Arquipélago Gulag

Arquipélago Gulag Aleksandr Solzhenitsyn
Aleksandr Soljenítsin




Resenhas - Arquipélago Gulag


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Mariana Rodrigues 09/03/2024

Arquipélago Gulag
Arquipélago Gulag ? Um experimento de investigação artística (1918-1956) , obra-prima do russo Aleksandr Soljenítsyn (1918-2008), prêmio Nobel de Literatura, foi escrita clandestinamente entre 1958 e 1967. Para contar a história, construída a partir do testemunho de 227 sobreviventes dos campos do Gulag, na União Soviética, Soljenítsyn precisou montar uma verdadeira operação secreta. Passou duas temporadas em um sítio na Estônia, longe da vigilância soviética, onde escreveu a maior parte do texto. Com o manuscrito pronto, aquartelou-se em uma casa de campo próxima a Moscou, onde revisou, datilografou e microfilmou cada página em 1968. Uma cópia foi entregue a uma amiga francesa, que naquele mesmo ano contrabandeou o livro para fora da cortina de ferro.
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Marcella.Pimenta 08/03/2024

Ah, os campos de concentração que não conhecemos
Os campos de concentração nazistas estão nos filmes, nos livros, e, portanto no nosso imaginário. Embora eu me interesse pelo assunto, só há alguns anos tomei conhecimento de que não eram uma exclusividade da Alemanha sob Hitler.

Solzhenitsyn aqui nos conta sobre as condições degradantes dos prisioneiros (um balde para as necessidades fisiológicas não era humilhante. Não tê-lo sim.) e vai além. Sabemos a respeito das leis que encheram os campos (o longo e famigerado artigo 58), os julgamentos espetáculo e o medo instalado no país de que você poderia pegar 10, 15, 20 anos na Sibéria por não concordar com Stalin.

Minha leitura foi arrastada porque eram muitos nomes, de lugares, órgãos, personagens e eu tenho alguma, mas pouca familiaridade com a história da época. Portanto, eu recomendo uma leitura prévia sobre a Revolução Russa (golpe, né, mas quando é de esquerda eles botam um nome bonitinho) pra se familiarizar com o tema.

É um tema negligenciado mas importante para termos uma dimensão do caráter totalitário e opressor dos regimes comunistas.
Rodrigo 08/03/2024minha estante
Bravo... ???


Elielson.Goulart 09/03/2024minha estante
Já li Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch. Mas este Arquipélago Gulag vou deixar um pouco mais pra frente




Carol 27/12/2023

O livro é uma análise corajosa e detalhista do sistema de campos de trabalho soviético, conhecido como Gulag, que se tornou um símbolo dos abusos e horrores do regime stalinista.
A narrativa de Soljenítsin é baseada em suas próprias experiências como prisioneiro político, mas vai além, abrangendo um amplo espectro de relatos de outros sobreviventes e testemunhas.
O autor apresenta uma visão profundamente crítica da ideologia e prática do comunismo soviético, revelando as injustiças e crueldades infligidas aos prisioneiros políticos. Ele explora não apenas as condições físicas brutais dos campos, mas também a corrosão moral e psicológica que ocorria, desafiando a visão oficial do regime de que essas prisões eram redentoras ou educativas.
Além disso, o livro também apresenta uma crítica à indiferença da sociedade e da intelligentsia soviéticas em relação aos abusos do Estado. Soljenítsin destaca a importância da verdade e da memória histórica na busca pela justiça e na prevenção de futuros abusos.
Apesar de sua densidade e extensão, é uma leitura essencial para quem deseja compreender as atrocidades cometidas durante o regime stalinista e as implicações mais amplas sobre a natureza humana, a política e a moralidade. É um testemunho poderoso e comovente, e nos desafia a refletir sobre os perigos do autoritarismo e da negação da liberdade individual.
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DessaKz 04/10/2023

Arquipélago Gulag
Como alguém pode não resistir a uma prisão injusta? Que absurdo é a confiança cega no sistema!
Até que ponto chega a crueldade humana, a capacidade de torturar para obter a confissão para a acusação pela qual o detento foi trazido? E as prisões, galpões cheios de pessoas mantidas amontoadas, sem comida, obrigadas a trabalhar em temperaturas extremas durante várias horas por dia.

