportunidades. Mas as coisas não acontecem do jeito que ela esperava, a realidade é dolorida e doente. As pessoas ao seu redor são doentes. E no meio de toda essa dor e loucura, Andrea aprende a viver. Conhece pessoas que são pontos de luz e pessoas que são trevas. E acaba absovendo muito dessa energia.

Apesar de ter um texto muito descritivo e até mesmo muito bonito em algumas passagens, o livro não me prendeu. Não sentia vontade de continuar após o fim dos capítulo. Terminei por pura obrigação, se não o teria abandonado. Fui gostar do livro só no finalzinho, a partir da página 200 (e ele tem 279 pág). Achei a leitura cansativa, monótona, e os personagens meio rasos, apesar de problemáticos se bem que fiquei propensa a mudar de opnião quanto a isso no final). Não sei se por desatenção minha, mas não entendi bem o título... e também não achei essa edição muito bonita...

Fiquei refletindo... e aí me toquei. Caramba! A autora tinha 23 anos quando escreveu esse livro. A minha idade hoje, quase. Meu Deus. Isso sim me deixa de boca aberta, como uma menina tão nova tinha tanta capacidade de escrever coisas profundas sobre a pobresa, sobre as profundezas do ser humano, em um cenário devastado pela guerra... não foi nem de longe meu livro preferido, mas eu jamais desmereceria uma obra dessas! Leiam!
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lara 24/06/2019

Nada
Narra a história de Andrea chegando na rua Aribau, o começo de um sonho e lembrando de sua pequenez e encontra um ambiente diferenciado. Com uma morada asfixiante e cheios de devaneios. Dividindo-os com familiares ambíguos, marcados por confusões e insanidades. ?Parece que o ambiente está sempre cheio de gritos... e isso é culpa das coisas, que estão sufocadas, doloridas, carregadas de tristeza?, tio Román.
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Matheus945 29/09/2019

Nota 4,3
Que livro melancólico mas gostoso e fácil de ler, parecia que as páginas passavam sozinhas e eu nem percebia. Quanto à história, ela tambem foi muito boa principalmente os personagens, que nem todos eram legais, mas são bem tridimensionais. Exceto a protagonista. O livro inteiro se passa e não temos o real desenvolvimento de Andrea, que passa por todas as situações horríveis e continua a mesma moça frágil, vulnerável e desamparada. Mas não tem nada de errado com isso, na verdade eu gostei. Nem sempre as pessoas evoluem com as situações negativas, às vezes elas se tornam mais resistentes, mas não tomam como experiência de fato. Me reconheci em alguns momentos com Andrea. Esse sentimento de estar perdida e só, mesmo com tantas pessoas em volta; sentir que não tem protagonismo na própria vida...
Pelo que foi passado na revista, a autora também se sentia dessa forma e foi muito criticada pela família pelo livro. Acredito que a autora tinha depressão e conseguiu levar isso muito pra história e pra protagonista.
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Mandinha 08/01/2020

Nada
Não esperava "nada"deste livro,melancólico mas cativante.
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Flávia @fala.werneck 28/01/2020

Uma escrita incrivelmente poética, que conta uma história de sofrimento e pobreza.

Que leitura singular!

Tristes são os momentos de adaptação das pessoas após uma guerra; guerras podem destruir lugares e vidas por muito tempo, mesmo que as pessoas continuem vivas, algumas não conseguem jamais esquecer e reviver toda aquela angústia e sofrimento.

'Nada' é a história de uma jovem que vê seus sonhos serem desmantelados pela dura realidade da vida.
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Carol 21/02/2020

A história incia-se com a jovem Andrea chegando a Barcelona, à noite, para morar com sua avó e tios, na intenção de cursar a universidade. O momento histórico é o pós-Guerra Civil Espanhola, durante a ditadura de Francisco Franco. Chegando à casa na rua Aribau, a protagonista descobre um ambiente decadente e cheio de conflitos familiares, muitas vezes beirando o absurdo, algo muito diferente do que suas memórias de infância lhe mostravam. Durante um ano, o leitor segue os passos de Andrea, em meio às tempestades internas e externas, os conflitos com a família, com os amigos, consigo mesma. O que ser? O que não ser? O que fazer? Onde se encaixar? O que repudiar? O que abraçar? Para onde ir? Ou será que deveria ficar?

Resenha completa no blog.

site: https://papoliterario.com.br/2018/12/11/nada-tag-novembro-de-2018/
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