Resenhas - O Terceiro Travesseiro

Rimylles.Silva 26/03/2024

Mais uma história gay com final triste
O livro conta a paixão tórrida entre dois amigos adolescentes e todos os problemas decorrentes de terem que revelar para suas famílias sua bissexualidade/homossexualidade. O autor não economiza nas cenas eróticas (algumas até nojentas). Gostei do desenrolar da história, mas o desfecho ...

Vanessa1482 20/03/2024

Plot Twist
O livro é de 1998, época em que falar sobre homossexualidade ainda era muito complicado, sendo história real mais difícil ainda.
Li o livro achando tudo muito água com açúcar até o plot Twist do último capítulo me tirar lágrimas, não é possível, chocada com o final

Cássio Cipriano 13/03/2024

Uma história que por muito tempo me fez acreditar que vivências LGBTs deveriam se limitar ao sofrimento.
É um livro ruim? Definitivamente, não! A leitura me prendeu até a metade, como se eu estivesse lendo pela primeira vez, mas em dado momento perdi o interesse e ficou cansativo, pois a história é basicamente um combo de todos os problemas, estereótipos, preconceitos e sofrimentos associados à pessoas LGBTQIAPN+, ainda mais na década de 90, mas a abordagem desses temas se justifica no fato de que foi baseado numa história real, então não era apenas uma escolha do autor abordar ou não os temas, mas de se manter fiel à narrativa dos fatos que ocorreram para contar esta história. Além disso, é preciso reconhecer o quão à frente do seu tempo esta história foi por abordar temas tabu da época, e que só hoje vemos em narrativas mainstream, como relacionamento não monogâmico e experiências problemáticas na adolescência, só que em abordagens mais reflexivas e responsáveis, diferente de como acontece nessa história. E ainda que precise ser lido considerando o recorte temporal da sua publicação, em 1997, alguns temas e a visão de muitos personagens se mantém atual, infelizmente, refletindo a onda de conservadorismo e ideais de direita que se fortaleceram nos últimos anos.

É impossível não se incomodar com a idade dos protagonistas e tudo o que eles vivenciam como se fosse comum da adolescência, como consumir bebida alcólica (muitas vezes acompanhados ou incentivados pelos pais), dirigir sem habilitação, fumar... Esta não é uma história fofinha ou didática e, nesse sentido, acho que o maior erro em relação a esse livro foi toda uma geração de jovens gays e bissexuais (e eu me inclui nesse grupo) terem lido como um romance de formação, e definitivamente não é um romance de formação. É uma história que nada ensina para jovens que estão em fase de entender a sua identidade e explorar a sexualidade. Ler essa história num momento tão delicado pode bagunçar a mente de um jovem, se ele não tiver estrutura psicológica para lidar com tudo o que esse livro aborda.

Por fim, é uma obra-prima? Está bem longe de ser! Apesar de reconhecer todos os méritos do livro, ele deixa a desejar em muitos aspectos fundamentais, principalmente na qualidade da escrita e formatação dos diálogos, que são truncados, além de algumas cenas que são tão inverossímeis, e mesmo sabendo que a história é baseada em fatos, fica difícil de engolir que algumas coisas ali aconteceram como é mostrado no livro. Porém, na época em que esse livro foi lançado, existiam tão poucos com uma proposta de mostrar vivências LGBTQIAPN+, que ele acabou virando um clássico quase que instantaneamente, mas é bom ver que hoje em dia nós temos histórias muito melhores, tanto no quesito técnico quanto na diversidade de narrativas, pois abordam vivências LGBTQIAPN+ por outros viéses e são mais adequadas para serem lidas por jovens que estão se descobrindo, entendendo suas identidades. Porém, é preciso reconhecer que histórias como a de Marcos e Renato ainda refletem uma realidade e não podemos tapar o sol com a peneira. "O Teceiro Travesseiro" é problemático porque reflete problemas de crescer sendo um LGBT num país tão conservador, em famílias opressoras, onde as aparências importam mais do que a maneira como as pessoas se sentem.

site: https://instagram.com/cassiocipriano

William423 05/03/2024

Meu Primeiro Livro
Esse foi meu primeiro livro que li na vida, e essa história tocou meu coração , me fez rir, chorar, ficar com raiva e entender algumas coisas. De fato uma história de Amor cheias de coisas que sabemos que podem acontecer entre duas pessoas do mesmo sexo aonde à preconceito. Mas de fato o amor vence e o amor deles venceu porém imprevistos acontece infelizmente. Parabéns para pessoa que escreveu e colocou para fora tudo o que eu li com tanto amor e carinho.

