Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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Renata.Orlando 28/03/2024

Ok
Um romance leve com um ponto de vista interessante, que é o dos personagens escravizados, estes carregam uma importância na narrativa diferente de tudo que era escrito até então.
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gab 08/10/2021

Muito bom
Li pra aula de literatura, realmente gostei do enredo e me apeguei aos personagens, pensei que iria ser um livro chato, mas vivi altas emoções nele.
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Ariadne 15/05/2021

Escolhi esse livro para ler porque ele foi escrito pela primeira escritora negra que se tem notícia no país. Inclusive, a coragem da autora por si só daria um belo livro. Mesmo ela sabendo que seria ignorada, por ser mulher negra, ela se arriscou a publicar um romance, que nas suas entrelinhas, criticava os horrores da escravidão, e isso muito antes de qualquer autor de renome! Que coragem. Sem dúvidas foi uma autora muito importante, cujo nome deveria figurar ao lado dos grandes do nosso Romantismo.

E mesmo que carregue diversos pensamentos típicos de uma época (a história foi publicada em 1859, então relevem viu), Úrsula segue sendo um livro super atual. Mas é uma obra com muitas tragédias. Muitas! Com idas e vindas no tempo, e vários ganchos narrativos, é uma história de conflitos pessoais e que nos deixa angustiados até o fim da leitura. Confesso que eu me obriguei a terminar logo, porque eu queria muito saber qual seria o final de cada personagem.

E não pensem que acabou por aí. Além desse romance, essa edição apresenta dois contos e várias poesias:
📌 Gupeva nos apresenta a paixão entre a índia Épica e o francês Gastão. Esse conto também entrelaça passado e presente, e ó, é pra ler com lencinhos em mãos.
📌 A escrava é o ápice desse livro. O conto nos mostra uma mulher que ajuda uma escrava fugitiva e seu filho contra um cruel senhor de escravos. A partir disso, testemunhamos como a escravidão foi um ato cruel, extremamente cruel.
📌 Cantos à beira-mar é uma coleção de poesias cheias de um amor profundo e saudades. Gostamos bastante da seleção, mas sentimos falta de alguma poesia escrita especificamente em relação ao abolicionismo.

Se você ficou com vontade de ler esse livro, olha que legal: ele é gratuito para download. O pdf vocês encontram no site da editora e a versão para kindle na loja da amazon.

Resenha do meu perfil no insta: https://www.instagram.com/p/COqdCyMj8XW/
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Siliane.Ferrari 31/01/2021

Nota 10/10
Maria Firmino é a primeira romancista brasileira. Neste livro há uma coletânia com sua famosa obra "Ursula", outras pequenas histórias e poesias.
Recomendo a leitura
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Isa 17/07/2023

Uma tragédia brasileira
Que livro surpreendente! Trata-se, sobretudo, de uma trágica história de amor entre Úrsula e Tancredo, porém engana-se quem pensa que isso é tudo o que há nessa obra. A escravidão e os sofrimentos sem limites os quais os infelizes escravos eram submetidos também é abordado aqui. Recomendo a leitura.
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Erika Xavier 06/09/2020

Precisa ser lindo!!!
A leitura desta obra foi muito difícil, pois a cada momento vi em Túlio, Susana e tantos outros escravos do comendador, o verdadeiro sofrimento. Ser removida de suas raízes ou nunca saborear os prazeres da liberdade e igualdade ou até mesmo ansiar pela morte para que enfim obtenha o tão desejado descanso, tornam secundários os sofrimentos do pobre casal.
Maria F. dos Reis escreveu algo que me fez entrar na narrativa e chorar pelo destino dos personagens. Ao concluir a leitura me veio a reflexão, quantos Tulios e Susanas sofreram estás dores e tantas outras em meio a escravidão? Como era a liberdade e o que era esta livre? São tantas questões que perpassam minha mente que só posso recomendar esta leitura.
P.S. Maria não precisava pedir desculpas por ter escrito, eu que devo pedir por não ter lido antes.
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Maiara.Alves 17/04/2022

Necessária!
A obra de Maria Firmina dos Reis foi ignorada por mais de 100 anos e era considerada rara, e só recentemente é que ganhou novas edições, começando a ser reconhecida pela sua importância.

Maria Firmina foi a primeira escritora negra brasileira, em pleno período escravocrata, e escreveu a primeira obra abolicionista no Brasil.

Em Úrsula, o romance que dá título ao livro, é um exemplo clássico do romantismo, com a presença da natureza em seu estado de perfeição, a donzela pura e o amor impossível, em que há a presença de um ser que representa tudo que há de mal e outro que representa o homem perfeito.
Mas o que realmente se destaca em Úrsula não é o romance, mas sim o papel de fala que os escravos possuem, mesmo sendo personagens secundários, em especial Túlio, preta Susana e tio Antero. Susana faz um relato, no mínimo devastador, sobre sua partida de sua terra-mãe África e o sofrimento enfrentado no navio negreiro.

