Só as Partes Engraçadas

Só as Partes Engraçadas Nell Scovell




Resenhas - Só as Partes Engraçadas


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Aione 31/05/2022

Só as partes engraçadas traz o relato da estadunidense Nell Scovell, roteirista e produtora de televisão, escritora de revista e diretora de cinema. Criadora da série de televisão Sabrina, entre outros importantes trabalhos, retrata no livro os bastidores do show business, apontando problemas relevantes do meio, mas sem perder o bom humor.

Por meio de uma escrita direta e divertida, Nell Scovell reconstrói sua trajetória profissional, mesclada a elementos de sua vida pessoal — como casamentos, divórcios e outras questões familiares. Compreender o contexto de sua criação é importante por trazer a construção de sua personalidade, bem como de visão de mundo.

"Se você perguntar a mil escritores diferentes 'Como você começou?', receberá mil respostas diferentes. Mas, se perguntar a mil escritores diferentes, 'Por que você começou?', receberá a mesma resposta: porque escrevemos."
página 32/posição 375

O centro de Só as partes engraçadas está não simplesmente em demonstrar o funcionamento dos bastidores de programas de entretenimento — o que é um fator interessantíssimo na leitura, especialmente por ser uma realidade distante para mim. Não conhecia quase nada do que envolve a elaboração de um roteiro e de como se dá a participação dos roteiristas —, mas na sua experiência de ser praticamente a única mulher em sua função na maior parte dos trabalhos que realizou. É a partir daí que Nell Scovell chama a atenção para a falta de diversidade geral no meio, assumindo sua posição como branca, cis e heterossexual, o que lhe dá privilégios em relação a pessoas não-branca e da comunidade LGBTQ+, por exemplo. O debate levantado por Nell, além de relevante por si só, salienta o quanto a diversidade impacta, inclusive, em retratos mais amplos de vivências e experiências na hora de construir personagens e situações, que ficam limitadas quando partem da criação de um grupo homogêneo. Também, é interessante a reflexão que a autora faz sobre a atuação do feminismo em diferentes culturas e países: a luta de Nell não é a mesma de mulheres em condições precárias de vida.

Adorei, também, como a autora oferece muitas observações sobre criatividade e processo criativo. Embora não seja o foco de Só as partes engraçadas, o livro contempla escritores de outras mídias ao entregar tais ponderações. Além disso, Nell fornece muitos de seus truques para lidar com um ambiente de trabalho difícil, como os que frequentou.

No resumo, Só as partes engraçadas foi uma leitura extremamente interessante e fluida, sobretudo pela narrativa da autora soar quase como uma conversa com uma amiga. Adorei seu humor perspicaz, que exemplifica muito bem a função em si do humor, que Nell também aborda. O divertimento do livro não oculta a seriedade e relevância das temáticas discutidas, nem o tom emocionado de algumas passagens, mas faz dele ainda mais agradável de se ler. Finalizei a leitura, no mínimo, inspirada, e desejosa de conhecer mais sobre os trabalhos de Nell Scovell.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2022/05/10/resenha-so-as-partes-engracadas-nell-scovell/
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Marques 31/05/2023

Queria ser amiga de Nell
Ser mulher e ser roteirista é difícil, disso nós já sabemos. O mundo do entretenimento ainda é muito machista. Agora, somado a isso, imagine ser roteirista de comédia. E some mais uma variável: tudo isso entre os anos 80 e 90, antes de todas as manifestações de sindicatos e mudanças na sociedade. Pois é, Nell Scovell, roteirista de The Simpsons e criadora da série Sabrina (a original), conta todo o processo da sua carreira em "Só as partes engraçadas".

Apesar de muito preconceito, machismo e agressões psicológicas, Nell consegue escrever sua biografia profissional de maneira muito bem-humorada. Claro, não poderia ser diferente para uma roteirista de comédia. Ela foi uma das primeiras (e únicas) roteiristas do Late Show with David Letterman, e também foi a primeira (de muitas) que lutaram para que os talk shows noturnos tivessem maior diversidade nas suas salas de roteiro.

Em "Só as partes engraçadas", Nell também conta como a vida útil de uma roteirista pode ser curta e que existem quatro estágios na nossa carreira (que não vou elencar aqui, para descobrir quais são, você terá que ler o livro). Eu gostei muito dessa leitura, muito mesmo! Foi uma das primeiras biografias que eu li e não poderia ter escolhido uma melhor para começar.

