Fabi | @ps.leitura 02/02/2019{resenha feita no blog PS Amo Leitura}“O museu das coisas intangíveis” é o segundo livro da autora Wendy Wunder, publicado pela Editora Novo Conceito em 2018. Um livro que vai abordar sobre amor, aventura e os limites da amizade.
O ENREDO
Neste livro nós somos apresentados para duas personagens: Zoe e Hannah. Mas também conhecemos o pequeno Noah de apenas oito anos, que esbanja o seu charme e carisma pelo livro todo.
Zoe construiu um Museu das Coisas Intangíveis para Noah, seu irmão mais novo, pois como ele possui uma síndrome rara, não consegue diferenciar o que é irracional ou intangível, e é por isso que ela acredita que isso poderá ajudá-lo.
Mas isso não é o único problema da vida de Zoe: ela percebe que sua melhor amiga, Hannah, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida, então decide que é hora de pegar a estrada e se aventurar por aí. Viver a vida como se fosse o último dia.
É nessa jornada de descobertas e autoconhecimento que Hannah e Zoe vão conhecer todos os sentimentos possíveis: inveja, amor, vergonha, medo, verdade... Tudo que for capaz de sentir! Isso irá fazer com que ambas percebam o que realmente querem da vida.
AS PERSONAGENS
Podemos perceber que Zoe é aquela personagem que se preocupa com as pessoas que estão em sua volta (em alguns momentos). É aquela típica personagem que não tem medo de viver, que vive cada dia como se fosse o último e totalmente leal àqueles que ela ama.
Em contrapartida temos Hannah: uma personagem mais reservada, com medo de extrapolar os limites e que essa aventura de carro foi a única loucura que fez até aquele momento.
Duas personagens bem diferentes, mas que acabam se completando, não é mesmo? Acho que isso é algo mágico na amizade entre as duas. Uma ajuda a outra, até mesmo naqueles momentos mais complicados após a fuga de carro.
A NARRATIVA
Desde quando li “a menina que não acredita em milagres”, outro livro da autora Wendy Wunder, pude perceber que ela possui uma narrativa simples, fazendo com que os capítulos sejam pequenos e flua perfeitamente.
Apesar dos dois livros não possuírem nada em comum, é perceptível que a autora gosta de narrar personagens com certa bipolaridade. Assim como no anterior, percebemos que o humor da Zoe muda conforme o dia passado e isso demonstra o porquê ela age cada dia de uma forma diferente.
Um ponto que gostei bastante neste livro foi o fato de ter escondido perfeitamente bem a doença de Zoe. Ela é narrada em algum momento, mas de uma forma passageira. Achei isso bem bacana, pois conseguiu focar perfeitamente na amizade entre elas e como isso é importante em muitos momentos da vida.
Mesmo sendo um livro com uma mensagem triste, ele traz grande esperança de dias melhores e como uma amizade pode mudar você.
FINALIZANDO...
Eu gostei do livro, mas infelizmente não consegui me conectar totalmente com o mesmo. Senti que faltou mais profundidade em alguns acontecimentos e até mesmo mais emoção nas personagens.
Mesmo não me conectando totalmente com o enredo, o final traz aquele apertinho no coração. Algo que, ao decorrer da leitura, percebemos que é inevitável de acontecer. E, querendo ou não, em algum momento você se apega aos personagens.
“O museu das coisas intangíveis” é uma aventura que ultrapassa todos os limites, tanto de velocidade quanto de amizade.
site:
https://www.psamoleitura.com/2019/01/resenha-o-museu-das-coisas-intangiveis.html