MauricioTiso 16/08/2019
A previsibilidade do acaso
Leonard Mlodinow nos leva por uma jornada sobre a história da consciência do Homem perante a aleotoriedade da vida.
O autor aborda as leis da probabilidade e da estatística através de suas concepções históricas, trazendo à tona tanto os personagens como o momento histórico em si e o encadeamento das consequências.
Tudo isso desemboca no objetivo de nos fazer refletir o que muitos filósofos e psicólogos abordam ao longo da vida: a inevitabilidade do acaso e como a este se torna uma fonte relevante de infelicidade.
Uma frase interessante no livro do Prêmio Nobel Max Born é: ?O acaso é um conceito mais fundamental do que a causalidade.? A frase é simples mas o seu aceite é extremamente complexo.
Um profissional que trabalhou comigo me trouxe outra frase interessante: ?A expectativa é a Mãe da Merda!!?. Num mundo com excesso de dados, opiniões e conexões, a falsa sensação de controle e previsibilidade, associada à todos os processos de abreviação na tomada de decisão, como o viés de confirmação (Ver mais em Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar), dão à expectativa um uso completamente inadequado o que gere inevitavelmente a frustração.
Minha terapeuta, Rita Gonçalves, sempre me levou à mesma reflexão com a outra provocação: a do ?salto para o infinito...?. Aceitar o acaso é dar o salto para o infinito com a certeza de soluções e novas possibilidades são parte do processo e infinitamente mais ricas e transformadoras do que a inércia do ?ninho de espinhos? chamado Controle.