@gataleitora 19/07/2020ótimo cura ressacaComo começar a falar de um livro que me tirou de uma amarga ressaca literária que vinha me engolindo há quatro meses? E se você parar pra pensar ainda bem no meio de um isolamento social e pandemia. Mas Deus não falha e depois de enrolar por alguns meses para ler este livro (que recebi exatamente no início da quarentena em março), tanto por conta do título como por conta da capa, me vi arrebatada por um típico chicklit britânico repleto de humor ácido e situações bem loucas. Nem vem me dizer que não viu nada de novo ai pois este livro me curou! Cara! Ele me curou! Meu herói! Para mim já é por si só um ótimo motivo pra amar perdida, completa e inevitavelmente....hehehehe
Mas vamos ao que interessa....
A coitada da Rosalind tinha a vida que pediu a Deus, toda planejadinha e organizada, de repente não mais que de repente é abandonada na porta da igreja no dia que deveria ser o dia mais feliz de sua vida e se entrega a depressão e baixa autoestima. Não era para menos, né,mores? Um Rato insensível e cruel podia muito bem ter desistido antes ou conversado com ela e explicado que tinha motivos fortes para não casar. Enfim...
Rosalind muda de emprego, muda de casa fugindo da pena da família e dos amigos e se torna sócia de uma pequena livraria no interior. É nesse local que ela constroi novas amizades e começa a perceber o valor e a força que tem, claro que não sem antes passar por muitas trapalhadas ate´encontrar seu EU e um amor fofinho de quebra.
Perceba bem essa não é uma comédia romântica, é um chicklit onde o foco é a superação da garota. Ros não supera facilmente o abandono e boa parte do livro é remoendo o que aconteceu e não somente aos poucos ela começa a perceber que o mundo gira e existem outras pessoas a sua volta prontas para amar e serem amadas.
Embora eu tenha começado com poucas expectativas. Eu amei os personagens, a história e os diálogo cáusticos e maravilhosos alem verdadeiramente engraçados entre todos eles. Tanto alguns amigos antigos, como Sam como os novos destaque aqui para George e a doidinha Joan, criam momentos inusitados e trazem muitas revira voltas pra trama.
Amei a família de Ros, uma família verdadeiramente carinhosa e amorosa. Muitos livros hoje em dia trazem pais irritantes ou irmãos detestáveis, mas aqui a família é um fofura . O que é a cereja do bolo em tudo que acontece.
Vocês que me acompanham há mais tempo sabem como amo romances com muitoooo romance mas juro que não senti falta disso aqui pois a forma como tudo foi conduzido até as lindinhas cenas finais me prendeu de tal forma que só torcia por Ros. Ai, Senhor, já tô com vontade de ler de novo.
O título faz bastante sentido se a gente pensar em uma expressão idiomática que significa "Perceber as coisas de forma equivocada ou errada.". No livro, tem uma cena dela com o sócio que ilustra bem como está a mente de Ros fugindo do enfrentamento com o cara lindo que é o vizinho que claramente gosta dela e ela pensa o total oposto.
", mas você está lendo de cabeça para baixo, Ros. E ainda que eu admire o desafio adicional que está se propondo, isso dificulta o entendimento do efeito resultante dos altos níveis de investimento na China."
Me tornei fã Jo Platt com sua escrita espirituosa e perspicaz com toques de seriedade a profundidade numa trama despretenciosa. Esse é um daqueles livros que você deseja ler trechos para as pessoas, porque são muito divertidos e quer que mais gente ria junto com você. Comprei até um outro livro dela já, ansiosa para gostar tanto quanto gostei desse.
Agora sinceramente torço para que a Rocco traga mais livros dela e com as capas mais parecidas com as britânicas pois tenho certeza que vão agradar bastante as leitoras.
5/ 5 estrelas
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