Belles

Belles Dhonielle Clayton




Resenhas - Belles


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Mirella | @readingmirella 30/09/2021

quanta gente burra reunidas...
uau hein??? esse foi um livro que eu aproveitei muito a leitura, porque ele foi bem divertido, mas nossa...quanta gente tapada nele, as personagens tomavam umas atitudes tão ????? nem sei descrever, mas fiquei bem interessada no mundo, principalmente em saber o que vem em seguida...espero que venham mais neurônios para elas também!
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Mynah Drakul 31/12/2020

Dualidade
O mundo das Belles é lindo, cheio de glória e esplendor. Uma luz de beleza que ilumina todo o reino de Orleans. Ou assim parece. Um olhar mais atento e o glamour se desfaz revelando uma essência de falsidade e podridão. É nesse ambiente que Camellia, nossa heroína, floresce e debuta. Super protegida numa espécie de estufa, Camellia comete alguns erros pela mais pura inexperiência, inocência mesmo. Mas se revela mais forte e vigoroso do que qualquer pessoa, inclusive ela mesma, poderia prever.
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Gabriela Marques Augusto 19/08/2020

Belles - Dhonielle Clayton
O Reino de Orléans sofre uma maldição, quando o mundo foi criado o Deus do Céu era apaixonado pela Deusa da Beleza e eles tiveram os filhos de Orléans, porém a Deusa da Beleza passava muito tempo com seus filhos e com isso o Deus do Céu jogou uma grande maldição e todos os cidadãos ficaram com olhos vermelhos, pele cinzenta e cabelos de palha.
Para ajudar seus filhos a Deusa da Beleza criou as Belles que controlam e criam a beleza nas pessoas (tipo uma plástica mágica) usando seus dons de sangue. De 3 em 3 anos ocorre um festival no reino para classificar as Belles (mandando cada uma para um local específico) e elegendo a favorita (que irá cuidar da beleza da rainha, e sua corte).
Camélia sempre quis ser a favorita e seguir os passos de sua mãe que já foi a favorita da Rainha no passado.
De início é tudo muito estranho pra dizer a verdade e eu estava até com receio do rumo que o livro iria tomar. Pensava ? certo elas arrumam as pessoas fúteis e pronto vai ficar nisso até o final? É esse o objetivo? Ver as Belles arrumarem os cidadãos? ?
Mas não, o que acontece no livro são várias reviravoltas, descobertas, intrigas e traições na corte.
As pessoas são tão obcecadas pela beleza que muitas vezes acabam passando por cima dos outros pra ter o que querem, os preços das modificações corporais não são baratos e causam dor (é usado até um chá específico como anestésico) e vemos muita gente disposta a explorar as Belles até a máxima exaustão.
Cámelia é uma personagem que se importa com as irmãs, é questionadora, dá as caras e enfrenta o que for preciso, porém muitas vezes quis dar umas chacoalhadas nela e mandar ela acordar.
Temos o cliché triângulo amoroso com um dos pretendentes da Princesa (monstro Sophia) o August (não gostei dele, é insolente demais e se acha) e o guarda Remy (shippo), mas o romance é pouquíssimo explorado por enquanto.
Princesa Sophia quer fazer de tudo para ser a mais linda do universo e se tornar a Rainha, essa não ta nem ai pras pessoas, passa por cima de todo mundo e arma situações perigosas para ferrar todo mundo. E se alguém for mais bonita que ela, pode ter certeza que ela vai enfeirurar essa pessoa de propósito.
Uma fantasia extremamente diferente de tudo que já li, rica de detalhes, a ambientação é muito bem escrita e o livro nos faz pensar em como a nossa sociedade está cada vez mais parecida com a de Orléans, onde as pessoas impõe um determinado padrão de beleza e a galera segue atrás dele como louca.
Já to doida pra plataforma21 publicar o segundo livro ?The Everlasting Rose?
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Tori 25/07/2020

Uma leitura fluída e leve, escrita cativante e que me prendeu do começo ao fim. E a tradução é incrível igualmente.

