Vale Tudo: Tim Maia

Vale Tudo: Tim Maia Nelson Motta




Resenhas - Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia


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Clio0 01/04/2021

A contribuição de Tim Maia para a MPB é inegável, mas sua vida pessoal era tão conturbada que mentiras, exageros e a mais pura verdade se misturam formando uma personalidade que surpreende por ser a caricatura do malando carioca.

Estou falando daquele estereótipo antigo do 171 com o cafajeste e não da versão aguada e bem humorada que agora se tem. Tim Maia era, pelas palavras de Motta, arrogante, caloteiro, irresponsável e... genial.

O texto abarca toda a vida do cantor em âmbito pessoal e profissional e se vale de anedotas, partes de letras e muita passada de mão na cabeça para formar essa biografia. Pode ser delicioso para quem viveu aquele tempo e pode usar a discografia dele como parte da trilha sonora da própria vida.

Mas não espere aqui muita informação para a economia e política da época. Tim Maia, por tudo que gritava em suas entrevistas, era tão desligado de ambos quanto o brasileiro médio. Nelson Motta prefere tingir o texto com partes de entrevistas ao mesmo que escreve como o cantor utilizava a persona para marketing pessoal.

É um livro interessante, porém é bom lembrar que foi escrito por um amigo pessoal do artista - nada extremamente polêmico (para os padrões atuais) é revelado. Parece mais um elogio póstumo do que qualquer outra coisa.
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E. Dantas 31/05/2010


Duas considerações inundaram minha cabeça nessa madruga de Domingo as 3:24 da manhã após terminar a leitura dessa obra fantástica:

1 - Tim Maia era um cara, literalmente Formidável.
2 - Minha admiração por Nelson Motta cresceu.

Quando à primeira, explico: Durante toda obra o que vemos é um "dono da bola" que nunca cresceu. Mas não aquele dono da bola que é chacotado pela galera quando vai pra casa chorando com seu tradicional mocasim-de-ir-pra-igreja incendiado pelos "amigos da rua" ( pelo menos na minha galera isso acontecia), e sim aquele "dono da bola" que de uma forma curiosa e grotesca, através de gestos inusitados e jeito turrão, virava um serzinho imprescindível em qualquer momento da turma. Toda turma tem um.
A turma de Tim era simplesmente o país inteiro, que adotou o gordinho como síndico-porra-louca e uma espécie de anti-herói do povo, muito embora o próprio povo fosse o primeiro a se dar mal com suas faltas, doideiras e atrasos.

O livro é uma vida curiosa. Envolto de sorrisos e piadas, a história de Tim é quase uma tragédia, ou melhor, mais que isso, é uma mega dúvida daquelas que deixam a gente pensando sobre muitas coisas.

Já a segunda consideração é só e tão somente ( tô inspirado ) a brilhante visão que nos traz esse reflexo da vida de Tim.

Uma vez, em roda de amigos, alguém me perguntou:
"Afinal, o que que é o Nelson Motta? Ele faz o que da vida? Que que esse cara estava fazendo no meio da galera da bossa-nova, e depois do tropicalismo, do funk, do Soul, da MPB, da jovem-guarda e etc, se ele não cantava, não atuava, não fazia porra nenhuma?!?!"

Eu não soube responder a questão em si, mas me senti muito mal com aquele comentário, descobrindo então que eu tinha me tornado um fã do cara...foi ai que eu tentei defender da melhor forma possível:

- O que ele tava fazendo eu realmente não sei, mas graças a Deus ele estava lá. Porque só ele sabe contar com paixão e gosto sobre a nossa cultura...e pra falar de arte, meu amigo, eu prefiro ouvir "um cara qualquer" que esteve lá do que um jornalistazinho qualquer que resolveu pesquisar um "teminha interessante e vendável".

Bom...a tréplica foi "foda-se, mas o que ele fazia?!?!" e eu preferi me calar.

Mas não aqui. Leiam, porque é um encontro histórico que vale muito.

Beijos e inté!
Nessa Gagliardi 02/06/2010minha estante
Você e suas resenhas fantásticas... hehehehe

Já tava com saudade de ler alguma delas!

E não é que você me instigou a ler esse livro? E nem sou muito de biografias...

Beijos!!


Cla Motta 30/03/2014minha estante
É isso mesmo! Ainda bem que o Nelson estava lá para nos contar estas coisas!

Depois descobri que alguns trechos do livro vieram de emtrvistas que o tim deu em diversos canais, sendo possivel ver muita coisa no youtube!

