Resenhas - Ricardo e Vânia

Christian90 15/04/2024

Ricardo e Vânia não vai sair da minha cabeça!
Primeiro livro que leio do Chico Felitti, tô encantado com a forma de escrita tão boa e fluida.

As histórias de Ricardo e Vânia são tão parecidas e diferentes ao mesmo tempo.

Nos últimos anos de Ricardo , por escolhas e experiências tão ruins acabou sofrendo tanto. É tão triste pensar no que ele poderia ter conquistado, e como terminou. Me dá um nó.

Quero saber mais da Vânia, quero ler mais sobre ela, quero assistir, pesquisar descobrir. Vânia tem tanta coisa ainda pra contar, tanto codinomes pra se identificar. KARA, BABETTE, VANUSIA, VÊNUS... cade vc Vânia? Por onde anda?

Gostei da forma que o escritor conta a história dos dois, e do jeito em que cada momento foca apenas na história de um, se aprofundado e ouvindo cada um. Esse livro é de se absorver!

Vai pra lista dos meus favoritos ??

Isasc.exe 12/04/2024

Minha primeira no clube de leitura "testo junkie" do Jonas Maria, e me marcou muito. Discutir esse livro com outras pessoas trans, tão inteligentes e com muitos olhares, fez ser uma experiência muito interessante. É um livro que vale ser discutido.
Trata de questões de gênero, sexualidade, mas sobre tudo a marginalização no nosso país.
Chico Felliti me fisgou e hoje me faz ter vontade de ler mais de seus livros.

Karen580 01/04/2024

Amor e luta queer
Primeiro livro do chico felliti que leio. o estilo de narrativa parece muito com os podcasts dele, com vários detalhes da apuração, como ele entrou em contato com as pessoas, as dificuldades? achei que isso tornou a escrita muito rica, fora que eu imaginava ele mesmo contando pra mim enquanto lia.

a história do ricardo e da vania é linda e amei como ela é retratada com desencontros (uma hora o livro aborda ricardo, outra vania, e os encontros são raros). isso reflete muito a relação deles de coexistência.

amei conhecer essa história pelas palavras do chico.

Maria 20/03/2024

Só vou escrever uma resenha sobre esse daqui, porque me propus a escrever uma sobre todos os livros que eu lesse esse ano, mas realmente não tenho muito a dizer:

A escrita de Chico Felitti é muito boa, já botei outro livro dele aqui na minha lista, dá vontade de ler tudo de uma vez. Apesar disso, é muito triste ler sobre uma realidade tão feia, tão triste. Então, metade do livro eu passei angustiada pelos preconceitos que Ricardo e Vânia sofreram (e no caso de Vânia, ainda sofre) ao longo da vida. É uma história de pessoais reais (obviamente, mas sem romantização, quero dizer), com seus erros e acertos, mas muito dolorida. Enfim, espero que Ricardo descanse em paz e que Vânia viva uma vida longa e alegre, minhas partes favoritas do livro foram as dela na atualidade.

Mari 12/03/2024

Em 2017, fiquei quase uma hora lendo uma matéria no BuzzFeed que me emocionou bastante: "Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece" e qual não foi minha surpresa quando descobri que Ricardo e Vânia era um livro que esmiuçava a vida do personagem principal do artigo jornalístico, Ricardo Correa, e principalmente das pessoas que permearam a vida dele.

Tanto o artigo quanto o livro falam um pouco mais sobre a figura emblemática de São Paulo, sobre a esquizofrenia que o acometeu em vida, sobre as aplicações de silicone no rosto e sobre seu passado como cabeleireiro e (ocasional) drag queen.

A grande revelação do livro, no entanto, é a "descoberta" de Vânia, mulher trans, brasileira residente em Paris, que por 10 anos teve um relacionamento com Ricardo e a quem ele chamou de "amor da minha vida", já no seu leito de morte. O livro fala bastante sobre as vivências de Vânia, sua personalidade e sua luta, enquanto também posiciona Ricardo em sua própria jornada, embora o que é retratado no livro sobre ele não seja assim tão novidade para quem leu os dois artigos publicados em 2017.

Acho que a leitura de Ricardo e Vânia nos mostra a realidade do que era ser uma pessoa LGBTQIAP+ nos anos 80 e 90 e como nossa sociedade afetou (e afeta) a comunidade, rebaixando quem é julgado como "diferente" e jogando essas pessoas no ostracismo social.

Chico Felitti conseguiu dar luz à uma dessas pessoas invisibilizadas e escreveu seu livro de maneira bem crua e direta, mostrando os fatos e as pessoas como elas são e mostrando que mesmo em uma vida permeada de sofrimento e dor, podem haver momentos sublimes de felicidade.

