Fome

Fome Knut Hamsun




Resenhas - Fome


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Alessandro117 02/02/2024

Esfomeado pretensioso
Definitivamente esse livro não funcional para mim.
Nunca vi tantas e tantas voltas em um livro tão curto, com várias repetições.
E ainda por cima peguei raiva do personagem principal que tinha hora que minha pena se transformava no desejo intenso que ele se desse mal.
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Marcela 04/01/2024

Bon appétit
O romance Fome (Sult) de Knut Hamsun, autor norueguês abriu um caminho novo à literatura escandinava. A história é a de um jovem poeta que vagueia por Oslo morto de fome (e aqui, o termo toma todos os sentidos possíveis: fome moral, social, romântica, religiosa etc.). O romance é um longo monólogo interior, a vida e os acontecimentos miseráveis do personagem só são amenizados por conta de seu orgulho interior, trazendo ao livro passagens cômicas que beiram o grotesco. Orgulho esse também responsável por levá-lo à ruína. Os efeitos físicos e mentais da subnutrição levam o protagonista à loucura. A mudança de humor e euforia e a busca pela sobrevivência é o que move o livro. Aqui, vida e obra são indissociáveis. Knut realmente passou fome durante sua vida, foi criado no interior rural do país, começou a trabalhar ainda criança. Se aventurou em cidades maiores, foi para os EUA, retornou à Noruega. O Nobel de literatura veio em 1920, aos 62 anos. Apoiou abertamente o nazismo, o que fez com que muitas de suas obras fossem esquecidas depois dos anos 60. Hamsun é avesso á modernidade e ao materialismo da sociedade capitalista industrial, seus personagens são moralistas, não agem fora das regras e sim por impulsão, e ao adorarem a vida, insinua-se neles a angústia da morte, dando ao Romance o tom melancólico, claramente inspirado por Dostoiévski, von Hartmann, Schopenhauer, a noção de super-homem de Nietzsche, Freud, ao Romantismo Alemão e à poesia e simbolismo fim de século. Não é por acaso que o livro chamou tanta atenção e influenciou atores consagrados como Franz Kafka, Thomas Mann, Hermann Hesse, Henry Miller, Ernest Hemingway, Bertolt Brecht, André Breton, H. G. Wells, Stefan Zweig, Charles Bukowski, entre outros. Um clássico que merece ser redescoberto e ter seu espaço no cânone literário mundial.
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ana 30/10/2023

Diferente
É um livro estranho mas que te mostra oque a loucura pode fazer com o ser humano, assim como te mostra também oque a fome, a necessidade e principalmente o orgulho. Durante várias partes do livro me senti irritada e angustiada com o personagem principal.
Bom num todo não posso dizer que não gostei e nem que desgostei, mas para mim se tornou uma leitura maçante pelo estado do personagem! mas acho uma leitura interessante.
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Rond 24/07/2023

Angustiante
É interessante observar como o autor aborda a relação entre orgulho e dignidade, mostrando como o personagem central é incapaz de aceitar ajuda ou comprometer-se com trabalhos que possam garantir sua subsistência, tudo em nome de um senso distorcido de dignidade e autoimagem. Essa postura nos leva a questionar o que realmente importa quando estamos à beira do abismo, e até que ponto somos capazes de renunciar à nossa própria sobrevivência em prol de princípios e crenças.

"Fome" é uma obra-prima da literatura mundial, que captura a essência da luta humana por meio de um personagem complexo e perturbador. A habilidade de Hamsun em tecer uma história tão envolvente e visceral, sem dúvida, nos faz refletir sobre nossas próprias prioridades e a fragilidade da existência humana. Para aqueles que buscam uma leitura impactante e emocionalmente intensa, "Fome" é uma escolha mais do que acertada
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25/05/2023

Lindo
Nada a declarar. Somente dizer que aprecio demais esse livro.

