Surpresa em como o mundo é bem construído e interessante, me deixando curiosa para descobrir mais sobre ele.

Mal posso esperar para o lançamento do segundo livro e descobrir mais dessa história.
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Fe Sanches @literahealing 29/04/2020

Surpreendente
Quando comecei a ler o livro achei tudo muito vago e um pouco demorado de se explicar e tinha certeza que ia terminar num perfeito clichê, mas aí a autora vem e me surpreende nesse final que não conseguia nem respirar, simplesmente devorei. Em geral, eu gostei muito do livro, amei sobre o mundo das Belles e gostei da forma como a autora abordou a ânsia pela beleza, os monstros que nos tornamos para ir de encontro a ela e o quanto pode ser prejudicial esse padrão que tanto seguimos na vida em busca da perfeição que não existe. Super recomendo o livro e estou ansiosa para ler a continuação.
Ps: sempre tive ranço do Auguste e amo o Remy!
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Minha Velha Estante 12/04/2020

Resenha da Drica
A Deusa da Beleza dava cor e forma a todos os humanos, mas uma maldição fez com que todos ficassem cinzentos, sem vida e cheios de imperfeições. As Belles, filhas da Deusa da Beleza que habitam a terra, tem o poder de restaurar a beleza, sejam moldando corpos, dando-lhes cor ou suavizando a sua personalidade.

Aqui realmente não existem limites para conseguir a beleza desejada, mesmo que as tendências exijam a retirada ou a quebra de alguns ossos. E quem define o que é belo são as pessoas que estão o poder.

“Mamãe costumava dizer que somos feitas de pó de estrelas, que nascemos da Deusa da Beleza, e devemos visualizar a magia arcana como um cometa caindo sobre nós.”

Camellia nasceu para ser uma Belle, como a sua mãe, que foi a favorita da Rainha, honra máxima que uma Belle pode almejar. Ela se sente uma verdadeira divindade no reino de Orléans, mas vai descobrir que ela também é apenas uma carta que os poderosos usam em seus jogos pelo poder.

“Mentiras são perigosas como espadas. Elas podem cortar até o osso.”

Em um mundo totalmente novo ao ser escolhida como Favorita da Rainha, Camélia terá que descobrir o que está acontecendo com as suas irmãs e escolher em quem confiar, além de conhecer o amor e suas dores.

“- Consegue sentir isso?
- Sim.
- Amor é quando dois corações batem em uníssono.”


Uma leitura aparentemente ingênua, mas que levanta discussões delicadas e bem interessantes relacionadas a ditadura da beleza, o sofrimento para alcançar padrões absurdos e a não aceitação por estar fora desse padrão e tudo o que o ser humano é capaz de fazer para alcançar o padrão ideal. A autora mostra com maestria como o mundo da beleza pode ser permeado por monstruosidades.

site: https://www.minhavelhaestante.com.br/2020/03/belles-dhonielle-clayton.html
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Nicoly Mafra 12/05/2019

#ResenhaNickMafra: BELLES
Quem aí já ouviu falar de “Belles”? Publicado em março, pela @plataforma21_, “Belles” é uma fantasia original, cheia de encantos e perturbadora. Em um mundo onde as aparências podem ser alteradas e a beleza é poder, descobrimos o lado mais obscuro das pessoas.

"Se você pudesse reconstruir meus ossos completamente de uma vez, eu faria também. Consigo suportar, sou forte. Eu faria qualquer coisa para ser bonita."

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Há tempos atrás, os cidadãos do reino de Orléans foram amaldiçoados a nascerem com uma pele acinzentada, olhos avermelhados e cabelos feito palha. Entretanto, as Belles foram enviadas para ajudar a tornar o mundo bonito outra vez. Elas conseguem controlar a beleza, mudar as aparências, trocar tons de pele e reconstruir corpos; este processo é longo e doloroso, contudo, este detalhe nem é levado em consideração.

