Nada

Nada Carmen Laforet




Resenhas - Nada


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hiyosilver 30/12/2023

O livro conta a história de Andrea, uma órfã que se muda para a casa de seus parentes em uma Barcelona pós guerra civil. Apesar do título, acho que essa é uma história sobre excessos: excesso de fome, excesso de dor, excesso de sentimentos. Andrea, por sentir muito, acaba por não sentir nada. Suas amizades são breves, parece incapaz de afeto para com sua família, se sente distante dos seus colegas.

Os efeitos da guerra são muito bem construídos: a ruptura familiar, as dificuldades financeiras, o sentimento geral de impotência e desesperança. Andrea é uma jovem fruto do seu tempo, tentando encontrar significado em uma existência que não parece lhe oferecer nada mais que sofrimento.

Ao final da trajetória da protagonista na casa da rua Aribau, partimos, assim como ela, cheios de esperança, e com um carinho genuíno por aquela família disfuncional, nascido, talvez, da objetividade que a distância, física e emocional, proporciona.

Apesar de ser um drama histórico, uma história situada no pós guerra, esse livro é para qualquer um que já sentiu a solidão sorrateira que nos assola mesmo quando estamos cercados de pessoas.
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Clarissa132 02/12/2023

Que livro bom!
Eu vi muitas resenhas dizendo que esse é um livro sobre nada, mas eu acredito que seja muito mais sobre sentir-se nada, vazia, triste e sozinha, o medo da rejeição, de nao ver nada em si. Com uma escrita linda, Carmen usou de suas próprias experiências para contar a história da protagonista Andréa, uma jovem órfã tendo de se descobrir em uma família enlouquecida pela miséria em uma Espanha pós-Guerra Civil. É um livro incrível!

Foi uma das minhas melhores leituras do ano.
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Caroline Vital 29/10/2023

Lido em 2018
O livro gera uma agonia, um incômodo, tudo está errado... como qualquer pós-guerra deve ser. Gostei.
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Rafael 02/09/2023

Tudo
Embora o título diga Nada, essa obra entrega tudo. Para além do retrato de uma família disfuncional e das agruras do pós-guerra espanhol, Carmen Laforet nos brinda com mais ao conseguir colmatar todas essas nuances em um enredo muito instigante e surpreendente. Quando iniciei a leitura achei que seria apenas mais uma estória triste de desejos irrealizados. Para minha grata surpresa a autora foi, como dito, além disso e conseguiu captar minha atenção com uma trama quase policial. Me impressionou a capacidade de Laforet de aprisionar o sentimento humano por meio da palavra. Isto é, há uma mágica, que só a autora faz, de incutir no leitor a emoção de sua narrativa. Por vezes me senti asfixiado e com fome, como as personagens, ou, ainda, angustiado e vazio como elas. O livro é triste e denso, mas não maçante e hermético. Fiquei impressionado ao me deparar com a estória de uma jovem adulta que, apesar de estar vivenciando o início de sua vida independente, não experimenta situações clichês, como a perda da virgindade, as paixões e desejos de qualquer adolescente recém ingresso na vida adulta. É muito duro acompanhar Andrea que, cheia de esperanças, é tragada pelo turbilhão de decadência e opressão se sua família, vivendo pontuais momentos de alegria com seus amigos. Um livro que, apesar de muito triste, merece ser lido em todo o seu esplendor.
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Gigio 26/08/2023

Excepcional
Aquela leitura que te deixa completamente atordoado. Uma escrita dura e crua, mas ao mesmo tempo poética. Não tem como sair incólume dessa experiência.
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Mandark 11/07/2023

