Pauliceia Desvairada

Pauliceia Desvairada Mário de Andrade




Resenhas - Paulicea Desvairada


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JosA225 31/12/2023

Paulicéia Desvairada
Com esse livro, seu principal de poesia, Mário de Andrade conseguiu criar um novo adjetivo para a cidade de São Paulo. Mostrou também que entende de poesia como de prosa.
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Hey_Guga 17/10/2023

Nada posso fazer se não caso com poesia...
Sinceramente a obra é super interessante no quesito contexto histórico (principalmente o "Prefácio Interessantíssimo") tendo visto a semana de 22, a revolução artística, o período burguês execrável, os motes contrários a industrialização daninha, etc, etc...

Apesar do "contexto" Interessantíssimo e alguns textos cativantes (Ode ao Burguês, Inspiração, Rua de São Bento, Enfibraturas do Ipiranga...), tão pouco me relaciono bem com poesias como também as entendo, especialmente estas são dificílimas e extremamente contextuais, cheias de referências e repertórios que datam um conhecimento que não tangeio em tempo nem espaço.

Dou-lhe um bom e basta! Para mim. Por enquanto. ..
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SasaWene 23/08/2023

Cara no início eu tava odiando esse livro, esta achando maçante e sem sentido, mas aí eu comecei a entender mais um pouco ele e os poemas, e gostei mais dele quando escutei ele em áudio book que foi o que me terminar ele rápido e não achar tão ruim, sei que ele é importante para a história mas para ler ele seria bom ou já começar com o áudio book ou saber o contexto histórico. Não foi o pior livro que já li mas também não foi o melhor
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J. Silva 04/08/2023

Paulicéia Desvairada
Paulicéia Desvairada foi publicada em 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna, foi um marco da literatura e traçou os alicerces da estética do Modernismo no país.  A antologia de contos do escritor paulista foi a primeira obra realmente de vanguarda do movimento Modernista.

A mim o que impressionou foi o "prefácio interassantísssimo", que traz 66 pequenos textos, com anotações, explicações, questionamentos e divagações. Em meu livro foram muitas as anotações sobre esse capítulo inicial.

Dos demais textos, com certeza "Ode ao Burguês" é o que mais se destaca. Texto obrigatório em qualquer aula de literatura.

Ode ao burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os Printemps com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"? Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
? Um colar... ? Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burgês!...
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Tatá 26/05/2023

Curto, porém intenso
Se fosse resumir essa obra, seria com a frase acima. Mário de Andrade me parece um provocador e um provocador que vivência São Paulo intensamente. No seu ir e vir, os bairros quase se tornam personagens. Me lembrou a noção de flaneur de Walter Benjamin também. Gostei bastante e até percebi uns momentinhos de deboche do autor, principalmente em relação a burguesia.
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Rafaela 15/04/2023

Pauliceia
Sinto q n tenho neurônios suficientes pra entender isso. senti meu cérebro derretendo em alguns momentos.

mas em outros senti minha mente se expandindo.

eu comecei a andar por SP refletindo muito. tipo, São Paulo. São Paulo.

.... São Paulo.
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linne 10/04/2023

Como ainda não tenho muito costume de ler poemas, eu não estava muito empolgada, mas a leitura acabou sendo bem interessante e aprendi várias palavras novas kkkkkkk
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Daubian 12/01/2023

A polifania das mariocidades
Mário era genial e usou toda sua visão aguda para descrever São Paulo. Esta Paulicéia, sua "mariocidade", envelheceu ao mesmo tempo ultrapassada e inexistente com suas mocinhas indo a pé em bando ao cinema como mais atual que nunca. Quem cresce nesta metrópole vai identificar muito bem o espírito dela nestas páginas. Esta "Lady Macbeth feita de névoa fina", palco e personagem tão essencial. Mas este livro é mais do que um ode (e uma crítica) a São Paulo. Aqui ele apresenta ideias líricas realmente interessantes. Um "lirismo de sabiá". Pra ele um poema é um que de profecia, sonho e loucura. Questiona o belo, a história, a métrica, a ordem, a gramática, a cidade, a liberdade, a igualdade...Tem um trecho ótimo sobre a última: "homens de São Paulo, todos iguais e desiguais". Aqui, Mario e os modernistas que buscam a identidade cultural brasileira, mostram que é primeiro de tudo uma questão de se conhecer: "Por muitos anos procurei-me a mim mesmo". O livro mostra esta identidade à brasileira com cajus e arranha-céus, com araras e fuligem, com mariposas e helicópteros. Ele teve uma ótima visão que é um bom resumo de São Paulo e do Brasil: "Sou um tupi tangendo um alaúde!". E Mario, um especialista em música, coloca muita sonoridade no livro. Seja nas aliterações (como em "carroças rodando, Rápidas as ruas se desenrolando, Rumor surdo e rouco,"), seja nas referência a orquestras e canções. Que genial especialista em música era ao colocar propositadamente desafinos como parte da composição musical. Para ele a música avançou mais que a poesia, em que podemos apreciar um som solto, uma composição, uma harmonia, e em suas palavras ele busca uma poesia musical, uma polifania. E o livro embarca como um ode à loucura, à transgressão, para ser superior a tudo isso, porque só assim conseguiremos, senão reproduzir, mas ouvir o verdadeiro "som" que é esta cidade.
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Maria.Clara 10/01/2023

...
Só li por conta do poema ?Ode ao burguês?, mesmo assim não me agradou tanto. Espero que outros livros de Mario de Andrade sejam melhores.
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Franciscorgss 09/01/2023

Poemas são lindos, porém dificílimos de ler e interpretar. Ler enquanto busca análises permite entender essa obra e o modernismo brasileiro.
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Tarcine 06/12/2022

Eu AMEI essa obra! Desde o prefácio foi tudo muito interessante e me diverti lendo os poemas. Não conheço São Paulo pessoalmente e, com essa obra tive a oportunidade de conhecer um pouquinho dessa cidade com as falas em tom crítico e agridoce. Simplesmente sensacional!
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lena 01/12/2022

gostei mas não entendi muito.
li muitos poucos livros de poesia e esse foi o mais diferente de todos, ele é bem modernista. O livro crítica as diversas variantes da sociedade e também, vangloria demais a cidade de São Paulo em si.
a parte que eu mais gostei foi do prefácio pois foi a parte que eu mais consegui entender e teve várias linhas de pensamento que eu consegui refletir sobre!
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Jenn 22/11/2022

Leitura interessante, mas nunca mais quero ler algo assim
Bem confuso, poeticamente confuso. Gostei das ideias dele sobre composição, lírica e tals. Os poemas pareciam em sua maioria ser críticas sociais, não consegui entender metade, sinceramente nem quero. Não me esforcei muito, mas é a vida kkkkkk
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Sofia.Budal 10/11/2022

sla
o livro é bom, bem escrito, porém é bem difícil de interpretação, recomendo que após a leitura procure na internet por elas, apesar disso ele faz com que a vontade de ler permaneça até o fim.
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iamviczinea 03/11/2022

li esse livro para vestibular, é bem tranquilo e rápido de ler. gostei dele, principalmente do prefácio
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