Contos dos Orixás

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Resenhas - Contos dos Orixás


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Grazi_girassol 23/06/2023

Gostei
Ganhei de presente de aniversário do meu professor, devo confessar que foi uma surpresa e tanto. Amei a história e a estética da HQ?
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Paulo 26/04/2020

Há uma enorme necessidade de criação de histórias baseadas em outras culturas que não a europeia ou a americana. Se formos parar para pensar pouco conhecemos as lendas dos vários povos existentes no continente africano ou sequer os mitos indígenas no Brasil. Hugo Canuto se propôs a divulgar histórias tendo orixás como personagens e conseguiu um resultado bem curioso. Adotando uma abordagem claramente inspirada nos trabalhos de Jack Kirby na Marvel, ele nos coloca diante de figuras como Xangô, Ogum, Exu, Oyá. O que temos é uma aventura surpreendente onde heroísmo e bravura se mesclam a poderes especiais.

A narrativa segue Xangô e sua esposa Oyá quando eles decidem ajudar um grupo de aldeões de uma vila que foi atacada pelas forças de Ajantala, chamados de a manada. Eles tomam a vila e seus habitantes e os colocam sob seus poderes místicos, fazendo-os lutar a seu comando. O objetivo de Ajantala é dominar a cidade das águas, uma linda cidade secreta governada por Oxum, a senhora das Águas. Xangô vai precisar de toda a sua coragem para derrotar os ajogun, os inimigos da humanidade. Mas, com os poderes de Oyá, Exu e do valente Ogum possivelmente eles terão uma chance de vencê-los.

Com uma proposta bem simples, o roteiro de Hugo Canuto busca adaptar uma história iorubá em um formato mais próximo ao dos super-heróis da atualidade. Mesmo colocando a ação em um cenário idílico, Canuto consegue tornar lendas até bem complexas, em narrativas mais palatáveis a um outro tipo de público. Com isso, a história ganha agilidade e os orixás, apesar de terem poderes divinos, são seres de carne e osso. Possuem sentimentos, dúvidas, valentia. Trata-se de um roteiro inspirado nas narrativas da Marvel e da DC dos anos 70 e 80. Apesar de a arte ser bem no estilo Kirby (e eu já toco nesse ponto a seguir), o roteiro me lembrou mais a fase do Thor sob a batuta do Walt Simonson. Deuses com características mais humanas, aventuras que exploram esse lado mais heroico enquanto que os problemas são bem simples.

Para quem é fã (como eu) do Kirby, a arte do Canuto é linda. Colorida, inspirada nas vestimentas africanas, mas com todos aqueles exageros típicos de personagens da Marvel, tudo caiu muito bem aqui. As cenas criadas pelo autor tem profundidade e detalhamento, o que é de encher os olhos. Tem uma cena aberta da cidade das águas que eu fiquei uns dois minutos absorvendo cada ponta do ambiente, cada detalhe aquático, cada dourado presente ali. Mesmo quando ele está contando uma narrativa mítica (como no início) tudo parece grandioso. O design de personagens também está preciso e cuidadoso. A gente vê que foram empregados modelos diferentes para cada personagem e eles são bem inspirados em outros super-heróis. Em alguns momentos, as expressões de Xangô me lembram a de um jovem Thor, ou Oyá que possui um físico parecido com o da Tempestade. A quadrinização segue bastante os clássicos com alguns detalhes mais atuais como o emprego das splash pages de forma a obter impacto.

Vale destacar também a importância das personagens femininas na história. Oyá (Iansã), a esposa de Xangô possui um profundo respeito de seu povo. Ela é importante na tomada de decisões e participa ativamente do combate. Em um determinado momento, próximo de partirem para a cidade das águas, Xangô pede a ela que permaneça na cidade, e Oyá não gosta dessa decisão porque parece uma proteção boba. Nessa cena, a personagem demonstra ser decidida e capaz de tomar suas próprias decisões. Por outro lado, vemos que Oxum, a governante da cidade das águas, é rechaçada por outras comunidades que tradicionalmente veem nos homens como os verdadeiros líderes de um povo. A personagem demonstra insatisfação com essa opinião sobre ela e consegue impressionar a todos com seu poder de liderança. Canuto então nos apresenta personagens fortes e que não deixam cair a peteca da representação feminina nos quadrinhos.

