Resenhas - O Terceiro Travesseiro

Nicolly392 10/12/2023

Sobre personagens desgraçados
Se você quer ler uma trama onde todo mundo tá errado e tem um caráter tendencioso, parabéns achou o livro certo! Conheci "O terceiro travesseiro" através de uma citação em outro livro(Rumores da cidade) e coloquei ele no radar sem saber muito que do que se tratava, acabou que o tio de uma amiga tinha e me emprestou, muita sorte né? Não, acho que foi azar mesmo.

A narrativa é vulgar, de um jeito meio escatológico, isso não é nem de longe o problema. Já que livros como "Johnny você me amaria se o meu fosse maior" também abusam desse artifício e dá certo, aqui é só um elemento que não conversa com o restante da trama.

Pois bem, Marcus é um personagem lamentável, do tipo de cara filha da **** mesmo. Não tem como defender as ações dele, nem comprar o seu gigantesco amor por Renato, que por sua vez é um Frouuuuuxo com F maiusculo. E nem vamos citar a Beatriz, porque se eu me estender demais a respeito dela esgotarei meu estoque de palavrões, dizer que é uma rapariga ardilosa serve. A junção desses três é tenebrosa, e o que podia ser um drama de desenvolvimento emocionante virou uma fofoca mau contada de bairro. É interessante, é cabeluda, mas é fofoca de uma hora de conversa no máximo, e não 200 páginas de leitura.

Pra mim é insano que seja baseado numa história real, pq por mais que eu saiba que sim, existem pessoas como o Marcus e a Bia, ainda me foi duro comprar esses dois. A leitura é sim super rápida, e você engole o livro sem dificuldades. Mas isso é pq é uma narrativa muito superficial, o que faz sentido com ser o primeiro livro do autor. Eu tentei relevar os diálogos travados por se tratar de um livro de 1998, mas mesmo assim foi difícil imaginar jovens de 16/17 anos falando como eles falam.

Porém só pra não dizer que o livro foi uma completa perda de tempo, eu fiz sete amigos diferentes lerem a passagem do cheese salada esporrado durante uma festa e foi muito engraçado ver a reação deles(e ainda tem gente que acha que não vale a pena ter um livro na bolsa pra qq ocasião). Enfim, não foi uma leitura muito proveitosa, tem passagens absurdas, passagens sexys, e passagens de encher o coração de ódio. Mas é um livro se não esquecivel pelo ridículo.

Bruno Dantas 15/12/2009

Resenha Particular
Data de início da leitura: 12/12/09
Data de término da leitura: 14/12/09

Foi o terceiro livro que realmente me fez chorar (e não pouco). É um ótimo livro, porque nos leva a refletir sobre gêneros, plano divino, natureza humana, relações pessoais e sexuais, valores, "modernidade"... A cada página enfrentamos nossos preconceitos, mesmo quem acredita não ter pré-conceitos em relação à homossexualidade, bissexualidade, poligamia... O engraçado é que mesmo odiando algumas (ou várias) atitudes dos personagens, isso não faz com que odeie o livro. Mesmo tendo muitas partes que não concordo e não me identifique, há muitas outras páginas que me senti tocado e identificado. É inegável o amor entre os dois "travesseiros azuis". Saber que é uma história verídica torna a experiência da leitura muito mais intensa também.
Não é um livro para crianças. Não é um livro para intolerantes, "puros" e religiosos - infelizmente sei que estes não passariam do primeiro capítulo. É um livro para quem tem a mente aberta - não para aceitar o que lê, mas justamente para simplesmente ler, e, se quiser dar um passo a mais, tentar entender essas vidas. Acima de tudo: refletir sua própria existência, relações, crenças, opções... e pré-conceitos, claro.

