Não me abandone jamais

Não me abandone jamais Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


594 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Iza 22/01/2024

Essa leitura não vai me abandonar jamais!
Terminei esse livro sem saber explicar o que eu tava sentindo, e depois, quando parei pra pensar, nem eu mesma sabia o que eu tava sentindo!

Eu poderia começar falando que eu peguei esse livro com uma expectativa totalmente diferente. Pra mim, esse livro seria inteiramente focado na construção desse mundo distópico, como tudo funciona e blablabla. Quebrei minha cara! Tudo é passado muito por cima, o que gera um sentimento, pelo menos em mim, de que é totalmente natural, de que não tem nada demais nisso tudo, que as pessoas são acostumadas a aquilo e ponto final. E de certa forma elas são mesmo. Em momento algum os clones, ou alunos, pensam em fugir, em se rebelar. Eles só aceitam. Em um primeiro momento eu achei estranho, mas depois me dei conta de que se fosse na vida real seria exatamente assim. Quando as sociedades se acostumam com algo, dificilmente é mudado. Principalmente quando esse algo é, como no próprio livro diz, a cura para doenças mortais.

Isso me leva a outro ponto, um ponto que, claramente, é da ideia do autor fazer o leitor questionar a si próprio: se existisse uma maneira de curar as pessoas que mais amamos, e assim prolongar o tempo que temos ao lado delas, nós iríamos ser a favor? mesmo que esse método fosse, de certa forma, cruel? Esse é um debate que vai longe, e que, com tudo que é dito no livro, com certeza te faz refletir muito.

Sobre os protagonistas, eu não me apeguei muito a eles, e nem sei se o autor tinha a intenção de nos fazer isso. Acho que isso vai de encontro com a minha ideia de que, pra eles, é natural essa vida, então foram poucas as vezes onde algum deles tinha algum sonho para o futuro (uma vez que eles já sabiam que nunca poderiam vivenciar isso). E me fez pensar em algo interessante sobre isso, como o livro é totalmente construído por memórias, ou seja, do passado. Porque, parando pra pensar, é só isso que resta a eles, a única coisa que eles tem é o passado. Já que tanto o presente quanto o futuro são vividos de maneira já predestinada.

Minha conclusão, que inclusive foi estabelecida depois de eu escrever todo esse textão kkkk, é que não é um livro pra você se divertir lendo, ou então achar que vai acabar e vai ter muito o que falar. Esse é um livro que demanda tempo pra você absorver tudo, e que, com toda a certeza, você só cria uma conclusão quando começa a botar pra fora tudo o que tá se passando na sua cabeça, e mais, também só depois de conversar com outras pessoas e discutir sobre. Não é uma leitura gostosa, nada nela traz esse sentimento, mas isso não quer dizer que seja pesada, ela só é reflexiva. O decorrer pode ser um pouco lento, mas quando chega nos 70% tudo começa a se juntar e a fazer sentido, ou pelo menos começa a te fazer criar questionamentos. Eu gostei, gostei mesmo!
comentários(0)comente



Pdrosaleitor 22/01/2024

Todo o livro é tipo "o que tá acontecendo aqui?" E isso tanto pro leitor como para alguns personagens. A verdade é que é tudo muito confuso e misterioso, implícito demais, e acho que isso foi obstáculo pra me aproximar mais dos personagens. Mesmo assim é emocionante demais, complexo e até um pouco instigante, pois a certa altura nós entendemos o que tá se passando, sobre o que se trata (isso os personagens já sabiam). E então surgem novas indagações, mais profundas e mais tristes.
comentários(0)comente



ametista 22/01/2024

Todo o livro é marcado por uma apatia e melancolia tão profundas. Todos os personagens tem uma languidez e uma conformidade com o próprio destino que chega a incomodar. A todo momento você fica pensando "mas por que eles não se rebelam?" "mas por que eles não fogem?" "mas por que eles são tão obedientes?" sendo que essa é uma reação TÃO realista, a todo momento convivemos com coisas tão absurdas na sociedade e simplesmente aceitamos porque não existe outra perspectiva, se rebelar é quase utópico, essa letargia se torna a norma. Por essa e outras razões a minha parte preferida foi a que a Kathy diz ao Tommy que os acessos de raiva que ele tinha era porque ele sempre soube algo que os outros não sabiam, ele escolhia reagir e demonstrar seus sentimentos quando tinha motivos válidos pra ficar com raiva, e isso é algo que muita gente não consegue fazer ou desaprende quando cresce, a gente perde toda essa energia reativa e apenas se conforma.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Yuri462 15/01/2024

Não sei exatamente como descrever minha experiência com o livro. A leitura não é difícil, mas às vezes é meio cansativa. Senti falta também de um antagonista e de uma descrição melhor do mundo e das relações da sociedade no geral, que teria deixado mais interessante. Mas foi divertido de ler e tiveram alguns momentos emocionantes, ainda mais considerando todo o mistério do começo do livro.
comentários(0)comente



effy 15/01/2024

Um livro que retrata sobre muitos aspectos
Até chegar +/- na página 80, a leitura é muito arrastada. Você fica sem entender o motivo de tanto esforço para construir o local, os acontecimentos que acontecem lá, mas depois as peças vão se encaixando e é compreensível o motivo de todas essa construção.
Definitivamente um livro muito diferente do comum, o autor sabe tratar tão bem de assuntos tão humanos que chega a ser bizarro, porque é tudo muito real.
Nas últimas 100 páginas é impossível largar o livro, não por conta de algum plot, nem nada do tipo, acho que fiquei pensando em como a vida humana ia seguir seu percurso; quando temos algo para fazer, apenas precisamos cumprir.
Quero reler quando estiver mais velha, sinto que não aproveitei nem metade do livro.
effy 15/01/2024minha estante
acontecimentos que acontecem ?