Duda Moretti 09/02/2024

Eu não sei descrever o que eu senti lendo. Foi uma confusão tão grande essa leitura, não recomendo muito, mas se quiser ler, leia.
(Eu realmente não sei o que dizer)

DidioAzul 23/01/2024

Uma obra que me marcou muito
Li o livro pela primeira vez há uns 15 anos. O início picante do livro me apontava pra outra direção. Não sabia que tinha uma carga dramática nele. No final, foi um livro que me marcou profundamente e fiquei vários dias pensativo e remoendo a história (até por se tratar de uma narrativa verídica). Recentemente, resolvi ler novamente. Claro que tem algumas coisas escritas que "envelheceram mal" e que hoje em dia causa polêmica. Todavia, pra minha surpresa, 15 anos depois o livro me causou as mesmas sensações e novamente a obra me marcou profundamente. Pra mim, é um clássico no estilo.

Nicolly392 10/12/2023

Sobre personagens desgraçados
Se você quer ler uma trama onde todo mundo tá errado e tem um caráter tendencioso, parabéns achou o livro certo! Conheci "O terceiro travesseiro" através de uma citação em outro livro(Rumores da cidade) e coloquei ele no radar sem saber muito que do que se tratava, acabou que o tio de uma amiga tinha e me emprestou, muita sorte né? Não, acho que foi azar mesmo.

A narrativa é vulgar, de um jeito meio escatológico, isso não é nem de longe o problema. Já que livros como "Johnny você me amaria se o meu fosse maior" também abusam desse artifício e dá certo, aqui é só um elemento que não conversa com o restante da trama.

Pois bem, Marcus é um personagem lamentável, do tipo de cara filha da **** mesmo. Não tem como defender as ações dele, nem comprar o seu gigantesco amor por Renato, que por sua vez é um Frouuuuuxo com F maiusculo. E nem vamos citar a Beatriz, porque se eu me estender demais a respeito dela esgotarei meu estoque de palavrões, dizer que é uma rapariga ardilosa serve. A junção desses três é tenebrosa, e o que podia ser um drama de desenvolvimento emocionante virou uma fofoca mau contada de bairro. É interessante, é cabeluda, mas é fofoca de uma hora de conversa no máximo, e não 200 páginas de leitura.

Pra mim é insano que seja baseado numa história real, pq por mais que eu saiba que sim, existem pessoas como o Marcus e a Bia, ainda me foi duro comprar esses dois. A leitura é sim super rápida, e você engole o livro sem dificuldades. Mas isso é pq é uma narrativa muito superficial, o que faz sentido com ser o primeiro livro do autor. Eu tentei relevar os diálogos travados por se tratar de um livro de 1998, mas mesmo assim foi difícil imaginar jovens de 16/17 anos falando como eles falam.

Porém só pra não dizer que o livro foi uma completa perda de tempo, eu fiz sete amigos diferentes lerem a passagem do cheese salada esporrado durante uma festa e foi muito engraçado ver a reação deles(e ainda tem gente que acha que não vale a pena ter um livro na bolsa pra qq ocasião). Enfim, não foi uma leitura muito proveitosa, tem passagens absurdas, passagens sexys, e passagens de encher o coração de ódio. Mas é um livro se não esquecivel pelo ridículo.

Andre350 03/12/2023

É válido?porém?.
Eu li esse livro por ele ser um clássico da literatura lgbt no nosso país?hoje temos muitas histórias, mas quando esse livro foi lançado, nem tantas?e ele tem vários problemas por causa disso, falas super problematicas, visões complicadíssimas, mas o pior dele é ser mau escrito. A escrita tira do brilho que ele poderia ter, um exemplo é todo diálogo as pessoas usarem os nomes das outras em toda frase?isso irrita. Porém, acho válido a gente ler pra poder conhecer um livro que foi quase que um pioneiro de um tema no Brasil?e pra ver como evoluímos.

viniciusdeoliveiras 07/11/2023

Até que a gente possa se encontrar de novo? vamos escolher a Lua como um elo entre nós? Todas as vezes que eu precisar falar muito sério com você, cara, estarei olhando para ela.

sichaengay 05/10/2023

O terceiro travesseiro
Odiei esse livro. Estava me sentindo super cult por ler um livro de 1998 com temática gay, mas além de ser desagradável, ele consiste principalmente em cenas de sexo. É uma história de romance sem nenhum desenvolvimento. Em menos de 30 páginas, os personagens já estão envolvidos em relações sexuais, e as descrições dessas cenas são mal elaboradas. Parece até que os personagens eram precoces, que mal começavam a transar e já gozavam. Se fosse escrito nos dias de hoje, teria muito potencial. Além disso, o livro contém expressões racistas como ?criado mudo?, demonstra bifobia e utiliza ?opção sexual? em vez de ?orientação sexual?, que me desagradou bastante. Por ser 1998, eu relevei tais falas pq era uma época em que esses temas não eram amplamente discutidos. Em resumo, não recomendo a leitura, a menos que você queira ter uma experiência literária decepcionante, como eu tive.