Se você é roteirista e se você é mulher (seja lá qual for sua profissão), esse é um livro que pode agregar muito na sua vida e na sua luta diária por direitos iguais e respeito.
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Beatriz 15/06/2020

Só as partes emocionantes
Dificilmente leio um livro com mais de 300 pa?ginas ta?o ra?pido, caso na?o tenha algum deadline. Mas o livro da Nell Scovell me engoliu, nem posso dizer que fui eu a engoli-lo. Foram 320 pa?ginas deliciosamente lidas em tre?s dias. Autobiografia, feminismo, escrita, roteiro, vida de roteirista, ser escritora, ser uma escritora mulher, humor, Hollywood, gargalhadas, revolta, machismo, injustic?as, decepc?o?es, ganhos e descobertas pelo trabalho, construc?a?o da carreira, abandonos, descobrir-se mulher. Sa?o tantos temas, tantas emoc?o?es que esse livro toca, que a capa na?o da conta de passar. Sa?o as partes engrac?adas, drama?ticas, emocionantes. Ri sim, mas chorei tambe?m com esse livro. Pensando no nosso lugar como mulher numa sociedade radicalmente machista. Mas estamos juntas, em qualquer profissa?o ou lugar do mundo.
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Diego 01/01/2022

A vida de uma roteirista de Hollywood como ela é
O livro é muito bom e mostra a realidade nua e crua de uma roteirista em Hollywood. Os sucessos e fracassos, altos e baixos da carreira, espectativas e realidades e também o chatíssimo e pesado machismo reinante.

Scovell nos revela bastidores chocantes da sala de redatores de programas de TV (como David Letterman por exemplo) onde vemos que infelizmente um grupo de caras brancos de meia idade parece ser o padrão eterno de equipe de roteiristas. Longe de ser "apenas" um grito feminista, isso também é um apelo por mais diversidade que resultará em mais criatividade. Justo, não é? Estou com a autora aqui.

Brilha também no livro toda a parte biográfica de Scovell e os detalhes da criação dos shows e textos.

Aviso que não se trata de um manual para roteiristas, OK?
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Lulys 06/07/2020

Bastidores da sala de roteiristas
Eu sou MUITO suspeita pra falar do livro já que amo ler, fazer e falar sobre comédia, além de estudar um tempo a questão sobre mulheres no humor.

Mesmo assim, fico muito feliz com esse livro da Nell, primeiro por ter uma escrita super fluída, o que é ótimo ora abordar um assunto tão tenso.

A gente acompanha a carreira da Nell como roteirista, passando por diversos sets e ouvindo tudo de inimaginável ddentro de uma sala de roteiristas. Um filme que lembrei na hora foi o Talk-Show : Reinventando a Comédia, que acredito que deve ter se baseado muito nesse livro.

Eu não sabia sobre o escândalo com o David Letterman e dentro do que ela descreve, revisitei alguns posicionamentos meus que eu tinha sobre a ascensão de mulheres no mercado pelo "teste do sofá" (que de acordo com Nell é um jeito mais fofo do que falar estupro).

Saí também com uma segunda leitura a fazer, o livro que ela fez junto à Sheryl, e se ela ajudou tenho certeza que vai ser um livro bom de se ler.

Recomendo de verdade pra todos esse livro, mas mais ainda os que são fãs de comédia ou atuam nesse mercado, assim como roteiristas.

Talvez o mais interessante do livro é não só pensar em lugares majoritariamente dominados por homens, mas como as mulheres experienciam esses lugares quando os ocupam.
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LetAcia.Basto 15/01/2023

Aulas de criatividade, resiliência e bom humor
Que livro fantástico!

A Nell retrata a sua experiência de um jeito muito leve e divertido, mostra que ser mulher e buscar um lugar ao som segue sendo um grande desafio para nós e ter pessoas que caminhem conosco e nos puxem pra cima nos momentos certos, faz toda a diferença.

