Gabriel Seixas 29/10/2020
Um empurrãozinho pra te fazer ir além.
Me identifico bastante com o jeito como o Amuri se comunica, realmente percebo cada vez mais que quem fala sobre dinheiro precisa ser muito comunicativo. Temos um estereótipo criado em nossa sociedade que os profissionais que trabalham com números são fechados, introspectivos, nerds e que não conseguem se comunicar muito bem. Como pedir ajuda para uma pessoa como essa? Em nossas vidas se resolvem muitas coisas na conversa e falar sobre dinheiro é uma delas. Amuri faz isso muito bem.
O foco principal do livro é discorrer sobre a vida do autônomo, cada vez mais presente na realidade dos brasileiros. Mais especificamente sua vida financeira, com todos os contratempos, previsões, calotes e supresas boas pelo caminho. O ramo em empreendedorismo solitário é árduo, não tem um dia que você não pense em algo ruim que possa acontecer. A falta de previsibilidade suga nossa energia, então chegam os exemplos do Amuri, seus estudos de caso e algumas sugestões de atividades que possam fazer parte da rotina do autônomo e que fazem com que essa energia possa ser direcionada para o que realmente importa. “Possuir inteligência financeira é conseguir direcionar recursos (tempo e dinheiro) ao que de fato importa.”
Ao longo dos capítulos ele vai nos mostrando exemplos simples e implementáveis (isso aqui é importante) para que as atividades se tornem suporte umas das outras. Recomendo que todo autônomo que deseje melhorar sua vida financeira leia este livro. Finalizo com uma parte que acredito ser essencial nesse caminho, nas palavras dele: “Pensar em dinheiro nunca é só pensar em dinheiro. É pensar na vida, em geral, com tudo a que temos direito: projetos, planos, dia a dia, desejos, medos, frustrações. E é por isso que a maneira como nos organizamos acaba influenciando nosso planejamento de modo drástico. Onde moramos, onde costumamos comer, quais lugares frequentamos, quanto tempo livre temos, como organizamos nossa casa. Por vezes, nossa rotina é tão caótica, tão pouco previsível, que é simplesmente impossível encaixar um planejamento. Não temos horário para ir ao mercado, não conseguimos parar para pensar na divulgação do nosso trabalho, não temos cabeça para falar com o contador.”
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