De qualquer maneira, o nelson pega todas as informaçoes e transforma em uma leitura pratica e deliciosa!


Gustavo 25/05/2014minha estante
Ainda não li o livro sobre o Tim, entrei aqui para ler algumas resenhas e me inspirar.
Li sua resenha e me identifiquei com uma coisa, também sou fã do Nelson Motta!
Para responder a pergunta "Quem é Nelson Motta?" nada melhor do que ler o livro dele chamado "Noites Tropicais". Foi o primeiro livro dele que eu li, depois desse comprei mais três livros dele.
Sempre achei que ele fosse apenas um crítico de música, ou um jornalista da Globo, depois que eu li esse livro eu percebi que ele era muito mais do que eu pensava.
Nelson Motta é foda!
Leia o livro, leitura indispensável!
Abraços!!


dora.barbosa.731 20/01/2015minha estante
O Nelson Motta na época, era um excelente jornalista muito bem enturmado. Não fosse por essa questão, não teríamos a biografia com detalhes que só quem esteve presente na vida do Tim, saberia. E, é por essas e outras, que já li este livro por 02 vezes e lerei outras tantas vezes quanto eu desejar. Um abraço!




Carlos Duarte 21/06/2021

[ Resenha ] Vale Tudo
Uma leitura que me despertou um mix de amor e ódio por Tim Maia. Despreocupado com o disfarce de seus pensamentos e sentimentos, foi um ser-humano (e artista) ambíguo; por muitas vezes canalha, estupido, antipático, egoista, machista; por outras vezes bondoso, generoso, simpático, cavalheiro, divertido, solidário. Seu temperamento lhe rendeu grandes confusões que se arrastaram ao longo de sua trajetória, até a sua morte; por ser incompreendido, poucos estiveram ao seu lado genuinamente até o fim de sua vida.

Mergulhado no vicio da cocaina, álcool e maconha (Baurets, para os íntimos), o genial Tim Maia (que inquestionavelmente protagonizou (e protagoniza) como artista de grande importância no cenário musical brasileiro), perdeu o controle de uma situação que nem ele fazia questão de controlar.

O auto-entitulado: Preto, gordo e cafajeste nos deixou
um legado riquíssimo, uma arte genial, sua arte me deixa orgulhoso por ser brasileiro, preto, de origem pobre.

Tim Maia me representa, mesmo o seu lado obscuro, os seus demônios (diferentes dos meus) apareciam de maneira legitima; apareciam; os meus ficam presos, mas ambos existem? e o que é o certo? Onde está escrito a melhor maneira de mostrar o nosso lado ruim?

Grande Tim Maia. Faz falta?
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Naiara 18/01/2024

Livro muito bem escrito, gostoso de ler e mostra de forma mais light quem foi Tim Maia desde pequeno ate o fim de sua vida.
Nao senti falta de nada no livro e para o que eu buscava esta bem ok.
Vale a pena ler quem quer saber superfivialmente quem era um dos astros brasileiros.
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Paulinho 06/05/2021

O mestre Tim Mais do Brasil
Essa semana terminei a leitura de um clássico! Dizem que é a melhor biografia brasileira. Não duvido. A história de um dos maiores cantores do nosso país, foi um presente de aniversário, e que presente! (Obrigado Di, Gê e Bele). Tim Maia do Brasil ensina como a vida é curta, como NÃO devemos ?cuidar? dela e ensina como é rica a nossa música, hoje em dia desprezada e desfocada por muitos artistas. Nelson Motta desnuda Tim. Um grande representante da música e mais um artista que entrega a vida as drogas. Indico a leitura, pois aprendi mais um pouco a valorizar a música do Brasil. ?Aumenta o som aí!!!!?
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Jojoy Matias 04/11/2021

Uma das melhores biografias que você pode ler
"Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi
E na vida a gente tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri
Mas quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para vive"


As vezes na vida estamos passando por um momento difícil e uma coisa que aprendi a fazer é ver ou ler como pessoas que admiramos lidaram com tais questões, nessa aprendemos a como lidar ou até mesmo evitar os mesmos erros, portando posso afirmar que a biografia do Tim escrita por Nelson Motta me ajudou e muito a isso.

Tim nunca fez questão de parecer certinho, errava e muito, ao mesmo tempo era puro carisma e muito talentoso, muitas vezes injustiçado por ser negro, pobre e gordo.

O livro como todo é muito engraçado, de bife falante, roubos, shows malucos e até boisai ( um miniboi que ele comprou, tipo bonsai) .