Pode parecer que eu não goste de cenas de sexo em livros, mas estou acostumado com um desenvolvimento mais profundo da intimidade entre os personagens antes de chegarem a esse ponto.

Rhenan 22/09/2023

Essencialmente libertador!
O terceiro travesseiro é simplesmente o livro mais comovente e tocante que existe, ao menos para o mundo lgbt. Nos sentimos tocados, representados, no texto. É de longe o livro mais forte e próximo que tive a experiência de vivenciar. Já li 11 vezes e sempre que posso, ou que preciso, leio novamente.

FellipeFFCardoso 03/09/2023

Lê-lo não foi difícil. Curto, com muitos diálogos, não há esforço algum de tempo e de inteligência para acompanhar a história. Escrita no final da década de 1990, a narrativa não foi atualizada para o muito que avançamos nos últimos 25 anos. Há ainda no texto expressões como ?opção sexual? como sinônimo de orientação sexual ou sexualidade e também misoginia típica da normatização de características consideradas masculinas valorizadas e fetichizadas como condição de aceitação pela sociedade que ?aceita, mas não concorda? com homens gostando de homens (mas que não podem, sob hipótese alguma, serem afeminados). Ainda que como um documento histórico, não há nada na edição atual que faça a ressalva. Em termos de construção textual, é uma história previsível (ainda que verídica, como reforça o aviso da capa), escrita a partir de muitos clichês e imagens piegas, muitas vezes em tom professoral e pouco realista. Sendo um homem gay, que também teve 16 anos (idade da personagem principal) na época em que o livro foi publicado, pouco consegui espelhar gírias, vivências, experiências, possibilidades que me aterrassem no que lia. É, para mim, um livro fraco, mesmo que ele siga encontrando leitores por aí que pensem o contrário.

Mr.Kanji 14/08/2023

Esperava mto, recebi nada
Já tinha lido essa bomba na adolescência
E na época realmente meu critério de leitura era muito baixo, pq eu gostava
Terminei o livro com gosto mto ruim sabe
Vários clichês horríveis
Um desfecho mto mal feito
Aff
Eu realmente deveria ter deixado esse livro na infância
Talvez eu não desgostasse dele agora
Enfim
Leia por sua própria conta e risco.
Não recomendo como releitura.

ANDER CELES 30/07/2023

Cada coisa no seu tempo mesmo
Há muuuuitos anos, quando eu era um pós adolescente, li esse livro. Foi o primeiro livro com um protagonista lgbt que havia lido, com exceção de O Bom Crioulo, mas esse era uma literatura mais clássica. Então algo contemporâneo, esse foi o primeiro. E achei o máximo! Nossa, me identifiquei com o livro, com os desejos, com os dilemas...no final, chorei horrores. Então, fiz uma viagem na qual precisaria ficar muitas horas no avião e pensei: vou reler este livro, uma pq vai ser uma leitura fácil, que não vai exigir muita concentração da minha parte e outra pq quero ver se ainda vou gostar muito.

O final ainda acho bem pesado, mas foi zero impacto ou sofrimento. Mas isso provavelmente pq eu já sabia o que esperar e já tinha lido muitas vezes no passado. Mas a história não me agradou dessa vez. Assim...é um livro dos anos 90, contando uma história real que deve ter acontecido entre o final dos anos 80 e 90. Então é claro que muita coisa vai ser diferente dos dias de hoje. A forma como lidar com as questões da homossexualidade, a forma como os protagonistas se tratam como brothers, rsrs. E isso é da época msm, não tem jeito. Até os anos 2000 a coisa ainda era assim. Então o livro envelheceu mal, pq muita coisa, praticamente tudo, não conversa com nossa época de agora.

Fora isso, relendo, não gostei do Marcus, não gostei da Beatriz, não gostei da Ana...esse livro é cheio de personagens detestáveis rsrs.

Mas enfim...o meu eu de muuuuito tempo atrás gostou muito da história, mas provavelmente se ele tivesse acesso aos livros lgbt de hj, talvez esse não tivesse se tornado uma obra-prima no passado rsrs

Sergio.Trevisan 21/07/2023

Li esse livro na adolescência, provavelmente em 2008, quando quase não se falava em homossexualidade, bissexualidade e afins.
Lembro que na época gostei muito do livro, porque acho que para um adolescente gay a única forma de ser feliz era ser "marmita" de algum outro casal heteronormativo, como se não fosse possível ser feliz sendo quem eu realmente fosse.
Hoje em dia já vejo esse livro como uma problemática, porém preciso relê-lo para poder opinar melhor.