O conto da aia

O conto da aia Margaret Atwood




Resenhas - A história da aia


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Rayssa 12/03/2024

Um futuro possível
Eu vejo a onda conservadora cada vez maior e isso me amedronta. São pautas sobre a forma das mulheres se vestir, sobre funções femininas na casa, o domínio sobre nossos corpos... Tudo com uma roupagem moderna, né? As roupas são pq hoje NÃO VAMOS SER SEXUALIZADAS, a funções femininas na casa são PQ A MULHER SE DEDICAR AS ATIVIDADES DOMÉSTICAS MELHORA A ALIMENTAÇÃO DA FAMÍLIA, concepção é só o que sempre foi mesmo.

Aí você vai lendo este futuro cristão no livro e parece plausível. Com tudo que acontece nos EUA e uma população cada vez mais imebecilizada por desinformação em vídeos de 15 segundos. Cheia de mandingas e crenças medievais. Gente que acha que tem um ponto e quer submeter todos ao que eles acreditam.

Desesperador.

Principalmente pq a gente sabe que em toda sociedade a mulher sempre perde. Em toda guerra somos violentadas e mortas, em toda autocracia nossaoa direitos são tolhidos.

É muito triste.

Eu abandonei a série por achar muito triste e lendo o livro: ele é bem mais. A série tomou muitas liberdades para fazer o negócio melhor.

Mas é um livro necessário e magnético.
Leiam, meninas. Leiam.
Lavinia166 15/03/2024minha estante
amei a sua resenha, compactuo com o mesmo ponto de vista




Https_absch 10/03/2024

"O que ela inveja em mim?"
Em um mundo infestado de radiação pela guerra, a maioria das mulheres se tornaram inférteis. Com a queda da natalidade, Offred foi separada de sua família, tornando-se uma aia:mulheres que são proibidas de ler e sua unica função é procriar. Se não cumprir as expectativas impostas, ela pode virar uma das não mulheres, indo trabalhar nas colônias ou serem fuziladas e expostas no muro, servindo de exemplo a população. Sem que ninguém saiba ela sonha com o tempo que tinha uma família e um emprego, bem antes de perder seu nome, e resiste agarrando-se a esperança de achar seu marido e sua filha.

Livro bom , mas confuso em muitas partes, tornando a leitura cansativa.
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Rasana 10/03/2024

Assustador
Pra mim, mulher feminista esse livro assusta, pensar nele como a ideia de um futuro ainda que apenas pensado por alguém de forma distópica. Ver a descaracterização da mulher dessa forma, destituída da sua identidade, sentimentos, autonomia. Sofri mais que a principal. E torci por uma revolução a cada página, eu precisava acreditar que haveria uma revolução. Como foi sofrido ver moira daquela forma. Como foi revoltante ver ofgeln simplesmente aceitando aquilo como suficiente.
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Nath 10/03/2024

Parece uma realidade muito distante. Mas será?
O livro é ótimo. Uma leitura pesada, com um esquema de escrita que por vezes exige uma concentração maior para que você possa acompanhar o fio da meada (boa parte de diálogos de momentos relembrados são contados naqueles diálogos sem nenhuma marcação,aff...). Há muito revezamento do tempo presente e passado, que foi importante para entendermos o que aquela sociedade é no momento e como ela começou. Apesar da nossa protagonista Offred situar tudo a partir de suas vivências e ponto de vista, ela dá vários detalhes que ajudam a montar na nossa cabeça toda a ambientação distópica sobre a qual o livro está baseada. Nisso a autora foi genial.

