Yumi 20/10/2020
4,5
esse livro fixou por meses na minha biblioteca do Kindle até eu decidir ler e sinceramente, deveria ter lido antes.
a escrita é fluida e simples de se entender, os capítulos não são longos, o que não torna a leitura cansativa, mas até um certo ponto, a leitura é um pouco arrastada, nada acontece, mas nos 16% da leitura, mais ou menos, você se vê totalmente envolvido.
gostei das imagens no início dos capítulos narrados pela Amélia, uma evolução de uma lagarta, até se transformar em uma borboleta e isso é uma metáfora para o desenvolvimento pessoal da personagem, que estava se descobrindo e se aceitando, se libertando de algumas amarras; em relação a essas imagens, também está relacionado o título do livro. achei essas ligações de uma sensibilidade e minúcia da autora.
não somente Amélia teve seu crescimento pessoal, mas Ana também, se permitindo envolver com Júlio.
assuntos como homofobia, machismo, abuso sexual, corrupção e esquizofrenia são tratados no enredo, nada pesado, mas que faz o leitor pensar e refletir sobre os tópicos. também é tratado como é difícil um relacionamento familiar e como é fácil se afastar e fechar os olhos, o quanto lidar com idosos requer paciência e carinho...
não achei que fosse gostar tanto da leitura, mas gostei demais.