Além disso, o livro é muito interessante para quem, como eu, trabalha com a escrita.
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Antonio Maluco 04/04/2023

Biografia
O livro conta histórias da vida profissional da roteirista de Hollywood e seus empregos e sua carreira mas o livro só foi interessante pra mim na parte que ela falou do Os Simpsons e da Sabrina aprendiz de Feiticeira e o livro não foi feito para os brasileiros e sim para os americanos
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Germano Dutra Jr 01/05/2022

Comprei achando que seria manual do roteiro para comédias, mas levei ótima surpresa de conhecer a biografia da roteirista tão engraçada e inteligente, enfrentando os obstáculos em Hollywood onde os homens brancos de meia-idade são mais privilegiados, contando seus sucessos, fracassos e desgraças, mas com excelente senso de humor. Fala a importância sobre igualdade de gêneros e oportunidades para minorias. Essencial livro para quem quer ser roteirista e desejar trabalhar no ramo de entretenimento.
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Lorena 10/02/2020

Hollywood e mulheres ocupando seus espaços.
Se você nunca ouviu falar sobre Nell, fique de boa pois eu também nunca tinha ouvido. Ganhei este livro de presente de natal do meu esposo, que foi pego pela capa e pelo título, e já sabia que tinha muito a ver comigo.
Nell Scovell é uma roteirista/ diretora/ produtora de séries e programas de TV em Hollywood, mais conhecida por ser criadora da série Sabrina, Aprendiz de Feiticeira, também escreveu para programas como Late Night e Os Simpsons, e também já fez algumas piadas para o ex-presidente Barack Obama.
Com humor ela relata neste livro a trajetória da vida de roteirista em Hollywood. Mais especificamente, a sofrida trajetória das mulheres na mais famosa indústria de entretenimento do mundo.
A escritora começou a falar sobre diversidade de gênero quando decidiu relatar a falta de diversidade entre roteiristas nos programas de televisão (quase sempre eram 100% homens brancos), baseando-se no período em que trabalhou com David Letterman.
Além das bizarrices dos bastidores, ela também detalha o processo criativo de um roteirista (que é muito muito legal), e faz reflexões valiosas sobre o ambiente de trabalho que valem para todas as áreas de atuação.
Gostei muito de ler esse livro, e confesso que ele me jogou em uma reflexão nova sobre a atuação das mulheres em todos os ambientes de trabalho. Já vinha pensando muito sobre isso (tanto é que decidi ler mais mulheres do que homens), mas somente lendo este livro me dei conta de que precisamos ir sempre além.
Vale demais a leitura.
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Lelelele 19/11/2021

Sobre feminismo, diversidade e inclusão
O sentimento no final da leitura é que deve ser muito bom ser amiga da Nell - e também que ser roteirista deve ser muito foda.
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LPR 11/12/2021

Divertido e
Nell Scovell relata a sua vida como roteirista em Hollywood e na televisão. É um livro que recomendo para todos; e que lhe dá uma perspectiva de uma mulher num ambiente machista do show business e como Nell superou isso e sofreu também.

É uma leitura rápida e simples, e para mulheres que lerem esse livro, vão se identificar muito e para os homens refletirem sobre nossa ações e piadinhas com as mulheres.
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Sol 15/04/2022

Para quem como eu não fazia ideia de como é a vida de uma roteirista de filmes e séries esse livro dá uma ideia do "corre por trás do close".
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TitiaKah15 09/07/2022

Que biografia. . .
Sempre tive muito preconceito com biografias, achando que é chato, que é um gênero que meio paia maaaasss, essa foi a primeira e a mais maravilhosa biografia que eu já li em toda minha vida. Tirou todo o meu preconceito por biografias e ainda aprendi demais lendo essa história dessa mulher incrível que é a Nell Scovell.
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Lucas.Picchioni 16/11/2021

Uma verdadeira aula!
Fundamental para quem deseja seguir carreira no meio audiovisual. E imprescindível para quem deseja ser roteirista.
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Isabella 29/01/2022

Muitas partes engraçadas com certeza!
O livro que TODA roteirista deveria ler. Amei cada página. Aprendi muito com a Nell Scovell, sobre escrita, sobre carreira, sobre ser a única mulher roteirista numa sala cheia de homens. É um livro que você termina com a impressão de ter saído de uma conversa com uma amiga mais experiente em que ela te deu ótimas dicas de carreira, alguns conselhos, uns tapas na cara contando das coisas ruins que podem acontecer no caminho, mas no meio disso tudo te fez rir muito. Virei uma fã.
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