Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios Marçal Aquino




Resenhas -


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Rodrigo 28/10/2023

Avassalador
Aquela leitura que te transforma, transbordando todos os sentimentos e emoções sentidas pelas personagens apresentadas.
Avassalador!
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Martony.Demes 30/07/2023

Um livro interessante que é constituido por personagens densos e complexos. E seguindo a jornada de um triangulo amoroso, Marçal ainda apresenta um livro dentro de outro.

E como disse, a complexidade da vida desses personagens trarão desdobramentos trágicos ou nada feliz. É a realidade. É o recorde de vida de algumas pessoas, mas que representa milhares com mesmas idiossincrasias: drogas, prostituição, traição, fé, mudança de vida, entre outros assuntos bem complicados

Boa leitura!
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Júlia Alves Gonçalves Sobrinho 15/11/2021

Um dos melhores títulos já pensados.
"Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" é um dos títulos mais marcantes da minha estante. E o enredo também não deixa a desejar.
Primeiramente, quero dizer que fico muito satisfeita em ter aprendido a apreciar a literatura brasileira, que é tão rica e que guarda histórias fantásticas em grandes baús esquecidos pela população nacional, assim como este livro.
Em segundo lugar, Marçal Aquino conta a passagem de um fotógrafo paulista por uma cidade do interior do Pará, a qual tem recursos minerais muito interessantes a mineradoras e a garimpeiros locais, que passam a lutar (literalmente) entre si para reivindicar ouro e outros metais preciosos encontrados nessa terra.
Em meio a esse clima tenso, nosso Cauby encontra a nossa misteriosa Lavínia e é tomado por uma paixão imediata e avassaladora. Os dois, então, passam a se relacionar "às escondidas", uma vez que sua amada, que sofre de transtorno de personalidade, é casada e se recusa a acabar com o seu casamento com o pastor da cidade. Cauby sabe do perigo que o ronda, tanto pela traição quanto pelo envolvimento com uma mulher "desequilibrada mentalmente", como diziam os seus poucos amigos da região.
A história segue, sendo alternada entre passado e presente. O início do livro já conta superficialmente seu final, algo totalmente proposital por parte do autor, como uma estratégia para prender a atenção do(a) leitor(a), o qual passa a se perguntar como Cauby foi parar ali e o que ele tanto quer nos dizer com passagens que dão a entender que, apesar de vivo, ele já se considera vitorioso em relação à vivência de experiências. Inclusive, uma das frases mais marcantes do livro é "Quero saber quantos já tiveram a coragem de ir até lá. De encontro ao fim. Eu tive."
Enquanto conta sua história, Cauby nos presenteia com uma diversidade de temas socialmente relevantes, como prostituição, desigualdade social, vício, estupro, assédio sexual, violência infantil, pornografia infantil, negligência paternal, disputas por território, assassinato de trabalhadores rurais a mando de grandes corporações capitalistas etc.
É uma leitura que prende o espectador, mexendo principalmente com facetas de seu psicológico nunca antes vistas ou há muito não revisitadas.
Com várias passagens marcantes, sinto orgulho em dizer que li mais um livro NACIONAL muito bem desenvolvido e surpreendente.
A literatura brasileira ganha mais um pedaço do meu coração.

? "Dia em que me apaixonei por ela. Em que contraí o vírus da sua loucura. Um veneno para o qual eu ainda não havia encontrado antídoto." (pág. 194)
? "Sou apenas mais uma aberração num lugar onde elas brotam a cada esquina" (pág. 189)
? "[...] nos alimentados tanto do bem quanto do mórbido. No meio disso, ele assunta, existe a poesia." (Pág. 168)
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Ricardo.Borges 27/02/2021

Leitura de altos e baixos
[Lev]. Excelente enredo, mas a história de amor de primeiro plano deixou o livro romântico demais para minha expectativa. A narração em vários tempos foi uma sacada genial, mas acho que os ápices, ao mesmo tempo, talvez não tenham sido.
Mesmo assim, adorei o livro e já o considero um clássico!
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Stella F.. 21/12/2018