A história é difícil, mas socialmente muito relevante. O universo distópico criado por Margaret Atwood se mostra assustador. Uma sociedade onde homens, os quais desde sempre detêm muito poder, (re)instituíram o mais patriarcal dos regimes: a teocracia. Teocracia esta com direito a subverter princípios bíblicos em prol de todo tipo de autoritarismo e opressão sobre certas minorias. No caso do livro, destaque às mulheres. Essas são vistas como cidadãos de segunda categoria: ou procriam ou são esposas de adorno. Apesar de ter levado a situação distópica ao extremo, é o tipo de livro atemporal que nos gera muita reflexão e comparações com a realidade atual. Obviamente não estamos sendo cedidas como parideiras por aí, mas é perceptível que certos "valores" da sociedade de Gilead são meio que exaltados ainda nos dias de hoje, tornando difícil a real percepção de que mulheres, como a autora diz no posfácio, são seres "interessantes e importantes" tal qual homens também o são. Sermos subjugadas ainda é uma realidade em diversas camadas e tons, mesmo menos caladas e com mais armas e espaços para lutar atualmente. A história de Offred nos choca, ensina e confirma coisas que já sabemos, mas que lutamos para impedir e esperamos que, algumas delas, jamais cheguem a se tornar (novamente) reais numa sociedade que queremos considerar tão avançada em diversos sentidos, inclusive na luta pela igualdade.
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jennibel 09/03/2024

9\10
Distopia ou realidade?

Esse livro é um espelho que reflete nossa realidade de uma forma totalmente clara e objetiva, sem enfeites e de uma forma muito bem escrita, me dava gosto ler os pensamentos da personagem, suas indignações e a forma que ela lidou com tudo.

Diferente de Admirável mundo novo, ao qual as coisas são jogadas, é difícil se situar no livro e entender o que está acontecendo, por mais que acho que seja uma obra brilhante.

O conto de aia de ser um livro reflexivo social...ainda mais da forma que o homem vê as mulheres com o desejo velado e como ele se mostra ou pecaminoso e errado, ou mercadoria, (faz alusão ao tráfico feminimo e a situação no islã e algumas instituições religiosas).

Mas antes dele ser um livro reflexivo e de estudo foi um livro de lazer, pela simplicidade e facilidade de se ler, e na minha opinião a personagem principal se torna cativante pelas suas escolhas por seu modo de ver as coisas.

A escolha de tema foi muito inteligente já que nos faz pensar o qual absurdo seria um mundo assim, até nos lembrar na história de histórias assim. Um querido que merece o hype que tem, muito importante e inteligente, simples e forte.
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NinaeraiosdeSol 09/03/2024

"...a escolha que me apavora."
Tudo é cru, ausente de prazer, e o que restam são os devaneios que se estendem à qualquer cena ou objeto exposto. Ela se apega a eles farta do vazio, do tédio, da própria existência. E eu sinto com ela, sei que é sua mente, sei que ela se ocupa com metáforas palpáveis e tão vivas que se tornam mirabolantes. Talvez fosse sua mente num papel, num discurso, ou só em pensamentos, mas eu não me importei. Diante da brancura que segue a sua vida e desses malabarismos para ocupar toda essa ausência, qualquer possibilidade nova representa um suspiro, alguma mínima nova liberdade, alguma ilusão de poder. E eu entendo, pois fico extasiada também, até com as partes grotescas, até com a realidade fria: o contato com o Comandante, com Moira, os encontros com Nick ou mesmo antes, os sussurros com Ofglen. Ainda sim, representam o novo, a quebra do monótono. São faíscas de vida que surgem no meio do nada. Como não poderiam se tornar grandiosas e alimento para uma esperança discreta?

Leitor e narradora, facetados, idênticos, como gemêos, ambicionando as mesmas coisas sem saberem exatamente que coisas são.

Apesar de ser doloroso ela rendendo seu corpo e sua luta conforme a relação com o Nick representa alguma vida, mesmo que não fosse amor, eu também a entendo. E sinceramente, o fato dos meus sentimentos terem sido tão alinhados com as angústias da protagonista diz muito (ao meu ver) da escrita perspicaz de Atwood.

