Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Charles Lindberg 23/08/2021

Estou feliz de ter concluído o que eu acho que foi uma das leituras mas difíceis do ano. Não que a linguagem seja uma barreira, porque não é; mas porque é tremendamente chato e enfadonho. Desde o início, já se pode ver aonde o autor está dirigindo seu protagonista. Os prenúncios no meio do caminho são claros como o dia, o que impede a leitura de ser um tédio total. As ruminações filosóficas em torno do cerne da "beleza", que parecem compor o éthos da novela, porém, são superficiais e inteiramente descartáveis -- tanto que o próprio autor o sabe, já que nos presenteia com uma mudança de opinião coerente perto do fim.

Ouvi que, junto com Tonio Kröger, esta seria a melhor introdução à obra de Thomas Mann. Se é o caso, então eu dificilmente quereria ler qualquer coisa dele no futuro. Ambos este e Tonio Kröger estrelam um óbvio self-insert do autor, com pinceladas eugenistas aqui e acolá, e ruminações filosóficas com pouco ou nenhum sentido narrativo. Ao menos A Morte em Veneza se atreve a ter um plot, mas por sua insistência em discutir noções nietzscheanas e mitologia grega, talvez se saísse melhor como ensaio filosófico.
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thexanny 26/10/2022

A morte em Veneza
Peguei esse livro na biblioteca, não havia lido a sinopse e só vi de que se tratava quando cheguei em casa. Esse foi o primeiro contato que eu tive com a escrita do Thomas Mann. Eu não achei a escrita simples, reli três vezes o livro e mesmo assim eu sei que não absorvi todas as camadas e interpretações. É um livro que não parece grande coisa à primeira vista, mas conforme você vai lendo, descobre que ele não é nada superficial.
Será muito interessante reler esse livro daqui a alguns anos. Acho que vou compreender muito mais do que agora. Por o livro abordar citações filosóficas, eu fiquei meio perdida. Vi uma resenha onde era recomendado ler "Fedro" de Platão, antes de ler o livro, não acho que seja necessário, mas com certeza é importante ter uma ideia do que é a beleza platônica e o que é o Dionisíaco e Apolíneo em Nietzsche.

Foi uma leitura que alargou o meu pensamento, no sentido de me mostrar percepções que até então eram desconhecidas. Como eu disse, é um livro que tem várias camadas e, consequentemente, diversas interpretações. Porém, algo que ficou bem claro para mim, é que precisamos do equilíbrio entre o Dionísio e o Apolo. Para Platão, o belo é o ideal da perfeição e só pode ser contemplado em sua essência por meio de um processo de evolução filosófica e cognitiva do indivíduo por meio da razão, e isso proporcionaria conhecer a verdade harmônica do cosmo. Pois, segundo Platão a beleza não pode ser definida, já que está no mundo inteligível, ou seja, é inalcançável. O que podemos, no entanto, é ter uma noção maior ou menor do que a beleza é, ou seja, Tadzio representaria a beleza e por meio dele Aschenbach chegaria a um equilíbrio que o levaria ao mundo inteligível.

O amor por definição é o desejo por algo que falta. E o amor é um dos caminhos onde podemos alcançar o conhecimento verdadeiro das coisas. Só quando Aschenbach contempla vai para Veneza e lá se permite amar, ele entende o que é o amor e consequentemente alcança o conhecimento verdadeiro das coisas. Porém ele comete um erro ao deixar para trás sua moral e rotina, se deixando levar pelo Eros e se perdendo. Quando decidimos acreditar ou seguir algo passamos por tentações e precisamos vencê-las. Aschenbach estava passando por um teste, porém não conseguiu encontrar o equilíbrio. O resultado disso foi sua morte.

Essa foi minha interpretação, como eu disse, sou leiga em filosofia e não espero ter feito uma interpretação filosófica. Só não queria deixar esse livro passar em branco sem falar nada sobre. Acredito que dizer minha opinião será proveitoso de alguma forma, nem que seja para alguém vir discordar.