Leiam?
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Leila 02/03/2023

Eu tenho uma forte tendência a sofrer muito nos livros de desgraceira extrema, como pobreza, maus tratos e afins. Aqui em fome, como o próprio título já denuncia, temos uma obra que é o tempo todo falando sobre a bendita escassez de recursos, da fome em si, das alucinações que ela traz, da fraqueza física e toda a decadência humana que vem junto com ela. Seria um livro destruidor para mim se tivesse sido escrito por um Charles Dickens por exemplo, mas o Hamsun não tem uma mão boa para a dramaticidade não e não rolou nem uma lágrimazinha por aqui. Está certo que junto com toda essa humilhação que advém da fome, ele quis colocar humanidade no nosso personagem, quis colocar bondade no olhar dele, em ver aqueles que ainda poderiam estar piores do que ele e isso foi algo bem legal dentro da obra, é sútil, mas está presente em todo o livro. Enfim, é um bom livro, mas não morri de amores por ele não, porém valeu a leitura, até porque nunca tinha lido nada desse autor norueguês laureado com o Nobel de Literatura. E assim, fecho fevereiro! Que venha março...
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Fabricio.Santana 01/02/2023

Fome
A história sobre um aspirante a jornalista que sobrevive tentando vender matérias ao comissário, durante o decorrer da história temos relatos e avanços vividos sobre a fome e seus estágios.
Indendente da maneira na qual o protagonista se encontra, ele se recusa a desistir do seu valor mais valorizado, a honestidade, nunca roubou, mas talvez ao decorrer da leitura o destino e acaso acabem com esse valor. Possui um desfecho inesperado, mas um desenvolvimento progressivo e lento.
Knut hansum é um norueguês, nasceu em 1859, publicou seu primeiro romance aos 18, o livro "Fome" foi seu terceiro romance publicado em 1890, essa edição possuía a tradução de Carlos Drummond de Andrade em 1985, lembrando que Knut recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1920
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pineligor 31/01/2023

Pra sair da zona de conforto
No começo foi difícil pra mim digerir o estilo e o ritmo de escrita, mas do meio pro fim eu já estava imerso e fluiu muito bem. É um clássico muito bom, com passagens rápidas e curiosas, mas definitivamente não é pra todo mundo. Mostra, em um personagem isolado, a maneira com que a fome pode atingir a população, e muitas vezes nada é feito.
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Andre24 02/12/2022

Orgulhoso demais pra sobreviver
Não consegui me apegar ao protagonista. Ele conseguia piorar sua situação a cada esquina e depois ficava reclamando como se o destino fosse culpado. Cheguei a achar divertido quando ele abandona a fé e culpa os céus (talvez esperando uma resposta como a de Jó) e nada acontece. O relacionamento com a Ialaiala tbm foi bem apressado, tanto o início quanto o desfecho.
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Pedro.Braga 03/05/2022

Brazil, 2022
Esse livro é a história de um brasileiro vivendo durante o governo Bolsonaro. O cara trabalha o ano todo e no fim do mês consegue comprar um saco de arroz e um de feijão.
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Homericio 12/03/2022

POR QUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?
POR QUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?
Um dos romances mais importantes noruegueses e europeus. Perturbador, acompanhar o personagem (sem nome) vagando desesperadamente pela cidade de Kristiania (Oslo), em busca de migalha de pão para se alimentar, enquanto vomita e dorme/desmaia de tanta fome, enquanto aguarda ansiosamente por alguma notícia positiva sobre algum possível emprego, enquanto penhora o pouco que tem em troca de dinheiro suficiente para apenas uma refeição, nos coloca numa situação de desespero.

Ainda, a personagem é completamente orgulhosa, e recusa qualquer tipo de ajuda quando lhe é oferecida.

Acompanhamos este escritor vagando, delirando, e ficando cada vez mais ausente da realidade, torcendo para que supere o orgulho e aceite qualquer ajuda, mas isso não acontece. O mal maior na história é o orgulho do jovem escritor, e não a fome e miséria em si.