O final me parece muito original, sagaz. Que outra melhor forma de contar um final ao mesmo tempo que o omite se não através da história? Ainda assim, ainda que fosse uma finalização mais que necessária, acredito que poderia ter sido um pouco melhor ou mesmo organizada.

Iniciei a leitura com muito receio e preconceito por algum motivo que desconheço, mas ao final eles mal importaram. Vinte páginas depois eu sabia que precisava ler apesar do desconforto com a narrativa, até que mais cinquenta páginas depois eu percebo que não irei conseguir parar.

Sem dúvida um dos melhores livros que já li, o que me deixa temerosa em relação a me arriscar ou não com a sequência da obra e até mesmo o seriado. Parece quase um pecado.

Fico genuinamente feliz de partilhar de um tempo em que essa obra tenha sido lançada e tão amplamente aclamada. Não poderia pedir mais de um retrato contemporâneo.

"Tudo o que é silenciado clamará por ser ouvido, ainda que silenciosamente"
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Rodolfo.Barbosa 08/03/2024

Distopia tão boa quanto 1984.
Em um futuro não tão distante, em um local onde antes já foram os Estados Unidos da América.

Onde uma guerra química causou infertilidade na maioria das mulheres, e as poucas mulheres que não ficaram inférteis, de forma totalitária, viraram propriedades do governo.

As mesmas seriam chamadas de Aias, e seu objetivo seria gerar filhos, de uma forma totalmente desumana, como simples objetos...

Uma distopia excelente, e um enredo muito bem elaborado. Distopia clássica! Um mundo futurista, um governo totalitário, e muitas reflexões da atualidade.

Esse livro traz muitas reflexões, como a liberdade(liberdade integral), direitos, formas de governos, machismo, e outras coisas que o leitor vai refletindo no decorrer da leitura.

O final deixa o leitor com muito suspense e preparado para ler o 2° livro.

Recomendo!
Elton.Oliveira 08/03/2024minha estante
Show ! ??????

Eu vou ler receoso , nos raríssimos casos em que produções de filme e séries são melhores que os livros , falam que a série vence aqui !! Eu estou acompanhando a série e digo que June tira onda na série!! A distopia como crítica é muito boa ... A loucura religiosa , fanatismo extremo , o problema da fertilidade mundial ... Realmente, o texto é incrível!!!


Rodolfo.Barbosa 09/03/2024minha estante
Verdade. Talvez tu ache muito diferente da série. O livro tem algumas partes mais lentas, mas vale a pena pra tu comparar com a série. Agora ver se leio logo o 2 livro, e depois vou assistir a série.




acarolsouto 08/03/2024

Achei que não ia conseguir me surpreender com o livro, por já ter visto a série, mas estava enganada. a autora conseguiu construir uma distopia singular e com uma construção única. através da leitura, conseguimos claramente perceber o sofrimento da protagonista, até mesmo pelas divagações e tentativas de escape. quantos sentimentos ela me causou... achei o final genial. ansiosa pelos testamentos. vale muito a leitura!
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Ana Bellot 08/03/2024

Manual de como não fazer
Esse livro pega todos os clichês do genêro e consegue ser ainda mais previsível.

Todas as lojas do lugar tem referência a algo bíblico? Sério? Eu dei risadas nada planejadas quando lia as referências do tipo "Loja Éden".

E os flashbecks intermináveis! Meu Deus, não quero saber do passado. Desculpe, me dê mais substância desse mundo. A revolta igreja x estado é muito maniqueista e simples. É bem a gente, quando tem 15 anos e conhece o pessimismo, sabe? Talvez sustente por uns capítulos mas o livro todo... não rolou.

E no meio da leitura surgiu um momento no qual me peguei torcendo pelo triângulo amoroso porque, ao menos, era algo diferente acontecendo no cenário. Mas ai a coisa toda virou um enredo da virgem do CEO na distopia! Nada contra as virgens, nem contra os CEOs, mas não era isso que eu tava buscando...