Carol_acca 14/01/2024

Acho que o livro tem uma história muito rica e bonita, que incita reflexões muito importantes. Os dois últimos capítulos são os mais especiais.
Mas acho que essa leitura me apareceu num momento errado, em que eu estava com outras expectativas. É uma história linda, mas não a história que eu estava querendo ler agora, então ficou muito distante daquilo que eu esperava e não me agradou tanto. Mas, sim, é uma leitura super válida, ainda mais considerando a fluidez da narrativa.
comentários(0)comente



JoAo.Aviani 12/01/2024

O livre arbítrio frente à imprescindibilidade da morte
É inevitável que, eventualmente, enquanto estamos perdidos em nosso pensamentos, acabemos chegando à questão da finitude da vida e da inevitabilidade da morte. Em todas as vezes, por ser algo intrínseco à própria experiência de viver, me conformo e redireciono meu foco para a própria jornada da vida, em vez de me preocupar com seu fim (bem igual em Arrival, do Denis Villeneuve, mesmo).

Mas e se a própria possibilidade de viver a vida me fosse retirada? E se o meu propósito fosse justamente viver tendo em vista a minha morte? Foram esses questionamentos que esse livro me trouxe e que, honestamente, me deixaram complexado com a condição de vida dos personagens principais, clones criados com a única função de, quando chegarem a certa idade, doarem todos os seus órgãos.

O que mais me incomodou (e que acho ser um dos principais motivos pelo qual o livro é tão potente), apesar disso, foi a inevitável conformação dos personagens com o seu destino. A melancolia do livro residiria nessa conformação, mas, como disse, eventualmente todas as pessoas, inclusive eu, se conformam com a inevitabilidade da morte; a questão, mais profunda e que de fato me intrigou, é a impossibilidade jogada aos personagens de que possam viver de fato as suas vidas, estando presos a escolhas feitos por outros que sequer os veem como dignos de ter uma alma.

A passagem do barco que traz aos personagens, já adultos, memórias afetuosas do internato em que viveram, em particular, me deixa muito emotivo. Quando não se tem agência sobre o próprio futuro e não se pode plenamente viver o presente, o que resta é relembrar o passado (o que se reflete na estrutura do livro, que é uma coletânea de memórias da protagonista, Kath).

Por isso, para mim, Não Me Abandone Jamais, além de ser um ótimo coming of age e de abordar questões éticas importantíssimas (afinal de contas, vale a pena sacrificar toda uma vida e suas experiências para salvar, de uma vez só, várias outras vidas?), trata magistral e principalmente da própria liberdade de se viver.
comentários(0)comente



Lais.Cristine 12/01/2024

Leitura pouco envolvente, demorei muito para concluir. Li até o fim imaginando que melhoraria ou teria uma reviravolta, mas infelizmente não aconteceu nada!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Iarine 04/01/2024

Achei o livro ok. Não li sinopse, então comecei ele sem saber de nada. O livro é melancólico e muito lento, você vai descobrindo as coisas junto com o personagem principal ( que não sabe é de nada). A temática do livro é interessante mas eu esperava mais.
comentários(0)comente



Fox Duda 03/01/2024

Ciência e ética = crise existencial
Um livro bom mas me enrolei um pouco com a forma que o autor escreveu por ser baseado em uma série de lembranças. Estava esperando um maior aprofundamento na questão de sentimentos relacionados as doações porque na minha cabeça ninguém iria "aceitar" numa boa sua vida ser destinada a um propósito que não foi você mesmo que escolheu... Essa pauta que relaciona ciência e ética é muito importante e eu estava esperando que falasse mais sobre, que mostrasse como as pessoas encaram isso. Porém, o livro é mais um compilado de lembranças de uma vida condenada ao fim iminente. Além disso, achei que enrolou muito pra dar as devidas explicações, fiquei o livro todo esperando pra falar de fato das doações e quando foi apresentado as respostas foi um tanto quanto rápido e superficiais.
Apesar de não ter gostado da maneira que foi retratado o campo de ciência e ética, foi interessante sentir na pele o quão angustiante é poder ter uma vida inteira pela frente mas desde o início você está condenado a viver a mercê de outros. FOI REVOLTANTE! Eu queria tanto que alguém se revoltasse e mostrasse pra todos que os clones também tem direito de viver suas vidas!! Esse foi um livro que causou muitos sentimentos em mim e me fez refletir bastante me dando crise existencial.
E por último mas não menos importante: EU TE ODEIO, RUTH!
comentários(0)comente



594 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR