O Manual do Conselheiro Cristão

O Manual do Conselheiro Cristão Jay E. Adams
Jay E. Adams




Resenhas - O Manual do Conselheiro Cristão


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Sunkey 10/10/2017

GUIA PRÁTICO PARA ACONSELHAMENTO BÍBLICO
Na verdade, este guia-resumo inclui elementos deste livro e do"Conselheiro Capaz" do mesmo autor.
PRINCÍPIOS BÁSICOS APLICÁVEIS A QUALQUER CASO

SESSÕES INICIAIS

Nas primeiras sessões:
1. Estabeleça sua liderança no aconselhamento e obtenha lealdade do paciente.
2. Centralize o aconselhamento desde o início em Cristo e na Bíblia.
3. Determinar se a pessoa aconselhada é crente. Se não, evangelize-a primeiro.
4. Estabeleça a leitura bíblica e a oração regular.
5. Infunda esperança no paciente.
6. Busque resolver os problemas iniciais.
7. Enfoque nas soluções para alguns problemas.
8. Passe tarefas caseiras (ver apêndice).
9. Organize para encorajar outras pessoas a virem nas entrevistas.
10. Determine os problemas; os problemas são de três tipos:
Problema de apresentação: geralmente é apresentado como causa, quando na verdade é o efeito. Exemplo: “Estou deprimido.”
Problema de realização: geralmente é apresentado como efeito, mas é a causa. Exemplo: “Não tenho sido boa esposa.”
Problema de pré-condicionamento: geralmente é apresentado como efeito, mas é o padrão habitual subjacente. Exemplo: “Fujo da responsabilidade toda vez que vejo que ela vai ser difícil.” Para descobrir o problema de pré-condicionamento pode-se usar o DPP (ver apêndice).
PROCESSO DE ACONSELHAMENTO

No processo de aconselhamento deve-se:
1. Tomar consciência do padrão a ser desabituado.
2. Descobrir a resposta bíblica.
3. Estruturar a situação inteira para a mudança.
4. Quebrar a cadeia pecaminosa.
5. Obter ajuda.
6. Pôr em prática um novo padrão.

DURAÇÃO DO PROCESSO
Geralmente o processo total dura cerca de 6 a 8 semanas. Leva-se cerca de 3 semanas para desabituar um padrão pecaminoso de comportamento e mais três para habituar-se à um novo padrão.
Desabituação : Deve-se tomar consciência dos padrões de reação automáticos e pecaminosos do cliente, avaliar o método bíblico de solucionar esse padrão e buscar cessar esse hábito – “não faça isso, mesmo que sinta que deve fazer”. A pessoa deve tomar prevenções, consciente dos seus padrões, de como agir para quando determinado problema surgir não reagir incorretamente. Mas, se o problema surgir e a pessoa teve uma reação emocional errada, deve restringir sua ação pecaminosa o quanto antes.
Reabituação: Não basta abandonar antigos padrões pecaminosos, é necessário substituí-lo pelo padrão bíblico de modo que a reação correta se torne um hábito. É necessário disciplina e esforço diário para estabelecer o novo padrão.
*Texto bíblico sobre desabituação e reabituação: Efésios 4.22-32.

NÃO SE DEVE PERMITIR QUE OS CLIENTES:

1. Ajam com base nos sentimentos.
2. Evitem enfrentar os problemas.
3. Lancem a culpa sobre outros
4. Percam a esperança.
5. Continuem indisciplinados e desorganizados.
6. Guardem ressentimento.
7. Simplesmente falem dos seus problemas.
8. Estanquem ao darem perdão a outrem.
9. Usem de maledicência na ausência de alguém.
10. Cortem a comunicação.
11. Desistam quando falharem.
12. Façam sua tarefa de casa irresponsavelmente.
13. Requeiram a solução de problemas imediatos quando permanecerem padrões errados subjacentes.
14. Negligenciem a oração, o estudo bíblico e a comunhão.
15. Partam sem terem ouvido o evangelho.
16. Generalizem, ao invés de especificarem.
17. Usem qualquer outra base fora da Bíblia para suas crenças e ações.
18. Tomem decisões importantes quando deprimidos ou pressionados.
19. Usem linguagem inexata para descrever seus problemas.
20. Chamem o pecado de doença.
21. Ofendam outros ao solucionarem seus problemas.
22. Revolvam-se na autocomiseração, inveja e ressentimento.
23. Tornem-se dependente das sessões de aconselhamento.
24. Estabeleçam motivos antibíblicos no aconselhamento.
25. Prossigam no aconselhamento sem assumir um compromisso sério.

Respostas para dar diante de observações erradas dos clientes

Observações do Cliente Resposta do Conselheiro
“Não posso” “Você quer dizer não posso, ou não quero?”
“Deus diz que você pode”
“Já fiz tudo o que podia” “Tudo? E que diz sobre...”
“Já tentei, mas não deu certo” “Tentou realmente? Quantas vezes? Por quanto tempo? De que maneira? Com que persistência? Precisamente o que você fez?
“Ninguém acredita em mim” “Você não pode pensar uma única pessoa que acredite em você? E se houver outra além dessas?”
“Pois eu acredito”
“Eu jamais poderia fazer isso” “Jamais é muito tempo. Realmente quanto tempo você pensa que seria preciso para você aprender? A propósito, se você pensar bem, descobrirá que já aprendeu a fazer coisas tão difíceis (ou mais difíceis) como essa. Por exemplo...”
“Se tivesse tempo, eu o faria” “Você tem tempo. Todos nós temos 24 horas por dia; tudo depende de como a gente corta o bolo. Vamos agora mesmo traçar um cronograma que honre a Deus.”
“Não ponha a culpa em mim...” “Você está querendo dizer que não é responsável? Pois Deus diz que...”
“Não me pergunte...” “Mas eu estou lhe perguntando. Quem mais poderia saber disso? Estou certo de que você sabe a resposta. Pense bem; eu lhe ajudarei; eu lhe ajudarei a fazer algumas perguntas relacionadas, e talvez obtenhamos respostas.”
“Penso que sim” “Porventura não está procurando adivinhar, ou realmente pensa que as coisas são assim?”
“O senhor sabe como são essas coisas...” “Não, não sei. Você poderia explicar com mais clareza?”
“Mas eu já orei a esse respeito.” “Ótimo! E em seguida, o que você fez?”
“Você orou pedindo ajuda para descobrir o que diz a Bíblia para você fazer quanto a esse problema?”
“Sobre o que, exatamente, você orou?”
“Já esgotei todos os meus recursos” “Como você sabe? Talvez seja a primeira vez que realmente está examinado o seu problema!”
“Eu tenho a necessidade de...” “Mas é uma necessidade ou apenas um desejo ou hábito?”
“Sou apenas uma daquelas pessoas que têm...” “Sim, tenho certeza disso. Mas Cristo quer que você se torne uma pessoa diferente.”
“Isso é impossível.” “O que você quer dizer, naturalmente, é que é muito difícil.”
“Há muitas objeções contra isso.” “Você se importa em enumerar seis ou sete, para que eu possa ver que coisa você tem em mente, e determinar como serão as respostas a elas?”
“Isso nunca funcionará.” “Esse é o método de Deus, e ele sempre funciona quando praticado.”
“Eu nuca o perdoarei.” “Se você é filho de Deus, como diz, então conseguirá perdoá-lo. Você terá de perdoá-lo. Você terá de viver com isso por toda a eternidade; por que você não o perdoa e começa a se acostumar com isso agora?”
“Nunca faço as coisas pela metade; portanto...” “Você tem certeza? Não pode pensar em algumas coisas que você fez pela metade? Por exemplo, e sobre isso...”
“Todos estão contra mim...” “Não, você está enganado. Se você é um crente a Bíblia diz exatamente o contrário: ‘Se Deus é por nós, quem será contra nós’ – Romanos 8.32
“Como o senhor se sentiria se...” “Posso dizer-lhe o que penso, ou posso somente discutir sobre minhas emoções?”


SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS ESPECÍFICOS

PROBLEMAS ESCOLARES

Comece supondo que:
a. Toda criança peca todo dia.
b. Todo aluno é 'problemático' (pecador), assim as ditas "crianças problemas" não diferem essencialmente dos outros alunos.
c. Há esperança para os problemas dos alunos.
Identifique os problemas, que podem ser:
1. Problemas que eles trazem para dentro do ambiente escolar.
2. Problemas que brotam e crescem no ambiente escolar.
3. Problemas que surgem depois de saírem do ambiente escolar.
Confronte o padrão errado de solução de problemas do aluno
Geralmente o que ocorre é: O aluno desenvolve, fora do ambiente escolar, um padrão errado de soluções de problemas e pode passar a reagir, mesmo dentro do ambiente escolar, de acordo com o padrão. O professor o confronta para que ele desabitue e reabitue seu comportamento. O novo padrão começa a ser usado para lidar com os problemas do ambiente escolar e é generalizado para lidar com os problemas de fora.


