Big Tech

Big Tech Evgeny Morozov




Resenhas -


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m_mesquita 28/08/2023

Muito interessante a visão de como as big techs surgiram no exato momento de crise mundial e de políticas neoliberais. E portanto falar de digital não é falar de um mundo à parte, mas do mundo geopolítico real e atual.
E igualmente relevante as reflexões de como o solucionismo, a fascinação pelo tecnológico e pela inovação, ocultam o político e outras dimensões não mercadologicas da vida em sociedade.
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Lu 04/07/2023

Capitalismo, dados, big techs e tecnoutopia
Um alerta sobre os usos de dados na internet e uma elaboração sobre como os eles são a principal moeda do capitalismo digital. O livro não traz uma demonização das redes, apesar de as vezes ter uma linguagem que se lida superficialmente
pode passar essa impressão.

O problema não é o meio, no caso as tecnologias, mas o fim, a maneira que são utilizadas, pra quê é criada, para quem, e quais seus objetivos de uso.

Por isso o autor clama por uma soberania digital, por novas formas de usar as redes, de forma que fiquemos menos dependentes das grandes empresas que nos atraem com essa lógica tecnoutópica de que as tecnologias resolverão todos nossos problemas sociais e econômicos.

A conversa com Caio Almendra (uma das lives do projeto Fundamentes da Tese Onze) foi fundamental pra mim pra entender melhor o livro e adicionar camadas importantes e as vezes críticas aos escritos do autor.
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Dandara 08/05/2023

Big tech
Entender o potencial e os reais interesses por trás das Big techs do Vale do Silício no faz compreender a necessidade das regulações.
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Adriele 23/04/2023

A tecnoutopia apolítica
Livro mto bom para pensar em como as big techs transformaram a nossa relação com a política, alteraram nossa relação de ser cidadão de direitos em ser cidadão consumidor apenas e como isso tá destruindo a democracia.
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/05/2022

Podemos apostar na tecnologia e no Vale do Silício como solução para os problemas históricos da humanidade? A resposta de Evgeny Morozov é claramente NÃO. Critico ferrenho das plataformas digitais como Facebook, Uber e Airbnb, o autor questiona o uso de dados pessoais por empresas privadas, mostrando como a tecnologia pode se tornar uma ameaça a democracia.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788571260122
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Paulo 22/05/2022

Você está sendo vigiado!
O mundo digital, seguindo os parâmetros ideológicos criados no Vale do Silício, nos é oferecido como a solução perfeita para os problemas da vida contemporânea. Como essa dependência cada vez maior com relação às tecnologias digitais convive com regimes democráticos? O russo Evgeny Morozov defende a necessidade de apontar as implicações políticas de nossa aderência irrestrita às aparentes facilidades oferecidas pelas grandes (e poucas) corporações que controlam esse universo. O autor aponta as consequências devastadoras de termos nossos dados pessoais nas mãos de empresas que interferem cada vez mais nos regimes políticos ao redor do mundo. É possível reverter esse quadro? Mozovov aponta algumas saídas possíveis.
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Wallace17 02/05/2022

Tecnoutopia
"uma economia controlada por anúncios virtuais produziu sua própria teoria da verdade: verdade é qualquer coisa que atraia muito olhares".

Sistema de reputação
Estado algorítmico
Retroalimentação dinâmica
Internet das coisas
Dividendos da vigilância
Consumismo informacional
Estado do bem-estar privatizado
Mediação digital de tudo
Extrativismo de dados
Tecnoutopia

Gosto de livros que inauguram novos vocabulários na minha vida. Ler Big Tech me trouxe uma visão importante dos pontos acima destacados.

Evgeny Morovov incita pensarmos sobre as reais intenções deste oligopólios tecnológicos. Não por acaso a aquisição do twitter por US$ 44 bilhões realizada por Elon Musk, evidencia a corrida pelo controle de extrativização de dados. Monitorar, vigiar e controlar por meio das mídias sociais é o grande rolê da atualidade.

Aqui destaco 5 pontos pertinentes do meu aprendizado ao ler Big Tech:

Quanto mais conectados, menor será nossa disposição de viver coletivamente.