Os demais contos que estão presentes na coleção também representam o romantismo.

Apesar da linguagem rebuscada, é uma obra rica em detalhes e composta de relevantes debates e extremamente bem escrita. Obra maravilhosa, de uma importância tremenda. Maria Firmina necessita cada vez mais ser lida!

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anahelena.blasilemos 22/09/2023

ÚRSULA – de Maria Firmina dos Reis
Livro e autora foram condenados ao esquecimento por mais de um século, fato intuído pela própria Maria Firmina ao prefaciar o livro, em 1859.
Não era difícil antever. Maria Firmina esteve cercada de barreiras praticamente instransponíveis para a época.
Era mulhe, era negra, era pobre, era de poucos estudos. Ainda assim conseguiu ser divulgada e lida naquele tempo, um feito e tanto.
Por um acaso - desses lindos que por vezes ocorrem - em 1970 um bibliógrafo de nome Horácio de Almeida descobriu esse pequeno volume em meio a antiguidades no Rio de Janeiro.
Dali para cá não cessam as pesquisas sobre essa maranhense gigantesca, ainda bem!
A história de amor escrita bem aos moldes do Romantismo - melíflua, com odes à natureza e aos bons costumes - é como um chamariz para no fundo denunciar os maus costumes, no caso os horrores escravocratas, em seu auge.
Atualmente é considerado o primeiro livro abolicionista do Brasil.
A escritora dá voz aos escravizados, coisa rara, e diáspora e terrores do traslado dos habitantes de África para as costas brasileiras foram aí relatados anos antes do maior escritor abolicionista brasileiro, Castro Alves, escrever o famoso ‘Navio Negreiro’.
Maria Firmina esteve muitíssimo à frente de seu tempo.
Contra todas as circunstâncias se fez culta, escreveu prosa e verso, ousou um experimento singular, uma escola de primeiras letras com sala mista, escancarou a vilania dos senhores de terra escravocratas, denunciou a Igreja que se não era a favor, validava a escravidão, apontou a opressão ao gênero feminino, humanizou os negros escravizados, adotou 11 crianças, em sua maioria filhos de alforriados, e ela que morreu aos 95 anos viu a morte de muitos deles e em suas lápides inscrevia ‘Que a terra lhe seja leve’.
Com Maria Firmina se acendeu uma dúvida para mim recorrente.
Será casual ou proposital o apagamento de pessoas – principalmente mulheres – que ostentam ideias avançadas, algumas que possam transgredir o manual convencional da sociedade humana?
PERSONAGENS: Úrsula e Tancredo
CITAÇÃO: “Dia virá em que todos os homens reconheçam que são todos irmãos.”
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Tatiane 05/04/2022

Úrsula, para mim, foi uma gratíssima surpresa. Embora mergulhada em uma narrativa assoberbada de um "floreio" romântico, a meu ver um pouco exagerado, a obra inova numa perspectiva até então desconhecida na época. Apresenta o abolicionismo pelo olhar de uma mulher negra; a saudade de uma África, refletida como terra amada, lugar de liberdade; o homem branco como bárbaro ao contrário do que sempre lemos na História...

Não me parece um acaso que esse romance tenha se perdido por anos e anos. Vale a leitura, mesmo para quem não curte o estilo. Como escreveu Preta Ferreira, no prefácio, "A arte e a escrita têm dessas; atemporais, porém provas e documentos essenciais do que já fomos". (p. 10)
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Thiago662 22/09/2021

Merece ser lido, escrito por uma mulher extraordinária
"Oh! A mente! Isso ninguém a pode escravizar!"

Se pudéssemos definir Maria Firmina dos Reis em uma palavra, certamente seria extraordinária. Mulher, preta, escritora, professora, abolicionista... Tudo isso em pleno século XIX, em um país machista e escravocrata! Em 1859 pública, Úrsula, em pleno Maranhão, longe do grande centro na época e ainda hoje! Considerado o primeiro romance escrito por uma mulher e publicado no Brasil. Não é pouco!

O romance em si, bem como os personagens Tancredo, Úrsula, o Comendador Fernando, Adelaide, não deixam nada a desejar em relação aos escritos de Machado de Assis, um dos maiores do Brasil. Há aí ciúme, traição, sentimento de posse, machismo em todos os lados. E mais: é uma obra abolicionista! Os personagens escravizados, Túlio e Suzana, de longe, são os melhores, mais construídos. De forma inédita, são senhores de sua voz, história e memória! E eles descrevem o horror que é a escravidão e Eu imagino a elite maranhense lendo isso no auge do Império e no auge da escravidão no Brasil.