Os personagens possuem características bem distintas o que contribui para eles serem mais profundos. Por exemplo, Xangô é um homem de ação, impulsivo. Ele é o líder dos combates, mas isso acaba por causa apreensão entre seus pares. Tem um momento da HQ onde Oyá pede que ele se contenha um pouco por sua própria segurança. Exu é o brincalhão, e nada me tira da cabeça uma comparação com o Loki do Simonson. O deus da trapaça do autor da Marvel, aquele que prega peças, ora inocentes, ora malignas. Vejo isso na visão de Canuto sobre Exu embora aqui ele tenha empregado uma visão mais brincalhona do orixá. Quero ver algumas histórias que abordem o outro lado de Exu... e a partir dessa apresentação inicial do autor daria algumas boas aventuras. Já Ogum é o guerreiro calmo e decisivo. Com suas armas ele domina o cenário... sua presença em combate é importante e caso ele não esteja presente uma batalha pode tomar outro rumo.

Os extras ao final do quadrinho são sensacionais. Conta com um glossário de palavras para entender algumas expressões e alcunhas usadas ao longo da narrativa. Tem um pouco da história por trás da HQ e as capas que foram feitas inspiradas em outras de super heróis. Pensar que Contos dos Orixás provavelmente está em diversas escolas espalhadas pelo país é fabuloso. Populariza a riqueza da cultura africana em um país que sempre teve preconceito em relação a ela. Nos coloca diante do outro, do diferente. Nos mostra que a cultura iorubá é capaz de nos fornecer ideias para inúmeras narrativas. A importância disso é única e eu espero que o quadrinho possa se espalhar cada vez mais.

Para mim, a HQ só não foi perfeita porque eu senti que faltou um algo mais. A arte está fabulosa, caio até na mesmice de repetir isso. Mas, caramba, o Canuto conseguiu absorver muito bem o estilo de arte do Kirby e dar sua própria leitura a partir disso. Faltou algo na narrativa que pudesse me prender mais. Não sei dizer o quanto o autor foi fiel à história mítica em si, mas eu acho que ele poderia ter aberto mais as asas e extrapolado um pouco mais. Com tudo o que ele produziu ao longo da história, seria possível criar algo ainda mais rico sem perder a essência por trás daquilo que é posto pela religiosidade iorubá. Ah, sim, faltou um pouco de música também. Não consigo imaginar nada relacionado à cultura iorubá sem a presença de um atabaque ou de algum outro instrumento de percussão e alguma dança. Orixás e dança são intimamente ligados.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Debora 27/11/2022

Um conto das lutas ancestrais dos orixás
Li o quadrinho com bastante vagar, prestando atenção aos desenhos, que são incríveis e detalhistas.
A HQ conta um Itan, uma história da guerra entre Xangô, Iansã, Ogum e Exu para defender terras antigas de Yemanjá, guardadas por Oxum, sob ameaça de guerreiros que desejam glória e riquezas, organizados sob forças antigas que possibilitam o mal. Se eu entendi bem, é isso. Mas é uma história a q se voltar constantemente, pois tenho certeza q se enriquece a cada vez
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Marieliton M. B. 25/12/2023

Os mitos podem ser reais
Hugo Canuto faz uso da cultura Yorubá para contar a incrível história de Xangô, Exú e demais orixás numa aventura que não deve em nada aos clássicos super heróis.

Obras como essa só provam que existe uma fonte excelente de histórias dentro dos mitos e da cultura afro-brasileira. E cabe a nós dar mais valor e se permitir conhecer mais sobre elas.

Além da história, que é riquíssima, um dos pontos altos desse quadrinho ela arte. Nela, Hugo Canuto emula a arte do grande Jack Kirby, o responsável pela criação das maiores mitologias da Marvel e DC. Sem dúvidas o estilo da arte casou muito bem com o teor da história.
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Teixeira 18/10/2020

Contos dos Orixás, quadrinho nacional de qualidade
Hugo Canuto e sua equipe merecem todos os elogios possíveis, a HQ é sensacional, tanto na adaptação da história da cultura Yorubá quanto a arte e suas cores incríveis. O universo, a cosmogonia, é explicado e detalhado de forma bem didática e interessante. Foi construída a partir de várias referencias africanas, há uma enorme riqueza de detalhes e símbolos fazendo com que o leitor queira consumir mais materiais semelhantes. É também um grande fomento para pesquisas e estudos da cultura afro-brasileira, suas histórias e raizes. Aguardo ansioso por mais histórias como a dos Orixás do Hugo.
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Lua 28/01/2022

