Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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Ytinha 01/09/2023

Manooo, o Túlio véi,pobre Túlio,esse livro é incrível,te deixa tenso e apreensivo,o final vai surpreender a todos
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Henrique Fendrich 06/01/2022

Uma preciosidade esse livro, seja pelas improváveis condições para que fosse publicado por uma mulher negra em plena época da escravidão, em 1859, seja pela riqueza de conteúdo e de linguagem que esse mesmo contexto histórico é capaz de oferecer ao leitor contemporâneo.

Em termos de estilo, tem-se um texto romântico e carregado de sentimentalismo, como eram usuais à época, mas mesmo nesse ambiente a autora oferece algo novo, como, em geral, todos os estudiosos destacaram: o fato de dar voz a escravos para que refletissem sobre a sua própria condição, inclusive em uma cena da qual branco nenhum participa.

Trata-se, contudo, de reflexões incidentais, já que a trama principal envolve um par romântico de brancos, vindos de famílias escravagistas, mas que, mesmo assim, destacavam-se pela pureza e nobreza de espírito, o que se refletia inclusive no tratamento que dispensavam aos escravos. Nesse sentido, o "mocinho" Tancredo emite juízos abertamente antiescravagistas.

Além dessa escravidão de fato, o livro tem como tema principal outro tipo, que é a escravidão dos seus desejos e dos seus apetites. Fernando, crudelíssimo proprietário de escravos, era ele próprio escravo dos seus impulsos, deixava-se facilmente dominar por eles e, agindo dessa maneira, matava, perseguia, torturava, fazia o possível para satisfazer a sua cobiça.

Também o pai de Tancredo e a ex-amada Adelaide cederam a caprichos momentâneos e com isso perderam o controle das suas vidas, atraindo sobre si desgraças e sofrimentos. Por outro lado, o escravo Túlio, se bem que tenha levado uma vida de muito sofrimento físico, tinha a consciência de que possuía a liberdade da mente e, com sua atitude, provava ser muito mais digno e valoroso do que aqueles que tinham o poder de subjugar outros seres humanos.

Não que, no fim das contas, isso tenha evitado o terrível desfecho, que, inclusive, parece ter sido estendido a todo mundo (pessoalmente, eu gostei que o desfecho não fosse feliz como talvez seria de esperar de um romance que fosse puramente sentimental). Há, de todo modo, um claro apelo a virtudes e boas condutas que, nitidamente, não contemplam a escravidão.

O livro se mostra atual mesmo em nossa época, pois todos os dias lemos sobre homens que, se bem que possam dispor livremente de seus corpos, estão escravizados à ideia de que não podem ser rejeitados por mulher alguma, sob pena de promoverem verdadeira carnificina. O comportamento de Fernando em relação a Úrsula, assim como o do pai de Tancredo em relação a mãe dele, ainda são comuns e estão por trás de tantos casos de feminicídio.

Em relação à linguagem, especificamente, há aqueles exageros líricos próprios dos livros românticos, mas me chamou bastante a atenção o uso da palavra "transporte" com o sentido de "arroubo", que Maria Firmina usa com muita, muita frequência mesmo: "num transporte de íntima e generosa gratidão", "os virtuosos transportes do seu coração", "correu para ela com indefinível transporte", "no primeiro transporte de alegria", "abraçou-me com transporte", e por aí vai.

Também frequente é o uso de "embalde", forma menos comum para "debalde" (que, contudo, também já está em franco desuso há muito tempo). Um livro escrito há mais de 160 anos certamente terá notáveis diferenças de linguagem e felizmente essa edição da Penguin parece ter mantido grande parte delas, o que torna a leitura igualmente interessante.

Sem dúvida, um livro que deve ser conhecido por todo brasileiro que gosta de ler.
Alê | @alexandrejjr 18/02/2022minha estante
Mais uma formidável análise, Henrique, parabéns! Esse livro era - talvez ainda seja, pra falar a verdade - uma joia perdida da nossa literatura, justamente por tudo que tu apontasse no teu texto e pelos inteligentes paralelos que fizesse com a nossa contemporaneidade.




Apenas Evelim 17/01/2022

Úrsula
Romance trágico e doloroso.
A história é uma tragédia, no melhor dos sentidos. Conhecemos a história de famílias que sofreram por amor, pela escravidão e pelo ódio. Escrita muito envolvente.
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Ana Claudia 27/02/2020

Não gostei das narrativas.
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Jackie! 03/09/2023

Tragédia que não se introduz!
Pensando apenas no contexto histórico e nas circunstâncias que circundam o surgimento deste livro, eu poderia dar um belo cinco estrelas. Porém gosto de avaliar minhas leituras pela experiência... E bem, confesso que está não foi das melhores.

O livro tem uma escrita bem difícil e mesmo eu tendo me aventurado com clássicos recentemente, tive que me esforçar bastante para entender este aqui.

Além disso o romance se constrói de maneira não crível, com personagens que se apaixonam numa troca de olhares e que não possuem o mínimo de química entre si.

A tragédia familiar é notória, mas que não se compara as histórias dos personagens secundários, que sofrem com o preconceito e a escravidão. Histórias essas que pouco se introduz, ficando perdidas em meio a outros acontecimentos.