Quanto mais políticas de austeridade, melhor é para o fenômeno da uberização: mais desemprego e menos direitos sociais é igual mais pessoas para a “economia compartilhada”, ou seja, pessoas entregues à precarização trabalhista.

A crença que o Big Data por meio dos algoritmos e Inteligência Artificial são apolíticos. "Tudo é político".

A Internet das Coisas como mediadora de tudo irá decretar o fim da pouca (para não falar inexistente) privacidade que nos resta.

Fake News como o bode expiatório da crise do capitalismo digital.

Apesar de ser alarmante, achei a leitura de Big Tech super estimulante. Até fiz uma retrospectiva do quanto forneci meus dados gratuitamente (assim como estou fazendo agora). E não se trata de um livro contra "a tecnologia", e sim, sobre como o Emicida diz: "resta nóiz saber se colocar / Saber usar os meios sem deixar os meio usar nóiz".

site: https://www.instagram.com/p/CdEjxj2PUcA/
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Adriano 27/02/2022

Esclarecedor !!!!
enfim um livro que possibilita sair um pouco da ignorância para entender o mundo virtual no qual estamos imersos. Uma rede que usa nossos dados e toma decisões pouco democráticas. E enfim os riscos desse capitalismo digital para reprodução das injustiças e aproveitamento por parte dos produtores das fake news!
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vagnerrg_ 01/01/2022

Não é apenas a privacidade que está em jogo
Bem, as reflexões desse livro são importantes por vários motivos. Talvez você nunca tenha parado pra pensar que nesse exato momento um conjunto gigantesco de dados estão sendo coletados por grandes empresas de tecnologia e armazenados em servidores que não fazemos ideia de onde estão localizados. Esses dados, tantos os meus quanto os seus, são apropriados por essas empresas para, entre outras razões, serem monetizados. Esse não é o único problema. Eu diria que o problema maior é o constante estado de vigilância no qual vivemos e estamos compartilhando com sabe lá quem até as informações sobre quantos passos damos por dia e como foi nossa noite de sono, o que estamos exibindo agora nas telas dos nossos celulares e até mesmo que tipo de música ouvimos quando vamos ao banheiro. Se você acha que isso é completamente normal e natural, o livro do Evgeny Morozov é pra você. Se você vê problemas no Big Data, o livro também é pra você. O autor análise em alguns artigos o fenômeno do Big Data e lança alguns questionamentos pertinentes sobre a sociedade de controle na qual vivemos e como os dados tem forjado novas formas do capitalismo.
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pedro.cezar.142 27/11/2021

Autodeterminação informacional e Democracia - Big Tech
Internet como ferramenta de construção ou desmantelamento da democracia? Depende por quem e como é utilizada.

Evgeny Morozov passa pelo capitalismo tecnológico e o papel da cidadania participativa em todas as esferas, principalmente sobre a ascensão do controle dos dados em um mundo conectado 24/7. A formação de uma nova economia leva a reflexões sobre nosso papel enquanto consumidores (ou apenas IDs em planilhas de Marketing?), junto à atuação do Estado neste novo modelo de fazer política.

Provocador, leitura que casa bem com o debate brasileiro sobre a LGPD.
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Bruno Palmeiras 16/08/2021

Tecnologia para quem?
O livro é importante como alerta de como as grandes empresas de tecnologia do mundo usam nossos dados (sem sabermos, obviamente) travestidos por um discurso de liberdade e de facilitar a vida das pessoas (principalmente dos mais pobres).
E como usam estes dados passa por uma mudança, que querem impor, de ausência quase total do Estado e fim da democracia como a conhecemos, isso tudo convencendo pessoas devido ao alto financiamento de propaganda nos grandes meios de comunicação.
E claro que esta ausência do Estado não é para caminharmos para uma evolução, para uma sociedade libertaria (e bom frisar q libertários só existem "de um lado", pq há uma modinha recente de achar q há libertários q defendem a exploração do ser humano por outros).