P.S: Odeio o fato dessa edição e em muitas outras estar "Morte em Veneza" e não "A morte em Veneza", pois isso é um fator importante, além de que o original tem o pronome no começo.
Isaac.Maciel 14/12/2023minha estante
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Durval 08/12/2011

A alma do artista
Este é um pequeno grande livro.

Aschenbach é um escritor de grande prestígio que construiu sua obra através do esforço constante mas com pouca inspiração. ele se sente bloqueado, falta algo em sua vida. A visão de um estranho misterioso na porta de um cemitério desperta nele o impulso de tirar uns dias de férias.

O livro encerra toda uma teoria da criação literária e artística em geral, bem como de sua recepção pelo público. Durante a viagem, Aschenbach vai despertando para sua verdadeira condição e acaba mudando seu destino para Veneza, onde encontra a imagem da beleza ideal em um jovem, pelo qual se apaixona. Ele passa então a observar o rapaz e a segui-lo, mas não tem coragem de se aproximar dele.

No final, aparece uma referência ao diálogo Fedro, de Platão, que trata do amor, da retórica e da poesia. Aschenbach descobre uma nova maneira de escrever, de expressar-se, mas o fim já está chegando. Veneza é tomada pelo cólera, os turistas partem mas Aschebach fica para encontrar seu destino.

Uma curiosidade a respeito desse romance é que o personagem Tadzio, o belo rapaz, foi inspirado numa pessoa real, um jovem nobre polonês que Thomas Mann encontrou numa viagem a Veneza, exatamente no Hotel des Bains, onde se passa a história.

O belíssimo filme "A morte em Veneza" é baseado no livro e apresenta, com grande fidelidade e detalhe, várias cenas do livro. Visconti faz de Aschenbach um músico e associa-o a Gustav Mahler, cuja música (Adagietto da 5ª sinfonia) complementa magicamente a extraordinária beleza plástica das cenas.

Recomendo sem restrições o livro e o filme.
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Derso 09/05/2023

Beleza e Contemplação
Toda vez que me deparo com um autor prolifico, tendo a ler os livros menores em tamanho destes antes de escalar uma montanha, algumas vezes isso não é possível se tratamos de um autor de uma única obra cujo volume já nos indica o tempo que iremos dedicar. Não é o caso de Thomas Mann, sua prolificidade deixou a nós leitores um bom acervo a ser explorado em que podemos escolher por onde começar.

Em “a morte em Veneza”, lemos a estória de Gustav von Aschenbach, um escritor idoso que está passando por uma crise criativa. Num dia, decide viajar pra Veneza e lá se apaixona platonicamente por um adolescente de 14 anos com o nome de Tadzio.

O enredo é simples, em termos de estória não há o que ser acrescentado para não correr o risco de spoiler, mas quem se atentar ao título já vai saber seu desfecho, a graça mesmo está nas discussões que o autor levanta e na forma do texto... O título já merece uma atenção especial, algumas traduções (como a edição que li) trazem o título sem o “a”, olhando o título original e pesquisando sobre o assunto fui informado que o título carrega um artigo masculino “der”, mas nem sempre haverá uma correspondência desse artigo da língua alemã para a língua portuguesa brasileira, isso significa que nem sempre o que é masculino em alemão será masculino em português brasileiro, isso permite que apontemos nomes de pessoas, estações do ano, mês, etc. Isso faz todo sentido, na novela, estamos nos referindo a morte, pois no ano de escrita, Veneza estava enfrentando um surto de cólera vitimando nativos e turistas, então temos um personagem que está indo a Veneza, e com quem ele vai se encontrar? O que significa que logo de cara Thomas Mann deixa claro o tom melancólico e reflexivo que vai adotar na narrativa, quando a tradução não compõe essa característica, acaba passando a impressão errônea de um romance policial em que há uma fatalidade à ser investigada.

