Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Catharina 29/03/2023

Obsessão
Um escritor cansado e sem criatividade para sua nova obra decide dar um tempo de tudo para viajar para Veneza, onde encontra um belo garoto jovem que chama sua atenção por conta de suas atitudes despreocupadas de adolescente que admiravam-no pois sempre fora um homem muito rígido consigo mesmo. Essa admiração rapidamente vira uma obsessão doentia que começa a inspira-lo a escrever novamente, mas a história não fica por aí - ele começa a seguir o garoto na rua, ir na missa para vê-lo, ir na praia, no restaurante? fazia tudo que podia. A escrita é repetitiva e a história seria muito melhor se fosse um conto.
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Bruno B. 26/01/2023

O SURPREENDENTE CAMINHO DA DESCOBERTA
Confesso que o livro me surpreendeu de uma forma absolutamente positiva. Foi uma distância considerável entre o que eu esperava encontrar e o que eu realmente encontrei.
Uma história, curta em páginas, mas muito profunda e atual em seu tamanho. Traz temáticas impressionantemente atuais como, sexualidade, pandemia e um governo negacionista. Em certos momentos eu vi no texto o Brasil de hoje. O que só evidencia ainda mais a genialidade de Thomas Mann, um autor além de seu tempo.
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Marcelo 26/12/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Um dos livros mais conhecidos de Thomas Mann, Morte em Veneza chocou na época do seu lançamento por ser uma novela que aborda a homossexualidade de seu protagonista, o escritor Gustav Aschenbach descrita na paixão que este sente pelo jovem Tadizio. Mas conforme a escrita avança, essa questão mostra-se secundária à análise da obra, uma vez que nem sequer houve contato físico entre os dois personagens, estando o amor de Aschenbach por Tadzio no âmbito da idealização. A verdadeira atração de Gustav mostra-se ser pela beleza e perfeição do menino, o que fica evidente para o leitor, dentre outros motivos, na medida em que Tadzio é apresentado como ?o belo?.

Assim como nos demais livros do autor, Thomas Mann apresenta uma escrita complexa, profunda e densa. Em contraponto, o enredo é praticamente inexistente: um homem de meia-idade viaja até Veneza, apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz polaco extremamente atraente. Apesar dos sinais de uma epidemia de cólera, que é ocultada pelas autoridades para não prejudicar o turismo, mas que lhe é revelada por um agente de viagens britânico, Aschenbach permanece em Veneza, sacrificando sua dignidade e bem-estar pela experiência imediata da beleza corporificada por Tadzio. Aschenbach fica em Veneza e vê os hóspedes e moradores deixarem a cidade, e morre sem sequer ter trocado uma palavra com Tizio, apenas pela paixão platônica pela beleza e juventude do jovem Tadzio.

É uma leitura que, apesar de curta, é densa e exige atenção, pois cada personagem, cada cena, cada acontecimento nas obras de Mann apresentam um mundo de possibilidades. Apesar disso, vale a leitura como primeiro contato com a obra de Thomas Mann.
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Maria.Eduarda 24/11/2022

Morte em Veneza
Sempre me perturbou a obsessão que Dante tinha por Beatriz (a divina comédia) ou a suposta "paixão" de Julieta e Romeu (romeu e julieta), e agora acrescentarei o "amor" não correspondido de Gustav von Aschennach com Tadzio (morte em veneza). Nunca entendi como uma pessoa pode ficar obcecada por outra só de vela na rua. Talvez seja por isso que eu tenha tido tanta dificuldade em enteder a história desse livro.

Morte em veneza possuí apenas 94 paginas, das quais são divididas em 5 capítulo. Contudo, não se engane! O livro é extremamente cansativo de se ler. A narrativa, que ocorre em terceira pessoa, divaga tanto no decorrer das linhas que se torna quase impossivel entender o que está acontecendo. Porém, se ignorarmos esses fatos a construção dos personagens é incrivel e a loucura obsessiva deles fica bem evidente a medida que você ler.
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miguel 18/11/2022

um dos livros mais tristes que já li, com certeza. o desenvolvimento inicial foi bem chato e lento mas quando o tadzio apareceu a história começou a andar. queria que o thomas tivesse desenvolvido mais as cenas com o tadzio, mas era tudo tão rápido que logo cortava pra uma reflexão. final lindo e triste, me deixou com o coração na mão... recomendo muito pra quem já leu me chame pelo seu nome!!!
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natalia 04/11/2022

morte em Veneza
goste do livro, fazia muito tempo que não lia nenhum livro e para me reabituar a ler, comecei com um livro pequeno
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thexanny 26/10/2022

A morte em Veneza
Peguei esse livro na biblioteca, não havia lido a sinopse e só vi de que se tratava quando cheguei em casa. Esse foi o primeiro contato que eu tive com a escrita do Thomas Mann. Eu não achei a escrita simples, reli três vezes o livro e mesmo assim eu sei que não absorvi todas as camadas e interpretações. É um livro que não parece grande coisa à primeira vista, mas conforme você vai lendo, descobre que ele não é nada superficial.
Será muito interessante reler esse livro daqui a alguns anos. Acho que vou compreender muito mais do que agora. Por o livro abordar citações filosóficas, eu fiquei meio perdida. Vi uma resenha onde era recomendado ler "Fedro" de Platão, antes de ler o livro, não acho que seja necessário, mas com certeza é importante ter uma ideia do que é a beleza platônica e o que é o Dionisíaco e Apolíneo em Nietzsche.