A cada três anos ocorre um festival, uma celebração para que seja escolhida a nova geração de Belles, e a favorita do público passa, então, a viver no palácio real, cuidando da beleza de todos da corte. Camélia Beauregard deseja ser a favorita, e dedicou-se muito para realizar este sonho. Porém, logo a garota descobrirá que este sonho parece mais um pesadelo. Em um local onde cores e aparências mudam tão rápido quanto qualquer tendência de moda, há muito trabalho a ser feito.

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Com uma narrativa cheia de floreios e magia, “Belles” é uma história instigante que nos mostra o quão doentia pode ser a busca pela beleza. A proposta deste livro é diferente, um universo único, uma trama envolvente e muitos segredos para ser desvendados, por isso acredito que “Belles” conquistará muitos leitores. Particularmente, tive alguns problemas com o ritmo da leitura, desenvolvimento dos personagens e do enredo, porém, estou ansiosa para ler a conclusão desta duologia!

site: https://www.instagram.com/p/BwpxmixgqQa/
Regi 13/01/2020minha estante
Duologia?


Regi 13/01/2020minha estante
Vi esse livro na Saraiva mas não comprei. Acabei achando em pdf.




Gabe | @cafecomgabe 02/05/2019

"Mentiras são perigosas como espadas. Elas podem cortar até o osso."
Há tempos atrás o reino de Orleans foi amaldiçoado, as pessoas estão destinadas a nascerem com a pele acinzentada, olhos vermelhos e cabelos de palha. Numa terra onde a beleza e a luxuria regem o dia a dia da população, as pessoas anseiam por intervenções em suas características para se enquadrarem cada vez mais no perfil que a realeza almeja.

Para isso existem as Belles, jovens abençoadas pela Deusa da Beleza cujas habilidades sobrenaturais são capazes de realizar as mais diversas mudanças nas características das pessoas que podem pagar por isso.

De tempos em tempos uma cerimonia é realizada para nomeação das novas Belles, e então uma é escolhida como A Favorita da Rainha. Camélia Beauregard estudou e se preparou a vida inteira para esta posição dos sonhos mas vai descobrir que na verdade o status de Favorita pode carregar muitas sombras e lhe causar muitos pesadelos.

Assim, vamos acompanhar Camélia e suas irmãs Belles nessa jornada, descobrindo que há por trás de toda a magia de uma vida plena muitas intrigas familiares, muita briga por poder, muita inveja e pessoas dispostas a atrocidades inimagináveis. Vamos desvendar vários mistérios que rondam a vida da população de Orleans.

Dhonielle criou uma fantasia e um universo únicos, desenvolvendo uma lenda onde a trama será trabalhada criando uma narrativa fluida cuja história tem uma forte crítica aos padrões impostos pela sociedade. A autora traz uma distopia que se aproxima muito da nossa realidade, da nossa sociedade contaminada e tóxica onde as pessoas buscam se enquadrar naquilo que não são, num personagem "aceitável" custe o que custar, inclusive se utilizando de má fé para se colocar à frente nessa, que parece ser uma corrida pela vida bem sucedida aos olhos de quem já está cego pela futilidade.

Apesar da grande importância da obra, achei seu ritmo fraco. As grande cenas demoram a se desenvolver e as grandes revelações ficam para o final da história, a qual termina com um gancho muito interessante para o próximo volume. É uma leitura que vale muito a pena.
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Rosy 04/04/2019

Amei!!!!!!
Na minha opinião é uma ótima fantasia juvenil, tem mistérios, tem maldades, brigas, reviravoltas, tem um mundo de sonhos e tristezas e claro, tem romance.
Da paixão entre os deuses e também de suas discórdias nasceu o mundo de Órleans, onde as pessoas tem uma aparência considerada feia, olhos vermelhos, pele cinza e cabelos com textura de palha. Os únicos que tem nas mãos a beleza são as Belles, mulheres com a condição de transformar os outros habitantes em pessoas de perfeição sem igual. Mas a beleza custa caro e na maioria da vezes somente os ricos tem acesso a ela.
Num mundo cinza todos fazem qualquer coisa para ter o rosto, o corpo e os cabelos perfeitos e isso choca!!!!!!
Até onde a beleza é primordial de verdade? Até onde você vai para alcança-la? Tem uma bela mensagem nessa história.
"Beleza é variedade,beleza é mudança"
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Lauraa Machado 23/03/2019

Uma leitura que vale a pena!
Nota verdadeira: 3,5.

