Levantado do Chão

Levantado do Chão José Saramago




Resenhas - Levantado do Chão


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Marcus 11/02/2024

Sempre Saramago
A história da família Mau-Tempo ao longo do século passado até a revolução dos cravos, mostra a eterna luta dos camponeses em busca de condições humanas de trabalho.
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JorgeFerlimnet 21/06/2023

Um livro ótimo, mas lido em um momento muito conturbado da minha vida, o que não me deixou curtir tanto. Mas o li e me emocionei várias vezes. Saramago é Saramago, não adianta!
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Cami 13/06/2023

Pesado e autêntico.
Li Saramago há muitos anos, hoje entendo o peso de sua escrita. Não é uma história fácil de digerir, e tá bem longe de ser simples, por mais humana que seja. O autor retrata um contexto doloroso com um modo de contar muito autêntico em que várias gerações de uma mesma família e lugarejo paupérrimos buscam condições de simplesmente subsistirem, de conseguirem o mínimo do básico. Você torce para que qualquer coisa boa aconteça com esses personagens porque não é possível que a vida seja só sofrer. É sobre luta de classes. Luta que ainda existe e a gente não vê. É uma história de resistência, é um ato político.
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Carla.Cerqueira 30/04/2023

Fantástico
Saramago conta histórias reais de maneira poética. Leitura que nunca cansa... Histórias atemporais. Emocionante
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gabisneubert 30/09/2022

É um livro difícil
Ler Saramago é sempre uma experiência única. Já me acostumei com a narrativa dele (e amo!), mas sempre exige mais atenção para compreender bem o enredo e absorver os detalhes. Sinto que nesse livro eu precisei me esforçar bem mais pra entender do que os outros que já li, mas valeu a pena cada minuto. Acompanhar as gerações da família Mau-Tempo foi maravilhoso e doloroso na mesma medida, de um jeito que só o Saramago conseguia desenvolver. Levantado do Chão, para mim, é um livro que conta sobre esperança, resistência, família e ancestralidade. Chorei e sorri com os Mau-Tempo, me vi horrorizada com a crueldade da pobreza e dos regimes totalitários, assim como me encantei com os momentos de alegrias tão genuínos que foram narrados, como no nascimento da Maria Adelaide.
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Veri 07/02/2022

O que vem da terra
Levantado do Chão foi minha 6a leitura de Saramago, e neste livro já fica bem claro seu estilo de escrever os dialogos só separando com vírgula e letra maiúscula para separar um locutor do outro, numa escrita fluida e livre como o pensamento. Saramago tem isso. Você tem que se jogar com ele e aprender a gostar dessa falta de estrutura.

Sobre o livro, nele acompanhamos 4 gerações dos Mau-Tempo, camponeses que trabalham sem nenhum direito no latifúndio em Portugal, no período pré 2a guerra até a Revolução dos Cravos que depos o ditador Salazar.

E o final incrível, dá até para imaginar uma cena de filme!
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Carol.Cuofano 29/09/2021

Não conquista
Sou grande fã dos livros de Saramago, mas esse não me cativou. Nesta narrativa acompanhamos, por meio da família Mau-Tempo, as terríveis condições de trabalho nas terras portuguesas e as mudanças a partir de muita luta e privações para que o futuro tivesse uma característica diferente.
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Maia 11/07/2021

Leitura densa, não que seja difícil, ao estilo sabidamente muito próprio do autor se acostuma rápido, o tema, os muitos sofreres do latifúndio, as reflexões é que pesam, vale a pena insistir, muito boa narrativa, o título se justifica lindamente nas páginas finais e é com um leve sorriso de esperança que fecho estas páginas.
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Klelber 14/06/2021

Um dos melhores
Saramago descreve a narrativa de forma tão poética. Da gosto de pegar os livros dele. Esse fala da revolução que acontece em Portugal, da queda do regime de Salazar. Termina de uma forma tão melancólica, me deixou pensativo...
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wmoreira 07/05/2021

Projeto Saramago
Resolvi ler todo o Saramago. Já li alguns antes, de modo esparso, agora quero ler na sequência em que apareceram. Falo apenas dos romances. Este, Levantados do chão, é o terceiro. E é aqui que se mostra o Saramago como o conhecemos, com sua literatura engajada e sua construção textual bastante peculiar. Conta a história de uma família, os Mau-Tempo, e sua lida infindável e sofrida contra as desgraças da exploração pelo latifúndio. Para mim, a transição entre um capítulo que fecha com a morte de um personagem e o outro que abre com sua neta, ainda bem jovem, já nas agruras do trabalho pesado, sintetiza a dureza daqueles dias. Leitura que exige muita concentração e que vale o esforço pela poesia que revela.
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Matheus 07/11/2020

A luta por levantar-se atravessa décadas e gerações
Levantado do Chão foi o primeiro livro do Saramago que li, talvez por isso eu tenha achado um pouquinho difícil, não só pela forma de escrita do autor, mas também pela dureza da trama.

A história acompanha os dramas de gerações da família Mau-Tempo através de décadas do século XX em um latifúndio português. No entanto, Levantado do Chão não é apenas sobre essa família em específico, mas sobre a difícil vida dos trabalhadores rurais, sobre luta de classes e sobre a difícil vida de homens e mulheres que encontram juntos a coragem e força para lutarem por dignidade e pelo que lhe é de direito. A obra ainda tangencia alguns temas como as relações e opressões de gênero e a divisão sexual do trabalho, ou como o papel da Igreja muitas vezes servindo para adestramento e imobilismo da classe trabalhadora.