Sombrio e avassalador...
A jornada de Andrea em Barcelona é repleta de expectativas e frustrações. Sonhos de uma liberdade recheada de experiências novas logo se perdem no longo corredor da casa da rua Aribau. Em meio aos móveis amontoados em um ambiente abafado e lúgrube, Andrea aos poucos vai se apagando em meio aos conflitos familiares e sob a mão pesada de uma tia controladora. Buscando esperança no espaço da universidade, ela mergulha na vida de sonhos da jovem Ena.
Com altos e baixos, a obra retrata um país devastado por uma guerra, com grupos tentando resistir às mudanças e outros celebrando essas mesmas mudanças.
Um livro realmente merecedor dos prêmios e do reconhecimento que recebeu. Carmen, mesmo tão jovem, conquistou um espaço merecido na história da Literatura. Uma das melhores leituras do ano até agora!!
Araujo20 11/07/2023minha estante
Suas resenhas sempre acendem minha curiosidade em ler os livros.??




Laryssa 18/06/2023

Adorei o romance. Triste, com algum suspense, mas que trata de sentimentos reais. A personagem principal é verdadeira. Romances espanhóis são sempre muito bons de ler.
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ToniBooks 12/06/2023

Tudo é impressão
Carmen Laforet escreveu a presente obra aos 23 anos, sendo logo agraciada com o prêmio Nadal, que contempla, há tempos, os grandes nomes da literatura de língua espanhola. Sem considerar os motivos da escacez de publicações da citada autora, "Nada" é um romance que transita entre o impressionismo e o existencialismo, o que, para a Espanha da época da publicação da obra ora comentada, atribuía-se à escola "tremendista". A história contada no livro de Laforet trata da inadequação e da coragem contidas na personagem Andrea ante um cenário desolador e ostil.
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Duda 25/05/2023

Tudo que existe em Nada
Não sabia muito bem o que esperar quando iniciei Nada, de inicio senti a narrativa parecida com as da Elena Ferrante. Uma jovem do interior que se muda para a capital em busca de estudar e conseguir sobreviver no mundo, todavia, diferente das heroínas de Elena, não sabemos se Andrea era uma estudante brilhante, a mesma deixa puramente claro em cada capitulo que seu único proposito era sobreviver, e os estudos proporcionavam esse sonho do fim de sua pobreza atual. Para conseguir isso Andrea vai morar com parentes, esses que a pobreza castigou a ponto de perderem sua humanidade, vivem em um apartamento assombrado por fantasmas do passado, magoas e amores perdidos. A violência é a atmosfera que envolve o livro de seu começo ao fim, desde quando Angustias fica chocada por Andreia ter caminhado sozinha até sua casa ao chegar na cidade, quanto a violência que acontecia dentro de sua própria casa. Ao fim, a narrativa se mostra um plano de fundo com personagens envolventes e com suas historias e Andrea vagando em seus pensamentos e na sua própria mente buscando um proposito para continuar sendo espectadora desse amaranhado de situações e de sua própria vida.
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Krishna 09/04/2023

Nada me tira a impressão de que Nada é uma comédia. Tia Angustias, obcecada com o pecado; a abuelita, levemente senil; Román, que na minha cabeça carrega um dente de ouro mesmo sem ter una peseta en el bolsillo; Juan e Gloria com seus eternos pega-pra-capar violentíssimos e Antonia, doméstica, que observa tudo e todos e ri sinistro quando fala em morte. Até mesmo Trenno traz no seu rabinho traços de alívio cômico. Carmen Laforet traz o retrato de uma família barceloneta e espalhafatosa, com o sangue espanhol correndo quente nas veias. É gostoso perceber como Andrea vai soltando a mão nos pensamentos, ganhando acidez nas palavras, sua personalidade tomando forma na escrita. Uma protagonista que amadurece ao longo da história - talvez junto com Carmen, considerando a idade e o contexto. Desde o primeiro diálogo mais extenso desse livro, pensei: isso daria uma peça incrível. E de fato, deu. Pesquisando, descobri que já houve uma adaptação do livro à dramaturgia. Espero ter a oportunidade de assisti-la no futuro. Por enquanto, fico com a literatura e a Andrea da minha imaginação, que me transportou para as ruelas, o frio e o seu deslumbre pela liberdade.
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Daianebcs 08/04/2023