Duda Machado 03/01/2016

O PIOR LIVRO DA MINHA VIDA
É forte demais falar que é o pior livro que eu já li na vida? Acho que não. Ele merece, é ruim demais, absurdamente ruim, extremamente ruim, muito ruim, péssimo.
Quero desabafar sobre esse livro mesmo não lendo nem metade dele. Não consegui, não tinha como. Nunca li um livro tão mal escrito como esse, qualquer coisa que o cara pensava ia escrevendo, nem se importava se tava incompleto ou curto demais, percebe-se que ele nem chegou a revisar depois de escrever. Ele pula cenas do nada, de um parágrafo pro outro, assim, do nada, sem dar continuidade ou fechar o capítulo.
Já li fanfics escritas por meninas de 12 anos UM BILHÃO de vezes melhores que esse pedaço de cocô impresso, me pergunto até hoje COMO isso foi impresso, aliás? COMO a editora deixou isso ser impresso?
Vamos falar da história, essa é a pior parte, é aí que a nojeira extrema começa.
Caso você esteja com o mínimo de vontade de ler essa coisa, lembre-se de ler com um balde do lado, você vai querer vomitar.
Digamos que a dieta dos cara corresponde a 95% de esperma, parece um vício, eles passam todo o livro (até a parte que eu li) comendo porra. Comem puro, com sanduíche, com suco... (sério). É tão nojento, mas tão nojento que rola até UROFILIA (golden shower, ondinismo, urolagnia, chuva dourada... chamem do que quiser) - ECA ECA ECA ECA.
Os personagens são mal desenvolvidos, assim como a escrita. Todos parecem vazios, sem emoção nenhuma, fracos e apagados, nenhum se desenvolve.
A história tinha TUDO, exatamente TUDO pra dar certo, é uma ideia boa, mas tão mal executada que da pena, nem sei como esse cara conseguiu fazer um livro tão ruim com algo tão bom em mãos. Da vontade de pegar essa sinopse e escrever algo melhor, algo mais desenvolvido.
Resumo: NÃO LEIAM

site: uma fanfic (original) um bilhão de vezes melhor que isso aí, não foi escrita por uma menina de 12 anos mas ta valendo, temática LGBT tbm → https://fanfiction.com.br/historia/335844/A_Casa_Das_Mascaras

Mr.Kanji 14/08/2023

Esperava mto, recebi nada
Já tinha lido essa bomba na adolescência
E na época realmente meu critério de leitura era muito baixo, pq eu gostava
Terminei o livro com gosto mto ruim sabe
Vários clichês horríveis
Um desfecho mto mal feito
Aff
Eu realmente deveria ter deixado esse livro na infância
Talvez eu não desgostasse dele agora
Enfim
Leia por sua própria conta e risco.
Não recomendo como releitura.

figayredo 14/08/2016

Puramente visceral!
Eu nunca chorei tanto ao ler um livro (especialmente no final).
A história é contada de maneira bem simples, é o primeiro livro do autor, e há algumas poucas falhas dignas de muitas problematizações (risos). Mas a narrativa é envolvente e, por ser tão real, quase tangível. Acho que me emocionei tanto porque a identificação com a história começou logo nas primeiras páginas. Obviamente eu fiquei muito mais tocado por saber que o romance é verídico; por saber que histórias como esta se repetem quase em sobejo, e quase sempre são escondidas, reprimidas, acabam de forma trágica, etc.
Eu tô sem palavras pra descrever como me sinto ao fim desta leitura. Mesmo.
"Melhor do que estar vivo é poder viver mergulhando numa paixão todos os dias".

Eduardo Sbrana 26/12/2016

Bela história de amor retratada em uma péssima escrita
“O Terceiro Travesseiro” é um livro que conta a história de dois adolescentes, Marcus e Renato, e trata especialmente sobre a descoberta da sexualidade, do amor e sobre como enfrentar um amor rotulado como “proibido" pelos costumes da sociedade da época.

É uma obra extremamente simples e rápida de se ler (li o livro em uma só tarde), que em muitas partes me fez mergulhar de cabeça, me comoveu, e apesar da simplicidade na escrita realmente me fez sentir os personagens, seja a felicidade ou a angústia vivenciada por eles. Torci do começo ao fim por Marcus e Renato e vibrei em cada momento de alegria compartilhada pelo casal. Muito bom poder vivenciar um pouco a intensidade do amor destes dois rapazes, mesmo com a decisão não convencional do relacionamento de ambos com “o terceiro travesseiro” (que pessoalmente não me agrada, mas que também não julgo a partir do momento em que é algo de comum acordo entre o casal).

