fernandaugusta 20/07/2021Luxo, poder e glóriaEm "Sob o signo de Afrodite" começamos com a volta de Cleópatra de Roma para Alexandria, após a morte de César. O testamento do Imperator foi lido, e ele reconheceu Otávio, seu sobrinho-neto, como filho e herdeiro. Nem uma palavra sobre Cesarion.
A rainha fica de luto por um bom tempo, remoendo o desejo de vingança contra os assassinos de César. Além disso, ao voltar ao Egito, enfrenta problemas em seu reino: o Nilo não sobe o suficiente, levando ao racionamento de alimentos e à peste.
Em Roma, foi formado o Primeiro Triunvirato: Otávio, Marco Antônio e Lépido dividem o poder. Cresce a rivalidade entre Marco Antônio e Otávio. Cleópatra então resolve tomar partido, e levando em conta a continuidade da independência do Egito e a herança de Cesarion, vai até Marco Antônio em Tarso, em uma barca de prazeres oriental, cheia de luxo e ostentação, fantasiando-se de Afrodite. Obviamente que os dois então se envolvem em um romance tórrido, mesmo Antônio sendo casado em Roma.
Ele a segue até Alexandria e lá ela coloca a si e ao Egito à disposição dele e ele recusa, dizendo que precisa manter-se fiel ao Triunvirato e voltar a Roma. Ela então esconde dele que está grávida, e ele vai embora.
A rainha quase morre ao dar a luz os gêmeos, após saber que Antônio ficou viúvo em Roma se casou novamente com Otávia, a irmã de Otávio, para cimentar sua aliança política, que na realidade só favorece a Otávio.
Ambiciosa e apaixonada, ela espera quatro anos até que Antônio dispense Otávia e a mande chamar em Antioquia. Ela vai, exigindo casamento reconhecido, e territórios para o Egito. Marco Antônio então vai para a guerra na Pártia, último objetivo de César antes de morrer, mas é derrotado. Eles tem mais um filho, e Antônio, recuperando-se em Alexandria, apoia a idéia de Cesarion ir à Roma.
Este segundo volume termina com Otávio descobrindo e enfrentando Cesarion em Roma, dizendo-lhe que ele não quer rivais na herança de César. Mais uma guerra está por começar.
Neste livro acompanhamos Cleópatra no auge da sua beleza, ambição e poder. Ela deixa de ser a jovem rainha devotada a César e passa a assumir uma paixão irracional por Antônio, e sacrifica muitas coisas por ele, com um retorno pífio. Seu antagonismo a Otávio é tanto que ela até estuda as profecias que ditam uma mulher no poder e acredita que seja ela própria.
Há momentos que desejei que ela voltasse à racionalidade e ficasse na dela, para manter o Egito longe de Roma. E ela faz justamente o contrário, e o resultado é um grande opositor para si, e não há como voltar atrás. Agora ela e Antônio ou derrotam Otávio ou são arruinados.