Anna Bia 15/03/2019
Uma cidade futurista, cidadãos divididos em castas e tecnologia de ponta. Este é o cenário de A Cidade da Chuva Eterna. Adicione golpes políticos, rebeldes dispostos a derrubar o governo, personagens intrigantes e A Chuva. A incansável e interminável Chuva. Pronto! São esses os artifícios utilizados pelo autor para prender a atenção do leitor a cada página.
O livro não tem aquela divisão específica entre mocinhos e vilões. Alguns personagens não deixam dúvida da posição que ocupam, mas o autor nos mostra que mesmo os que possuem as melhores intenções podem não ser tão bons quanto o leitor julgava. Assim como as ações erradas de outro personagem não o transformam na pior pessoa da história. E é jogando com as impressões e teorias do leitor que Ratio choca ao chegar ao último capítulo.
Esta não é uma leitura fácil. Alguns nomes de personagens foram estrategicamente escolhidos devido à sua origem ou significado, assim como alguns termos utilizados também merecem uma atenção especial e aquela ajudinha do Google. Contudo, mesmo não sendo simples, é uma leitura interessante e que vale a pena.
Confesso que nas partes mais políticas dei uma enrolada na leitura, afinal não é algo que me empolga muito, mas os mistérios apresentados me fizeram querer acabar a leitura em uma sentada. Criei várias teorias que o autor fez questão de derrubar, e cairei no clichê de dizer que me arrependo de ter enrolado um pouco, pois o final é surpreendente! Duvido que alguém tenha imaginado o que, de fato, aconteceu.
site: https://cacadoresdelivro.wordpress.com/2019/03/15/resenha-a-cidade-da-chuva-eterna-marco-ratio/