Edu 15/04/2020
Un pueblo sin piernas pero que camina.
Las Venas é um clássico que julgo pertencer à categoria de leitura obrigatória. Escrito na década de 70, em meio a um turbilhão de acontecimento políticos e econômicos, contextualizado pelos movimentos da Guerra Fria e ciclo de regimes ditatoriais na América Latina, Galeano constrói uma linha do tempo bem detalhada de como se deu o desenvolvimento (ou falta de) em países Latino Americano.
Aí vamos desde o contexto de colonização, passando por interferências políticas e financiamentos por linha de créditos, até a consolidação dos monopólios e oligarquias estrangeiras. A primeira parte é bem interessante, pois os produtos fazem o papel de guia para o leitor entender como terras foram apropriadas, arrasadas, exauridas e negociadas por novos donos que as conquistaram a força. Aqui você entende o papel das mineradoras de ouro, prata, cobre; dos monocultivos de açúcar, café, borracha, algodão entre outros insumos que foram decisivos para o destino de cada nação.
Apenas esse contexto, por si só, já explica muita coisa da realidade atual.
Mas, o aprofundamento da narrativa fica mais intenso conforme os nomes vão sendo expostos separando os imperialistas dos países subservientes. Neste ponto, entendemos o porque alguns governos ditadores proibiram a publicação do livro em seus países, como Brasil, Chile, Argentina e Uruguai (país do próprio autor). Frase que define o livro: “A semana santa dos Índios termina sem ressurreição.”
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