Flávia 09/03/2024

Quantos traumas alguém pode suportar na vida?
Foi o primeiro livro que li do Chico Felitti e estou encantada com a dedicação e o carinho que ele teve ao retratar vidas tão negligenciadas e solitárias, apesar dos vários personagens envolvidos.
A escrita fluida, leve e tão cheia de detalhes importantes me fizeram sentir muito próxima das personalidades que acompanharam de alguma forma a vida de Ricardo e de Vagner (Vânia atualmente). Não dá pra deixar de citar também a participação de Chico no fim da vida de Ricardo e a delicadeza que Isabel demonstrou em situações tão tristes e impactantes.
São tantas camadas! Não achei um livro fácil de ler a cada vez que me lembrava serem pessoas reais narrando passagens tão pesadas e tristes da vida. As fotografias registradas por Chico na reportagem do BuzzFeed me trouxeram ainda mais para a realidade e me fizeram dar conta da coragem que deve ter sido necessária para se envolver, registrar e tomar conhecimento desses episódios.
A ida para Paris também trouxe uma outra realidade muito complexa, de mulheres trans e travestis que tentam uma vida em outro país e acabam se entregando a prostituição para que seja possível ter uma condição melhor de vida. Hoje com 54 anos, enfrenta outras lutas para continuar sobrevivendo, sem nunca perder seu brilho.
É fato que a vida de Ricardo e de Vânia são duas entre milhões que devem existir, sem condições financeiras mínimas, sem o acompanhamento médico necessário, sem apoio familiar, com alguns amigos e muitos sonhos e ambições. O leve conforto, depois de ler o livro, vem da conclusão de que uma personalidade tão forte do Brasil, como Ricardo foi, ao menos agora tem um nome e que tenha sentido (talvez pela primeira vez na vida) que alguém finalmente o procuraria quando desaparecesse, oferecendo um café, bolachinhas e um pouco de carinho.

Jamile 02/03/2024

Ricardo e Vânia vai me deixar pensando por dias
Uma história de uma pessoa marginalizada contada de forma sensível, histórias desse tipo me ajudam a ver uma realidade diferente da minha e tentar ser mais empático. Gostei bastante da forma que a narrativa é feita, como o jornalismo é exercido na história.

Cindi 29/02/2024

Já é o segundo livro que eu tô lendo do chico felitti e não tô gostando muito

eu tinha me emocionado tanto com rainhas da noite depois comecei a ver pose e achei muito parecido e fiquei triste
e em Ricardo e Vânia tô terminando e sei lá

acho que o Chico deixa tudo muito bonito demais e que deixa a narrativa muito artificial pras coisas mas pode ser impressão minha, ainda tô decepcionada.

Tainá 27/02/2024

Fiquei completamente obcecada com a vida dessas pessoas. O livro conta uma história de amor mas principalmente de resistência. A escrita é maravilhosa parece que o autor está na sala da minha casa me contando tudo.

Patricia.Harumi 23/02/2024

Ótima história
Chico tem a magia de prender atenção do leitor. Mostra mais a visão das pessoas próximas e da detalhes dessa incrível história do Ricardo.

Barbara602 23/02/2024

Livro maravilhoso!
Já o li três vezes, e todas as vezes em que estava terminando, ja estava com saudade!
Leitura fluida e emocionante pois conta a história de amor e resistência entre Ricardo e Vânia. Minhas partes preferidas do livro, é quando o Chico Felitti relata passagem dele por Araraquara, pois aborda o cotidiano de uma cidade pequena do interior de São Paulo e o cotidiano dos dois na década de 80 e 90.
E por trás da lenda da Augusta, um personagem tão presente nas ruas paulistanas e ao mesmo tempo tão ?invisível? e marginalizado tem uma historia tão tocante.
Um autor perspicaz e empático com os seus ?personagens?. Recomendo de olhos fechados!

Daisy 20/02/2024

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Por trás da lenda urbana “Fofão da Augusta”, há uma pessoa, uma história. A humanização de um personagem “caricato” de São Paulo e de sua grande paixão, Vânia, é o trunfo de “Ricardo e Vânia - O maquiador, a garota de programa, o silicone e uma história de amor” (2019), do jornalista Chico Felitti.

O livro surgiu após a bem-sucedida reportagem do BuzzFeed “Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece”, publicada em 2017.

Na obra, Felitti narra com o devido respeito e sensibilidade a vida de um gay e uma transexual, população tão marginalizada e oprimida no país. Uma história, sobretudo, de coragem de ser quem se é em uma época em que preconceito, homofobia e transfobia eram ainda mais violentos.

site: instagram.com/qualquercoisaprapreencher

GiovanaReis 11/02/2024

Impecável
O trabalho do Chico Felitti é impecável. Li o livro inteiro como se ele tivesse aqui em casa me contando kkk normalmente tenho dificuldade com histórias não fictícias, mas a beleza de Ricardo e Vânia é justamente ser real, tão forte, tão bonito e triste ao mesmo tempo. As fotos no final são uma preciosidade e me emocionaram.

Maryannanaa 08/02/2024

Para além de uma história de amor
Para além de uma história de amor, aqui é uma história de duas vidas de resistência. Me apaixonei por Vânia e gostei da forma como o autor humaniza Ricardo sem romantizar ou tentar "limpar" as condições, situações e surtos dele. Uma leitura para entender pessoas que no cotidiano, muitas vezes, se passam despercebidas.

Priscilanpltn 03/02/2024

Sensível
É um livro sensível sobre pessoas incomuns que na verdade são mais comuns do que se imagina. O autor dá voz a histórias que nunca seriam ouvidas. Quem pegar o livro buscando uma escrita objetiva apenas contando fatos vai se decepcionar, o grande diferencial do autor é a forma de narrar as situações, mostrando o processo da pesquisa. Afinal, a relação com os entrevistados e a trajetória que percorre durante o trabalho faz toda a diferença. Isso demonstra sua sensibilidade, na realidade, o simples fato daquela matéria ter sido publicada demonstra a sua sensibilidade na forma de olhar o mundo ao seu redor.
Se não fosse o clube de leitura do Jonas Maria eu provavelmente não teria prestado atenção nesse livro ou tido foco para ler, fico feliz que o fiz.