Debora.Vilar 11/04/2020Sustentabilidade e famíliaEste romance conta a história da família Mau Tempo. Apesar do monótono cenário campestre, tudo transforma-se menos a miséria dos trabalhadores que lutam por seus direitos, e o latifúndio é testemunha ocular das assolações dos pobres.
A família faz o que pode para sobreviver, superando até os genes adulterado de realeza, a tendência ao vício, e a opressão da tortura. O latifúndio é quase um personagem, ali está a observar todo o desenrolar da luta por posse e poder, que nesse caso significam o mesmo.
Este romance mescla fatos sociais da História de Portugal, os fatos poderiam ser também de qualquer parte do mundo que estavam a par da Guerra fria. Nesta guerra ideológica, foi acima de tudo uma guerra de classes, no imaginário de muitos o que estava em jogo era a liberdade (ou a perda dela, com relação a bens materiais), mas na verdade o que se estava lutando era a igualdade de direitos cidadãos, de oportunidade para tomada de decisão ideológica inclusive (sair da tutela do patrão), e no contexto da obra da luta por igualdade em adquirir direitos trabalhistas flexíveis e de Saúde e Educação, o mínimo para o desenvolvimento humano.
Enfim o tempo passa, mas a luta pelo trabalho digno, direito a saúde e propriedade como garantia para manter-se com bem estar e sustentar uma família mesmo que a de Mau Tempo vai ficando na utopia se não lutar com sangue de determinação.