Tuca 23/03/2020Perder o emprego, seu negócio e o namorado ao mesmo tempo é um baque e tanto. Mas Daphne está se reerguendo com a força das amigas, e mergulhar no mundo dos romances de época, em um fim de semana de uma convenção, parece ser uma excelente forma de esquecer os problemas. Porém, é no improvável que as melhores oportunidades e momentos surgem, e ela recebe um convite pra trabalhar como chef no evento. O impasse é que mais uma vez na sua vida sua profissão parece se misturar com seu coração. Paul é o sommelier que traz novas notas ao sabores de Daphne, mas também a faz lembrar de erros do passado. Eles lhe trouxeram maturidade ou ela está presa no mesmo beco sem saída?
Nos tempos de hoje, nos quais em muitos livros vemos as mocinhas se anulando em nome de um amor, foi emocionante ver Daphne se valorizando e não aceitando menos do que merece. Abrir-se pra novas chances mesmo ameaçada pela dor da perda e do fracasso mostra uma robustez na construção de um romance que aposta na sutileza dos diálogos, das piadas e da harmonia dos desejos. Paul, por mais que seja um personagem cujo passado é menos explorado tem uma sincronia perfeita com o presente de Daphne. Suave, sem perder as sensações finais de um bom vinho, Lady Daphne tem um enredo com menos surpresas que os livros anteriores da série, firmando-se no humor próprio de Daphne e na leveza de Paul.
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