O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Marcio 19/12/2020

Idiota
Pela fama extraordinária de Dostoievski me senti o próprio idiota ao ler essa obra!
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Machado 17/06/2020

Uma história russa longa com um início muito bom, mas da segunda para a terceira parte vai ficando cansativa.
Michela Wakami 18/06/2021minha estante
Oi Machado, eu também gostei da primeira parte, mas depois a leitura foi se tornando cansativa e arrastada, não vejo a hora de terminar. Muito chato, na minha opinião.


Machado 18/06/2021minha estante
Pois é, fiquei um pouco decepcionado. Acho que fui com muita expectativa por já ter lido outros dele e ter gostado


Michela Wakami 18/06/2021minha estante
A mesma coisa aconteceu comigo.




Felipe 02/07/2022

O idiota
Dostoiévski é genial. Disso boa parte da população já sabe. Sua genialidade, em parte, pode ser explicada, por conseguir colocar sentimentos tão reais no papel que quase ganham vida, como uma capa em auto-relevo quase paupável, como um autorretrato vital do autor. Confesso que tive certa dificuldade lá para a página 600, e queria que terminasse logo para poder ler outros livros, mas prossegui na persistência e mais uma vez a realidade não prometida foi entregue sem floreios e por vezes, triste como a vida é em maior parte do tempo. O príncipe de fato é um idiota, sem sombra de dúvidas, ter um bom coração, sem limites, num mundo tão perverso é trilhar um caminho solitário da ingratidão e do mau senso. É desejar a dor alheia para si e cortejar a infelicidade ao invés da sabedoria, é ser uma criança que tão logo os responsáveis avisam que irá se queimar ao colocar o dedo no fogo ? e quando dão as costas a mesma colocar a mão na fogueira, desprezando qualquer intuição suprema de perigo. O Príncipe Míchkin é por outro lado a persona que ganharia um prêmio num mundo perfeito, onde não existisse a malícia, onde a maldade não se aplicasse e a crueldade fosse apenas uma ilusão de mundos imperfeitos que ficaram para trás na linha evolutiva humana. Um livro que certamente dialoga com a criança interior, que leva a risada espontânea e também as lágrimas. Real como a vida. Original como o autor.
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Wellington 04/06/2021

O Idiota – 8,5
Ah, Dostoiévski. Seus escritos deixam um quê de amargo na boca, mas poucos autores geram tantas lembranças duradouras.

Idiota, aqui, não se refere a um babaca ou cretino, mas a alguém simples, epiléptico, ingênuo, etc. Só por este viés, a história toda já vira ao avesso do que poderia ser esperado. Míchkin, o protagonista, é tido como uma mistura de Cristo com Dom Quixote – algo adequado por ser bondoso, misericordioso, como o primeiro e inapto à sociedade vigente, perdido em seus próprios devaneios, como o segundo. É fácil sentir estima por Míchkin.

Se a escrita é definida por um “realismo psicológico”, O Idiota é indicativo da exatidão de tais termos. Vários personagens significativos são apresentados, cada um com suas vidas bem exploradas. Senti encanto por alguns: Vera, Lizavéta Prokófievna, Kólia, o general Ívolguin... Há diálogos, histórias, reviravoltas, honestidade (mesmo quando desonesta!), profundidade, visões de mundo... Guardo com carinho uma passagem em especial: “os vagões que levam pão para a humanidade, se não estiverem cautelosamente consignados sob uma base moral, podem estar friamente excluindo da felicidade desse pão uma outra parte considerável da humanidade, aquela donde esse pão foi tirado”.

À edição: comprei o box pela capa, o projeto gráfico da Nova Fronteira é lindo. Traduzido do francês, ao invés do russo? Sim, e ainda por cima com nenhuma tradução sobre as passagens em francês. Sem falar no linguajar antiquado. Eu não recomendaria a edição para desacostumados com literatura russa pela ausência de notas explicativas. Ah, e a pintura da capa se parece com Rogójin, não com Míchkin. Mas é um projeto realmente lindo, o prefácio foi encantador; o que direi a seguir advém dele.

Dostoiévski era epiléptico, como o protagonista. Lhe foi extenuante a escrita do livro, tendo levado vários anos em que o vício pelo jogo, o luto doloroso por uma filha, endividamento, cobranças de editores, vida conjugal, distância da Rússia, comparações, julgamentos, etc., foram temas subjacentes à obra. “Dizem-me que devo me espelhar em Tolstói? Vejam as condições em que estou escrevendo!”. Insatisfeito até o fim, crê que foi incapaz de se expressar de forma desejável, tendo se consolado com o fato de que alguma coisa de bom deve ter feito.

