Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


136 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Janice 03/04/2024

Um livro...
Curtinho, mas que é uma excelente porta de entrada para a obra de Thomas Mann. Relata a viagem de um escritor à Veneza e sua paixão arrebatadora por um jovem polonês, hospedado no mesmo hotel.
Qualquer coisa além pode ser spoiler hehhee mas é um livro muito gostosinho e rápido de ler, já quero conhecer tudo do autor. :)
comentários(0)comente



elieltoncastr_ 19/03/2024

Um tanto frustrante a forma como os pensamentos do protagonista vão se desdobrando, em alguns momentos torna-se realmente tedioso. Por outro lado, é interessante acompanhar esse desenvolvimento de fantasia, que parece ter muito pouco a ver com o rapaz, e mais a ver com o próprio Gustav, sobretudo no que diz respeito à finitude.
comentários(0)comente



Alan kleber 14/02/2024

A paixão a conduzi-lo pela coleira
Morte em Veneza, a novela seminal de Thomas Mann, nos transporta para o cenário místico e decadente de Veneza, onde Gustav von Aschenbach, um escritor de renome, busca rejuvenescimento e inspiração. Contudo, sua jornada transcende o mero turismo cultural quando ele é cativado pela beleza estonteante de Tadzio, um jovem polonês. Essa atração desencadeia uma paixão avassaladora em Aschenbach, levando-o a uma espiral emocional que culmina em uma dolorosa e inevitável autodescoberta.

Em Morte em Veneza, Thomas Mann mergulha nas profundezas da psique humana, tecendo uma narrativa que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. A novela é uma obra-prima da literatura que não apenas narra a jornada de um homem em busca de inspiração, mas também explora temas universais como a beleza, a morte e a decadência.

Gustav von Aschenbach emerge como um protagonista complexo e multifacetado, cuja busca pela perfeição estética o leva a confrontar suas próprias fraquezas e desejos mais profundos. Sua obsessão por Tadzio é mais do que uma simples atração; é uma busca desesperada por transcendência e significado em um mundo marcado pela transitoriedade e pela mortalidade.

A cidade de Veneza desempenha um papel central na narrativa, servindo como um espelho distorcido da alma de Aschenbach. Mann habilmente retrata a dualidade da cidade, onde a beleza exuberante coexiste com a decadência e a corrupção. A atmosfera opressiva e claustrofóbica de Veneza reflete a própria jornada emocional de Aschenbach, criando um ambiente tenso e carregado de simbolismo.

A relação entre Aschenbach e Tadzio é o ponto focal da novela, uma dança delicada entre o desejo e a negação, o amor e a morte. Mann explora os matizes dessa conexão de forma magistral, revelando as camadas mais profundas da psique humana e as complexidades do desejo e da identidade.

Morte em Veneza é uma meditação profunda sobre a condição humana e a busca incessante pela beleza e pelo significado. A prosa envolvente de Mann e sua habilidade de capturar a essência da experiência humana fazem desta novela uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada na interseção entre arte, desejo e mortalidade. Ao fechar suas páginas, somos deixados com uma sensação de admiração e inquietação, cientes de que testemunhamos algo verdadeiramente extraordinário.

?Pois a beleza, Fedro, grava bem isso, apenas a beleza é simultaneamente divina e visível; ela é, portanto, o caminho do sensível, ela é, meu pequeno Fedro, o caminho pelo qual o artista alcança o espírito. Mas tu crês, meu querido, que aquele que se encaminha ao espiritual pela via dos sentidos pode algum dia alcançar a sabedoria e uma verdadeira dignidade viril? Ou antes acreditaus (tu és livre para decidir) que este é um caminho atraente, conquanto perigoso, na verdade um caminho equívoco e pecaminoso que necessariamente conduz ao erro? Pois é preciso que saibas que nós, poetas, não podemos percorrer o caminho da beleza sem que Eros se interponha, arvorando-se em nosso guia; sim, ainda que sejamos, a nosso modo, heróis e guerreiros disciplinados, somos como mulheres, pois a paixão é nossa sublimação, e nosso anseio não pode deixar de ser amor ? para nossa satisfação e para nossa vergonha. Vês agora que nós, poetas, não podemos ser nem sábios nem dignos?
Que fatalmente incorremos em erro, que fatalmente permanecemos devassos e aventureiros do sentimento? A maestria de nosso estilo é mentira e estupidez;
nossa fama e respeitabilidade, uma farsa; a confiança depositada em nós pela multidão, altamente ridícula; a educação do povo e da juventude pela arte, um empreendimento temerário que devia ser proibido. Pois, como pode servir de educador quem traz em si um pendor inato e incorrigível para o abismo? Bem que gostaríamos de renegá-lo e adquirir dignidade, mas para onde quer que nos voltemos, lá está ele a nos atrair. É assim que renunciamos, por exemplo, ao conhecimento analítico, pois o conhecimento, Fedro, não tem dignidade nem rigor; ele é sábio, compreensivo e indulgente, não tem firmeza nem forma;
simpatiza com o abismo, ele é o abismo. A este rejeitamos, pois, decididamente, e nossa única aspiração passa a ser então a beleza, o que quer dizer simplicidade, grandeza, um novo vigor, a espontaneidade reconquistada e a forma. Mas forma e espontaneidade, Fedro, levam à embriaguez e à cobiça, arriscam levar um coração nobre a cometer um atentado atroz contra o sentimento, atentado que sua própria exigência de austera beleza repudia como infame ? também elas conduzem ao abismo. Digo que elas nos conduzem, a nós poetas, para o abismo, pois não conseguimos elevar-nos, mas apenas exceder-nos. E agora eu me vou, Fedro. Quero que fiques aqui e só quando já não me avistares mais, só então, parte também.?
AndrAa58 17/02/2024minha estante
????? adorei sua resenha!