Ensine seu aluno a agir biblicamente
O professor deve ajudar seus alunos tanto formalmente, por meio do ensino didático, tanto informalmente, por meio da vida situacional. O professor deve estabelecer um estreito relacionamento pessoal com o aluno e o aluno aprende com o professor na medida em que vive com ele.
Estabeleça um sistema de medidas reguladoras
Não são necessárias muitas regras, mas será preciso mais regras na medida em que os alunos forem mais novos. Todas as regras devem ser fiscalizadas e aplicadas. No início do semestre letivo, o professor pode levar os alunos a se comprometerem com um sistema de medidas reguladoras de modo que a própria classe assuma a autodisciplina.
Sobre reuniões com os pais: É importante que a criança também esteja presente na reunião com os pais.

PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO

No caso de problemas relacionamentos, na escola ou no casamento, por exemplo, pode ser usada a mesa de conferência. A família, por exemplo, pode diariamente separar um momento para se assentar a mesa, preferencialmente uma que não seja usada para outros fins. O tempo até chegar-se à mesa pode ser aproveitado para esfriar os ânimos. O pai convoca a conferência e a mãe age como relatora. Cada um começa a discutir os problemas do dia falando como reagiu a eles- a pessoa deve falar dos seus próprios erros, pede perdão por eles e auxílio. Se os sentimentos aflorarem na discussão, alguém pode se levantar na mesa para sinalizar que as regras estão sendo quebradas e voltar-se a assentar quando a discussão voltar ao normal. A conferência não deve se limitar a uma confissão dos próprios erros, as questões do dia devem ser discutidas, mas com amor. A mesa de conferência pode ser usada em outros contextos além do familiar.

Ira

A ira não é em si mesma pecaminosa, deve ser direcionada contra o pecado, não contra si mesmo ou contra o outro.
É pecado: (1) Interiorizar a ira, ficando casmurro. Há reações interiores de ira momentâneas que podem ser relevadas. Mas se a ira prossegue corroendo a pessoa por dentro por mais de um dia, o problema deve ser resolvido.
(2) Ventilar a ira, explodindo – Neste caso, não se deve incentivar o paciente a dar vazão à sua ira, nem contra almofadas, etc., a ira deve ser reprimida.
Ao ficar irada contra alguém, a pessoa deve substituir essa reação por uma resposta de amor.

INVEJA

A pessoa invejosa pode começar a fazer três coisas:
1. Orar pelo bem-estar de outras pessoas.
2. Apreciar o que vê de bom nas outras pessoas.
3. Conversar com outras pessoas a respeito das habilidades delas.

AUTOCOMPAIXÃO

1. A pessoa deve orar sobre seus problemas com o cuidado de não fazer da oração uma seção de vitimismo.
2. Mostre à pessoa que o mundo não foi criado pessoalmente para ela e que ela é orgulhosa, egocêntrica.
3. Leve a pessoa a desviar o foco de si mesma para Deus e o próximo.

DEPRESSÃO

1. Procure encontrar outros problemas complicadores (exemplo: negligência das tarefas diárias) e leve a pessoa a trabalhar para corrigir esses problemas.
2. Identifique todos os fatores e padrões subjacentes para desabituação e reabituação.
3. Explane claramente a dinâmica da depressão (geralmente há uma espiral descendente na qual surge um problema inicial seguido de uma reação pecaminosa que gera outro problema que também é lidado mal e assim por diante...)
4. Elabore um plano de ataque contra essa espiral.
5. Ordene ao paciente que faça o certo, sem importar como se sente.
6. Diga ao paciente para não permitir algum privilégio (exemplo: ficar vendo TV), sem antes fazer o que deve.
7. Oriente o paciente a evitar toda autocompaixão (ver tópico anterior).
8. Obtenha ajuda.
9. Peça ao paciente para responder às seguintes perguntas:
a. Qual é o meu problema?
b. O que Deus quer que eu faça?
c. Quando, onde e como começarei?
10. Oriente o paciente a colocar em prática o quanto antes o método bíblico de resolução do seu problema.