Minha opinião? Fez sim, meu caro. E digo mais: as dificuldades pessoais enriqueceram a obra, mesmo que, por vezes, me fosse possível visualizar o custo que cada página teve. O livro é longo, há partes angustiantes; também há momentos de relativa calma e serenidade... Quase como a vida do autor.

O destino de vários personagens é esperado, mas o que realmente impacta não é o fim; é o caminho pelo qual se chegou até ali. Pessoalmente, prefiro suas outras obras. O Idiota me parece recomendável a quem gosta de literatura russa, psicologia, da própria Rússia, ou de profundidade literária em geral. É uma boa companhia.

site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
Marcos.Azeredo 16/10/2021minha estante
Eu li quando adolescente e gostei, hoje com 57 anos comprei este livro da editora Nova Fronteira.




Adiel Barbosa 01/02/2024

O livro é até bom, mas nem de longe é a melhor obra do Dostoiévski. Essa edição da Nova Fronteira também não contribui em nada para uma melhor experiência na leitura da obra: tradução indireta vinda do francês, carência de notas de rodapé e apenas um texto de apoio.
Victor 01/02/2024minha estante
Já leu Irmãos Karamázov?


Adiel Barbosa 02/02/2024minha estante
Sim, Victor, já o li.


Victor 02/02/2024minha estante
É melhor que O Idiota? Tô pensando em ler


Adiel Barbosa 02/02/2024minha estante
Sinceramente, eu acho que é melhor, mas isso é apenas a minha percepção. Melhor ainda são Crime e Castigo, Memórias da Casa dos Mortos e Gente Pobre.




Tai.Sueð 18/08/2020

A história é uma grande irônia que se revela na discussão de fatos corriqueiros, uma pessoa desatenta diria que o livro não trata sobre assuntos sérios, mas se prestar atenção e conseguir superar a demora nas descrições e o arrastar de alguns trechos podemos certamente aprender algo.
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Hugo 21/12/2020

Não acredito que exista um livro para iniciar um escritor, isso é subjetivo. Acredito que exista o livro que VOCÊ inicie e a sua experiência com ele vai decidir os rumos nas leituras desses escritor. Agora sem sombra de dúvidas existe um livro que define com mais clareza quem o escreve. Dostoiévski já se apoderou de diversos livros para narrar trechos de suas vidas, por exemplo na obra Memórias da Casa dos Mortos na qual narra através de um personagem sua experiência com o trabalho forçado nas prisões da Sibéria. De uma maneira semelhante, em O Idiota é retratado o escritor, mas não dessa forma objetiva sobre trechos da vida, mas por tudo que estava passando quando escreveu, por todas crises financeiras, epiléticas e familiares. Ao ler você sente que parte da além de Dostoiévski ficou nesse livro, diferente de vários que foram escritos para suprir suas dívidas pessoas esse livro é uma idiossincrasia do autor.

O príncipe Míchkin nosso protagonista dessa obra é como o título antecipa um idiota, mas um idiota tão convencional que chaga a frustar quem imaginou que Dostô tinha algo grandioso para ele. É apenas um idiota. O problema é que nossa concepção sobre ser idiota é extremamente frágil e revela nosso próprios preconceitos. Esse idiota social é após longas horas de leituras um herói, um cortês, um príncipe, o qual detém um dos poucos resquícios de moralidade, perdidas na sociedade. E é sobre isso que se trata um idiota, afinal ter a pureza no coração e ver o mundo com os olhares de um criança, diante de tanta maldade comum em nossos corações, é nada mais nada menos que idiotia, averso é totalmente diferente do normal.
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Drakomanth 10/03/2021

Idiota por ser Bom, Medíocre por ser Inocente
A literatura e a história humana nos disponibilizam uma interminável lista de personagens que podemos classificar como entre a cruz e a espada moral. Por exemplo o elitista Brás Cubas das Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, ao inescrupuloso Paulo Honório de Vidas Secas, passando pelo niilista e pedófilo Nikolai Stavróguin de Os Demônios, do próprio Dostoievski. Mesmo quando pensamos em tipos inicialmente ingênuos e idealistas, a literatura e a vida se encarregam de submeter o otimismo à decrepitude das ilusões perdidas, como acaba acontecendo com o jovem Cândido (Cândido ou o Otimismo), de Voltaire, e com o aspirante a escritor Lucien de Rubempré (Ilusões Perdidas), de Honoré de Balzac. Entretanto, quando pensamos em tipos sumamente bons, a galeria de personagens se torna bem mais escassa. Mesmo com o ar rarefeito do cume da bondade, Dostoievski se propôs o desafio de imaginar uma personagem essencialmente fraterna, que, em seu caráter e em suas ações, realizasse uma síntese entre o oferecimento da outra face, pregado por Cristo, e o nobre idealismo de Dom Quixote, o cavaleiro imortalizado por Cervantes.