As grandes empresas de tecnologia dizem defender a liberdade (como já mencionado acima), mas controlam nossas vidas através dos dados. Uma vigilância constante, imoral e antiética.
E isso afeta toda uma sociedade, exemplos que encontramos no livro: Por que ir ao medico se sites de buscas me indicam bons tratamentos? Para que se formar em uma universidade que passa por diversos critérios técnicos e avaliações se posso fazer n cursos online (sem critérios técnicos) e me tornar "especialista" em diversas áreas e atividades? Por fim, para que pensar se os algoritmos pensam por nós?
Outro ponto importante no livro: Fake news são ótimas para gerar lucro para grandes empresas (qt mais cliques, mais compartilhamentos, maior o lucro). Logo, não estão preocupados em evitar e remover mentiras.

Devemos repensar alternativas para o uso da tecnologia como evolução do mundo e não como controle da sociedade. Isso é URGENTE!!!
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Giu 20/02/2021

Excelente! Não conhecia o autor, mas ele tem uma visão muito lúcida e inteligente a respeito da hipervalorização dos dados e do pouco perigo que ainda atribuímos a eles e às Big Techs.
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Fernando 08/10/2020

Visão Sobre Tecnologia e Dados
O autor traz uma nova visão sobre o uso dos dados pessoais pelas empresas de tecnologia e como esse uso pode modificar o capitalismo e também ser uma ameaça à democracia
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Maah Paolucci 06/10/2020

Livrinho do clube do livro
Clube do livro de proteção de dados.

Um livro parecido com os outros lidos anteriormente, alertando a respeito do crescimento das grandes empresas de tecnologia, sobre como nossos dados são dados de graça e sobre o que nos espera do futuro.

Achei o autor um tanto quanto irônico e grosso, agindo como se todo mundo estivesse contra ele, fazendo colocações de que todos somos burros em usar tecnologia.

Não sei se gostei, até porque a informação que ele passa muitos outros tem, de uma forma bem mais cordial. Achei um tanto quanto amargurado.
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Marinho 03/09/2020

Com vocês, o nosso ilustríssimo presidente Google. Amazon, vice.
Nova York, 2030. Um arquiteto de soluções sobe ao palco de uma importante e renomada premiação de projetos inovadores para receber o Troféu Revelação daquele ano. O profissional em questão se destacou ao propor uma solução para as fake news, problema que tem prejudicado bastante o processo democrático nos últimos anos: as empresas de comunicação digital ficam restritas a uma “cota” de notícias falsas, podendo negociá-las entre si, à maneira do crédito de carbono que foi proposto nos anos 10. Dessa forma, a propagação dessas notícias ganha um limite de controle, sem prejuízo tanto da rentabilidade das empresas quanto das democracias modernas. Todos aplaudem a solução, que surge quase como se fosse “mágica” a um impasse histórico.

Sob a nossa ótica moral do presente, a situação acima parece absurda, não é mesmo? Não seria, porém, em um cenário distópico de controle do nosso destino político, bem como de outras áreas do cotidiano, por parte das empresas de tecnologias, cenário que Evgeny Morozov conceitua como “catástrofe informacional”. O livro “Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política” é uma compilação de ensaios do especialista em tecnologia e sociedade, no qual constrói uma critica profunda sobre a atual relação de influência entre a sociedade, o Estado e o setor privado. Propondo um olhar crítico sobre a forma como o extrativismo de dados é realizado de forma a aumentar o domínio da chamada Big Tech – empresas que monopolizam os veículos de comunicação digital atuais, como Google, Amazon e Microsoft -, o autor convida os leitores a refletir sobre a raíz das problemáticas causadas por esse avanço digital, como a uberização e as fake news.

O pensamento difundido pelo Vale do Silício – vamos tratá-lo aqui como entidade, embora tenhamos em mente que se trata de um grupo de analistas e empresários – é a de que a tecnologia tem o poder de superação das contradições históricas, até mesmo as mais enraizadas, como a desigualdade social e o racismo. A análise dos dados e a precisão dos algoritmos poderiam nos ajudar a propor soluções empíricas baseadas no nosso comportamento. Um aplicativo que te ajudasse a poupar dinheiro, enviando mensagens no momento certo como “não gaste esse dinheiro”, ajudaria a solucionar a questão da pobreza. Essas e outras são apontadas pelo autor como “soluções mágicas”, vendidas como mais eficientes do que os debates tradicionais da democracia nos quais “muito se discute e pouco se resolve”. Esse discurso da apoliticização dos nossos problemas, que nos guiam para um futuro talvez pós-capitalista, tornou-se tão bem difundido no senso comum – tendo a comunidade norte-americana como referência - que argumentos que questionam a lógica proposta pelo Vale do Silício são vistas como conservadoras e tecnófobas.

