Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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cecis 16/04/2024

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Meio chato, mas acho que é ranço por ter sido a professora que me mandou ler, acho que se eu tivesse lido sem obrigação eu teria gostado mais. a leitura é muito facil de entender, não é desconexo, mas tem algumas coisas confusas no inicio do livro como a origem de alguns personagens, mas durante a leitura dele voce acaba descobrindo melhor tudo sobre o universo.
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Izabella.BaldoAno 08/04/2024

Essa é a terceira vez que leio Úrsula, agora através do clube de leitura @autorasdobrasil.

no ano passado, quando fiz minha primeira releitura, escrevi uma resenha dizendo que, diferente do primeiro contato, eu tinha amado muito o livro. refleti, inclusive, sobre como minhas bagagens de leitura e de vida influenciam na recepção dos livros que leio em determinados momentos. nesta terceira leitura, acrescento que, mesmo achando que já tinha muita intimidade com o livro, tive uma experiência mais uma vez completamente diferente.

acho que essa é a magia de fazer leituras em espaços compartilhados com outras pessoas, poder pensar sobre os livros coletivamente, discutir, perceber que cada pessoa é tocada por um ponto diferente, fazer desses diferentes olhares também lugar de partilha.

o livro nos apresenta, a princípio, a história de amor entre os protagonistas, cheia dos impedimentos comuns a uma narrativa ultrarromântica. em torno desse romance se revelam questões familiares extremamente complexas e também outras questões sociais, tendo destaque entre elas a discussão sobre escravidão e liberdade do povo negro, à época ainda escravizado.

chamam a atenção os personagens Túlio e Suzana: ambos escravizados pela família da protagonista, são deles as reflexões mais profundas que aparecem nessa história. Suzana segue sendo minha personagem favorita e, nesta nova leitura, pensei muito sobre tudo que ela representa: suas falas em torno da liberdade, a própria vulnerabilidade da sua condição, os papéis e símbolos que ela assume ao longo da história.

eu achei que Úrsula não seguiria sendo um favorito justamente pela escrita ultrarromântica, mas, depois de conversar sobre o livro com outras pessoas, vi que ele tinha tanto pra ressoar em mim e me ensinar que mais que um favorito do ano, acredito que tenha se tornado um livro pra lembrar pra vida.

"sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e a conversação dos homens ilustrados (...). quando menos, sirva (...) de incentivo para outras".
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lacklusterstarchild 06/04/2024

A primeira mulher era negra e maranhense
Com uma prosa tão certa de si, parece até piada dizer o que o gênero estava apenas engatinhando no Brasil quando este romance foi publicado em 1859. Em folhetins destinados a burguesia maranhense, Maria Firmina dos Reis destoa do tom nacionalista ufânico - típico dos romances de sua época - e se utiliza da estética ultrarromântica para construir uma narrativa com todos os elementos românticos: amor, morte, obsseção com a pureza e Deus.

Porém a autora também repudia, não tão sutilmente, tanto a escravidão quanto o patriarcado presentes no Brasil, trazendo uma abordagem de resistência ao seu livro apesar do tom trágico de seu fim. A escrita é belíssima e, apesar de um pouco antiquado, a relevância histórica desse romace e sua autora, que de mesquinho e humilde nada têm, nunca poderá ser subestimada.
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Dora ð 05/04/2024

Morro dos Ventos Uivantes brasileiro?
Esse livro narra a história de Úrsula, uma jovem moça que vive com sua mãe doente, porém um dia Túlio, um dos escravos, leva para a casa um homem moribundo que encontrou caído na estrada, e Úrsula tendo de cuidar desse homem, graficamente se apaixona pelo mesmo. Entretanto nada é simples, e eles tem de lutar contra muita desgraça no caminho, principalmente contra o amor e ódio de Fernando, tio de Úrsula.

Enquanto estava lendo, me lembrou muito o livro Morro dos Ventos Uivantes de Emily Bronte, ambos os livros contam um drama (e decadência) familiar que começa com a chegada de um estranho e os dois também tem uma linguagem muito poética e fascinante. Embora Úrsula não seja lembrado como um clássico da literatura, ele foi um livro muito importante para o romantismo brasileiro e para a luta abolicionista, por isso acho que todos devem ler essa belezinha.
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Comenta Livros 05/04/2024

Maravilhoso
Achei a historia bem escrita e contada de maneira tão simples e verdadeira.
Um retrato do que foi um dia a nossa sociedade machista e escravocrata.

site: https://comentalivros.com/ursula-maria-firmina-dos-reis/
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Fabi 04/04/2024

Ótima leitura
Úrsula, publicado em 1859. O livro é muito bom e ganha maior magnitude por ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina no Brasil. Antiescravista, o livro dá voz às pessoas escravizadas e os mostram conscientes da sua condição e dos crimes cometidos contra eles. Maria Firmina dos Reis nos faz chorar com esses personagens, principalmente Susana: escravizada, mulher, negra, digna, leal, inocente e vítima. Eu já estava em frangalhos com a perspectiva do Túlio, quando chegou a parte da Susana eu me acabei. O comendador Fernando P. me fez esquecer até o ódio que eu já senti por outros personagens em outros livros. Minha raiva está toda canalizada nele nesse momento. Luisa B. Úrsula, Tancredo, Túlio, Susana, o feitor branco, o padre, "aquele que eu não menciono mais o nome", todos são usados para denunciar a barbárie da escravidão, do racismo e da opressão feminina. Um livro que merece ser lido e discutido sempre.
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Carla.Parreira 02/04/2024

