Carol

Carol Patricia Highsmith




Resenhas - Carol


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Na Literatura Selvagem 26/08/2015

[Resenha do Mês - Julho] - Carol, de Patricia Highsmith
Carol foi meu primeiro contato com a autora Patricia Highsmith e posso dizer que foi amor que senti ao fechar a última página do livro... São 296 páginas que envolvem o leitor num romance que foge o convencional, narrado numa época em que o relacionamento entre duas mulheres era visto [embora ainda hoje seja por muitos, infelizmente] como uma abominação...
Therese tem apenas 19 anos e trabalha como vendedora numa loja de departamentos. Está na sessão de bonecas em período de festas natalinas e se depara com a beleza estonteante de uma mulher loira e elegantemente vestida, que a aborda no balcão a fim de comprar uma boneca para sua filha. A atração que a garota sente é imediata. E logo ela age de forma meio que impulsiva para atar o fio que vai conduzir o romance de Highsmith...

Carol está à beira do divórcio, tem 32 anos e seu relacionamento com o marido anda mal das pernas, a ponto e trazer alguns embaraços por causa da criança que eles tem. Seu encontro com Therese é natural, e logo ela se vê envolvida pelo jeito tímido da garota. Seus laços se estreitam, e ela resolve fazer uma viagem de algumas semanas pela estrada, com Therese, claro...

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site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/08/resenha-do-mes-julho-carol-de-patricia.html
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Manu 23/06/2015

Eu nunca tinha ouvido falar de Patricia Highsmith até o Festival de Cannes deste ano.
Pera, peraí. Livro? Festival de cinema? Como assim? Assim: entre os filmes da mostra competitiva, que disputavam a Palma de Ouro, estava Carol – adaptado então do livro que é o tema da resenha de hoje. Ah, bom, agora sim. Como o filme foi muito bem recebido por lá, tem a musa Cate Blanchett no elenco e ainda rendeu o prêmio de Melhor Atriz à Rooney Mara, mas só tem previsão de chegar aos cinemas no final do ano, resolvi tirar um tempinho pra ler a obra que lhe deu origem.

Patricia Highsmith, quem iniciou a carreira na década de 1940, ficou famosa por "O talentoso Ripley", "O sol por testemunha" e por seus thrillers criminais, principalmente "Strangers on a train" (aqui, "Pacto Sinistro"), que foi parar nas telonas dirigido por ninguém menos que Alfred Hitchcock. Mas não, Carol não tem nada a ver com romance policial, só romance mesmo, desses de amor e beijo na boca: é a ovelha colorida da família por ir contra a maré do seu estilo marcante, rotulado depois como uma "literatura cult lésbica". Publicado originalmente como "O preço do sal" e sob pseudônimo, pelo contexto ultraconservador da época, Carol alcançou sucesso somente um ano depois, com a venda de quase 1 milhão de exemplares.

A sinopse (ufa): "Nova York dos anos 50. Therese Belivet tem 20 anos, namora um rapaz por quem não está apaixonada, sonha em ser cenógrafa, mas, para juntar dinheiro e estudar, precisa manter seu trabalho entediante como vendedora numa loja de brinquedos. Tudo em sua vida muda quando uma mulher mais velha e muito gacta chamada Carol resolve comprar uma boneca para sua filha nesta mesma loja."

Toda a história é contada sob o ponto de vista de Therese, fazendo de Carol uma personagem misteriosa até mesmo pra nós, leitores. Sabemos explicitamente o que acontece com Therese, o que a faz querer rever aquela mulher elegante que entrou na loja, o que a atormenta; mas, quanto a Carol, tentamos entender suas emoções através da sutileza de seus gestos requintados, sua relação com a filha, o ex-marido, a amiga Abby e a vontade de passar o tempo com Therese, por mais que ambas sejam de classes sociais e personalidades tão diferentes.

Há uma passagem que achei muito interessante por julgar ser uma metáfora do sentimento que ela estava desenvolvendo por Carol. Quando Therese e Richard, o namorado, saem para empinar pipa, é como se o objeto fosse uma analogia a esse amor impensável: ele pode voar alto à medida que ela, literalmente, dá corda, ao mesmo tempo em que se sente contida pelo medo e repressão da sociedade daquele período. Por isso que, quando Richard acaba fornecendo toda a linha que podia para a pipa, quase como uma permissão, Therese fica chorosa e irritada ao fim da cena: ela está assustada.

(Pode não ser nada disso, mas prefiro pensar que é. Me deisha.)

“Carol” tem, sim, alguns problemas. A narrativa é mediana, lenta e muitas vezes confusa, pois troca de cena rapidamente sem que a gente perceba, não permitindo ao leitor imaginar com riqueza o que está acontecendo. Um exemplo grosseiro: Therese está tomando café, diz alguma coisa, e na próxima linha já foi dormir. O que aconteceu entre os dois momentos é você quem deduz. Em compensação, há passagens líricas muito bonitas e delicadas, principalmente quando Highsmith descreve o amor devoto de Therese em relação a Carol.

