Resenhas -

Leitor-gbn 06/09/2023

Instigante e perturbador.
O que pensar "da pureza da infância"? Andrés Barba instiga o leitor a envolver-se progressivamente com horrenda história, mexendo e questionando noções ingênuas sobre essa fase da vida.

O romance é centrado em acontecimentos perturbadores e misteriosos do povoado de San Cristóbal, revelados pouco a pouco em trama narrada e sentida por quem os experienciou no passado.

Leitura rápida e muito agradável!

Dé 07/06/2023

História curiosa e diferente, que desperta sensações inquietantes ao longo de toda a narrativa.
Apesar de ser revelado nas primeiras páginas o mote da história, o escritor nos prende sutilmente na sua teia misteriosa até o final.
Vale a pena conhecer ?

Sandro 01/05/2023

Boa história
Andrés Barba faz uma ótima história, que prende o leitor em um intricado texto que faz surgir diversas dúvidas e questionamentos no decorrer da leitura. Uma história quase inverossímil, fantasiosa de 32 crianças beirando o crime ou praticando-o sem remorsos em catarse de uma cidade na busca destas crianças. Tudo de maneira bem embasamento e cheio de idas e vindas. Gostei da leitura.

Valéria Cristina 28/10/2022

Contundente
A história tem como cenário a cidade de San Cristóbal em um clima tropical, cujas características atinjem o leitor.

Em um determinado momento crianças desconhecidas começam a aparecer na localidade. Integradas ao ambiente, são toleradas pela comunidade.

Essa situação se mantém até que uma tragédia acontece.

A história é narrada em primeira pessoa por um assistente social que tem participação nos fatos.

O livro discute a inviabilidade das crianças de rua, a forma como a sociedade as trata de maneira assistencialista enquanto não se vê incomodanda por elas. Quando isso acontece, vê-se a atendecia de culpa-las e de adotar ações punitivas.

As crianças de San Cristóbal representam todas aquelas que percorrem nossas cidades e que são vistas com indiferença ou medo

Andrés Barba nasceu em Madri, em 1975. Ficcionista, poeta, ensaísta, fotógrafo e autor de livros infantis, foi escolhido em 2010 pela revista Granta como um dos melhores escritores jovens de língua espanhola. Em 2017, venceu o Prêmio Herralde com REPÚBLICA LUMINOSA.

Sthefany_ 09/10/2022

República luminosa
Comecei esse livro com poucas expectativas,apesar que a sinopse me agradou muito,É um livro narrado em primeira pessoa,por um assistente social,que vivenciou o caso das 32 crianças,o livro é narrado no passado e no presente,Eu gostei bastante do livro,não consegui me apegar a nenhum personagem,demorei bastante pra ler,a narrativa não me prendeu apesar de ter gostado.
32 crianças vivendo sem regras,sem limites,sem afeto,sem perspectiva,crianças que foram negligenciadas,Crianças que viveram e fizeram atrocidades. Será que crianças realmente são inocentes?

O amor e o medo têm algo em comum,ambos são estados nos quais permitimos que nos enganem e nos guiem.

Quando nós as vemos nas ruas,fingimos que não estão ali,mas elas nos olham e não falam nada,como abutres.

Não é fácil determinar se o que nos ameaça tem uma influência maior sobre nós do que aquilo que nos seduz.

Paulo.Jose 12/07/2022

Uma das melhores leituras do ano!
Havia acabado de ler O Senhor das Moscas, que incomodou bastante ( no bom sentido), mas República Luminosa vai além. Transcende a questão da violência ou retorno a um estado natural, primitivo. As crianças "selvagens" aqui mostram muito mais quem somos, as nossas falhas, as nossas expectativas e a nossa covardia diante da quebra delas. Por vezes, o livro é sufocante, mas merece muito ser visitado.

Livia M. 18/06/2022

Uma realidade social precária quando negligenciada se reverte em resultados violentos tanto físicos quanto psicológicos.
Texto surpreendente cheio de surpresas que leva a uma inevitável reflexão interior sobre o nosso próprio comportamento em circunstâncias similares.

Por que 32?

#voltaaomundoem50livros
5/50
Espanha

arthur966 26/02/2022

elas nos viram. é difícil se libertar dessa sensação, a de que as crianças ficaram nos olhando sem falar nada esse tempo inteiro. é como sentir a pressão de uma mão muito tempo depois que a pessoa já tirou a mão.

Cinara... 02/02/2022

"Não é sempre fácil determinar se o que nos ameaça tem uma influência maior sobre nós do que aquilo que nos seduz. A própria natureza dessas duas coisas às vezes não está em contraposição, mas é quase indistinguível."

A sensação do começo ao final era que eu estava vivenciando O flautista de Hamelin contemporâneo.
Gostei muito!
A infância brutalizada e marginalizada escondida por uma cidade.