Maluco e generoso, suas passagens são cativantes. Recomendo a quem ler ouvir o audiobook do Nelson Motta junto, a experiência fica ainda mais legal.

Frases maravilhosas te faram rir como : "Fiz uma dieta rigorosa, cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas perdi 14 dias.? .

Esse livro vai me deixar saudades.

Obrigada Tim Maia e Nelson Motta.
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daniel.vasco.716 23/05/2021

Gostei e recomendo a todos amantes da música de qualidade feita no país nas décadas 60' e 70
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Juliana 11/05/2022

Tim Maia
Biografia contada em detalhes, desse cantor que foi sem dúvida uma das maiores vozes da música brasileira.
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hibernarrd 23/11/2020

Estratégia!
É bem triste ler biografias de pessoas que já se foram, porque sempre acabam com um final triste. De qualquer jeito, adorei saber mais sobre Tim Maia, além de seu inquestionável talento musical.

"O segredo do meu sucesso é o equilíbrio: metade das minhas músicas são mela-cueca e a outra metade é esquenta-sovaco".
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Raphael Rostaizer 08/05/2021

Simplesmente sensacional
A história desse grande artista contado e narrado por Nelson Mota só revelam a grandeza que foi esse grande artista pra nossa música.
Josana.Baltazar 08/05/2021minha estante
Realmente muito bom




thaisdandaro 02/09/2020

Chama o síndico!
"O Brasil é o único país onde, além de puta gozar, cafetão ter ciúme e traficante ser viciado, pobre é de direita." fala do Tim em 1997.
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Wallace17 30/07/2021

Tudo é tudo e nada é nada!
"Tudo é tudo e nada é nada!" "O cantor que mais comparece em shows no Brasil" 😂😂😂😂 "Meu recorde foi 5 garrafas de uísque em três dias, sozinho!" Quem conviveu comigo nos últimos dias, com certeza escutou alguma história do Tim Maia. Adorei a biografia do síndico do Brasil. Tenho minhas ressalvas com o escritor, mas o trampo é bom.

Tim Maia sempre foi um cantor popular. Popular no sentido amplo da palavra. Da favela à mansões, era um músico de todos os públicos. Nessa biografia de Nelson Motta, eu me divertir muito! Tim Maia era indomável, bocudo, bem humorado, irritante, autêntico, instável, exigente, genial... e por vai nos sinônimos conflitantes. Como ser humano, homem repleto de qualidades e defeitos multiplicados por 100. Chegado numa maconha, uísque e pó, o seu triatlon! 😂😂😂😂 Desde que me entendo por gente conheço Tim Maia, os anos 90 sempre tinha músicas dele nas festas, nas rádios... Tim Maia alcançava todos e todas com suas músicas sentimentais e dançantes. No transcorrer do livro, Motta descreve a vida desse tijucano que conquistou o país inteiro. Reverenciado por púbico, crítica e artistas, Tim Maia é patrimônio da música brasileira. Obviamente tenho minhas críticas, Tim Maia era muito excêntrico, desrespeitoso, dava canetadas indiscriminadamente, foi leviano com saúde, com as mulheres e com a carreira. Mas há muito tempo percebi que existe um penhasco profundo entre o "ser artista" e o "ser humano". As vezes se misturam, as vezes são inalcançáveis. Enfim, eu gostei da leitura, ainda mais tendo como pano Tim Maia cantando. A cada música contextualizada por Motta, eu escutava e entendia a história por trás da música. Sobre o escritor, o Nelson Motta, o achei muito machista, típico desses caras babacas classe média alta. Filtrando essas coisas, é um relato interessante sobre uns dos maiores cantores que tivemos do século XX no Brasil, o descobridor dos sete mares. O rei do swing e do balanço!

site: https://www.instagram.com/p/BrLEvpaHGLT/
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Maílson 23/05/2019

Um louco repetitivo
Tim Maia era surreal. Um grande cantor, um grande compositor e muito louco. E é aí que o livro tem o seu grande defeito.
O começo é extremamente interessante, mas do meio pra frente as loucuras do Tim são exaustivamente demonstradas de forma repetitiva.
Várias músicas são apenas citadas e o relato de como foi o processo de composição das principais foram pinceladas superficialmente.
O final é abrupto. Um acabou, fim e é só isso.
jonatas 27/05/2021minha estante
Tive a mesma sensação. O final tinha tudo para ser redentor, mostrando a repercussão imediata da morte do artista e como algumas coisas mudaram após o falecimento dele, coisa normal no mundo da arte e principalmente no nosso país.