Para quem acompanha minhas resenhas, já deve ter ficado claro que eu amo fantasia. Amo. Amo, amo, amo. Sempre que passo uns três livros lendo outro gênero, sinto falta e preciso voltar para fantasia. Gosto até das fantasias com enredos batidos, mas fico bem feliz quando encontro uma como The Belles, com uma proposta tão única.

Quero deixar claro, antes de mais nada, que eu recomendo a leitura desse livro, que ele vale a pena e que espero coisas maravilhosas do segundo. Dito isso, vou ter que admitir que esperava mais e os problemas que encontrei aqui poderiam ter sido facilmente resolvidos. Isso é um pouco triste, mas eu realmente acho que o segundo livro será melhor, primeiro porque o universo em que se passa a história já estará mais estabelecido e também porque eu já saberei o que esperar.

A escrita da autora não é nada ruim, mas minha primeira crítica é para ela. Tem metáforas demais. É um mundo onde coisas impossíveis do nosso acontecem, então muitas vezes me peguei tendo que parar e pensar para decidir se o que a autora tinha falado era mesmo uma metáfora ou algo que literalmente era daquele jeito. Isso aconteceu mais no começo do que no fim, mas aconteceu demais. Outra coisa que ela fez foi inventar criaturas e termos desnecessários, em uma tentativa de criar ambientação, claramente, mas que me confundiu bem também.

A ambientação do livro é maravilhosa e não tem como você não se sentir nesse universo completamente, mas eu tenho outra crítica: ela descreve tudo demais. No começo, é necessário, mas quando o livro já está em sua rota final e o leitor já está familiarizado com a cultura desse país, não tem pra que ficar descrevendo todas as comidas em cima da mesa do cômodo em que a protagonista entrou. Ela faz isso até o último capítulo, com várias coisas irrelevantes para as cenas, listas enormes de detalhes que eu comecei a ler por cima para chegar no que realmente importava.

Além disso, tive um problema com o enredo. Nas primeiras cem páginas mais ou menos, ele é um enrolação enorme de cenas praticamente inúteis, mas o pior é como tudo acontece rápido demais, de uma cena a outra sem muito desenvolvimento. Todo o enredo é assim, apressado, com acontecimentos que deveriam ser enormes e ter um peso grande acontecendo rápido demais, indo de um a outro sem tempo para absorver tudo. Sim, isso significa que a história acaba pegando um ritmo acelerado e corre rápido, mas não foi muito do meu gosto.

E o romance, infelizmente, desaponta e muito. Primeiro, que nem deveria ter romance. Nem tem espaço para ele, dá para ver que sua presença foi forçada. Segundo, que, se fosse para ter romance, eu votaria no par da protagonista ser a Amber, porque elas têm muito mais química do que a Camellia com qualquer um dos carinhas - que, sim, provavelmente vão formar um triângulo amoroso insosso. O desenvolvimento do romance desde o começo foi sem graça, seu final nada surpreendente e segue sendo a única coisa pela qual não estou animada no segundo livro.

Ainda tenho duas outras coisas para criticar. A próxima é a Camellia, que é até bem okay para protagonista, não tem nada de muito errado nela. Ela só é bem ingênua e sem atitude. Sabe que não pode confiar em todo mundo, mas não desconfia realmente de ninguém e nem suspeita de nada. Isso foi um pouco irritante, mas, pior, só os buracos enormes no enredo sobre como são as vidas das Belles, qual sua verdadeira história de vida. Na verdade, tem vários pequenos buracos no livro todo, mas eu costumo perdoar esse tipo de coisa até a série acabar. Difícil é só perdoar erros mesmo, mas todos aqui são minúsculos.

