delphinium 26/05/2024
DRACULA (1897) .
Um clássico da literatura gótica que oferece uma leitura dinâmica e surpreendentemente rápida, sendo a narrativa apresentada através de diários, cartas e registros fonográficos, o que mantém o ritmo ágil e envolvente. Embora os personagens não sejam profundamente desenvolvidos, essa superficialidade não prejudica o fluxo da história, ao completo contrário, contribui para o suspense contínuo, focando mais na trama do que nos detalhes pessoais de cada indivíduo.
As mudanças de cenário, que variam desde o sombrio castelo na Transilvânia até as agitadas ruas de Londres, são um dos pontos altos do livro, ajudando a construir a atmosfera de mistério e terror que permeia a obra. Essa variação não apenas mantém o leitor atento, mas também intensifica a sensação de deslocamento dos personagens e perigo constante.
Uma pequena crítica pessoal seria a ausência de mais cenas narradas pela perspectiva do próprio Drácula (sou uma fã assumida de vampiros). Embora isso pudesse enriquecer a compreensão do personagem, é compreensível que Stoker tenha optado por manter o vampiro como uma figura enigmática e ameaçadora, o que é essencial para o impacto e manutenção do suspense na narrativa.
Recomendo fortemente "Dracula" para os fãs do gótico, vampiros e literatura clássica em geral. É uma obra prática, bem escrita e capaz de prender a atenção do leitor do começo ao fim. Stoker criou uma história atemporal que continua a fascinar e aterrorizar gerações de leitores.
P.S : Achei incrível o fato de termos a inserção do personagem Johnny em Hotel Transilvânia (2012) como uma célebre referência ao personagem Jonathan Harker de Stoker .