É assim que a alcunha de idiota para Míchkin relaciona-se não apenas aos ataques de epilepsia ? doença que também acometia Dostoievski ?, mas ao fato de haver uma inadequação existencial entre uma personagem que procura agir com bondade e retidão e os demais personagens espertalhões, incrédulos e malévolos, com os quais o príncipe entra em contato. A idiotia de Míchkin, então, dá o tom não para uma limitação do protagonista, mas para a vida lamentável de seus convivas, para os quais a mão estendida para a amizade e o amor só pode parecer o ludibrio sob o qual se escondem e se esgueiram rasteiras furtivas.
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Pagliuca 06/11/2022

Uma verdadeira novela
Aqui temos uma novela repleta de reviravoltas e ainda nos surpreende no final. O texto as vezes se arrasta, mas tem horas que flui alucinadamente. Acredito que todos podemos nos identificar com O Idiota.
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Volnei 19/07/2019

O Idiota
O romance gira em torno de um jovem príncipe que ao retornar para seu país após um período de 4 anos se sente deslocado e confuso e com isso um grupo de pessoas tentar tirar proveito de sua ingenuidade

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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harison 15/04/2021

O idiota, romance do escritor e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, narra pontualmente algumas fases da vida de um ingênuo príncipe russo herdeiro de uma fortuna. Aqui a genialidade do autor se expressa pela capacidade do mesmo de transmitir quase que imageticamente as relações humanas.

Dostoievski é conhecido por abordar vários temas em suas obras, destacam-se o altruísmo, culpa, sofrimento, cristianismo, niilismo, suicídio e etc., e na presente obra ele faz questão de caminhar por todos esses temas, e muitos outros.

Acompanhamos a jornada do príncipe Míchkin, um jovem epiléptico de espirito simplório, inserido em um contexto onde a sociedade é veementemente cobiçosa e violenta, nesse caso, para com aqueles que apresentam um comportamento benevolente, quase cândido. Dai a razão pela qual, em muitos momentos da narrativa, o príncipe ser tratado como idiota, simplesmente por apresentar e defender valores humanista de forma tão contundente.

A grandíssima (literal e figurativamente) obra é contada com uma pormenorização exacerbada das relações humanas, suas influencias e consequências comportamentais, consequentemente é considerada uma das obras mais representativas do realismo psicológico de Dostoievski. Ademais, conta com um quê idiossincrático, visto que muitas passagens do livro retrata acontecimentos da vida do autor, segundo alguns estudiosos da sua obra.

Sem dúvida é um calhamaço que assusta, contudo é um clássico que merece ser visitado.

*Essa é uma edição com tradução indireta, não atrapalha muito a interpretação, mas deixa a desejar. Acredito que a tradução direta (nesse caso) seja mais fiel a obra original.
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ArthurAlves 31/05/2022

O idiota
Não se é a nota adequada, mas enfim acho que não digeri a história.

O príncipe, vulgo Idiota, é um personagem baseado em Jesus e em Dom Quixote
Espere sinceridade, inocência e paixão dele. Tudo verídico. Empatize com ele e sinta raiva dele.

Nastassia Filipovna, é uma personagem incrível, louca sim, mas incrível.

O livro é repleto de personagens que entram e saem de cena. Algumas ideias filosóficas e religiosas são abordadas em diálogos expressivos, e por muitas vezes o príncipe que o conduz.

De um livro de 800 páginas, sem spoiler, tenho isso a falar.
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Jussara 19/02/2023

O livro tem algo de autobiográfico, mas é mais q isso.
O príncipe é um ser bom, e com uma facilidade em ler as pessoas, e ainda assim prefere ver o melhor em cada um, e relevar o q há de podre.
Sobre a leitura em si, por vezes parece q nada se conecta, pois não existe de fato um enredo propriamente dito, parece mais q o autor se deixa levar de acordo com o surgimento das ideias, tendo muito a dizer, e não se cala em favor de um enredo linear. O q por vezes foi cansativo, mas nunca desinteressante.
Com um desfecho triste e ainda assim perfeito, O Idiota é uma leitura e tanto.
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