Foi uma leitura que alargou o meu pensamento, no sentido de me mostrar percepções que até então eram desconhecidas. Como eu disse, é um livro que tem várias camadas e, consequentemente, diversas interpretações. Porém, algo que ficou bem claro para mim, é que precisamos do equilíbrio entre o Dionísio e o Apolo. Para Platão, o belo é o ideal da perfeição e só pode ser contemplado em sua essência por meio de um processo de evolução filosófica e cognitiva do indivíduo por meio da razão, e isso proporcionaria conhecer a verdade harmônica do cosmo. Pois, segundo Platão a beleza não pode ser definida, já que está no mundo inteligível, ou seja, é inalcançável. O que podemos, no entanto, é ter uma noção maior ou menor do que a beleza é, ou seja, Tadzio representaria a beleza e por meio dele Aschenbach chegaria a um equilíbrio que o levaria ao mundo inteligível.

O amor por definição é o desejo por algo que falta. E o amor é um dos caminhos onde podemos alcançar o conhecimento verdadeiro das coisas. Só quando Aschenbach contempla vai para Veneza e lá se permite amar, ele entende o que é o amor e consequentemente alcança o conhecimento verdadeiro das coisas. Porém ele comete um erro ao deixar para trás sua moral e rotina, se deixando levar pelo Eros e se perdendo. Quando decidimos acreditar ou seguir algo passamos por tentações e precisamos vencê-las. Aschenbach estava passando por um teste, porém não conseguiu encontrar o equilíbrio. O resultado disso foi sua morte.

Essa foi minha interpretação, como eu disse, sou leiga em filosofia e não espero ter feito uma interpretação filosófica. Só não queria deixar esse livro passar em branco sem falar nada sobre. Acredito que dizer minha opinião será proveitoso de alguma forma, nem que seja para alguém vir discordar.

P.S: Odeio o fato dessa edição e em muitas outras estar "Morte em Veneza" e não "A morte em Veneza", pois isso é um fator importante, além de que o original tem o pronome no começo.
Isaac.Maciel 14/12/2023minha estante
5 estrelas pro seu comentário. Gratidão ?




mysway 24/09/2022

Pois é
Li esse livro a muito tempo, só porque achei linda a capa. Tenho minhas opiniões sobre a obra e sobre o filme (que acabou com a vida do protagonista), mas ainda sim acho a escrita profunda e bonita, entendo a mensagem por traz, mas nunca leria de novo justamente por ter me sentido incomodada do início ao fim.
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Lucas1429 31/08/2022

O extravasamento da arte (e do amor)
Tecida em menos de 100 páginas, esta novela sublima o óbvio que permeia qualquer ser humano, a sufocante sentimentalização ao ver-nos afetados de amor – Gustav von Aschenbach sente a manifestação irrefreada sob a estonteante paisagem mediterrânea, sofre pela beleza idealizada num lugar que também materializa a rara beleza. Tema caro ao artista, ele próprio um, a sua discursiva custa refletir sobre as predisposições do mundo; para Thomas Mann, racionalmente são incutidos paralelos geracionais, estéticos, literários, históricos. Eis um estudo societário acrônico.

Vivendo em Munique, laureado em excelência por seu trabalho literário e em meia idade, o escritor Aschenbach permite-se, em inquietude, desapegar-se do cotidiano, sendo tão metódico, e partir para além da Alemanha. Propenso a permanecer na Europa, em desdenho externo personificado no típico cidadão do velho continente, aporta em Veneza, cidade italiana que corriqueiramente o recebe em estações intercaladas. Logo, sua identidade se esvai ao confrontar Tadzio, um jovem polonês hospedado no mesmo hotel, que perturbará sua confiança e o reduzirá à metáfora da decadência.

Ele restitui no garoto a exaltação do belo ao compará-lo em vestígios das personificações gregas, do inalcançável e insuperável. Sua paixão platônica lhe sugere denominá-lo um Goethe moderno, fadado também à tragédia. Proveniente disto, sua decadência se instala no instante recaído os olhos no rapaz; sua tragicidade será deflorada por aspectos filosóficos interpostos por Mann em diversos parágrafos que se constituem em diversas leituras, apresentadas diante das muitas interpretações presumidas. O suposto contexto queer é outra das alegorias ajeitadas para intuir ao leitor uma tentativa canônica de não restrição temática, tanto o afeto de Aschenbach pode direcionar ao romântico quanto ao que a compleição física de Tadzio repercute no deslumbrado.