O texto é narrado em terceira pessoa, mas notamos como que Thomas Mann dá um enfoque apenas no Aschenbach, como se fosse uma entidade a par dos pensamentos e emoções do protagonista atento a qualquer movimento brusco, o autor testemunha suas atitudes e as registra para que o leitor julgue por si as ações do personagem. Aschenbach fica obcecado com a beleza de Tadzio, chega á segui-lo, sabe onde o jovem vai estar e em qual horário estará. Olhando com um olhar contemporâneo, ficamos incomodados com tal atitude e de fato temos vontade de proteger Tadzio, afinal, ele está perto de um possível predador, não podemos descartar essa possibilidade, pois a pedofilia é uma discussão recorrente quando se fala na obra de Mann. Nos atendo ao tema, ele incita uma reflexão sobre a beleza artística, o autor concebe o protagonista com uma beleza apolínea, adepto da harmonia, ordem e disciplina; Veneza é dionísica, embora bela, cheiral mal e está contaminada por uma epidemia; já Tadzio é platônico, pois está sendo contemplado.

O livro tem parágrafos longos, isso pode assustar o leitor, mas aproveite cada palavra constantes nessas linhas, vemos ali a habilidade narrativa que Mann possuía, a erudição até dificulta avançarmos na leitura, mas não é nada de outro mundo, quando compreendemos o que está dito temos a oportunidade de apreciar a escrita do autor. Justamente nos parágrafos longo que reside as qualidades do texto, como a sabedoria de usar símbolos pra compor sua obra sempre lembrando ao leitor da forma como vai dirigir a narrativa sem interrompê-la, como os constantes prenúncios de morte que encontramos em vários trechos.

No final, ficamos com a impressão de que Mann mostrou do que ele é capaz e o que sua habilidade ainda faria, estou louco pra ler mias.

Precisei de ajuda pra escrever essa resenha, eis o que consultei:

INSTITUTO LING texto de Camila Salvá

NICOLAS NEVES do canal LAS HOJAS Y OTRAS HOJAS

BIBLIOTECA JOSÉ DE ALENCAR UFRJ texto de Victor da Hora e Edgard Corteletti

A EPIDEMIA DE CÓLERA EM “A MORTE EM VENEZA” DE THOMAS MANN de Denise Rocha

VER VENEZA E MORRER: BELEZA E DECADENCIA SOB OS ASPECTOS NARRATIVOS DE MORTE EM VENEZA DE THOMAS MANN de Wélica Cristina Duarte de Oliveira
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Thiago Wallace 19/04/2023

Beleza e desejo/Morte e a decadência
Em alguns momentos a leitura é um pouco cansativa, mas ainda assim vale muito a pena ler.

No livro, a história se passa em Veneza onde vemos um escritor alemão, Aschenbach, que se depara com um jovem adolescente e de imediato se encanta com a sua beleza, tornando-se logo em seguida uma obsessão. A medida que essa obsessão se intensifica, Aschenbach acaba negligenciando sua vida pessoal levando a uma tragédia.

Morte em Veneza aborda como a busca pela beleza e desejo pode levar a autodestruição. A obsessão de Aschenbach pelo jovem é um exemplo disso, e o desfecho do livro mostra que a busca pela perfeição e pela beleza pode ter consequências trágicas.

O livro também sugere que a morte é algo inevitável na vida e que a decadência e a corrupção é algo natural do ciclo da existência humana.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Rebuscado e prolixo, Thomas Mann é considerado um escritor difícil, porém, é inegável sua genialidade, premiada com o Nobel de Literatura.

Publicada em 1912, essa novela é um bom passaporte para conhecê-lo. Com cerca de cem páginas, ela gira em torno da forte atração que um famoso escritor, Gustave Aschenbach, desenvolve por um belo jovem, Tadzio, enquanto está se recuperando de uma estafa em Veneza.

Apesar da simplicidade do enredo, sua leitura permite diversas interpretações. A mais frequente, concerne ao conteúdo homoerótico. Nas páginas finais, o protagonista chega a evocar um pretenso diálogo à maneira socrática para justificar seu desejo, aliás, esse é um dos trechos mais conhecidos do autor.

Outra interpretação possível trata dos dilemas filosóficos de Aschenbach sob a influência do pensamento apolíneo-dionisíaco de Nietzsche, de quem Mann era confesso admirador. No entanto, o desenrolar dos acontecimentos também aponta para a decadência e morte, dois temas constantes em seus livros. Aliás, como o próprio título indica, a novela é o canto do cisne do protagonista em sua jornada rumo ao autoconhecimento.