INSÔNIA

1. Peça à pessoa que ore pedindo que Deus abençoe seu sono e confesse seus pecados e coloque seus problemas diante de Deus.
2. Faça exercícios de transpiração antes de dormir.
3. Deite numa posição relaxante.
4. O indivíduo pode anotar os pensamentos importantes que deseja considerar para não ter que ficar pensando neles à noite.
5. Não estimular a mente.

PROBLEMAS SEXUAIS NO CASAMENTO

1. Descubra as áreas de conflito que criam o problema de ordem sexual (ver "problemas de relacionamento")
2. Não deixe de lidar com os problemas de relacionamento só porque os problemas de ordem sexual já estão se resolvendo.
3. Observe que o sexo deve servir ao outro, não a si mesmo.
4. Instruir o casala respeito do que anda errado, o que fazer para corrigir e impedir que os problemas retornem.
5. Se houver ignorância sexual, forneça instruções, até biológicas e anatômicas.

MASTURBAÇÃO

1. Explique a base bíblica do sexo: o sexo existe para satisfazer o outro, não a si mesmo – 1 Coríntios 7.2-4.
2. Converse com o aconselhado sobre o problema e apresente a solução bíblica.
3. Descubra fatos sobre o problema (quão severo, por quanto tempo se prolonga, etc.)
4. Trabalhe a desabituação e a reabituação.
5. Identifique como, quando e em que contexto a masturbação ocorre com mais frequência para criar impedimentos à prática.
6. Passe tarefas para casa (apêndice).
7. Ordene ao indivíduo a prática da oração.
8. Se a masturbação é causada por outro problema, lide com eles (ver tópicos como ira, autocompaixão, depressão, etc.).

HOMOSSEXUALIDADE

1. Transmita esperança de mudança.
2. Evangelize a pessoa se ela não for cristã.
3. Trabalhe a desabituação e a reabituação.
4. Ordene à pessoa que interrompa todas as suas associações passadas com homossexuais.
5. Ordene ao paciente que evite lugares onde ocorrem os contatos homossexuais.
6. Confronte o homossexual acerca de outros hábitos pecaminosos (exemplo: falsidade).
7. Considere a resolução de outros problemas, não é necessário focar só no problema da homossexualidade.
8. É necessária menor ênfase sobre experiências sexuais.
9. Se a pessoa tiver o dom da continência, pode tornar-se celibatária, se não, deve se casar.

MEDO

O medo em si não é pecaminoso, pode mover a pessoa a agir responsavelmente. No entanto, quando o medo for uma reação pecaminosa:
1. Determine a fonte originária do medo
2. Leve a pessoa ao temor de Deus, ao arrependimento e à oração.
3. Investigue se a causa de um temor irreal não é a culpa por algum pecado.
4. Verifique se o temor não está sendo usado de forma manipulativa.
5. Veja se a causa não é um objeto legitimamente temido ou se é um objeto inócuo.
6. Investigue se o temor não é associativo.
7. Separe o temor da experiência e o temor ao objeto.
8. Lembre a pessoa que nada acontece fora do controle divino.
9. Leve o paciente a adquirir ousadia



APÊNDICE: TAREFAS PARA CASA

Plano de Ação
PROBLEMA MODO ERRADO DE LIDAR ou COMO TENHO LIDADO MODO BÍBLICO DE LIDAR ou O QUE VOU FAZER


Agenda

Atividades a serem descontinuadas Atividades a serem continuadas ou aumentadas Ordem de prioridades quanto à segunda coluna


Quadro de Solução de Problemas

O que aconteceu O que eu fiz O que eu deveria ter feito O que vou fazer


Esquema para Tomada de decisões

Maneira Correta ( Segundo os mandamentos):
O que Deus requer: __________________________________________________________
Sofrimento a curto prazo ao fazer isso :___________________________________________
Satisfação a longo prazo ao fazer isso:____________________________________________
Maneira Errada (Segundo os desejos e sentimentos):
O que eu quero:__________________________________________________________
Prazer a curto prazo ao fazer isso:____________________________________________
Sofrimento a longo prazo ao fazer isso:________________________________________
Ler Hebreus 11.24-27. Decisão tomada:__________________________________



Esquema de Quebra de Cadeias de Pecado

Aos caminhos pecaminosos Aos novos caminhos santos
Adicionar Remover
Impedimentos
Remover Adicionar
Facilitadores

DPP (Descobrimento de Padrões Problemáticos)

Anotar as situações e ações (boas ou más) que tenham resultado no problema. Circular as que ocorreram três vezes ou mais.

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Manhã
Tarde
Noite

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