Enquanto um homem de juízo austero, genioso e intelectualizado, também resvala em si aspectos exprimidos do espírito machista, para ele, o homem detém a completa referência superior às fragilidades humanas, diferente das mulheres: porém, é ele quem, no fim, de opulência profissional, suprime ao desatino dos desejos íntimos. Não só, de se defrontar diante da síntese oposta que se veem a juventude e a velhice, o fútil e o imprescindível, o clássico e o moderno. Mann, representante contemporâneo, discorre as mazelas interiorizadas e extirpadas pela grande roda sistêmica social, a burguesia que se apropria da incoerência postural decaída e se restringe dela, numa subalternidade ao que é fresco, na supervalorização do novo – mesmo este limitado.

Por fim, seria inegável Mann não consumar seu talento de modo intencional num dos modelos artísticos mais expositivos, a literatura. Se na conclusão extinguir o personagem é a solução para seu protagonista em sofrimento, ainda sua morte será eternizada (morte que atinge o aforisma simbólico do título, não apenas físico, mas de sua apreensão infundada). A memória de Aschenbach, na extravagância do amor e do seu legado perante a discutida fixação pessoal e mental, eterniza-se na arte. Morre no enredo, relega sua jornada fatídica pelo impossível para sempre.

"Mesmo sob o prisma pessoal, a arte é uma vida elevada. Ela traz uma felicidade mais profunda e um desgaste mais acelerado. Grava no rosto de seu servidor os traços de aventuras imaginárias e espirituais, e com o tempo, mesmo no caso de uma vida exterior de uma placidez monástica, provoca uma perversão, um refinamento, um cansaço e uma excitação dos nervos, que mesmo uma vida cheia de paixões e prazeres desvairados dificilmente poderia produzir." Página 19.
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larissaplath 27/08/2022

no primeiro momento em que vi o livro pensei que se tratava de um livro de mistério, assassinato, me enganei muito. É uma leitura em que se tem que prestar muita atenção
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Joao.Carlos 07/08/2022

Homossexualismo inconfesso de um escritor.
É o retrato da paixão lasciva e tardia de um escritor renomado.
Sentindo-se estressado pelo ofício e futilidade de suas glórias intelectuais parte de ferias para Veneza.
A cidade vive uma espécie de covid 19 embrionário, em fase de negação dos efeitos exponenciais que carrega.
Lá ele associa a beleza física de um adolescente com seu conceito pessoal de beleza e arte. Seduzido pela imagem deixa-se arrastar pela paixão e despreza toda carga moral que acumulou. Decai ao ridículo do comportamento que a sociedade da época descriminava.
No desassossego de sua incontida paixão, jamais troca uma palavra com o objeto de seu amor. O rapaz tem que retornar para sua patria e no último instante, sem despedidas, o protagonista, já contagiado pela peste, cai morto.
Uma tragédia anunciada no início quando o barqueiro que o conduz ao hotel foge sem cobrar, porem avisa-lhe que " terá que pagar de alguma forma".
Uma história interessante para quem busca explicações e exemplos de amor platônico, um tanto sem graça, sem ação e sem diálogos.
Eu não apreciei.
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Levi_Motta 06/08/2022

Amor e morte em Veneza
A escrita me lembrou Lolita em alguns momentos, não é algo simples de ler de início, mas depois fui acostumando, acho que o livro é muito mais do que o amor platônico do protagonista pelo personagem, acho que o livro também é uma crítica ao fazer artístico, pelo menos foi o que eu entendi. É a primeira obra que leio do autor, provavelmente lerei outras no meio do caminho, ótimo livro.
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teugoes3 01/08/2022

Bem mediano mesmo
Para um livro super curto foi uma leitura bem longa e cansativa. Por muitas vezes não consegui mergulhar na narrativa, fiquei só querendo que acabasse. Nenhum personagem foi cativante e a história em si não me agradou tanto.

Achei legal ter umas reflexões sobre envelhecer e a juventude que me lembrou Desonra de J.M. Coetzee. Mas mesmo assim achei um livro apenas ok
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Mayara 31/07/2022

Essa história me lembrou muito Lolita enquanto lia e depois, no clube de leitura em que debatemos a obra, outras pessoas também tiveram a mesma percepção. A narrativa em si é uma das mais cansativas que já tive a oportunidade de ler, mas no fim das contas, gostei bastante de ter lido.
Devia ter feito a resenha antes, agora depois de uns dois meses que li, me lembro só de elementos que são spoilers hahaha
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