Dois pontos merecem destaque: a preciosa descrição da cidade e o caráter autobiográfico da narrativa. Mann, filho de uma brasileira, escreveu a novela enquanto estava em Veneza e Tadzio foi inspirado numa pessoa real, hospedada no mesmo hotel que ele.

Não deixe de assistir ao filme homônimo, realizado em 1971 e dirigido por Luchino Visconti. Com pequenas diferenças, Aschenbach é músico, além de muito bem realizado, a trilha sonora de Gustav Mahler cai sob medida.
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Alexandre249 24/04/2020

Uma história de amor platônico
Obra interessante que mostra um o complexo universo da solidão.
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Renan GM 24/07/2020

Genialidade com muitas referências.
Thomas Mann... Aaaaah!
Essa novela alemã é uma das mais chocantes e profundas que podem existir.

Primeiro pelo título. Segundo pelo enredo. Terceiro pela evolução do personagem. E quarto pelo desfecho.

Sobre o livro e minha opinião:
Aschenbach (protagonista) é um artista. Famoso por obras literárias e poemas. Estava passando por uma crise criativa e resolve passear um pouco. Se depara com um cemitério e junto dele vê caminhando um senhor magro (vulgo feio, pela descrição do autor).

Aschenbach era um senhor de 50 anos, e vendo a figura do senhor perto do cemitério, resolve viajar. Primeiro vai a um país e resolve mudar a rota para Veneza.

Em Veneza ele se depara com um garoto loiro, corpo perfeito, etc. de 14 anos. E se apaixona por ele. Sim!
Um senhor de 50 anos apaixonado por alguém mais novo.

Em nenhum momento da história eles chegam a trocar palavras, apenas Aschenbach o admira de longe.

O protagonista chega a mudar os planos de suas dicas férias para perseguir o menino na suja, porém linda Veneza.

O título do livro faz jus a algo que apenas lendo para descobrir...

Só não dei 5 estrelas pois sou chato. 4,5 é minha avaliação.
Recomendo e muito essa leitura.

Resenha simples porém direta. Um dia conseguirei fazer melhores.
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ReiFi 13/08/2010

Morte em Veneza - Thomas Mann
Morte em Veneza é uma novela escrita por Thomas Mann, publicada pela primeira vez em 1912.

Em aproximadamente cem páginas, Thomas Mann apresenta a estória de um escritor de meia-idade, Gustav Aschenbach, que viaja até Veneza, onde apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz, extremamente atraente e intrigante, de nome Tadzio.

Para aqueles que leram o resumo acima, o “caso” entre os dois personagens pode, à primeira vista, apresentar-se como um romance homossexual (romance homossexual? Existe isso?); contudo, conforme a narrativa ganha maturidade, Mann constrói, entre os dois, um “amor ideal”, não, uma “inveja ideal” (Essa eu apelei). A verdadeira atração de Gustav se mostra pela beleza e perfeição do jovem, ele quer ser “o menino”, ser gracioso e vivo como fora em algum momento da vida.

Penso o protagonista, Gustav, da mesma maneira que o pintor do retrato de Dorian Gray. A atração não está na carne mas nas forma idealizada de beleza. Gustav apaixona-se pelo jovem e toda sua graça angelical, quase andrógina, situação que ganha evidência nesse trecho:

“Em face da doce juventude que o cativara sentia nojo de seu corpo envelhecido.

...

Para saber mais acesse:
http://catalisecritica.wordpress.com/2010/03/14/a-morte-em-veneza-thomas-mann-2/
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Rogério Simas 25/06/2020

Lírico desfecho
Uma novela sobre os últimos dias de um homem. De forma sucinta descreve alguém que teve uma brilhante carreira e apreciou o belo em seus momentos finais.
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Joao.Carlos 07/08/2022

