spoiler visualizarMari G. 05/02/2024
Laerte, eu não entendi, mas eu senti
Não sei exatamente como colocar em palavras o que eu senti durante esse livro, enquanto eu lia as cartas da Red e da Blue, no Goodreads eu até fiz uma análise até que quase interessante, mas aqui vai dar um pouco mais de trabalho.
Para duas mulheres capazes de saltar pelo tempo, elas quase não tem tempo nenhum sobrando, o que cria uma dicotomia entre o que elas conseguem e o que podem. A ironia de como o amor mudou elas, mas como também fez elas se encontrarem ao mesmo tempo.
É um pouco complicado quando um dos cinco elementos narrativos (enredo, espaço, personagens, tempo e narrador) vira uma brincadeira e o Tempo vira uma personagem por si só: existe em uma ambiguidade, o espaço parece importar cada vez menos (o que é engraçado; normalmente, até mesmo em histórias sobre viagem no tempo, o espaço tem o costume de ser mais importante na análise e no enredo, é mais costumeiro o espaço ser um personagem, e o tempo apenas um mecanismo de passagem). Aqui, acontece uma inversão, onde elas estão parece mais um conceito comparado com o quando, o Tempo parece ter vontades próprias, brincar com as protagonistas, ele é quem separa e une as duas como quer. Eu to devendo entender a construção do mundo, mas parece que até mesmo a Red e a Blue não entendem totalmente onde elas estão, mesmo com todo o conhecimento que possuem.
Quem sabe, futuramente eu venha a reler esse livro com a calma que merece e analisar mais profundamente o que ele tem para oferecer, principalmente sobre a ideia de Tempo como algo vivo e aparente e talvez o terceiro protagonista. E como as duas protagonistas mostram se voltar contra ele por pequenos atos de traição.