Outra cena bem marcante foi quando o capítulo precisou dizer quatro vezes que a personagem estava em uma casa adulta de homens. Gente... eu já entendi. E na tradução para português, alguns palavras se repetem de forma enjoativa. Alô, tradutores!

Em resumo: se vc quer ler uma boa distopia, comece no básico-clássico: procure o trio Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 451.
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dluaeduarda 08/03/2024

"O Conto da Aia" de Margaret Atwood é uma obra que me deixou dividida. Por um lado, é uma história instigante e provocativa, que me fez refletir sobre questões profundas relacionadas ao poder, opressão e resistência. No entanto, também me vi enfrentando momentos de monotonia e dificuldade em avançar na leitura, devido à narrativa arrastada em algumas partes. É como uma montanha-russa literária, com altos e baixos ao longo do percurso. Apesar disso, reconheço a sua importância na discussão de temas relevantes para nossa sociedade. Recomendo a leitura para quem está disposto a enfrentar um desafio literário, mas sugiro ler aos poucos, no próprio ritmo, para absorver melhor a riqueza da narrativa.
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Suzana203 07/03/2024

Ainda bem que tem a série, eu ficaria extremamente agoniada só lendo esse final, sem saber o que rolou com a June
Talvez se eu tivesse lendo o livro sem ter assistido a série antes eu não teria gostado tanto, muita coisa não é explicada e gera uma certa confusão, então já ter uma visão daquilo e de como funcionava facilitou muito a leitura.
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distópica 07/03/2024

Melhor nunca significa melhor para todos
Em uma ditadura religiosa instaurada por uma facção católica após o assassinato do presidente dos Estados Unidos, Offred é uma das poucas mulheres férteis que sobraram. Em uma sociedade assolada pelas catástrofes ambientais, essas mulheres foram selecionadas e submetidas a condições de "Aias" cujo único objetivo é reprodução.
A história é narrada por Offred (ou June?), que nos apresenta Gilead, a atual república patriarcal, onde os homens são detentores de todo conhecimento e educação e as mulheres só possuem um objetivo: obedecer e reproduzir. O objetivo é manter a sociedade fortalecida, crescendo as taxas de natalidade que foi fortemente afetada pela radiação causada pelos danos ao meio ambiente. Para isso se faz necessário a submissão das mulheres por um bem maior e melhor para todos, que sempre significa "pior para alguns".
Estamos dentro da mente de Offred, frequentemente somos transportados do presente para o passado, para as memórias da aia, que aos poucos nos explica como chegou ali.
Uma jornada que permeia a angústia, revolta e pequenos momentos de lucidez. Uma leitura prazerosa, muito bem escrita e ouso dizer, um presságio.
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Manu 06/03/2024

Impactante
Acho que é, sem dúvidas, um livro que toda mulher deveria ler. A possibilidade de um dia chegarmos a esse nível de retrocesso social se torna um receio com essa narrativa. Não deixa nada leve, é crua e com detalhes bem delineados de uma sociedade extremamente patriarcal, mas com toques de matriarcado. A releitura deste clássico contemporâneo não cansa de impactar. É certamente um dos meus favoritos da vida!
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Cissa 06/03/2024

Que livro bom, tipo bom mesmo. Passei o livro intero preucupada, indignada e chocada e adorei. Um libro com super reflexões sobre feminismo, machismo, extremismos,religião, entre outros. Um das minhas reflexões favoritas está no final na "análise histórica" que vemos como muito é apagado e pensamos no passado que não conhecemos realmente.
O motivo que eu não dei 5 estrelas foi a estrutura do livro, que é narrado indo e voltando pro passado, presente, pensamento, e me deixa louquinha, mas esse é um problema meu mesmo, pq a autora é genial e queria um livro que relatasse algo como os pensamentos realmente fluem em nossas cabeças, mas mesmo assim fiquei incomodada.
Fora isso, eu totalmente recomendo a leitura desse livro.
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