Além disto, em momento algum me senti incomodado pelas cenas de erotismo (que são várias no decorrer do livro), embora estas possam sim não agradar as pessoas um pouco mais conservadoras. Entretanto, senti que um foco excessivo foi dado à situações um tanto quanto desnecessárias (qualquer um que ler o livro saberá muito bem de quais cenas estou falando) considerando o contexto geral do livro e o quanto o mesmo pecou na falta de aprofundamento de acontecimentos muito mais importantes do que detalhes íntimos. Na verdade, as próprias cenas eróticas e de sexo, embora em excesso de quantidade, pecam pela falta de qualidade, pela superficialidade e pela falta de sentimentos envolvidos. Se a quantidade das mesmas fosse reduzida pela metade, mas estas tivessem sido melhor detalhadas, com certeza o livro seria mais agradável.

Quanto aos principais pontos negativos do livro, destaco:

- Diálogos extremamente mal desenvolvidos (com repetição excessiva dos nomes dos personagens e uso de gírias irritantes) e secos;
- Acontecimentos muito pobremente detalhados e com potencial pouco explorado;
- Ritmo de eventos exageradamente rápido (tanto a construção do relacionamento dos dois, quanto o processo de aceitação da família e especialmente a tragédia final foram muito corridas);
- Falta de verossimilhança na história (aparentemente o livro é baseado em um romance verídico, mas senti que a história carrega um tom bem fictício em muitos momentos);
- O livro termina sem esperança, sem uma grande mensagem, mas de uma maneira puramente depressiva e que pra mim não representa o que realmente é um amor verdadeiro. Aparentemente há uma Parte 2 do livro que o autor está para lançar há tempos e que trata dos eventos posteriores ao final do livro, mas publicar um livro que termina de forma tão abrupta como é o caso deste é um enorme defeito.

“O Terceiro Travesseiro” foi o primeiro livro LGBT que tive a oportunidade de ler e que tive grandes expectativas a respeito, as quais infelizmente não foram atendidas. Embora tenha me apegado à história e aos personagens e tenha gostado da experiência de tê-la lido, os inúmeros defeitos do livro se sobressaem ao restante da história. A história de Marcus e Renato poderia facilmente ter sido grandiosa, mas a imaturidade na escrita do autor que não soube retratá-la com mestria não permitiu isso. Uma grande pena.

Aceito recomendações de outros livros do gênero LGBT mais satisfatórios.

Guilherme 08/09/2015

O inferno são os outros
De longe, é o melhor livro com temática GLS que eu li. Não porque é bem desenvolvido, ou porque narra as coisas perfeitamente bem. Pelo contrário, a narrativa é simples, feita pela visão de Marcus, e as cenas são típicas de famílias brasileiras. Mas o livro passa uma realidade, passa um sentimento que você percebe que é verdadeiro.

Até que entra uma terceira pessoa na relação de Marcus e Renato. Isso alegra alguns, deixa outros furiosos. E isso me fez levantar uma questão: até onde outras pessoas interferem em uma coisa, simplesmente por não acharem certo? Como aconteceu no caso de Marcus e Renato. Simplesmente por serem dois homens, interferiram na felicidade dos dois, sem pensar nas consequências. Sem pensar que aquilo podia arruinar a vida deles. Não ligaram para os sentimentos, para a felicidade, apenas para o certo, segundo a sociedade. Até quando o "certo" vai ficar em primeiro lugar?

É um livro emocionante, digno de uma adaptação para filme. (contanto que cortem as cenas picantes, que são várias) É um livro pequeno, eu consegui ler em uma tarde.

E quem quiser uma motivação para ler, vou colocar aqui algumas frases tiradas do livro, que eu amei.

"Se a felicidade pudesse ser medida em aura, a minha com certeza, disputando com o sol, iluminaria toda a praia."

"– Renato, por que de prata?
– É diferente... é jovem... é atraente... Como alguém que conheço..."

"A felicidade que sentia era tão intensa, que às vezes me deixava assustado. Sempre ouvia meus pais se referirem à felicidade como algo distante, e sempre, sempre como alguma coisa do passado."

"Naquele momento, uma certeza me veio à cabeça: Deus jamais condenaria um amor tão verdadeiro como o meu. Um sentimento puro como este, desprovido de qualquer preconceito, egoísmo, inveja, nojo ou seja lá o que mais, não pode ser pecado. Deus teria de ser insensível para me condenar ao inferno."