Tenho certeza que se a autora pudesse, teria feito de Suzana a sua protagonista, mas naquele tempo "a branquinha que se apaixonou pela pessoa errada" rendia um público maior.
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Juliana 20/02/2023

Um romance afrobrasileiro maravilhoso. A leitura é difícil afinal foi escrito a mais de dois séculos não estou acostumada a ler com tantos adjetivos que no início incomoda, mas no decorrer da leitura acostuma. Foi bom ler algo do período escravocrata do Brasil escrito por uma preta com personagens pretos. A humanização do negro em um período que a igreja validava a escravidão por meio de discursos "não sao humanos" ou "vivem pior em sua terra de origem" abre os olhos para o preconceito ainda reinante. Durante a leitura você se apaixona pelas personagens e odeia a cada segundo o Senhor. A negra Susana sem dúvidas é uma das personagens mais bem construídas. Indico essa leitura a todos e aos meus alunos que ainda precisam entender muito dessa Terra.
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LarissaLemes 06/01/2022

Me surpreendi positivamente!
Livro super romântico, saber sobre o contexto histórico e da importância do livro fez toda a diferença pra mim!
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Vanessa.Papalardo 07/01/2022

Comovente
Iniciando o ano com uma leitura nacional, e com muitas surpresas. O livro retrata de modo claro e expressivo, os sofrimentos e sentimentos que acompanharam as pessoas em período de escravidão. Seria hipocrisia eu querer dizer algo sobre isso, ou dizer que poderia imaginar como foi essa dor. Portanto, o que digo é que foi um tremendo sofrimento, do maior possível e do pior existente.
Uma leitura muito boa para saber e conhecer um pouco mais sobre este nosso passado.
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giginha 21/03/2022

maria firmina conte comigo para tudo!!!
primeiro: a introdução do livro é muito muito muito bonita e eu poderia fazer um texto inteiro só falando dela (juro).

esse aqui eu me diverti horrores, fiquei muito entretida com o plot de novela das 18h cheio de personagem emocionado. foi uma leitura bem legal (mas achei o final muito murchinho).

enfim, amigas, recomendo muito esse aqui. acho que é ótimo pra estudar romantismo porque as características do movimento (e principalmente as questões históricas e sociais) são bem escrachadas etc, muito didático. é isso, um beijo.
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V_______ 18/10/2021

Úrsula
O primeiro romance brasileiro escrito por uma mulher ! Quem já escutou algo sobre Úrsula deve ter escutado essa informação atrelada, e não é pra menos, nos idos de 1859, data da primeira publicação, uma mulher exercer uma atividade de destaque em meio a sociedade era algo de se admirar. Uma mulher negra, quando não se havia dado a lei áurea então, é quase surreal, por esses fatos ler Úrsula é algo que se torna necessário aos amantes da literatura.
Após sofrer um acidente, Tancredo, um jovem abastado é resgatado por Túlio, escravo, que é presenteado com sua alforria após o levar Tancredo aos cuidados na casa de Úrsula, jovem que já cuida da mãe debilitada. Tancredo acaba se apaixonando por Úrsula, que também retribui seu amor, mas para que se tenho o final feliz o casal terá de passar pela ira do Comendador Fernado P. que jurou a si mesmo despojar Úrsula.
É importante destacar que essa é a primeira vez que personagens negros escravos são retratados na literatura brasileira como seres pensantes por si e não como objetos, e em como em seus discurso a de forma direta a crítica a o sistema escravocrata, isso no tempo em que esse tipo de discussão era ainda um tabu.
Acredito que Úrsula é uma obra que se faz necessária, mais por sua importância histórica do que propriamente sua narrativa, que não deixa de ser interessante também.
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Janaina.CrisAstomo 14/05/2021

Primeiro romance de uma brasileira.
Primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil, em 1859, por Maria Firmina dos Reis. Úrsula é considerado um romance precursor da temática abolicionista na literatura brasileira. O enredo se desenvolve com personagens brancos e escravos, citando vários objetos de tortura empregados durante a escravidão no Brasil, além de relatos de como os negros eram tratados nas fazendas. A sociedade patriarcal e machista é muito trabalhada nessa obra. A história fala sobre Úrsula e seu amor por Tancredo, um homem que é salvo por Túlio, um escravo que compra a sua liberdade. Mas um tio de Úrsula aparece e transforma a vida deles em um pesadelo.
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Caroline.Brunoni 31/12/2023

Cativante
Um livro que prende do início ao fim, com um desenrolar nada previsível, apesar da história indicar que sim. Uma trama cheia de situações que escancaram as maldades e injustiças promovidas pelos homens brancos.
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sabren 21/07/2020

perfeito do início ao fim. fiquei maravilhada com a qualidade de todos os contos e poemas, todo o drama com um final trágico e personagens emocionantes. leitura muito fácil por ser um livro escrito séculos atrás. maria firmina deveria ter seu merecido reconhecimento nas escolas como primeira romancista brasileira.
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Isrrael Reis 19/08/2020

Úrsula, a mulher que chora do começo ao fim.
A mulher chora tanto que dá pra encher o Rio Jaguaribe todinho só com as lagrimas dela e do amante dela.

O livro apesar de ter muitas palavras que nem sabiam que existiam (por causa do modelo de escrita da época) não foi uma pedra no meu caminho já que li no kindle. E, cara, a bicha chora do começo ao fim. Tem hora que dá vontade de entrar na história e falar: "bicha, se acalme, se quizer fazer show aluga um palco". Os pontos fortes do livro: já que estamos falando do século em que negros era escravizados, temos aqui personagens negros com voz, só que a passagem é rápidinha vaptivupt.

Aaaaaah o que falar desse final que você fica o próprio meme da Nazaré Tedesco.
Ananias 19/08/2020minha estante
Lkkk adorei seus comentários




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