Homossexualismo inconfesso de um escritor.
É o retrato da paixão lasciva e tardia de um escritor renomado.
Sentindo-se estressado pelo ofício e futilidade de suas glórias intelectuais parte de ferias para Veneza.
A cidade vive uma espécie de covid 19 embrionário, em fase de negação dos efeitos exponenciais que carrega.
Lá ele associa a beleza física de um adolescente com seu conceito pessoal de beleza e arte. Seduzido pela imagem deixa-se arrastar pela paixão e despreza toda carga moral que acumulou. Decai ao ridículo do comportamento que a sociedade da época descriminava.
No desassossego de sua incontida paixão, jamais troca uma palavra com o objeto de seu amor. O rapaz tem que retornar para sua patria e no último instante, sem despedidas, o protagonista, já contagiado pela peste, cai morto.
Uma tragédia anunciada no início quando o barqueiro que o conduz ao hotel foge sem cobrar, porem avisa-lhe que " terá que pagar de alguma forma".
Uma história interessante para quem busca explicações e exemplos de amor platônico, um tanto sem graça, sem ação e sem diálogos.
Eu não apreciei.
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lorena 02/01/2022

lolita for boys (e gays)
eu nao dava nada pra esse. agora com certeza dou algo. eu tava pra largar, porque é arrastadinho, mas ai vira e mexe ele falava uma coisa muito bonita e eu tinha que continuar lendo.

"pois o amante é mais divino que o amado, porque naquele está o deus, e no outro não"
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Brenda_Guedes 15/11/2021

perco 2 unidades de vida toda vez que tento ler Thomas Mann. Amo clássicos? sim, mas com ele eu sempre acho TÃO CHATO! A escrita é arrastada, a edição toda confusa sei lá. Não sei quem disse o que, o que é narração ou fala. Confuso, difícil.
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Marcelo 26/12/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Um dos livros mais conhecidos de Thomas Mann, Morte em Veneza chocou na época do seu lançamento por ser uma novela que aborda a homossexualidade de seu protagonista, o escritor Gustav Aschenbach descrita na paixão que este sente pelo jovem Tadizio. Mas conforme a escrita avança, essa questão mostra-se secundária à análise da obra, uma vez que nem sequer houve contato físico entre os dois personagens, estando o amor de Aschenbach por Tadzio no âmbito da idealização. A verdadeira atração de Gustav mostra-se ser pela beleza e perfeição do menino, o que fica evidente para o leitor, dentre outros motivos, na medida em que Tadzio é apresentado como ?o belo?.

Assim como nos demais livros do autor, Thomas Mann apresenta uma escrita complexa, profunda e densa. Em contraponto, o enredo é praticamente inexistente: um homem de meia-idade viaja até Veneza, apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz polaco extremamente atraente. Apesar dos sinais de uma epidemia de cólera, que é ocultada pelas autoridades para não prejudicar o turismo, mas que lhe é revelada por um agente de viagens britânico, Aschenbach permanece em Veneza, sacrificando sua dignidade e bem-estar pela experiência imediata da beleza corporificada por Tadzio. Aschenbach fica em Veneza e vê os hóspedes e moradores deixarem a cidade, e morre sem sequer ter trocado uma palavra com Tizio, apenas pela paixão platônica pela beleza e juventude do jovem Tadzio.

É uma leitura que, apesar de curta, é densa e exige atenção, pois cada personagem, cada cena, cada acontecimento nas obras de Mann apresentam um mundo de possibilidades. Apesar disso, vale a leitura como primeiro contato com a obra de Thomas Mann.
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Paulo 09/11/2020

A Morte em Veneza
Apesar do título um pouco sugestivo, Thomas Mann é um gênio no que diz respeito à escrita. Meu primeiro livro do autor e não poderia ter uma estreia melhor. A Morte em Veneza conta a história de um artista que se vê se perguntando sobre sua idade e sobre sua história. Aschenbach é um autor de meia-idade que decide viajar pra Veneza a fim de descansar, mas acaba por descobrir algumas coisas interessantes.

A linguagem excessivamente rebuscada pode incomodar e causar dificuldade no início da leitura, mas a história é fluida e curta. O ponto principal se dá no fato de o autor conseguir reunir tantos simbolisml numa história tão curta, chegando até a citar filósofos de diferentes épocas.

Livro mais do que recomendado!
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