Firmina dos Reis subverte!

Logo de cara o escravo Túlio exclama horrorizado: "Senhor Deus! Quando calará no peito do homem a tua sublime máxima - ama ao teu próximo como a ti mesmo -, e deixará de oprimir com tão repreensível injustiça ao seu semelhante!... Àquele que também era livre no seu país... Àquele que é seu irmão".

O melhor capítulo, sem dúvida, é o nono (A Preta Suzana). Pela primeira vez dois personagens negros discutem sobre liberdade, escravidão, memória. Suzana narra sua vida em África, sua violenta captura, a travessia atlântica no navio negreiro, o sofrimento e maus-tratos em solo brasileiro. Conhecemos essa história de cabo a rabo, mas é impossível não chorar! E aí há uma mudança de paradigma, o bárbaro é o branco e não o negro:

"Tudo me obrigaram os bárbaros a deixar! Oh! Tudo, tudo até a própria liberdade!".

Como salienta Conceição Evaristo ela "situa os sujeitos escravizados como seres humanos roubados em seu direito sagrado, o de ter a liberdade".

Apesar de tudo, termino a resenha da forma como comecei, "a mente ninguém pode escravizar". Os nossos ancestrais lutaram para que chegássemos até aqui! Obrigado Firmina, onde estiver!

PS (é necessário): Firmina escreve uma África idealizada, onde não há escravidão, por exemplo, mas em nada isso tira os méritos do livro. Não sei se Lima Barreto a leu, mas ele adoraria uma mulher e escrita fora da curva!
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Thais645 10/08/2023

Eu amei a escrita de Maria Firmina dos Reis!! Para muitos pode parecer previsível mas para mim foi um romance muito fluído, uma leitura que me prendeu do início ao fim e que me surpreendeu com o final.
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Manu 27/07/2021

Favorito!
Apesar de ser um livro com as características do romantismo e todo aquele amor exacerbado e idealizado, a narrativa tem pontos cruciais e inéditos para a época: como a voz dos escravizados e os relatos de seus sentimentos. Firmina tem uma escrita visceral, poética, e que apesar do vocabulário rebuscado, a leitura flui de uma maneira impecável.
A obra perpassa por temáticas, representações e críticas que debruçadas em uma escrita tão potente exploram diversos aspectos sociais atemporais.
Úrsula deve sim ser uma obra mais conhecida, contemplada e estudada.
Firmina, minha conterrânea, que orgulho desta obra! Que seja enaltecida aos 4 cantos o primor desta escrita tão importante.
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OgaiT 08/10/2022

Uma tragédia abolicionista
Lembrado por sua intensa veia abolicionista, Maria Firmina dos Reis o escreve em 1859 o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil. Narrativamente temos um triângulo amoroso entre Úrsula, Tancredo e Fernando que descamba para uma típica tragédia shakespeariana à la Otelo, aspecto que me prendeu e surpreendeu positivamente.
Elementos narrativos a parte, as discursões sociais de uma Brasil colonial também estão escancaradas na escrita da maranhense, sendo Mãe Susana e Túlio os personagens que suscitam tais questionamentos. A primeira, Criô, sempre transmite as lembranças e a cultura de seu povo antes da diáspora aos pretos mais jovens. Já Túlio, consegue a tão almejada abolição, mas a narradora faz questão de deixar clara a sua insatisfação com relação a necessidade de se comprar o direito à liberdade.
Por fim, o desfecho desse romance para mim supera qualquer coisa que eu tenha lido do romantismo brasileiro, não esperava pelo que ocorreu.
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nathaliart 11/03/2021

Um grande clássico revivido!
O resgate de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, foi de grande valia para a literatura brasileira. Inserido dentro do contexto histórico do Romantismo, o grande diferencial do livro da maranhense é justamente a voz que ela dá a personagens negros, denunciando parte das crueldades por eles vividas. Para quem gosta de livros românticos, Úrsula é um prato cheio: longas descrições sobre uma natureza idealizada, mocinha em apuros, herói benevolente e muitas juras de amor e fidelidade. Outra característica marcante do romance é a presença constante da religiosidade, que parece espreitar a ação de cada personagem e interferir em seus destinos.

A obra de Reis, enfim, mostra-se como uma leitura mais do que necessária, capaz de suscitar reflexões sobre como muitas das problemáticas do século XIX ainda ecoam em nossa sociedade contemporânea, especialmente aquelas relativas às pessoas escravizadas.
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Letycia.Alexander 18/06/2023

Gostei bastante do romance, prendeu-me até o final, que foi inesperado e nada muito comum e feliz, mas dependendo do ponto de vista, é uma ?lição?.
A forma que a autora traz a escravidão no livro também é interessante e não se pode deixar de notar como ela está presente mesmo quando há uma suavização por parte da mãe de Ursula.
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