Sibery 08/02/2024
Que jornada...
Que jornada incrível. Durante a leitura, eu pensei... Kazuo Ishiguro só pode ser INFP. Impossível uma narrativa ser tão INFP quanto essa, com personagens admirando o céu, e chorando sem conseguir se explicar, e super analisando coisas simples, e personificando a tristeza da nostalgia e da passagem do tempo.
Fui pesquisar e Ishiguro é mesmo INFP.
Esse livro, para mim, é a mais linda exploração sobre o valor da vida e do tempo. E, também, da individualidade. Não é uma leitura pesada, mas é densa, com muitos detalhes em cada cena. E, por isso, é extremamente imersiva. Em algumas passagens, eu juro que senti o cheiro do ambiente. Eu senti o cheiro do lago de Hailsham. Eu senti o cheiro das mesas nas salas infantis. Eu senti o cheiro do barco encalhado no charco. Eu senti o cheiro do Casario, nas tardes de inverno. E chorei. Chorei três vezes.
Agora, minha maior paixão nesse livro foi o Tommy.
Que personagem. Eu queria colocar ele em um potinho e proteger para sempre. Todas as cenas em que Tommy aparece, ele é incrível. Acho que foi o melhor interesse romantico masculino que eu já li em um livro.
Outra coisa que amo, é a música fictícia Never Let Me Go, da Judy Bridgewater, composta para o filme. Eu sempre escuto. A música evoca a beleza de Hailsham.
Recomendo esse livro com toda a paixão.