Thiago.Shoda 24/08/2020

Simplesmente Tim
Tim Maia é uma figura ímpar, dono de voz característica e marcante, vale a pena para conhecer diversas histórias vividas pelo cantor.
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Zanini 16/03/2011

O Grande Tim e o Velho Lobo

Dois dos mais controversos e talentosos expoentes da música popular brasileira tiveram suas justas e bombásticas biografias lançadas nos últimos anos: Tim Maia (Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia) e, mais recentemente, Lobão (50 Anos a Mil).

Tim foi biografado pelo dispensa apresentações Nelson Motta. Já João Luiz Woenderbag – sim, é difícil de acreditar que o lobo mau do roquenrol tupiniquim tenha esse nome de almofadinha – escreveu sua epopéia a quatro mãos, em parceria do jornalista Claudio Tognoli.

Ambas são leitura obrigatória para quem curte música ou simplesmente uma história de vida interessante, que inclui envolvimento com seitas malucas, briga homéricas com gravadoras, shows e álbuns que marcaram época, altas tretas com a polícia, consumo exacerbado de entorpecentes, loucas aventuras amorosas, estrutura familiar decadente (avec elegance) e, claro, um repertório musical indelével no cancioneiro brasuca.

Depois de ler as duas obras, queria escrever algo. Mas não uma trivial resenha. Queria fazer algo diferente, condizente ao estilo Kangibrina. Pensei, pensei e decidi fazer uma brincadeira, criando uma competição envolvendo alguns quesitos dos livros, mas escolhidos aleatoriamente, sem nenhuma fundamentação teórica ou critério técnico, pela minha pessoa.

Nada sério. Just for fun, entenderam?

Abaixo, você confere o resultado:

Título: São do caralho. Fortes, bem sacados, definem com precisão o espírito da coisa. Resultado: empate

Capa: Ambas convencionais, ninguém quis reinventar a roda. O frontispício (hein?) da biografia de Tim abusa do vermelho e do amarelo, com fontes gigantes sobre uma foto sua sorrindo. Já o de Lobão é mais sóbria, um close no seu rosto com fundo negro, bem ao estilo das biografias norte-americanas. Cada um no seu quadrado, deu empate.

Texto: Aí é covardia. Não dá nem graça comparar a fina escrita do Nelsão com a esforçada dobradinha Lobão/Tognoli. Motta teve a proeza de organizar a dionisíaca vida do rei do soul brasileiro e transcrevê-la de forma linear e apaixonante. É quase impossível largar o livro. O texto de Lobão é enjoativo, pois tenta, em vão, transportar para o papel o seu jeito neologístico de de falar. Não deu certo. Resultado: vitória de Tim.

Sexo: Os dois gostavam bastante da matéria, intercalando muitos casos sérios com muito sexo casual. Mas, pelo que deu pra perceber, o Lobo do Rio se saiu melhor, pois passou a vara em quase todo meio musical (expressão com duplo sentido) nos anos 1980 e 1990. Resultado: vitória de Lobão.

Dorgas, Manolo: esse é um páreo dos bons. Lobão e Tim enfiaram o nariz e a boca (opa!) em tudo que era imoral, ilegal e engordava. Melhor sorte teve o primeiro, que conseguiu parar antes de se encontrar com o homem da foice – apesar de uma tentativa de suicídio no currículo. A vida desregrada e o consumo de tóchico (como dizem nossas avós) encurtou a presença de Tim entre nós. Mas o resultado não podia ser outro: empate.

Rock´roll: Êta vida louca, louca vida essa dupla teve. Dois roqueiros natos, praticantes do tudo ao mesmo tempo agora. Resultado: mais um empate.

Humor: O momento que mais ri no livro do Lobão foi quando o João Gilberto ligou para ele de madrugada e fez com que ouvisse as oito versões que ele fez para a música Me Chama. Detalhe: Lobão estava trincadaço. Na biografia do Tim tem vários momentos hilários, especialmente quando ele é extraditado para o Brasil vestindo…pijama. Resultado: vitória do Tim.

Bom, até o momento, o rei do soul está na frente. Mas como este é um post “working in progress” voltarei aqui outras vezes quando pensar em novos quesitos e aí o placar poderá se alterar.

Mais sobre livros, cinema, música e afins, no www.kangibrina.com.br
Bruno T. 28/06/2011minha estante
Texto original e divertido, valendo por duas resenhas.
Parabéns.


Zanini 28/06/2011minha estante
Valeu pelo comentário, Bruno.
Abs!




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