O que mais gostei foi o retrato de duas mulheres independentes que sabiam o que queriam em uma época em que o machismo e a homofobia reinavam muito mais do que hoje em dia. Ainda que expressados de forma mais subjetiva, o preconceito e a libertação sexual estão lá, lutando entre si, enquanto vemos Therese desabrochar através da forma como ela lida com o que se passa dentro dela. "Carol" ainda conta com um desfecho surpreendente para o contexto da história, o que também me agradou bastante.

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"Era uma pessoa diferente daquela que estivera ali três semanas antes. Naquela manhã acordara na casa de Carol. Carol era como um segredo espalhando-se dentro dela, espalhando-se dentro daquela casa também, como uma luz invisível a todos, menos a ela."

"– Eu amo você. – Therese disse, só para ouvir as palavras. – Amo você, amo você."

site: http://www.vemaquirapidao.com/2015/06/carol-de-patricia-highsmith.html
cristianepf 14/05/2017minha estante
Excelente resenha, querida. Eu gostei tanto que fico sem ar só de lembrar e quase não consigo dizer nada. kkkk




Adriana Scarpin 28/02/2015

Ah, um livro romântico com final feliz! Que esteja claro que gostei desse livro porque são duas mulheres lutando contra o patriarcado heteronormativo e isso merece deveras um final feliz, especialmente se o livro foi publicado na moralista sociedade americana dos anos 50, pois, apesar de ter alguns raros momentos de lirismo entre as frases (não sei se por culpa da própria Highsmith ou da tradução) sua construção é mediana, embora a narrativa imponha que precisamos torcer pelas personagens centrais nem que seja em nome do empoderamento feminino.
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Arsenio Meira 25/10/2013

Highsmith resgatada

Patricia Highsmith consagrou-se como autora de excelentes romances policiais, em que o protagonista Ripley, com sutilezas ardilosas, tacadas psicológicas, mata, herda e sai por aí visitando museus e falsificando identidades.

É o instinto que rege Highsmith nesse Carol, que foge um pouco do seu terreno (ficção policial), para contar a história de amor entre duas mulheres diferentes, distantes socialmente: uma é culta, sofisticada, a outra é movida por dores não expurgadas, complexada, é limitada e etc.

Vai ver que, por tais razoes - num primeiro instante - o enredo pode não soar plausível, mas, aos poucos, vai ganhando contornos de dramaticidade e plausibilidade graças ao talento desta grande escritora.

Li faz tempo, e não sei porque cargas d'água, não avaliei e cadastrei.
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Dose Literária 28/07/2013

Quando duas mulheres se amam na época errada
A história se passa nos anos 50 em Nova York e narra a vida de Therese Belivet, uma jovem de 20 e poucos anos que começa a trabalhar em uma loja de departamentos na seção de bonecas no Natal, mas seu verdadeiro interesse é juntar dinheiro para investir no que realmente quer, que é seguir na carreira de cenógrafa de teatro. Porém devido ao emprego, ela conhece uma mulher que lhe chama muito atenção, ela a vê apenas uma vez mas não consegue se desligar da atração que essa desconhecida lhe causa. Essa mulher é Carol...

Continue lendo em...


site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/05/quando-duas-mulheres-se-amam-na-epoca.html
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Karol 24/07/2013

Em certa medida, é decepcionante.
A linguagem é coloquial, de fácil compreensão ao leitor, mas as mudanças de cenário da história são demasiadamente confusas e dificultam a criação dos contextos na imaginação do leitor. No entanto, a delicadeza da autora ao descrever o desenrolar da interação sentimental e sexual entre suas personagens, merece destaque, tendo em vista que foi escrito na década de 50, quando o tema ainda era polêmico.

O pós-escrito revela os caminhos que levaram a autora a escrever “Carol”, a leitura dessa parte é bastante interessante para quem se interessa pela produção literária.
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Daniel 22/01/2016minha estante
Não dá para leitores como nós, em pleno século XXI, avaliar o impacto que este tipo de literatura - um romance sobre duas pessoas do mesmo sexo - teve quando foi lançado nos caretíssimos anos 50 nos Estados Unidos. Todos os livros (ou filmes) com esta temática tinham final trágico ou pelo menos infeliz - o par invariavelmente terminava separado. Foi assim com "A Cidade e o Pilar", do Gore Vidal, com "Giovanni", do James Baldwin... Achei comovente no posfácio o relato da autora sobre as cartas que recebia de leitores agradecidos. A ótima adaptação para o cinema me fez reler, e gostei mais que da primeira vez. O ritmo é um tanto lento sim, mas ainda assim é um texto delicado e comovente.