Maria15670 01/02/2024

" Mas ansiava, dolorosamente, ser amado por Hans assim falho como era"
(Tônio Kroeger)
comentários(0)comente



wawaw 29/01/2024

"As observações e as vivências do solitário calado são ao mesmo tempo mais difusas e intensas do que as dos seres sociáveis, seus pensamentos, mais graves, mais fantasiosos e sempre marcados por um laivo de tristeza. imagens e impressões que facilmente seriam esquecidas com um olhar, um sorriso, uma troca de opiniões ocupam-no mais do que o devido, aprofundam-se no silêncio, ganham significado, transforman-se em vivência, aventura, sentimento. a solidão engendra o original, o belo ousado e surpreendente, o poema. mas engendra também o inverso, o desmedido, o absurdo e o ilícito."
comentários(0)comente



Gustavo Carnelós 26/01/2024

Não deu
Definitivamente sem intenção de ler outra coisa do Thomas Mann por tempo indeterminado. Assim como em "A montanha mágica", de 800 páginas, neste, de apenas 94, a leitura foi bastante cansativa. A escrita dele não me desce, com muitos trechos que não andam. Procurei resenhas e comentários para ver se melhorava o meu aproveitamento, mas não ajudou. Li só na superfície.
comentários(0)comente



lele 24/10/2023

Achei interessante as descrições da cidade e a parte das autoridades escondendo uma epidemia só pra não perder turistas e não ferrar com a economia, mas esse aschenbach um tarado.
comentários(0)comente



Caroline Vital 23/10/2023

Lido em 2018
Sei lá... Meio prepotente. Meu primeiro contato com o autor, não foi dos melhores. Mas darei outras chances.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Alexandra153 05/10/2023

A história de uma paixão platónica de um homem mais velho por um adolescente. Sem nunca se aproximar, segue à distância o objeto do desejo, não conseguindo afastar-se, arriscando a sua dignidade e a própria vida.
Referido como um livro com referências autobiográficas.
Escrita elaborada e com referências históricas e filosóficas.
comentários(0)comente



orpheuus 02/09/2023

"? Mesmo sob o prisma pessoal, a arte é uma vida elevada"
A Morte em Veneza de Thomas Mann é um livro que ultrapassa as obviedades, precisa ser lido com atenção. E com certeza esse é um livro que merece um lugar de destaque em sua estante.

"Chegar à Veneza de trem, vindo por terra, era o mesmo que entrar num palácio pela porta dos fundos."
comentários(0)comente



maria 21/08/2023

Estranho
Conta a historia de um pedófilo que se apaixona platonicamente por um jovem bonito, não tem muito o que comentar
comentários(0)comente



j.oao 04/08/2023

Facilmente entraria na categoria terror/ histórias de fantasmas. Lindo e assustador. Peguei nenhuma referência por não ter bagagem, mas cheguei no final atônito de boca aberta. Amei.
comentários(0)comente



agapetae 18/07/2023

8
Escrito como ode à juventude, conflito do velho e do novo. Após o tempo escorrer pelo dedos, somos colocados de frente de um jovem, seja esse saudável ou não, e assim percebemos o nosso envelhecimento. Talvez sentimos até mesmo inveja. Dias passam, as horas não se mantém, a Morte é inevitável.
comentários(0)comente



Derso 09/05/2023

Beleza e Contemplação
Toda vez que me deparo com um autor prolifico, tendo a ler os livros menores em tamanho destes antes de escalar uma montanha, algumas vezes isso não é possível se tratamos de um autor de uma única obra cujo volume já nos indica o tempo que iremos dedicar. Não é o caso de Thomas Mann, sua prolificidade deixou a nós leitores um bom acervo a ser explorado em que podemos escolher por onde começar.

