Larissa.Peri 28/07/2023
Leitura extremamente interessante!
Leitura fluida, escrita leve e delicada, Stefan Zweig autor extremamente marcante e, absolutamente especial.
Assim como a biografia de Maria Antonieta me arrebatou, essa de Maria Stuart não foi diferente, fiquei absolutamente espantada com a forma delicada que o autor escreve.
Da mesma forma que outras Rainhas, M.S. comete erros gigantescos que, com instruções adequadas, jamais aconteceriam.
Maria é descrita como mulher de personalidade, com grande inteligência e bondade, mas aparentemente, é movida inteiramente por suas paixões.
M.S. tem um grande defeito para mim, excesso de confiança, por conta disso, foi, traída, manipulada, maltratada, aprisionada, e infelizmente, morta.
Morte essa que tem, principalmente, o dedo de Elizabeth I, Rainha da Inglaterra (falsa, sonsa, amarga, e sem escrúpulos), diferentemente de Elizabeth, Maria, tem certos princípios que, não está disposta a abandonar, mesmo nos momentos mais difíceis. Maria não é santa, mas está longe de ser ruim!
Esses erros cometidos, e os erros que foram criados, com o auxílio de terceiros, como, por exemplo, Elizabeth I (sua prima), acabam tendo grande impacto no desenrolar de seu destino.
Maria se casa, fica viúva, casa-se novamente, tem um filho, manda matar o marido com a ajuda do amante, é descoberta, é perseguida, engravida do amante (não se sabe ao certo o que aconteceu com essa criança, não se tem certeza nem do sexo), é presa, foge, é presa novamente, dessa vez por 22 anos, e com o consentimento do filho amado (sendo criado para odiar a mãe), e de alguns outros colaboradores que preferem não lutar pela Rainha, é levada ao cadafalso.
Maria morreu no dia 18 de fevereiro de 1587, com suas melhores roupas, deixando presentes pros funcionários (que com o tempo se tornaram amigos), católica fervorosa, com a certeza que tentou se redimir, e que fez tudo o que podia.
M.S. infelizmente tem uma morte trágica e feia, o Homem do Machado acaba errando o local da primeira vez, o que faz a cena ser horrorosa.
A maior parte das pessoas que estavam de alguma forma, envolvida na execução de Maria, acabaram por ter o mesmo fim, tendo suas vidas tiradas no mesmo lugar, da mesma forma.
O corpo de Maria, depois de alguns anos, foi conduzido até a Cripta dos Reis, na Inglaterra, na abadia de Westminster, onde ele ficará, por toda a eternidade ao lado do de Elizabeth I, Rainha da Inglaterra, que faleceu aos 70 anos, no dia 24 de março de 1603.
Stefan Zweig faz paralelos com os escritos de Shakespeare, o que é interessantíssimo, ou final do livro, fiquei com um aperto no peito assim como a outra biografia que li, escrita pelo autor.
Stefan escreve perfeitamente, mas em alguns momentos traz os achismos que, para mim, vai de desencontro com suas próprias ideias, tirando isso, livro incrível, redondinho, um deleite.