otxjunior 13/03/2016minha estante
Sim, sem dúvida. Nesse sentido também lembro de Maurice, de E. M. Forster e seu final quase mágico. A adaptação pro cinema é meu filme favorito do ano até aqui. Acho que irei gostar mais numa releitura, mas tenho a impressão que Highsmith é dessas que a gente perde muito com a tradução.. Dela, ainda fico com o talentoso Mr. Ripley!




kamila 14/12/2012

Realmente impressionante. O livro me cativou que já estou pensando em rele – lo. A historia conta como Therese Believet encontra Carol Aird e assim começa sua busca por amor e libertação sexual.
O livro me pareceu monótomo antes da entrada de Carol na historia e como li freneticamente para chegar esse momento. Therese é uma mulher jovem e cheia de vida, mas a narrativa em relação a ela ficou bastante chata. E Carol já foi o inverso ela me pareceu uma mulher melancólica com uma narrativa extravagante, mas mesmo assim você pode compreender o ponto de Therese, sua devoção, seu amor na forma mais simples e pura era algo que acho que todos sonham.
Fiquei frustada com o decorrer da historia, por que como uma boa leitora queria que tudo desse certo para Carol, mas mesmo assim deu para amar o final maravilhoso e encantador das duas.
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Bruno Pereira 25/09/2012

Carol
O enredo é bom e envolvente, mas o final ficou muito vago com muitas pontas soltas. Parece que a história acabou sem terminar.
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Lis Brasil 19/08/2012

Diferente, Delicioso, uma graça
Em 1953 Patricia Highsmith, aos 32 anos publica seu segundo romance, com o título The Price of Salt(O Preço do Sal), romance que foi recusado por seu editor norte-americano por ter em cena o relacionamento homossexual entre duas mulheres.
Publicado por outro editor, sob o pseudônimo de Claire Morgan obteve enorme sucesso.
Na edição de bolso, da editora L&PM, de 2006 há um pós-escrito datado de 1989 onde a autora conta como surgiu a inspiração para o livro.
Baseado em experiência própria vivida em uma loja de departamentos, a autora narra como Therese encontra com Carol, a partir daí surge a ideia para o livro. Patricia Highsmith jamais escreveu outro livro sobre o tema, e diz que o atrativo do livro é seu final feliz, uma vez que na época não era usual.
O que me chamou a atenção nesse livro foram as características psicológicas das personagens principais, o que me fez lembrar do livro "O Estrangeiro" de Albert Camus, mas a personagem Therese, em particular, me lembrou muito da personagem Lisbeth Salander do sueco Stieg Larsson na Trilogia Millennium (Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, A Menina Que Brincava Com Fogo e A Rainha Do Castelo De Ar).
Mas há alguns trechos onde tive dificuldade em distinguir quem falava, se Therese ou Carol.
De qualquer forma é interessante ver como era retratado o relacionamento homossexual naquela época (bem reservado e subjetivo)e todas as reações decorrentes.
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Laís 02/01/2011

O livro conta a história de Carol e Therese, duas mulheres diferentes em vários aspectos. A história vai se desenrolando bem devagar, sem muita ação mostra a mediocridade do trabalho e a vida monótona de Therese, até o dia em que Carol aparece e tudo isso muda, ela sente um impulso que a acorda pra realidade e então começa uma longa narrativa do que uma adiconou na vida da outra. Apesar de ser uma leitura lenta, me ganhou pelo final nada de extraordinário, porém muito belo.
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Kil 10/05/2010

Carol e Therese
o livro fala de uma relação amorosa entre duas mulheres; Terese, no trabalho em uma grande loja de departamentos quando Carol vem comprar uma boneca para a filha. então, audaciosamente, Therese manda um cartão pra Carol e é convidada a almoçar, surgindo daí o relacionamento amoroso.

O livro é lindo porque trata do rito de passagem: a menina que se descobre mulher, desejando outra mulher, mas acima de tudo, amando. Quando vão viajar e finalmente, fazem amor, esse sentimento se afirma. Therese desabocha repentinamente, sofrendo pela falta de Carol. Por outro lado, trata das dificuldades que as pessoas encaravam e encaram até hoje para concretizar um amor homossexual feliz. Morar juntos, conviver, enfrentar os preconceitos. E acima de tudo, a luta íntima de aceitação e equilíbrio necessário. Achei o livro atual, romântico e um bom livro para indicar a adolescentes e adultos com o mesmo tipo de conflito, mas não só: um ótimo entretenimento também, porque Patrícia é uma ótima escritora.
Lis Brasil 19/08/2012minha estante
Muito boa resenha


Fabi 08/02/2021minha estante
É uma resenha ou a sinopse do livro?




bolotas 21/02/2009

gostei muito!
"um thriller sobre o amor proibido de duas mulheres", uma aventura gostosa de ler!
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