Luan 05/06/2013

Continuação da história
Bom, pra quem já leu o livro e tem curiosidade para saber o que aconteceu, ha um tempo atras eu li que a história é real e aconteceu exatamente como é contada, o Marcus é o escritor, a Beatriz foi embora para os EUA e o Marcus nunca mais viu seu filho. E o Renato, bom, quem leu o livro já sabe o destino dele.
Acho foda, que depois de uns 3 anos essa história ainda meche com minha curiosidade. E só para constar, dizem que o "Marcus" ainda mora no mesmo apartamento em que eles moraram na história.

Andre350 03/12/2023

É válido?porém?.
Eu li esse livro por ele ser um clássico da literatura lgbt no nosso país?hoje temos muitas histórias, mas quando esse livro foi lançado, nem tantas?e ele tem vários problemas por causa disso, falas super problematicas, visões complicadíssimas, mas o pior dele é ser mau escrito. A escrita tira do brilho que ele poderia ter, um exemplo é todo diálogo as pessoas usarem os nomes das outras em toda frase?isso irrita. Porém, acho válido a gente ler pra poder conhecer um livro que foi quase que um pioneiro de um tema no Brasil?e pra ver como evoluímos.

Roberto 23/07/2015

Decepcionante!
Sempre ouvi falar muito bem desse livro, mas me decepcionei muuuuito! Os acontecimentos em si são interessantes, te fazem imaginar coisas, o final emociona, porém para por ai. Sendo um livro de temática gay, eu esperava um melhor desenvolvimento dos fatos, mas parece que eles são apenas jogados ali, sem muita explicação. As cenas de sexo, que são muitas, fazem o livro, principalmente no começo, parecer um conto erótico e o modo como o autor usa o nome dos personagens, praticamente em cada um dos diálogos, chegou a me irritar profundamente, afinal, quem usa o nome da pessoa com quem está falando repetidamente? Tipo, oi Renato, eu sei Renato, tudo bem Renato, que saco Renato! Não é um livro totalmente ruim, mas poderia ser muuito melhor.

LuEs 25/02/2010

Extremamente decepcionante.
Infelizmente, o livro não se embasa em qualquer argumento social e humano para engrandecer os personagens. As únicas divagações presentes nessa obra servem para transtornar o leitor que procura um relato bem estruturado acerca do delicado tema que o autor propõe debater - e infelizmente ignora sua própria proposta.

Os conflitos apresentados - se é que podemos chamar os eventos assim - são extremamente superficiais e mal posicionados, de forma que nenhum broto de emoção surge. A escrita é primária e suja, o texto possui pobreza vocabular e o autor limitou-se a tornar seus personagens alvos de desejo sexual. São puramente ninfomaníacos, suas únicas intenções são fazer sexo e escrotices, chegando inclusive a incomodar o leitor com tamanhas estupidezes.

Dentro das proporções sociais que o livro poderia assumir, ele fracassa, já que o autor optou por limitar-se absurdamente. Fico surpreso que a maioria dos que leram essa obra tenham-na apreciado. Na minha opinião, uma narrativa suja e pedante.

Daniel Andrade 31/08/2020

Dos lixos que já li, você foi o maior.
Esse livro é absurdamente ruim em tantos níveis que é até difícil acreditar que foi publicado. Nunca li uma merda tão grande quanto essa.
Os protagonistas são completamente desconexos da realidade. Para facilitar, separei alguns dos pontos mais peculiares que me chamaram a atenção:
1. Um pai soca a cara do filho; outro pai METE A FACA na barriga do filho; dois meses depois os filhos soltam a frase "nossos pais são incríveis". Oh really?
2. O casal só transa. E é um tipo de transa que não sei se alguém aqui aos 16 anos tinha contato, mas é nível comer um mc lanche feliz ejaculado (!!!).
3. O linguajar parece de dois senhores de 50 anos em 1940.
4. O menino toma whisky com gelo sem sofrer aos 16 anos?????????
5. Beatriz só sabe falar "e aí gatinho?
6. O plano maligno da mãe digno de novela mexicana do SBT.


É isso. Um desserviço pra comunidade lgbt+ (foda-se a época em que foi escrito, livro ruim é ruim em qualquer época, livro bom a mesma coisa). São poucos os livros que digo para as pessoas não lerem, mas esse aqui... fuja. É mal escrito, mal pensado. Um lixo.