Eduardo2283 03/09/2024
Obra-prima
Drácula de Bram Stoker é uma obra-prima do terror gótico que transporta o leitor para a misteriosa e sombria Transilvânia, explorando o contraste entre o Leste Europeu desconhecido e a Europa Ocidental racionalista. A ambientação é magistral, criando uma atmosfera densa e envolvente.
Stoker magistralmente explora o contraste entre o Leste Europeu e a Europa Ocidental, criando uma sensação de isolamento e perigo iminente. Na época, o Leste Europeu era visto como uma região misteriosa, quase mítica, repleta de superstições e tradições antigas que, aos olhos dos ocidentais, pareciam tanto exóticas quanto ameaçadoras. É nesse cenário que o Conde Drácula se revela, não apenas como um ser de horror, mas como uma força primordial que desafia o racionalismo e a ciência ocidentais.
A narrativa de Stoker é notável pelo uso inovador de cartas, diários, telegramas e recortes de jornais, criando uma estrutura epistolar que acrescenta uma camada de realismo e imersão à história. Essa técnica permite que o leitor vivencie a história através de diferentes perspectivas, aumentando a tensão e o suspense conforme os personagens tentam desvendar o terror que os cerca. Cada documento oferece um fragmento do quebra-cabeça, mantendo o leitor sempre à beira do abismo, esperando pelo próximo pedaço da verdade.
Stoker utiliza uma narrativa epistolar inovadora, através de cartas, diários e telegramas, que acrescenta realismo e tensão à história, permitindo que o leitor vivencie os eventos por múltiplas perspectivas. Os personagens, como Jonathan Harker, Lucy Westenra e Mina Harker, são bem desenvolvidos e enfrentam com diferentes reações o terror sobrenatural representado pelo enigmático Conde Drácula.
Drácula continua a cativar por sua exploração do medo do desconhecido e sua construção de uma atmosfera de sedução sombria, desafiando as fronteiras entre o conhecido e o inexplicável.