Edna 09/06/2021

Infância Roubada
"Quando nós a vemos nas ruas, fingimos que não estão ali, mas elas nos olham  e não falam nada, como abutres."

Intenso e surpreendente, a narrativa pelo ponto de vista de um assistente social, do jornalismo  e também pela visão das crianças, as das famílias e as estranhas e vítimas 32 que surgiram do nada  e muda a atmosfera da cidade de interior,  San Cristóbal, América Latina e assim como eram intrigante as aparições pelas ruas, pelos estacionamentos da cidade,
desapareciam sem deixar vestígios.

Ecoando autores como Joseph Conrado autor de Coração das Trevas e William Golding autor do aclamado Senhor das Moscas, Andrés Barba nos presenteia com uma história tensa,  uma narrativa  amplificada na em sua construção,  abordando com uma forte crítica social, a infância, o medo, o terror  e suas consequências.

O aumento da tensão acontece quando uma das crianças é cercada pelos moradores e logo numa forma de protesto e represália um Supermercado é atacado por um grupo delas, e como são surpreendidos com violência, reagem, e matam duas pessoas dentro do mercado, acelerando e proliferando o ódio contra as crianças selvagens como eram chamadas. Mas a barreira era como encontrá-las?! Onde estavam? Onde se escondiam? A tortura psicológica à um deles preso e interrogado, a descoberta do esconderijo, a tragédia.

É tão intensa e com profundidade sobre os problemas sociais, e principalmente como o pensamento humano deturpa e minimiza a capacidade da mente de uma criança, a história foi desenvolvida em um cenário de 30 anos atras  e te prende muito que te faz pensar que é um documentário atual e nao uma ficção, leiam e descubram a origem do nome, e a existênciar um raio de luz nas trevas.

"Assumir um destino fatal, o mundo está cheio de famílias descontentes com traços idênticos e de famílias felizes coberta de remendos."

Já conhecia esse livro ou o Autor?

#Bagagemliteraria
#Bookstagram
#Republicaluminosa
#Andresbarba
#Literaturaespanhola

Elion.Gabriel 15/05/2021

Surpreendente.
Esse livro é aqueles que você lê e toda um susto! Misterioso. Traz uma profunda reflexão sobre o que é inocência, se de fato essa existe e - sobretudo - se pode ser associada às crianças.

Filosófico. Sociológico. Psicanalítico.

Não há como negar que o meio em que o ser humano está inserido e a que ele é submetido pode influenciar suas ações e modo de vida.

Vits 20/04/2021

Um livro de Verdade
Fazia um bom tempo que não lia um classico literario, e tenho que admitir que é nitido a qualidade dessa obra, a abordagem sem ordem cronologica que inves de te confundir te ajuda a entender de forma melhor a historia. E a visão do protagonista como narrador é incrivel.

Arruda 25/03/2021

Texto muito bom e escrito de forma a nos envolver na leitura. A essência de reportagem jornalística nos prende muito a atenção

Ely 03/02/2021

'A infância é mais poderosa do que a ficção.'
Terminado o livro, quando penso no título 'República Luminosa' e imagino ao que se refere, me vem a angústia que talvez o narrador da história tenha sentido por um tempo. Durante toda a história esse narrador vai lembrando episódios do passado, de quando foi morar na cidade de San Cristóbão com sua mulher Maia e a filha dela, quando conheceu a cachorra Moira, e passa pelo momento em que 32 crianças misteriosas aparecem na cidade. No início elas se camuflam umas entre as outras, parecendo com as usuais crianças que vemos em situação de rua, mas o grupo começa a crescer e a coisa entra em desordem depois do assalto ao supermercado Dakota e posteriores desaparecimentos.
Durante a narrativa o leitor fica curioso: de onde elas saíram? Quem é o líder delas? Porque preferiram viver assim? Ou talvez não preferiram. As circunstâncias da vida a levaram a certo ponto e, vendo a liberdade que teriam sendo só entre elas, preferiram ficar. E isso nos traz uma nova ideia sobre infância, que crianças não são coisas a serem tratadas, que desde cedo precisamos olhar por suas necessidades também. Essa ideia me veio depois de algumas conversas do Assistente Social com o Jerónimo. E depois de uma reflexão sobre a dinâmica que as crianças tinham.
Mais pra o final do livro essa curiosidade de saber mais só aumenta, a escrita com um quê de investigativo do Andrés Barba só instiga.
É um livro interessante no que se propõe, a história se desenrola em seu tempo certo, com o intuito de nos fazer abrir o olho e direcionar a atenção justamente para essa fase da vida chamada infância, nos fazendo refletir mais sobre ela com outros olhos.
Recomendo a leitura, super diferenciada, mas surpreendente.

Josue.Fagundes 12/12/2020

República luminosa
Livro rápido de se ler. Gostei bastante do livro, o mistério que acompanha a leitura do início ao fim consegue segurar o leitor. Um livro que me trouxe algumas reflexões.