Úrsula (Maria Firmina Dos Reis). Melhores trechos: "...Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos, e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que abordamos às praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão fomos amarrados em pé, e, para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa: davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez, a comida má e ainda mais porca; vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim, e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos!... Dia virá em que os homens reconheçam que são todos irmãos. Túlio, meu amigo, eu avalio a grandeza de dores sem lenitivo, que te borbulha na alma, compreendo tua amargura, e amaldiçoo em teu nome ao primeiro homem que escravizou a seu semelhante. Sim — prosseguiu — tens razão; o branco desdenhou a generosidade do negro, e cuspiu sobre a pureza dos seus sentimentos! Sim, acerbo deve ser o seu sofrer, e eles que o não compreendem! Mas, Túlio, espera; porque Deus não desdenha aquele que ama ao seu próximo... E o mísero sofria; porque era escravo, e a escravidão não lhe embrutecera a alma; porque os sentimentos generosos, que Deus lhe implantou no coração, permaneciam intactos, e puros como a sua alma. Era infeliz, mas era virtuoso; e por isso seu coração enterneceu-se em presença da dolorosa cena que se lhe ofereceu à vista... Tranquila no seio da felicidade, via despontar o sol rutilante e ardente do meu país, eu corria as descarnadas e arenosas praias, e aí com minhas jovens companheiras, brincando alegres, com o sorriso nos lábios, a paz no coração, divagávamos em busca das mil conchinhas, que bordam as brancas areias daquelas vastas praias. Ah, meu filho! Mais tarde deram-me em matrimônio a um homem, que amei como a luz dos meus olhos, e como penhor dessa união veio uma filha querida, em quem me revia, em quem tinha depositado todo o amor da minha alma. E esse país de minhas afeições, e esse esposo querido, e essa filha tão extremamente amada, ah, Túlio! Tudo me obrigaram os bárbaros a deixar! Oh, tudo, tudo até a própria liberdade!... O comendador P. foi o senhor que me escolheu. Coração de tigre é o seu! Gelei de horror ao aspecto de meus irmãos... os tratos, porque passaram, doeram-me até o fundo do coração. O comendador P. derramava sem se horrorizar o sangue dos desgraçados negros por uma leve negligência, por uma obrigação mais tibiamente cumprida, por falta de inteligência! E eu sofri com resignação todos os tratos que se dava a meus irmãos, e tão rigorosos como os que eles sentiam. E eu também os sofri, como eles, e muitas vezes com a mais cruel injustiça... Maldito vicio é este! E que não possa eu vencer semelhante desejo! Oh, acredita-me, Túlio, estala-me a garganta de secura. E como não há de assim ser? Desde que aqui chegou meu senhor que não mato o bicho. Arre! E nem uma pinga de cachaça! Nem ao menos uma isca de fumo sequer para o cachimbo..."
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monihauschild 01/04/2024

Era um livro de leitura obrigatória mas que gostei muito!!!
Eu achei muito lindo o jeito que o Tancredo trata a Úrsula? um homem super educado e compreensivo.
Fiquei com muita raiva do comendador Fernando.
Achei que esse final poderia ser diferente? fiquei bem triste.
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May 30/03/2024

Úrsula
Considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil, Úrsula narra a história dos jovens Úrsula e Tancredo, um casal branco. Úrsula é descrita como doce, bela e cheia de compaixão, ela se apaixona pelo mancebo Tancredo, um jovem de família rica com problemas paternos, após um acidente que o mesmo sofre e é salvo por Túlio, o escravo da família.
Não demora muito para que os dois jovens se apaixonem perdidamente e prometam seu coração um ao outro, porém, como nada é “perfeito” e tranquilo em suas vidas, esse amor não terá a paz desejada.

Publicado em 1859, este romance se destaca como uma voz corajosa e inovadora em meio ao turbilhão social e político da época. A história dá voz a personagens negros, Túlio, Mãe Suzana e Antero, que são como um porta voz, abordando a brutalidade da escravidão e as profundas divisões sociais e raciais que permeavam a sociedade brasileira do século.

Ler Úrsula foi profundamente envolvente embora meio cansativo no início já que não é o tipo de livro que costumo ler, porém, logo me senti consumida por essa história e maravilhada pela genialidade da Maria Firmina dos Reis em descrever cada detalhe da história. No fim, amei cada segundo de leitura.

site: https://www.instagram.com/p/C5GheCVL8MJ/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
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Renata.Orlando 28/03/2024

Ok
Um romance leve com um ponto de vista interessante, que é o dos personagens escravizados, estes carregam uma importância na narrativa diferente de tudo que era escrito até então.
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artistaDEshit 22/03/2024

Que livro doidooo tipo ainda não entendi muito bem no começo tava perdidinha e depois q fui entendendo não entendi a parte de representatividade mas sei lá tenho que reler isso mas é muito bom ao msm tempo que não entendi nd
Mayara863 16/04/2024minha estante
Representatividade: 1 livro escrito por mulher negra no Brasil. Nele tem pontos de vistas de escravos, mostrando alem do sofrimento, experiências, jeito de se falar, sonhos, pensamentos, etc.




Laris 18/03/2024

Uma obra que deveria ser mais prestigiada, sendo Maria Firmino a primeira escritora negra e nos trazendo muito bem a representação da época (que continua atualmente) em que o foco e título é da bela donzela branca, quanto que na verdade os grandes personagens da história são Túlio e Suzana, ambos negros.
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