Vemos momentos de nobreza por parte do escritor, quando dá aos outros o pouco que tem (literalmente), como um pão, um casaco. Embora isso não fique tão claro como um ato de pura bondade, e sim que o orgulho da personagem a impedia de enxergar a sua realidade miserável, sempre se sentindo superior.

Observação: o desespero em ver a personagem passando fome era tanto, e a descrição disso pelo autor tão realista que eu parava toda vez para buscar algo para comer. Meu estômago doía de ler algumas situações.

- QUANDO FOI ESCRITO? QUAL PERÍODO?
Publicado em 1890

- QUANDO E ONDE SE PASSA A HISTÓRIA?
kristiania (atual Oslo)

- COMO É A PERSONAGEM PRINCIPAL?
O personagem principal da história nunca revela seu nome. Ele é um pobre jornalista, aparentemente em início de carreira. Seguindo a carreira de escritor, ele está experimentando dolorosamente a discrepância entre o mundo ideal e o material. Sua alma paira em algum lugar alto, mas o corpo, forçado a viver em condições deploráveis. Seus manuscritos são recusados para impressão, mas ele não para de tentar escrever uma obra-prima. Mesmo nos momentos de desespero em que passa vários dias morrendo de fome e chega a extremos, tentando morder o dedo, seu sonho não o deixou se render. Ao mesmo tempo, procura viver com a consciência tranquila, não aceita a caridade e está pronto até a dar assistência aos necessitados. Parece que ele é um grande homem e merece ser respeitado. Mas nem tudo é tão simples, a moeda tem outra face. O protagonista é um terrível egoísta, e sua nobreza e honestidade são explosões emocionais bastante insinceras. É uma tentativa de satisfazer suas ambições. Ele gosta de fazer as pessoas se sentirem tolas, enganá-las. Ele toma a inspiração como algo concedido, como algo que Deus é obrigado a prover, e é Deus quem, em sua opinião, é o culpado por todas as falhas criativas.
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Val Alves 08/12/2021

Escrever, a arte da fome
Estive, nos últimos dias, diante desse personagem sem nome que jamais esquecerei, apesar de não saber como irei chamá-lo. "O artista faminto" talvez...
Um escritor na miséria não é o enredo dos mais originais (o que me faz questionar se essa arte é assim mesmo tão mal recompensada) entretanto, nesse caso essa estória é contada de forma completamente original e, se não tivesse alcançado o êxito que teve,  certamente o mereceria.
Apesar de não ter um nome o que não falta para O artista faminto é criatividade, tanto para inventar alguns nomes para si quando 'necessário', quanto para criar personas absolutamente sem necessidade. Além de, no meio de um cenário totalmente desfavorável,  criar espaço para devaneios amorosos.
Mas ele sente fome. Muita fome. Fome generalizada. Não apenas falta-lhe comida,  mas tudo o mais que poderia manter sua dignidade enquanto ser humano e artista.
Ele não tem o que comer, onde morar e nem condições de fazer o que mais deseja que é escrever. Dignidade essa que ele defende através de seu orgulho em não aceitar ajuda, mesmo quando na mais absurda penúria. E jamais abre mão de seu ofício.

Há situações absurdas onde ele coloca para dentro de seu organismo subnutrido coisas inimagináveis, enquanto caminha atrás de seu objetivo de gerar uma obra louvável, colocando diante do leitor cenas angustiantes, que incomodam o nosso estômago e perturbam a nossa mente pois duvidamos que ele esteja passando por tudo aquilo mesmo e que, algumas coisas descritas, possam ser fruto da alucinação de uma pessoa que já demonstra perda dos sentidos de um corpo que já falha.


