Evanir 01/09/2019
Maçante
Antes de mais nada quero dizer que não sou psicólogo, mas gosto de ler os clássicos desta área. Bom, dito isto vamos em frente. Freud começa nos dando o status quaestionis, isto é, dando um histórico das discussões e estudos sobre o assunto, o que nos coloca a par de como o assunto se desenvolvia à época. Após isto o autor relata seu ponto de vista, cotejando-o frequentemente, com outros autores. Lendo esta obra vem-me à mente as mesmas questões que vieram em outras leituras de obras do autor: que evidência corrobora a interpretação dada? Aí é que vemos a fragilidade das ideias freudianas. Há que se aceitar o que ele diz. Não há bons argumentos, só “verdades” reveladas por Freud. Creio na correção de algumas interpretações dadas por Freud, mas, na maioria acho-as frágeis. De minha parte, parte de um não especialista, sou mais adepto da interpretação simbólica baseada em símbolos arquetípicos. Evidentemente a questão do símbolo passa pelo conhecimento dos símbolos pessoais formados por aquele que sonhou, aí a interpretação ganha complexidade pois é preciso conhecer esta simbologia pessoal, porém os sonhos são pejados de símbolos arquetípicos que, como creio, nos possibilitam interpretações bem verossímeis. MUITAS interpretações dadas por Freud, em minha opinião, carecem de uma verossimilidade mínima. O último terço do livro fica bastante cansativo.