Não podemos esquecer a história dessas pessoas e acima de tudo não podemos repetir a URSS.
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Karen Schiavinato 26/09/2023

NECESSÁRIO!
Apenas quem passou por tamanha injustiça sabe o tamanho da maldade humana e do que ela é capaz de fazer com os opositores para satisfazer sua busca infundada na chamada ?revolução das classes?. Soljenitsyn foi marcado por toda a vida através desse regime nefasto da URSS. Inicialmente foi preso após trocas de bilhetes com um colega, vindo no futuro a publicar livros denúnciando o regime. Um livro extremamente necessário para a humanidade, onde vivemos em um mundo de pessoas em busca do autoritarismo. A história sempre irá se repetir enquanto a humanidade não evoluir.

?O poder ilimitado nas mãos de gente limitada, sempre leva à maldade.?
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Fer2410 09/09/2023

Excelente
O misto de sentimentos ao ler esta obra, é indescritível!
A sensibilidade do autor nos toca em muitos momentos. Soljenítsyn tem um humor/ironia que precisa ser identificado para que algumas partes possam ser compreendidas.

Nos dias de hoje, é uma leitura obrigatória! O comunismo sempre fez um estrago, e todos nós sabemos que isso nunca dará certo.
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Valeria.Pinheiro 06/09/2023

O livro fala sobre os campos de concentração da URSS e sobre os presos que lá estavam. Pessoas normais, nenhum mostro, ladrão e contrarrevolucionários. Inúmeras atrocidades, milhões de mortes e injustiças foram cometidas nesses campos em nome de uma ideologia.
Com relação a leitura, é muito fácil, basta ter atenção ao uso de ironia e sarcasmo do autor - a parte difícil é encarar as coisas terríveis cometidas ali.
Arquipélago Gulag é um livro que precisa ser lido pelo máximo de pessoas possíveis. É assustador as inúmeras semelhanças que vemos do livro e o que vivemos atualmente. É preciso ver os erros cometidos no passado e prevenir que a história seja repetida.
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Lucas 05/09/2023

Além dos Gulags
Tive a oportunidade de ler aqui muitas resenhas, a maioria delas tratando sobre a crueldade dos Gulags em si, além da opressão do estado soviético, que foi realmente perverso.

O livro realmente traz muitos relatos chocantes, e necessários, tendo em vista o quão são negligenciados pelo nosso sistema de ensino. Apesar de importantes, na minha opinião em algum momento se tornam repetitivos e não são a melhor parte do livro.

A cereja do bolo eu penso que seja a sensível percepção do autor sobre as questões humanas envolvidas em todo os acontecidos.
Ele traz reflexões sobre como é possível ter alegrias e extrair algo positivo mesmo em meio à turbulenta vida nos campos e por outro lado como é possível ter infelicidade mesmo após a ''liberdade'' no exílio, isso tudo escrito de maneira divina.

Outro ponto que foi abordado e vale a atenção é sobre o quão profunda é a cicatriz dos Gulags e da opressão dos comunistas na sociedade Russa. É incrível como o modo de ser deles está intimamente relacionado a tudo que aconteceu após a ''revolução''.

Ademais, ele retrata a ''libertação'' de presos, que deveria ser uma alegria, mas na verdade é um momento difícil e até insuportável para alguns libertos. A saída do Gulag é trazida como uma espécie de morte, onde eles deixam para trás tudo que cultivaram de relacionamento ao longo de muitos anos, com a quase certeza de que nunca mais os encontrarão.

É um livro repetitivo, mas sem dúvidas vale a leitura.

Serpassan 05/09/2023minha estante
Já tive a oportunidade de ler este livro há muito tempo atrás e realmente é comovente o relato do autor.


Serpassan 05/09/2023minha estante
Já tive a oportunidade de ler este livro há muito tempo atrás e realmente é comovente o relato do autor.




Cristina117 16/07/2023

Uma obra prima
Leitura fundamental.
Recomendo demais, mesmo longo e, por vezes, cansativo.
Indispensável
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Jose506 16/06/2023

A Indignação diante da Capacidade Humana de Infligir Dor
Ao mergulhar nas páginas do livro, minha alma foi tomada por um turbilhão de emoções. O espanto e a dor se entrelaçaram, enquanto cada palavra revelava a face obscura da humanidade. A frieza impiedosa, o confinamento cruel, a escassez de pão, as condições desumanas... tudo isso se acumulava como um peso insuportável em meu coração.