Maravilhoso!
Nunca havia ouvido falar desse livro. Recomendado por uma psicanalista que sigo no Instagram, a leitura foi maravilhosa!
Livro cheio de nuances, personagens exóticos e bem brasileiros.
A princípio pensa-se em um triângulo amoroso (Cauby x Lavínia x Ernani), mas o livro tem várias histórias paralelas, que se entrelaçam e são escritas de maneira sensacional. Nos prende do início ao fim. O livro vai ao passado, presente e futuro sem afetar nosso entendimento do enredo.
Cauby, um fotógrafo que adora fazer fotos de gente. Veio de São Paulo para fazer um livro sobre as prostitutas que rondam o garimpo, nessa cidadezinha do interior do Pará. Temos uma mineradora e a corrida aos diamantes. Todos orbitam em torno disso. Uma cidade poeirenta, de cor ocre, sem maiores atrativos. Os personagens são bastante peculiares. Um deles é Chang, chinês dono da loja de fotos, onde Cauby revela seus filmes. O chinês explora os outros e adora meninos. Na loja de Chang ele conhece Lavínia, e é paixão avassaladora. Não precisa saber de sua vida, só sabe que de algum modo vai viver esse amor, porque assim como ele, sabe que ela sente o mesmo por ele. Também adora fotografias, mas diferente dele, não gosta de fotografar pessoas.
Lavínia começa a visita-lo e sua paixão ardente os deixam sem nenhum cuidado. E aos poucos vai conhecendo sua personalidade, instável, bipolar. Ele designa a ardente, de Shirley e a recatada de Lavínia. “Conhecê-la fez do passado um mero ensaio, um treino antes de ser exposto à sua incandescência”.
Lavínia some alguns dias e ele fica desesperado. E então descobre que ela é casada com o pastor evangélico, Ernani, que veio com ela do Espírito Santo. E isso é um novo ingrediente na história turbulenta deles.
E aos pouquinhos o autor nos apresenta a história particular de Lavínia, sua vida sofrida, sua tragédia familiar e pessoal, e sua “escolha” pela prostituição. Ernani em um gesto humanitário resgata essa menina e se rende a seus encantos e a leva com ele na nova empreitada de fundar uma igreja nos cafundós. Ela é agradecida a ele por ter tirado ela das drogas e acreditado em sua redenção.
Por essas e outras, apesar do amor por Cauby, ela não se sente à vontade em abandonar Ernani, que é tão bom para ela.
A história vai se desenrolando, com a entrada de novos personagens e vai sendo costurada aos poucos.
Cauby, vive em uma pensão, da D. Jane, junto com o “Careca” e um menino que fica na escada escutando as histórias. Esse é o tempo presente do livro. O Careca fala de seu amor por Marinês, a quem ele dedicou toda sua vida, apesar de ter sido um amor platônico. Então vemos no livro vários tipos de amores, e Cauby sempre nos agrada com conclusões de um livro que sempre carrega consigo do terapeuta Schianberg, que seria um teórico do amor. “Queremos o que não podemos ter”. “O que diferencia uma pessoa de outra, ele acrescenta, é o quanto cada um quer o que não pode ter”.
Além dos personagens da pensão temos ainda Viktor Laurence, um aventureiro, que ao longo do romance vai se tornando “amigo” de Cauby, mas esse descobre tardiamente que ele era peçonhento. Apesar de conviverem, falarem de livros, ter um gato chamado Camus, ele faz um tipo de chantagem que Cauby não aceita, o que acaba prejudicando bastante sua vida com consequências desastrosas.
Vemos também Ernani que era um funcionário público, mas que teve tragédias em sua vida e optou após vencer uma depressão seguir a vida religiosa e tornar-se pastor.
Encontramos ao longo do caminho ainda Polozzi, o delegado, muito amigo de Cauby, mas que em uma determinada fase do livro deve cumprir seu papel de autoridade, e ficar acima de sua amizade. E com isso duvida de seu amigo até que provem o contrário.
E outros tipos mais, como Chico Chagas, feio, uma figuraça, como descreve Cauby. Não gosta de ser fotografado e o protagonista desconfia que seja matador.
O livro é maravilhoso e o final é surpreendente! Muito bem descrito, onde todos os personagens, que são vários, se entrelaçam de maneira perfeita, sem excessos, enxutos e muito bem trabalhados.
Recomendo muito!
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