Deixe-me Voar!

Deixe-me Voar! Marcela Millan




Resenhas - Deixe-me Voar!


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Tayana Alvez 29/07/2019

Deixe-me sonhar
Terminei esse livro sábado, e ainda não superei.

Eu não sou fã de romance histórico e nem de romance de época (drama de aristocrata branco não é pra mim), mas já li alguns muito bons, POUCOS, mas bons e esse livro é um deles.

Trazendo o cenário histórico de maneira quase convincente, quase nenhum erro de português ou concordância, vocabulário de acordo com a época e abordando temas como:,
Machismo trincheiras, homossexualidade e a vida de pessoas que nasceram e vivem em um circo e seus efeitos, Deixe-me voar! me fez feliz por quase todo o livro, no entanto, o livro perdeu força pra mim nas páginas finais.

Na verdade, o livro terminou com maestria, MAS TERMINOU DIFERENTE DO QUE EU ESPERAVA e acabei dando 4 estrelas ao invés das cinco que ele merecia isso já aconteceu com vocês?

Parabenizo a autora, o livro é genial.
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Joyce 09/04/2019

Deixe-me Voar
Temos na nossa história de hoje dois personagens principais fortes: Amy e Leon.
Vou falar de cada um deles individualmente.
Amy nasceu e cresceu no mundo circence, a função destinada a ela e sua amiga era o trapézio, onde ambas se dedicavam de corpo e alma em cada espetáculo.
Treinavam juntas e as apresentações da dupla mais pareciam duas pessoas em uma só alma de tão interligadas que eram.

Amy, era do tipo de garota que daria a vida se possível fosse em prol do circo, pois ele era a sua vida, amava todos os seus companheiros e cada subida no trapézio era como se fosse a primeira vez com aquele friozinho na barriga.
Mas as coisas não andavam muito bem devido a guerra que se iniciava naquela região, onde as pessoas tinham que economizar seu dinheiro e consequentemente isso diminuía o número de pessoas na platéia.



Mas isso tudo não desanimava Amy, pois o que ela queria mesmo era levar um pouco de alegria para aquelas pessoas na situação de medo e pavor em que se encontravam , principalmente as crianças.
Bom, já dá para ver o quão sensacional é a nossa personagem.

Leon, um garoto que tinha um sonho de ingressar na guerra e servir a sua Pátria.
Mentiu para conseguir o alistamento voluntário e teve que sair de casa fugido, pois sua família não aceitava sua decisão.

Só que ao chegar na trincheira, o lugar onde os soldados ficavam, Leon pode constatar que a guerra não era aquilo que ele imaginava , atos e cenas desumanas logo fizeram o soldado se arrepender amargamente. Mas era tarde demais, o erro já estava feito e ele teve que ser forte para suportar toda aquela situação.



Até que um dia diante de um bombardeio ele foi atingido . Acordou num hospital e logo percebeu que estava cego de um olho. Torceu para não voltar mais para aquele lugar infernal, mas não teve jeito, os soldados só estavam esperando a sua recuperação para levá-lo de volta.
Não teve outra saída a não ser fugir.

" Na verdade as bombas pareciam vir em uma cadência quase de valsa, como doces e incansáveis bailarinas de olhos de fogo, labaredas irrefreáveis que tinham como orquestra de fundo os sons do horror."

Leon, conseguiu fugir e se esconder no circo, onde todos o acolheram muito bem.
Lá ele conhece Amy, onde logo se encanta pela moça e começa uma grande amizade entre esses dois.
Com um tempo houve uma troca entre ambos, Amy se dispôs a ensiná-lo malabarismo e ele ensinaria a garota a ler e escrever já que a mesma era analfabeta.
Só que alguém do próprio circo , no auge dessa amizade, não estava gostando do que estava acontecendo e dedurou o soldado fugitivo.

" ... E em Amy, havia um brilho a mais, uma entrega que ele já havia reparado antes.
Amy dançava com a alma."



Uma grande reviravolta é dada na história a partir daí. Uma grande tragédia acontece.
Um livro com uma história sensível e cheias de surpresas.
A autora consegui me enganar direitinho na proporção do rumo a qual o enredo tomou, pois deduzi tal coisa no início do livro e no fim já não conduzia mais o que eu pensava.

" Para o circo, o lugar estava errado. A hora estava errada.
Para o circo, não houve sequer uma segunda chance."

A autora soube abordar também um tema onde há certo preconceito de uma maneira sútil , sem extravagância nas palavras , sem quebrar a essência da história, o que achei bem legal, pois odeio quando um autor, seja nacional ou estrangeiro coloca coisas desnecessárias acabando com o desfecho ou até mesmo com a história toda.

Livro lindo, cheio de emoções e surpresas, com uma escrita super delicada.

Mostrar a arte circence num livro é muito bom, até mesmo para quebrar tabus de preconceitos e ainda por cima intercalar a guerra dentro desse contexto, foi demais.
Creio que uma das mensagens que a autora quis passar foi que sempre é tempo de recomeçar e que a esperança é a última que morre!
Acredito que vocês leitores assim como eu irão gostar desse livro.
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