Encantador!
Amei demais essa HQ! Adorei o roteiro e fiquei admirada com as ilustrações, que tem um poder de retratar a imponência das figuras. Fiquei arrepiada quando Exu, Oyá e Xangô foram apresentados! Trabalho belíssimo!
Só não acreditei que Oxóssi não apareceu mesmo com Xango desmatando a floresta daquele jeito kkkkkkkk
Brincadeiras a parte, uma excelente história! Vale muito a pena.
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Flávio 21/02/2022

Uma das melhores HQs que já li
Que trabalho formidável, não vejo a hora de ler os demais volumes dessa coleção, a história e profunda porém não deixando de ser envolvente, uma pesquisa histórica fantástica e a arte gráfica e perfeita... Linda
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lsbelini 21/02/2024

O desenhos são maravilhosos, já a história me deixou bem confusa. Eu não tenho conhecimento algum dessa mitologia, nenhum mesmo, e senti que ficava várias vezes perdida na história. Precisava de mais informações para ter me deliciado mais pelas páginas. Uma pena :(
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Carol Vidal 10/09/2020

Uma linda história que começou meio confusa, mas depois deslanchou e se tornou bem dinâmica e interessante. Recomendo demais!
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Bruno Martins 19/02/2021

Orixás em quadrinhos
O estilo do quadrinho tem inspirações claras aos estilos clássicos dos gibis antigos, e apresenta os Orixás de forma muito cuidadosa e apaixonante, os desenhos e detalhes são resultados de pesquisas do autor, e nos detalhes das composições se percebe o cuidado do mesmo com o seu trabalho. As histórias se remetem a alguns mitos dos Orixás, e se interligam construindo uma identidade visual desse universo imaterial mágico e misterioso, dentro da linguagem dos quadrinhos. Uma hq que resulta de um trabalho sério e muito respeitoso, recomendo para qualquer um que deseja conhecer um pouco do universo dos Orixás.
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flavinha 25/06/2021

Quero mais!
Incrível ver os Orixás numa HQ bem parecida com o padrão super-herói. Além da história boa, a arte é linda e super cativante!
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Rodrigo 14/02/2023

Excepcional
Quanta riqueza de enredo, de personagens, de arte. A cada página o autor conseguiu me envolver e fiquei mais encantado com a história dos orixás.
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Minho - @shootinggbooks 22/01/2020

Incrível!
A mitologia dos Orixás é uma mitologia extremamente rica, sempre valorizando a magia da natureza e os corações valentes daqueles que protegem os seus semelhantes.

Em Contos dos Orixás, iremos acompanhar a luta entre dois povos. A Manada é um grupo de soldados ferozes e enfeitiçados pelo poder do seu líder, Ajantala. A luta promete ser traçada no território do pacífico Povo do Rio, que guarda o segredo da Cidade Mãe, comandada pela Rainha Oxum.

Desesperados, os sobreviventes do ataque de Ajantala buscam o apoio de Xangô, o senhor do Trovão, que junto com Exú e Iansã, decidem ajudar o Povo do Rio e evitar que Ajantala destrua a grande Cidade Mãe.

Nessa jornada, muitos perigos podem acontecer, e é preciso tomar bastante cuidado com os mistérios da magia ancestral.

Durante a jornada, Xangô, Iansã e Exú contarão com o apoio do Guerreiro Ogun, uma grande força que fará bastante diferença na luta contra o exército da Manada.

Uma HQ incrível, tão rica em detalhes e com uma história bastante envolvente! Foi muito legal conhecer essa história pelos traços de Hugo Canuto, que trouxe muito mais riqueza para essa história intensa!

Para quem não está acostumado com alguns termos presentes na narrativa, essa edição conta com um glossário, deixando tudo bem claro.
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Gabriel 23/02/2020

Origens e pertencimento
Obra importante
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Lucas Viapiana 11/03/2020

Èdùn àrá!
Contos dos Orixás é uma obra muito bem-vinda e necessária. Eu gostaria de ter me deparado com algo assim na minha infância, que só foi visitada pelas mitologias da Grécia e Egito antigos e de origem nórdica. Afinal, as lendas iorubás têm ligação direta com o Brasil, diferente das citadas anteriormente. Contos dos Orixás cumpre o papel de resgatar um pouco dessas origens (propositalmente?) esquecidas, sem deixar nada a desejar em termos de roteiro e apresentação visual, e ainda incluindo pequenas referências intertextuais muito bem vindas, de Shakespeare a Star Wars (Ajantala lembra muito Anakin/Vader!).
Quero mais HQs nesse universo.


site: https://bibliotecadavolnania.blogspot.com/
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