O cenário e os personagens são uma ótima proposta, mas é a escrita de Saramago que torna tudo ainda mais interessante e poético. Seja no momento de desvelar a origem dos olhos azuis no DNA da família ou quando ele opta por narrar uma cena de tortura sob a perspectiva de formigas. São particularidades que torna a narrativa tão imersiva e intensa.

Levantado do Chão é lírico e realista, é dolorido e belo, é uma obra política obrigatória para todos aqueles inconformados com um mundo em que muitos vivem presos ao chão para que poucos gozem de uma vida digna.
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Edna 03/10/2020

Múltiplas questões
Levantado do Chão ? Saramago  foi publicado em 1980, e é considerado, pela generalidade dos críticos, como um dos romances fundamentais do Autor.



O livro retrata um cenário do Seculo XX à 1970 e a vida da família dos Mau-Tempo, uma família de lavradores do Alentejo e com um pezinho à 4 seculos quando um

certo Lamberto Horques Alemão homem bruto e malvado, alcaide-mor de Monte Lavre por mercê de Dom João I, à quem o tataraneto João Mau-Tempo herdou seus olhos azuis.



A luta de muitos dos cidadãos oprimidos, as terriveis condições do trabalho na terra e para assegurar uma vida mais digna vão mudando para outros  campos e alguns para a  cidade,  e com o tempo graças à luta política que vai ganhando força a cada uma das tres geracoes que o Livro apresenta no País Portugal e de natureza

as mudanças vão ocorrendo, desde a inquietação, a visão por dias melhores, movimentos antifascista até a revolução e de um ponto de vista social e com uma linguagem poética sobre as transições da vida humana ganha aqui contornos de uma espécie de épico da vida ordinária através dos personagens, cada um com seu brilho singular compondo essa grande  obra ficcional até a transição do Pais de Monarquia à República.



Toda essa transição será contada discretamente e indiretamente durante a narrativa da família dos Mau-Tempo mas que naturalmente o leitor identifica a opinião crítica e política dos  fatos na visão do autor.



Me surpreendi muito com essa leitura que não busquei nada sobre o livro antes e foi maravilhoso me aprofundar em um tema que gosto muito e é dificil não se envolver e comparar a  realidade  de milhares de pessoas exploradas  e oprimidas em todo o mundo.



#Bagagemliteraria

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regifreitas 05/08/2020

LEVANTADO DO CHÃO (1980), de José Saramago.

Eis que finalmente surge o célebre estilo saramaguiano: parágrafos longos, misturando os discursos direto e indireto, subvertendo muitas vezes as regras sintáticas e de pontuação. O narrador também passa a interagir com o leitor, incorrendo em digressões temporais e filosóficas.

Saramago nos traz aqui a história de uma família de lavradores - os Mau-Tempo - ao longo de três gerações, desde os momentos finais da monarquia portuguesa, no início do século XX, até os derradeiros instantes do salazarismo e a Revolução dos Cravos, na década de 1970.

Trata-se de uma crítica social incisiva sobre as dificuldades do trabalho e da vida no campo. As privações e desmandos a que eram submetidos os trabalhadores da região do Alentejo, um povo sofrido, que luta, mas que sempre vê seus sonhos de uma vida melhor sufocados pelos grandes latifundiários, que usam do poder do dinheiro e da força governamental para oprimir e calar as reivindicações daquela gente.

Permeando tudo isso, a beleza e originalidade do texto de José Saramago, que a partir daqui começaria a despontar como um dos grandes nomes da literatura em língua portuguesa. Tornando-se um dos maiores autores do século XX.
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Gabriel Castro 07/05/2020

As vezes cansativo, as vezes intenso
Saramago com seu jeito único de escrever descreve várias gerações da sociedade rural portuguesa, junto disto traz dilemas familiares e acontecimentos corriqueiros
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Debora.Vilar 11/04/2020

Sustentabilidade e família
Este romance conta a história da família Mau Tempo. Apesar do monótono cenário campestre, tudo transforma-se menos a miséria dos trabalhadores que lutam por seus direitos, e o latifúndio é testemunha ocular das assolações dos pobres.
A família faz o que pode para sobreviver, superando até os genes adulterado de realeza, a tendência ao vício, e a opressão da tortura. O latifúndio é quase um personagem, ali está a observar todo o desenrolar da luta por posse e poder, que nesse caso significam o mesmo.

Este romance mescla fatos sociais da História de Portugal, os fatos poderiam ser também de qualquer parte do mundo que estavam a par da Guerra fria. Nesta guerra ideológica, foi acima de tudo uma guerra de classes, no imaginário de muitos o que estava em jogo era a liberdade (ou a perda dela, com relação a bens materiais), mas na verdade o que se estava lutando era a igualdade de direitos cidadãos, de oportunidade para tomada de decisão ideológica inclusive (sair da tutela do patrão), e no contexto da obra da luta por igualdade em adquirir direitos trabalhistas flexíveis e de Saúde e Educação, o mínimo para o desenvolvimento humano.

Enfim o tempo passa, mas a luta pelo trabalho digno, direito a saúde e propriedade como garantia para manter-se com bem estar e sustentar uma família mesmo que a de Mau Tempo vai ficando na utopia se não lutar com sangue de determinação.
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