Só para maiores de cem anos

Só para maiores de cem anos Nicanor Parra




Resenhas - Só para maiores de cem anos


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Ingrid145 17/02/2024

Não gostei
Livro 7 de 7 do desafio de Carnaval (esse livro furou a fila da TBR)

Eu estava muito empolgada para ler a obra de Nicanor Parra. Ele foi matemático, ganhou prêmios e foi indicado ao Nobel! Mas... a poesia dele infelizmente não me agradou.

A (anti) poesia é um conceito criado pelo próprio autor. Ela é "não eloquente, irônica, sarcástica, subversiva e provocadora". Tudo o que eu não gosto ?

Ficou a lição para eu estudar melhor um autor antes de ler sua obra. Se você gostar de uma poesia às avessas, talvez aprecie o que Parra escreveu.

Estrelinhas: ??
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mimperatriz 18/12/2023

Só para maiores de cem anos
Não sou uma leitora assídua de poesia. Não sei se por falta de gosto ou de hábito, leio pouco, muito pouco.

Já conhecia a fama de Nicanor Parra e da sua antipoesia - aliás, ele é citado algumas vezes em Poeta Chileno, livro de Zambra que adorei -, mas somente agora com a publicação dessa antologia em português é que resolvi conhecê-lo de verdade.

O livro traz uma coletânea dos (anti)poemas escritos ao longo da vida de Nicanor, e é interessante ver as mudanças durante o percurso, ainda que a essência seja a mesma.

A linguagem informal, por (muitas) vezes irônica e provocativa é a grande sedução de Nicanor! Ela permite e auxilia a comunicação direta com o leitor, que se envolve mais com ele a cada poema.

A seleção dos poemas e a tradução são de Joana Barossi e Cide Piquet.

Vale muito a leitura!
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Indaiara 28/02/2023

Sua (anti)poesia segue atual. O autor nos envolve em um leva e traz que cruza os tempos de antes e o tempo de agora (impossível ler essa antologia e não conectá-la com nosso momento sociopolítico), e representa o cotidiano em uma linguagem mais acessível.
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Marina 20/01/2023

O coração não sabe o que pensar.
Conhecer Nicanor em janeiro foi como acertar o jogo da primeira loteria do ano. São palavras fotográficas. Joana Barossi faz um precioso trabalho e possibilita (que sorte!) uma experiência visual riquíssima no encontro com Nicanor.
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Cla 07/06/2022

A (anti)poesia de Nicanor é apaixonante. Ele retrata sentimentos e pensamentos não ditos com uma sonoridade incrível. Viva la antipoesía
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Guilherme 13/04/2022

Um livro para quem tem a morte inteira pela frente
Só para maiores de Cem anos é uma antologia primorosa, de tradução excelente e edição cuidadosa. Os poemas de Nicanor Parra convidam a entender uma época tumultuada, barulhenta e ao mesmo tempo solitária. Ao final de cada poema a conclusão é a mesma: essa época explosiva sempre existiu e sempre existirá. É o presente, independente das eras. O hoje humano, que desmancha na solidão do ontem e se embebeda no sonho do amanhã.
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Adriana Scarpin 26/12/2021

Quando li boa parte da poesia de Nicanor Parra em espanhol há cerca de uma década achei-o exuberante e se tornou prontamente um dos meus poeta favoritos, acho que essa coletânea é tradução não faz juz ao que vi na época, mas também mostra uma coisa que não percebi naquele momento: que Parra foi isentão demais durante a ditadura de Pinochet. Percebo isso hoje porque estamos vivendo um momento realmente fascista no Brasil de hoje é me pergunto se também eu não estou sendo leve demais diante das barbaridades presentes no Brasil de hoje.
Tem um poema presente nesta coletânea que menciona que não é de "direita nem esquerda", o que no mínimo é suspeito. É quase como se ele fosse o equivalente ao Caetano Velozo para nós, não é lá nem cá, talvez até um pouco pior, contra a ditadura, mas isentão demais para ser um soco no estômago.
Me pergunto se Violeta Parra, se viva, se manteria tão amena quanto o irmão durante a ditadura. Mas suicidas sentem mais, muito mais.
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Thiago 18/05/2021

Um desperdício essa ter sido apenas a primeira edição de suas obras por aqui, o leitor de poesia brasileiro precisa conhecer mais do Nicanor!
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Mateus com h 20/03/2020

M A G I S T R A L
sem mais.
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Nádia C. 20/01/2020

A poesia passa - a antipoesia também
Nicanor Parra nasceu em 1914 e morreu em 2018, ano de publicação desta antologia bilíngue da editora 34. Tendo vívido mais de um século, Parra nos escreve com a lucidez de quem mandou o mundo às favas há um bom tempo. Toda a poesia de Parra se dá pelo inventivo e pela diversão de recusar os lugares-comuns que se esperam de um poeta e da poesia "de verdade", por isso, como diz Roberto Bolaño na epígrafe deste volume "Quem for valente, que siga Parra".