Nada
Andrea, órfã, se muda para Barcelona para casa da avó, uma casa que já tiveram sua glória mas que se definha a cada dia. A sensação que tive é que embora pareça que não acontece nada neste 1 ano em Barcelona, na realidade muda tudo na vida de Andrea. Todo sofrimento, vazio, solidão e pobreza lhe dá a força necessária para sobreviver.
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Luci 19/02/2023

O nada que se revela dentro de um universo de possibilidades
É até difícil escrever sobre esse livro, quando parece que ele conversou tanto comigo. Estou o lendo quando eu mesma tenho uma idade próxima da protagonista e, em breve, me mudarei devido aos estudos para uma cidade que também me oferece um certo grau de deslumbramento por conta dessa aura de possibilidades e mistérios que a cerca. Já o início do livro me atravessou de tal maneira que eu sabia que o resto teria uma grande tarefa em vista de permanecer à altura ou não.

O que eu encontrei nessa leitura foi muito mais do que o "nada" que o título propõe. É uma experiência completa, em que podemos sentir cheiros, nos sentir sufocados com objetos, com barulhos, sentir a presença carregada de olhares e julgamentos. É como poder tocar a casa da rua Aribau e andar por seus corredores, com todas as suas tranqueiras e antiguidades, pensar em como seria viver entre coisas outrora valiosas, agora que garantiriam a literal sobrevivência de seus peculiares personagens.

Nesse livro, em que vemos a dura experiência da violência doméstica, os sonhos frustrados de guerrilha, a pobreza crua, de tal ponto que a histeria se manifesta por causa da falta de comida no estômago, a sensação angustiante de despertencimento, tudo isso forma um mosaico fascinante em que nos vemos envolvidos, absortos pela narração de Andrea, de tal maneira que, ainda que sua visão se limite aos acontecimentos cotidianos de sua vida, podemos enxergar os efeitos imediatos do pós-guerra na sociedade, podemos ver o empobrecimento, a sua busca pela maturidade em um cenário infértil, a recusa pelas figuras religiosas e autoritárias.

Eu amei esse livro e queria ter o talento de por em palavras o quanto me identifiquei em certas passagens.
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Fernanda 18/02/2023

Não dava nada, entregou tudo
Desde o começo eu percebia o caos que continua o livro todo! Todo mundo é meio biruta e tem remorso e arrependimentos.
O livro é a memória da protagonista no ano q ela passou na casa da avó, com os tios... e sua nova vida na cidade grande. Cheia de sonhos, ela vai logo descobrir o desencanto.
O livro me trouxe um mix de sentimentos, a maioria ruim. No final das contas eu acredito que Andrea continuou esperançosa da vida, o que é ótimo. Mas para os parentes dela, um vazio de sentido muito grande se assoma.
Pra mim o que pesou mais foi o tanto de violência doméstica gratuita...
Muitas vezes me peguei pensando "o q esse povo aprontou agora"? É um livro q te intriga, pq tudo é fofoca.
Mas não espere todas as respostas. Elas não vão vir. Afinal, é sobre as memórias e memórias não são nem tão confiáveis nem unipresentes.
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Larissa 12/01/2023

O nada, que não era nada mesmo
O livro narra a história de Andrea, uma menina de 18 anos que é forçada a se mudar do campo para a casa da avó em Barcelona no período posterior a Guerra Civil Espanhola. Nessa casa ela passa a conviver com os tios (um mais psicopata que o outro) e com a a avó (que passa pano pra todo mundo).
No geral a leitura é muito bem construída, mas a história deixa muito a desejar. Quando a gente acha que vai acontecer alguma coisa, a gente acha errado. Não é um livro que eu recomendaria, porém, se você gosta de identificar as características da época, do local, ou de uma leitura simples entre livros, até vale a pena.
Brave1 12/01/2023minha estante
O título da resenha AKAKAKAKAKAK AMEI




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