O relato daqueles cubículos apertados, das noites insones pela tortura da privação do sono, dos trabalhos forçados, do total isolamento, é uma afronta à nossa própria humanidade. Homens e mulheres, jovens e idosos, privados de sua dignidade mais básica.

E o que dizer das crianças que também se encontravam aprisionadas? A inocência roubada, presas em um ciclo inescapável de dor e sofrimento. Essas imagens ecoam em minha mente, provocando uma angústia profunda e indescritível.

Ao refletir sobre essas atrocidades, não posso deixar de questionar nossa própria natureza. Como é possível que, desprovidos de educação e conhecimento, os seres humanos se tornem capazes das piores crueldades? A ausência de empatia, o aprisionamento das mentes em dogmas de ódio e a falta de compreensão do outro alimentam essa terrível capacidade de infligir dor.

Contudo, em meio à minha indignação, uma centelha de esperança se acende. Acredito que a solução reside em nossa disposição de ouvir o oposto, de admitir que estamos errados e de buscar compreender por que alguém pensa de determinada maneira. A educação, o diálogo e a empatia são armas poderosas contra a escuridão que permeia a alma humana.

Que possamos aprender com os horrores do passado e nos comprometer a construir um futuro onde a compaixão prevaleça sobre a indiferença. Que a dor queima como brasas em nossos corações, nos impulsionando a agir e a sermos agentes de mudança. Somente assim poderemos redimir a humanidade de suas próprias feridas e evitar que atrocidades semelhantes assombrem o amanhã.

Que a história nos sirva como um lembrete constante de nossa capacidade tanto de causar dor como de curá-la. Cabe a cada um de nós escolher o caminho que trilharemos e a mensagem que deixaremos para as gerações vindouras.
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Ludmila 26/05/2023

Angustiante, horripilante, triste e emocionante. Ler o que o ser humano é capaz de fazer chega a dar um nó no estômago. Mesmo assim valeu muito a pena a leitura.
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Tiago 04/03/2023

Mergulho nas profundezas da URSS
Cheguei ao Arquipélago Gulag depois de ler muita coisa sobre a União Soviética e seu fim. Em quase todos os livros, a obra de Soljenítsyn era sempre mencionada como um marco na tomada de consciência do que se passava pela Rússia profunda.

A obra a que hoje temos acesso é uma versão reduzida autorizada pelo próprio autor e organizada por sua esposa. Nela encontramos um relato consistente da perseguição política na antiga URSS e de como isso alimentou um complexo sistema prisional de trabalhos forçados que se espalhou por todo o seu imenso território.

No entanto, para além disso, Arquipélago Gulag é também um ensaio sobre os limites do humano. Uma leitura dura, mas sempre necessária.
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Aline CS 02/02/2023

Uma história de repressão na Rússia soviética. Aqui as atrocidade do regime socialista são descritas de forma clara. Cada relato dos campos de trabalho são tão realistas que é praticamente impossível não se comover, não se sentir incomodado por tanto mal praticado.
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Will 16/11/2022

A voz de milhões de vozes caladas.
Arquipelago Gulag é uma obra gigantesca, que apresenta detalhadamente o aparato soviético, desde o sistema aterrorizante de espionagem e incentivo a delação de todos considerados contrários, nocivos ou incômodos ao regime até aqueles que foram presos, torturados e mortos nas prisões soviéticas. Um livro muito forte, extremamente completo e assustadoramente real, já que escrito por um preso nos gulags, que unificou inúmeros relatos e números da época, criando uma experiência mista de autobiografia e registro histórico marcante.
Ótimo livro, excelente para reflexões sobre o perigo do autoritarismo e da crença numa verdade absoluta. O perigo de regimes ditatoriais transcende o viés ideológico: ele sempre será sobre a importância da liberdade e respeito a todos ficando em segundo plano para que o poder de poucos seja perpetuado com o uso da força e com um grande rio de sangue. Recomendo a leitura.
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