O livro coleta poemas de 7 livros, começando pelo de estréia "Poemas e antipoemas", publicado em 1954, que contém poemas escritos ao longo de 10 anos. Pra mim, a trajetória artística de Nicanor já é um tapa na cara da minha ansiedade, como se me dissesse: fui publicado aos 40 anos e tenho a vida inteira pela frente - pra ser poeta, minha jovem, destrua os calendários e vire de costas para o relógio.

Apesar da liberdade que ele mesmo aconselha quando diz:


"Jovens
Escrevam o que quiserem
No estilo que acharem melhor
Já correu sangue demais por baixo das pontes
Pra continuar acreditando - acredito
Que só se pode seguir um caminho:
em poesia tudo é permitido."

Nicanor se preocupa com a métrica em seus versos, algo que não vou me deter, por pura ignorância. Então longe de ser qualquer coisa, mas sim, poder ser sobre qualquer coisa, e ser isso mesmo.

A antipoesia, movimento que ele inaugura, quer romper com a expectativa em torno de uma pretensa intenção de elevar a poesia ao inalcançável, assim como sua irmã, Violeta Parra, musicista dedicada a cantar sobre o povo chileno, Nicanor aproxima a poesia do cotidiano, do corriqueiro e em muitos momentos ele conversa diretamente com o leitor, sempre com muito humor.

"
advertência ao leitor

o autor não responde pelos incômodos que seus escritos possam provocar
ainda que lhe doa
o leitor terá que se dar sempre por satisfeito.
(...)

minha poesia pode perfeitamente não conduzir a lugar nenhum."
//

A própria poesia é um dos temas mais recorrentes, quando conversa consigo mesmo, acabando com o mistério de tentar tirar poemas do fundo do poço, quantas vezes eu mesma quis escrever o seguinte verso, mas pensei comigo: de que serve dizer isso? Nicanor faz o poeta ser um livro aberto e tira aquela áurea misteriosa que se criou no nosso imaginário.

"Três poesias

1.
Já não me resta nada por dizer
Tudo o que eu tinha pra dizer
Foi dito não sei quantas vezes"

Mas sabe também ser emocionante, quando dedica um poema a sua irmã, que teve uma vida intensa como é sua música, suicidando-se aos 49 anos.

"Defesa de Violeta Parra

[...]
Preocupada sempre com os outros
Quando não com o sobrinho
com a tia
Quando é que vais lembrar de ti mesma
Violeta

a tua dor é um círculo infinito
que não começa nem termina nunca"

E por fim, desmistifica até a própria importância da poesia, quando diz em Nota sobre a lição da antipoesia

"4. A poesia passa - a antipoesia também."

Coragem para viver a vida, coragem para ser antipoeta, isso é só para maiores de cem anos.
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Jivago 23/12/2019

Um deleite de poesia chilena
Essa incrível antologia da editora 34 sem dúvidas é suficiente para despertar o interesse do leitor em relação a produção de Nicanor Parra.
Seus poemas, erigidos na base do mistério, da ironia, da subversão de imagens, carregam traços comuns à toda produção poética. O que parece, de fato, diferenciá-los, é a coragem da simplicidade. A coragem de escrever sem amarras. Nicanor exorta:
"Jóvenes
Escriban lo que quieran
En el estilo que les pareza mejor
Ha passado desmasiada sangre bajo los puentes
Para seguir creyendo - creo yo
Que solo se puede seguir un camino:
En poesía se permite todo"

Daí talvez venha o o título de um dos seus poemas, que também dá nome à antologia: "Só para maiores de cem anos". Essa universalidade abrangente que faz do poeta observador de tudo, talvez só os 'maiores de cem' possam de fato apreciar. Para aqueles que ainda não chegaram lá, cabe o papel de admiradores desse processo. Portanto, uma grande felicidade e um grande deleite se apresenta para todos que queiram se aventurar pelos versos desse poeta chileno.
Marcos Scheffel 23/12/2019minha estante
Adorei este livro. Fiquei com vontade de ler toda poesia do Parra.


Jivago 23/12/2019minha estante
Muito bom mesmo, Marcos. A gente quer continuar lendo sem parar porque parece que cada novo poema é um desafio a mais. Livro é maravilhoso.




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