Anezka 03/02/2013
Tudo começa quando um vírus modificado de gripe se espalha pelo mundo e mata quase toda a população mundial. Os sobreviventes, imunes ao vírus, acabam se divindo em dois grupos: bem e mal. E aí as coisas ficam interessantes em como o King consegue lidar com esses conceitos antagônicos ora em termos religiosos, com uma divisão bem clara, e ora em termos mundanos, onde essa divisão é, na maior parte das vezes, muito mais tênue.
A exploração dos personagens em termos psicológicos e de caráter é quase perfeita. Nós, leitores, passamos a conhecê-los e a, até mesmo, antecipar alguma ações. Isso mostra personagens bem construídos. E eles mudam frente a toda a tragédia e mudanças que acontecem e a gente acompanha cada mudança, para bem ou mal.
O livro é dividido em três partes:
- "Captain Trips", onde é contada a estória do vírus se espalhando e das mortes por ele causadas. Essa é a parte mais realista e vívida da narrativa. É tudo tão possível e tão natural, que poderia ser verdade. O tom de casualidade do King me impressionou muito. Além disso, nessa parte, conhecemos os principais personagens e começamos a entender o jeito de cada um.
- "On the Border", onde os sobreviventes começam a se agrupar em dois locais distindos (bem e mal) e começam a se organizar e tentar reconstruir as suas vidas. Ao mesmo tempo eles são assombrados e preparados para a batalha que inevitavelmente acontecerá.
- "The Stand", onde o bem e o mal se enfrentam. É a parte que dá mais ênfase ao lado mal da estória (o resto trata do bem, principalmente) e o desfecho acontece.