Entendi que um texto desses, onde um ser humano tenta desesperadamente manter
a dignidade e a criatividade mesmo no auge da privação e sem abrir mão de seu ideal criador, provavelmente deve guardar uma metáfora sobre a arte de escrever e de ser um artista nesse mundo onde a realidade frequentemente não gera espaços para sonhar, buscar inspiração e criar cenários onde seja possível superar suas mazelas e não perder a fome de viver. E, que no entanto, o ofício de escrever acaba sendo uma exigência desse ser e que para isso não encontra outra saída a não ser escrever. Isso justificaria o personagem fazer um longo caminho de volta a um lugar onde esqueceu um pedaço de lápis do qual ele descreve como algo de profundo valor.
Portanto, minha interpretação é de que a Fome do artista sem nome representa o sublime e ardente desejo de uma alma ambiciosa que não se curva diante a inópia e que nem a mais completa penúria é capaz de subjugar.

Apesar da angústia causada, um livro maravilhoso!
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Mateus 10/10/2021

delicado
o personagem principal é detestável, apesar de ter motivos que fazem você questionar se ele merece ou não a raiva que causa. a forma como a fome é tratada e os vícios do personagem principal são interessantes. de toda forma, descobri no fim do livro que o autor era nazista. literalmente. infelizmente só no fim do livro.
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Steph.Mostav 06/07/2021

Humilhação e angústia
Em muitos aspectos, Fome lembrou-me de alguns textos de Dostoiévski: a miséria e o desespero do protagonista, assim como a cidade fria e hostil como cenário. No livro sem enredo, acompanhamos esse personagem sem nome, sem história e sem destino durante sua espiral de fome e loucura. Desde o início ele nos soa alguém desagradável, orgulhoso demais para quem precisa tanto de ajuda. E a falta de abrigo e de comida, as repetidas humilhações e sofrimentos pelos quais ele passa parecem torná-lo uma pessoa mais cética e insensível, capaz de cometer furtos e agir com ingratidão que sua honra antes não permitia. A natureza psicológica nos permite acompanhá-lo durante as crises e alucinações causadas pela fome, pelo frio e pela exaustão e a sensação é de permanente angústia no limite da insanidade. É um livro triste, desagradável e apenas nos compadecemos pelo protagonista porque sua situação tragicômica, entre a humilhação e a quase completa falta de esperança, é dolorosa demais para não sentir pena.
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regifreitas 27/06/2021

FOME (Sult, 1890), de Knut Hamsun; tradução Adelina Fernandes.

O norueguês Knut Hamsun foi o vencedor do Nobel de Literatura em 1920, principalmente por sua obra OS FRUTOS DA TERRA (1917). Polêmicas não faltam em torno do autor. Nos anos 1930, ele apoiou a ocupação nazista na Noruega; posteriormente escreveu vários artigos pró-fascistas; e, em 1947, foi julgado por suas opiniões políticas. Hamsum nunca demonstrou remorso ou arrependimento por suas posições.

Em FOME temos um narrador-personagem, nunca nomeado, vagando pelas ruas de Cristiânia (atual Oslo). Sempre faminto, passa os dias escrevendo ou tentando vender seus escritos. Vez ou outra acaba publicando alguns artigos em jornais da cidade, rendendo-lhe um breve sustento por poucos dias. Apesar da sua penúria, não é um personagem que causa empatia. Ele é arrogante e orgulhoso na maior parte das vezes. Sofre de grandes variações de humor, e chega a sofrer alucinações por conta da fome e das privações pelas quais passa. Contudo, mesmo na situação delicada em que se encontra, recusa-se a se submeter, a exercer uma ocupação “menor”, que lhe valha pelo menos para o básico da sobrevivência; também não aceita receber qualquer ajuda dos seus conhecidos.

Hamsun não nos dá praticamente nenhuma informação sobre o protagonista; não sabemos quem é, de onde veio, o que o levou a chegar a esse ponto da vida. Por conta disso, a obra se mantém monocórdia, a narrativa é repetitiva, não apresentando quase nenhuma evolução para além da temática da fome e das agruras pelas quais passa o personagem. Em um conto, tal abordagem talvez teria sido mais eficiente. Para uma obra mais longa, as situações se estendem além da conta.
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