Posso falar do que eu gosto no livro agora? E de por que eu acho que vale muito a pena ler essa história? A crítica ao que é considerado bonito e à obsessão das pessoas em sempre serem as mais bonitas e especiais foi ótima. Era absolutamente necessária e fiquei mega feliz de ver que a autora não decepcionou nesse quesito.

Também amei que, apesar desse mundo ser tão brilhante e perfeito por fora, tem várias coisas terríveis nele que aparecem desde o começo do livro. O lado podre e doentio de uma sociedade que prefere gastar dinheiro em beleza do que em comida fica bem claro pela vida da corte. Gostei muito também da explicação de como funciona esse "poder" delas de modificar alguém e de todas as cenas em que a Camille o usava.

E eu estou louca para ver o que vai acontecer no segundo livro, para rever Camille e suas irmãs e para ver que revolução elas vão criar. Dá para ver o potencial dessa duologia e eu estou louca para descobrir como termina. Apesar de todas as minhas críticas, ainda acho que vale muito a pena ler esse livro!
ttborges 25/10/2022minha estante
Obrigada por essa resenha. Acabei de abandonar, não aguentava mais tanta descrição inútil e a pirraça. Cansativo! Me tira uma dúvida, como elas tem filhos se não podem se envolver com homem, chega uma idade que elas podem se envolver? Isso me deixou tão????




Queria Estar Lendo 11/03/2019

Resenha: Belles
Belles, da autora Dhonielle Clayton, fala sobre um mundo onde a beleza é o maior poder; um mundo desfigurado pela maldição de um deus que encontrou salvação nas mãos de uma deusa. Suas filhas, as Belles, são as responsáveis por dar beleza ao mundo - mas todo poder vem com um preço.

Camellia está prestes a se "formar" como Belle. A cerimônia de escolha da Favorita da rainha vai acontecer e se tornar a Favorita é tudo pelo que ela mais lutou - ao perder o posto para uma de suas irmãs, o mundo de Camellia parece também perder o sentido.

Eis que uma reviravolta a coloca de volta ao palácio, sob os cuidados da rainha; a segunda opção porque, misteriosamente, a primeira não deu certo. Enquanto se ajusta às regras e ordens que precisa seguir, Camellia vai aprender que os sonhos de glória que tanto cultivou talvez não sejam mais do que um grande pesadelo.

Dhonielle Clayton me conquistou logo nas primeiras páginas. Ela estabelece esse mundo onde a Deusa da Beleza dá cor e formas a todos os seres humanos porque uma maldição antiga os tornou cinzentos e sem vida; suas filhas na terra, as Belles, carregam seu poder de moldar os corpos das pessoas de acordo com o que essas pessoas desejam - o que significa que exageros e absurdos são vistos como parte da moda. As tendências guiam a mágica e o poder define o que é belo.

"Mamãe costumava dizer que somos feitas de pó de estrelas, que nascemos da Deusa da Beleza, e devemos visualizar a magia arcana como um cometa caindo sobre nós."

Camellia foi treinada, desde pequena, a obedecer e amar o que ela representa. Uma Belle é raridade, é exceção, é o toque divino no mundo - é a preciosidade do reino de Orléans. Mas é também uma peça no jogo de política e interesses que ronda a corte, em especial, os membros da coroa.

Minha surpresa ao ler esse livro foi encontrar tanto horror em meio as coisas belas - e esse é justamente o ponto crítico da obra. Até onde as pessoas vão pela beleza, pelo status, pelo glamour. Pela glória. O monstro está atrás das coisas mais belas e delicadas, escondido onde você menos espera.

"- Mentiras são perigosas como espadas. Elas podem cortar até o osso."