A grande contradição que o autor aponta é que, sob a égide um altruísmo que transpassaria o poder estatal, as empresas da Big Tech pouco a pouco vão se apropriando das mais diversas esferas do cotidiano, transformando-se em mediadoras entre o Estado e a sociedade cidadã. Essa mediação lhes confere um poder gigantesco, mensurável ao poder Estatal – e que, eventualmente, pode chegar ao ponto de controlá-lo. Acabamos perdendo de vista que, dentro de uma lógica de mercado, não existe altruísmo por parte das empresas, mas sim o reforço da privatização da sociedade. Isso é possibilitado pela enorme captura de nossos dados individuais, por meio, por exemplo, de um inocente uso do Instagram, uma mensagem de whatsapp para um ente querido, um clique descompromissado em um anúncio de uma empresa. Em troca de serviços gratuitos, aceitamos ser submetidos ao extrativismo de dados – o petróleo do século XXI, visto que as empresas que os manipulam são as mais valiosas da atualidade.

O crescimento desta lógica proposta pelo Vale do Silício pode, se não tivermos a crítica necessária e o poder político para impedir este cenário antes do tempo, levar à morte da democracia. O empirismo e o resultado prático, que oferecem as “soluções mágicas” em resposta aos padrões de comportamento explicitados pelos algoritmos, esvaziam o debate de ideias, tão fundamental para um regime democrático. E não podemos nos iludir quanto a possibilidades de autonomia em uma tecnocracia: dentro de um regime de controle por meio do uso de dados, diminui-se a possibilidade de mudanças políticas e garante-se a manutenção das estruturas sociais que favorecem as empresas no poder.

Ao longo dos ensaios, o autor nos expõe a diversas outras contradições que surgem no cenário de domínio tecnológico do nosso dia-a-dia, deixando claro que não se trata de um pós-capitalismo: o uso de ferramentas criadas por empresas monopolistas, antes de facilitarem nossa vida enquanto humanidade, servem para atender expectativas de um mercado: em troca da gratuidade das nossas redes sociais, temos anúncios pipocando na nossa tela em resposta ao nosso comportamento digital. Isso se trata nada mais do que o velho e conhecido neoliberalismo, que traz com essa lógica a mercantilização do nosso cotidiano e a diluição de nossos direitos trabalhistas em nome de um pseudo-“empreendedorismo”, dentre outros problemas.

Morozov, então, nos apela a entender a lógica empresarial que orienta a atuação da Big Tech, utilizando, por exemplo, a questão das fake news. Elas se apresentam como grande ameaça à democracia moderna não porque elementos externos se utilizam das ferramentas digitais para interferir, a exemplo da atuação da Rússia nas eleições americanas e no Brexit. A grande propagação das fake news acontece porque a veiculação da notícia – verdadeira ou não – se mostra altamente rentável para os veículos de comunicação. A raiz do problema não é a Rússia, mas sim os sistemas que possibilitam a propagação dessas notícias, sendo necessário então repensar toda a estrutura de rentabilização que os orienta. Isso ainda é difícil, para o autor, porque as democracias ocidentais ainda mostram sinais de imaturidade, submetidas a interesses elitistas que negam a origem econômica dos problemas e a corrupção sistêmica.

Como solução, que obviamente não seria, ou será, nada fácil, Morozov coloca que os progressistas não devem ser tecnófobos. Refletir sobre essas problemáticas não deve nos afastar da tecnologia, uma vez que ela se torna objeto central da disputa de poder geopolítico, mas situar o seu papel no que tange à sua relação com a cidadania. Fica como tarefa dos cientistas, pensadores, artistas, analistas, e de quem mais puder, propor uma conscientização social que possibilite redefinir a relação entre empresas e cidadãos, nos garantindo, de forma democrática, a autonomia de decidir sobre nossas vidas e nosso destinos enquanto humanidade.
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