Carol @solemgemeos15 05/03/2022
Leigh é uma garota com ascendência taiwanesa e está confusa, pois no dia em que beijou seu melhor amigo, sua mãe se suicidou. Mas Leigh acredita que ela não morreu, sua mãe, na verdade, virou um pássaro. Seu pai não acredita nela, mas de uma forma ou outra, eles acabam viajando para Taiwan.
Em Taiwan, Leigh conhece seus avós maternos pela primeira vez e continua seguindo a direção que o pássaro indica. Em meio a isso, Leigh vai descobrir sobre sua família, enquanto tenta desenvolver uma relação com seus avós [mesmo que nenhum deles fale a mesma língua], lida com sua perda e repensa o que já viveu.
O uso das cores, do pássaro e os incensos que trazem à tona o passado são elementos fantásticos que, por mais que não tenham muita explicação, fazem todo sentido e trazem um olhar muito sensível sobre os acontecimentos.
Pontos positivos:
1 a forma como os capítulos vão do passado para o presente, mostrando aos poucos a dinâmica familiar e a relação entre os amigos da protagonista de uma forma bem que segura a atenção;
2 claramente trata de depressão crônica e como isso foi escalando conforme o tempo passa e todas as tentativas que foram feitas para tratar, assim como mostra como a depressão afeta as pessoas ao redor, em especial a protagonista;
3 a presença do fantástico, mesmo com poucas explicações, te deixa reflexivo sobre para onde a história irá seguir;
4 o uso do fantástico, através do uso de cores e um pássaro, para apresentar os segredos familiares aos poucos, mostrando as frustrações, as perdas e os momentos leves e felizes que já aconteceram;
5 como a história se fecha em si, mas com boas perspectivas de darem certo para os personagens;
6 explora bastante alguns locais de Taiwan;
7 a perspectiva de uma garota apaixonada por artes, lidando com seus sentimentos por seu melhor amigo e a situação tumultuada com seus pais é muito leve e tocante – e não fica aborrecido, mesmo ela sendo tão jovem [como alguns young adult conseguem ser].
Pontos negativos:
1 o comportamento do pai da protagonista muitas vezes não faz sentido [por exemplo: ele deixando sua filha que não sabe falar nada além de inglês, enquanto os avós maternos não sabem falar nada de inglês em uma cidade em que ela não conhece ninguém juntos e partir para um hotel].