Enquanto Camellia é uma peça, as personagens ao seu redor moldam o tabuleiro por onde ela se movimenta. Algumas são aliadas, outras são inimigas disfarçadas; a tensão gerada pela trama e inocência da protagonista muitas vezes servem para nos enganar, e é um ponto muito positivo nessa história toda.

A única coisa que me tirou um pouco do sério na construção da personagem principal foi que sua inocência por vezes soava como burrice; dava para entender algumas atitudes, mas outras, em determinados momentos, eram só falta de racionalidade da mais pura. Não dá pra perdoar algumas coisas que Camellia fez pura e simplesmente por não PRESTAR ATENÇÃO EM SINAIS ÓBVIOS. Passado o rancor por isso, eu ainda a considero uma ótima protagonista. Com potencial grandioso de representar uma revolução.

"- Ninguém é prisioneiro aqui. Até você tem o poder de fazer suas próprias escolhas."

Sua relação com as irmãs de criação, as outras Belles, é muito do que guia Camellia entre os momentos mais terríveis e desafiadores. Gostei de como a trama deu atenção para a irmandade entre elas, como existe aquela rivalidade intrínseca pelo que elas foram obrigadas a desejar - o poder - e como existe empatia e amor acima disso. Sua relação com Amber, principalmente, é uma das mais interessantes do livro; abraça exatamente tudo que eu citei, com um desenvolvimento para lá de surpreendente.

O romance apresentado na história talvez tenha sido o mais superficial - ainda que eu entenda sua levianidade e como, na situação de Camellia, se apaixonar venha mais dos momentos rápidos e do proibido, gostaria de ter tido mais momentos para amar o ship tanto quanto amei os personagens. Auguste é filho de um figurão político e dono de uma presença marcante, sarcástica - bem fácil de te conquistar. Sua relação com Camellia envolve provocações e flertes discretos mas, sendo uma Belle, ela é proibida de amar; de sentir.

Quando isso é colocado em jogo, no entanto, os flertes e provocações servem para faiscar alguma coisa que a garota ainda não entende, mas quer entender. A pequena chama rebelde que se estende até outras emoções, com o decorrer da história - raiva, angústia, confusão. Eu espero ver mais do ship no próximo livro porque o potencial está ali.

"- Consegue sentir isso?
- Sim.
- Amor é quando dois corações batem em uníssono."

PORÉM, por falar em potencial, existe uma segunda possibilidade que eu gosto muito mais: Rémy é o guarda pessoal de Camellia e, embora sua relação envolva mais companheirismo e construção de confiança, dá pra sentir que algo pode existir ali. É menos explícito que com Auguste, mas é igualmente superficial - pode ganhar outros tons na sequência? Com certeza. E meu coração pede por isso.

Para quem não gosta de triângulos amorosos ou mesmo de romances que roubem demais a atenção da trama, esse livro com certeza é uma boa pedida - o foco está na protagonista, na sua jornada, nos contrastes entre o belo e o terrível.

A sociedade de Órleans é doente, e tal obsessão é perfeitamente representada pela psicopatia da princesa Sophia. Meu sem or eterno, que MEDO dessa guria. Falo psicopata com tranquilidade porque o modo como ela age, com frieza e desesperador controle, faz parecer que estamos lidando com uma crescente ameaça - em muitas cenas eu me vi puxando os cabelos em temor pela Camellia.

Uma coisa que eu adorei nessa sociedade perfeita dela é como, mesmo abraçando a representatividade - com uma protagonista negra e o belo não sendo representado por uma cor de pele padrão -, ainda puxa um espaço para discutir o que é, realmente, beleza. Uma cintura fina? Extremamente fina? Um corpo magro? Um corpo gordo? A tendência do momento representa o que é perfeito ou é só manipulação?

Belles mistura fantasia e realidade para construir uma história que amedronta e abre sua mente. O trabalho da Dhonielle é primoroso; ela pinta um mundo perfeito para descamar, lentamente, os seus muitos defeitos.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/03/resenha-belles.html
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