Em “a morte em Veneza”, lemos a estória de Gustav von Aschenbach, um escritor idoso que está passando por uma crise criativa. Num dia, decide viajar pra Veneza e lá se apaixona platonicamente por um adolescente de 14 anos com o nome de Tadzio.

O enredo é simples, em termos de estória não há o que ser acrescentado para não correr o risco de spoiler, mas quem se atentar ao título já vai saber seu desfecho, a graça mesmo está nas discussões que o autor levanta e na forma do texto... O título já merece uma atenção especial, algumas traduções (como a edição que li) trazem o título sem o “a”, olhando o título original e pesquisando sobre o assunto fui informado que o título carrega um artigo masculino “der”, mas nem sempre haverá uma correspondência desse artigo da língua alemã para a língua portuguesa brasileira, isso significa que nem sempre o que é masculino em alemão será masculino em português brasileiro, isso permite que apontemos nomes de pessoas, estações do ano, mês, etc. Isso faz todo sentido, na novela, estamos nos referindo a morte, pois no ano de escrita, Veneza estava enfrentando um surto de cólera vitimando nativos e turistas, então temos um personagem que está indo a Veneza, e com quem ele vai se encontrar? O que significa que logo de cara Thomas Mann deixa claro o tom melancólico e reflexivo que vai adotar na narrativa, quando a tradução não compõe essa característica, acaba passando a impressão errônea de um romance policial em que há uma fatalidade à ser investigada.

O texto é narrado em terceira pessoa, mas notamos como que Thomas Mann dá um enfoque apenas no Aschenbach, como se fosse uma entidade a par dos pensamentos e emoções do protagonista atento a qualquer movimento brusco, o autor testemunha suas atitudes e as registra para que o leitor julgue por si as ações do personagem. Aschenbach fica obcecado com a beleza de Tadzio, chega á segui-lo, sabe onde o jovem vai estar e em qual horário estará. Olhando com um olhar contemporâneo, ficamos incomodados com tal atitude e de fato temos vontade de proteger Tadzio, afinal, ele está perto de um possível predador, não podemos descartar essa possibilidade, pois a pedofilia é uma discussão recorrente quando se fala na obra de Mann. Nos atendo ao tema, ele incita uma reflexão sobre a beleza artística, o autor concebe o protagonista com uma beleza apolínea, adepto da harmonia, ordem e disciplina; Veneza é dionísica, embora bela, cheiral mal e está contaminada por uma epidemia; já Tadzio é platônico, pois está sendo contemplado.

O livro tem parágrafos longos, isso pode assustar o leitor, mas aproveite cada palavra constantes nessas linhas, vemos ali a habilidade narrativa que Mann possuía, a erudição até dificulta avançarmos na leitura, mas não é nada de outro mundo, quando compreendemos o que está dito temos a oportunidade de apreciar a escrita do autor. Justamente nos parágrafos longo que reside as qualidades do texto, como a sabedoria de usar símbolos pra compor sua obra sempre lembrando ao leitor da forma como vai dirigir a narrativa sem interrompê-la, como os constantes prenúncios de morte que encontramos em vários trechos.

No final, ficamos com a impressão de que Mann mostrou do que ele é capaz e o que sua habilidade ainda faria, estou louco pra ler mias.

Precisei de ajuda pra escrever essa resenha, eis o que consultei:

INSTITUTO LING texto de Camila Salvá

NICOLAS NEVES do canal LAS HOJAS Y OTRAS HOJAS

BIBLIOTECA JOSÉ DE ALENCAR UFRJ texto de Victor da Hora e Edgard Corteletti

A EPIDEMIA DE CÓLERA EM “A MORTE EM VENEZA” DE THOMAS MANN de Denise Rocha

VER VENEZA E MORRER: BELEZA E DECADENCIA SOB OS ASPECTOS NARRATIVOS DE MORTE EM VENEZA DE THOMAS MANN de Wélica Cristina Duarte de Oliveira
comentários(0)comente



136 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR